A questão das governações, de diferentes
empenhamentos, de diferentes satisfações. Helena Garrido assim nos elucida, outros comentadores esclarecem, numa
excelente análise do que por cá nos vai.
Um futuro de oportunidade perdida
O futuro económico e político do país
é muito pouco risonho. Vamos perder uma oportunidade económica única e o regime
está bloqueado sem que se veja saída.
OBSERVADOR, 09
mai. 2023
Há
políticos que têm uma visão de futuro para o país e capacidade para aplicar as
políticas que conduzem as comunidades a aproveitar as oportunidades e a
prosperarem. E há políticos que são mestres na conquista do poder, mas que
depois só sabem habilmente manter esse poder, sem qualquer visão para o país
que governam e, menos ainda, capacidade para adoptar medidas que antecipem e
resolvam os problemas concretos da sociedade. Vivemos, desde 2015, com um primeiro-ministro que é
exímio em jogos de poder, que lhe garantiram a sua conquista e agora a sua
manutenção, mas que nos últimos mais de sete anos não teve uma política
económica ou social consistente, que antecipasse e resolvesse problemas e fizesse
de Portugal um país mais desenvolvido e competitivo.
Tudo
o que de bom vamos colhendo hoje foi semeado no passado, por Aníbal Cavaco
Silva, por José Sócrates, por Pedro Passos Coelho. O único investimento industrial estrutural do país
remonta aos anos 90 do século XX, assim como a rede principal de autoestradas.
As energias renováveis, que tanto orgulho hoje nos merecem, foram uma aposta de
José Sócrates, na altura com controvérsias à mistura. As cidades mais
recuperadas que hoje temos e a disciplina financeira que hoje percebemos
importante é herdada de Pedro Passos Coelho. E este é um retrato muito
simplificado. Fomos progredindo, com erros e até com um primeiro-ministro
suspeito de corrupção, claro, mas com os líderes dos governos a pensarem o país.
Todo
este trabalho foi interrompido em 2015 por uma governação desde logo marcada
mais pela negativa – desfazer o que tinha sido feito – do que pela positiva –
pelo fazer. E uma governação ao sabor das exigências de manutenção do poder,
marcadas inevitavelmente pela distribuição de dinheiro e de benefícios pelos
respectivos mercados eleitorais e apaniguados partidários. Claro que o país
urbano, de funcionários públicos e pensionistas, andou feliz. Ninguém via nem
queria ver como é que, de repente, se “multiplicavam os pães”, como é que, de
repente, havia dinheiro para distribuir.
Com a cumplicidade do Bloco de Esquerda e do PCP, cortou-se no
investimento de manutenção dos serviços públicos enquanto se distribuía
dinheiro. E cada medida que se anunciava não
era uma política, mas um meio para garantir o poder, comprando votos e
transmitindo a ideia de que o passado tinha sido obra de uns demónios,
protagonizados por Pedro Passos Coelho, que queriam muito mal aos portugueses,
vá lá saber-se porquê. E a maioria acreditou nesta história de encantar.
Paralelamente, o aparelho do Estado ia sendo tomado de assalto, destruindo ou
tentando destruir todos os que iam alertando para o que se estava a passar,
atrás do pano de todo este teatro. E, ao mesmo tempo que se jurava amor
absoluto pela saúde pública, pela educação pública, pelos serviços públicos em
geral, o Estado ia-se degradando.
Chegou a pandemia e expôs a
fragilidade em que estava o Estado. Mas não se perdeu tempo e juntou-se a
pandemia a Passos Coelho para desculpabilizar a incapacidade. Passaram-se cinco
anos, até 2020, sem que nada se tenha feito que não fosse manter o rigor
financeiro à custa da degradação dos serviços públicos. Um rigor que é menos
por convicção e mais integrado na lógica geral de manutenção do poder, já que
uma qualquer troika acabaria com esse poder.
Quem
olhava perplexo para o que se estava a passar, sem que ninguém ouvisse o que se
tinha para dizer e ainda menos protegesse quem o denunciava, levava
invariavelmente com epítetos de liberal selvagem, passista, anti-socialista. A
onda era demasiado forte e a pouco e pouco foi-se também instalando o medo de
falar, de criticar, de denunciar, enfim, de debater, porque “quem se mete com o
PS leva”. E num país em que o Estado já era bastante presente e mais presente ficou,
poucos eram os que corriam riscos.
Chegou
a maioria absoluta e, apesar da guerra, estavam criadas, pensava-se, condições
para governar. Os recursos inéditos que chegavam de Bruxelas justificavam
também essa esperança. Agora é que era, porque até ali o PS estava condicionado
pela sua esquerda. Apanhados talvez pela especialidade do Governo em culpar
tudo e todos pelos seus desaires, criou-se essa ilusão que depressa se esfumou.
António
Costa nem nos enganou, quando insistiu em apresentar um Orçamento desenhado
antes da guerra. Só isso era revelador que tanto fazia que Orçamento se
apresentasse, o país era
para ser gerido na mesma lógica de distribuição de benesses, agora com mais
justificação pela pandemia e a guerra.
Mesmo assim, pensou-se que com o PRR íamos assistir à modernização rápida do
Estado. Nem isso. O Estado está demasiado desorganizado para aproveitar o
dinheiro que tem. Para ser como está a ser, valia mais que tivessem desenhado
um PRR virado para as empresas, aproveitando a oportunidade de reindustrialização
dada pelo reajustamento da globalização
Tal
como insistiu em manter o Orçamento, insistiu em manter basicamente o Governo,
“requentado” como lhe chamou o Presidente da República. Um Governo sem visão
nem alma, cansado. E fomos assistindo a quedas sucessivas de governantes, a
incidentes crescentes, entrecortados com anúncios de mais esta benesse, apoio
ou subsídio.
Chegámos
agora ao caso Galamba, que nem podemos ter a esperança de ser o pináculo de
toda esta sucessão de eventos improváveis e lamentáveis, uma vez que o Governo
tem conseguido surpreender-nos sempre. Por muito impossível que pareça, pior
ainda é possível.
Porque
é que António Costa não quis demitir João Galamba, independentemente de
concordar ou não com os argumentos do Presidente? Obviamente que o ministro das
Infraestruturas está limitado e ferido na sua capacidade política, obviamente
que a sua não demissão, contra a vontade explicita do Presidente, limita não
apenas o ministro, mas todo o Governo, especialmente depois daquilo que Marcelo
Rebelo de Sousa disse. Uma das hipóteses para a decisão de António Costa é
querer fazer de João Galamba o escudo protector do Governo. Enquanto se ataca
Galamba não se ataca mais ninguém e foi até o próprio primeiro-ministro que
disse que vivemos uma sucessão de casos, em que o seguinte faz esquecer o
anterior. O caso João Galamba, por exemplo, lançou para o esquecimento toda a
controvérsia que envolvia Fernando Medina e a demissão da ex-presidente da TAP.
Mas
o mais grave de tudo isto é a mensagem subjacente de desprezo pela governação e
pelos efeitos que a sua decisão pode ter no regime. António Costa sabe que a
partir de agora não há margem para erros e, por isso, não há espaço para correr
riscos. Mas governar a pensar na mudança, na prosperidade, é correr riscos, é
fazer apostas de desenvolvimento, é enfrentar interesses instalados. Se até
agora António Costa nenhum risco corria com as suas políticas, agora riscos
nenhuns vai correr. O que não parece preocupar o primeiro-ministro.
Como
não parece preocupar o primeiro-ministro, nem este PS que está no poder, o
contributo que está a dar para o crescimento dos populismos. Parece até
satisfeito, já que enquanto o Chega estiver a crescer, o PS pode ter uma certa
garantia de poder perpétuo. Até porque o
PSD não está a conseguir desarmadilhar a ratoeira em que os socialistas o
meteram. O que os socialistas querem é que os portugueses pensem que a escolha
está entre o PS ou o Chega, enquanto tudo faz para que as intenções de voto em
André Ventura cresçam.
Infelizmente temos de concluir que
António Costa é um político para conquistar e manter o poder, usando todos os
meios que tiver ao seu dispor e sem qualquer tipo de preocupação sobre os
efeitos económicos, sociais e de regime dos seus actos. E assim vamos perder uma oportunidade
única de desenvolvimento, oferecida pelo dinheiro europeu e pelo espaço para
indústrias, aberto pelos reajustamentos geopolíticos. E assim vamos vendo a
sociedade a radicalizar-se. Hoje, como nos últimos anos, temos um
Governo que quer o poder pelo poder, sem saber como governar.
GOVERNO POLÍTICA ECONOMIA PRR JOÃO GALAMBA PS MARCELO
REBELO DE SOUSA PRESIDENTE DA
REPÚBLICA ANTÓNIO COSTA
COMENTÁRIOS
(de 55):
Pedro de Freitas Leal: Magistral. JP: Agradeço as críticas que faz neste artigo. Eu continuo convencido que
Portugal só se vai endireitar quando formos mesmo ao fundo! E terá de acontecer
com os socialistas no poder, para assim a maioria ignorante finalmente perceber
que não foi o Diabo Passos Coelho nem liberais, nem imperialistas, nem ninguém
que quis fazer mal a este pobrezinho e sofrido povo só porque sim. Assim que um governo sério
tentar corrigir os problemas, os socialistas terão o seu bode expiatório e o zé
povinho vai acreditar. E andamos neste impasse. A bomba terá de rebentar com os
socialistas sentados no poder. Só assim até o mais burro conseguirá somar 1 +
1. Carlos
Almeida: Excelente artigo Helena que, cirurgicamente, exibe a
radiografia actual deste pobre país mal governado. De mentira em mentira,
avança o governo até ao próximo "casinho". Carlos
Pamplona: Artigo muito bom ⭐️ Alexandre Arriaga
e Cunha: Muitos parabéns
pela coragem. Artigo perspicaz e certeiro! Obrigado. Joaquim
Rodrigues: Obrigado Helena
Garrido pela caracterização "cristalina" da governação Costa. A
"arbitrariedade" passou a ser a "imagem de marca" do Costa
na definição das políticas públicas ´seja para o PRR, seja para as Bombas de
Hidrogénio, seja para a TAP, seja para o Plano Ferroviário Nacional, seja para
o Pacote da Habitação, seja para o que for. O Sócrates, ao menos, tinha a
preocupação de estudar e fundamentar, mesmo que com fraude à mistura, as
Políticas, Planos e Programas que apresentava. O Costa nem a esse trabalho se dá.
É tudo apresentado com base em "convicções", "fezadas" e
"achismos", sem qualquer racionalidade, estudo e fundamento. Em caso
algum são recolhidos e analisados dados, se estudam a fundo os assuntos, se
fazem previsões de evolução para o futuro, se avaliam soluções alternativas, se
fundamentam e justificam racionalmente as propostas apresentadas de
"Políticas", "Planos", "Programas" e
"Medidas". É a "arbitrariedade" que nos governa. E
cometem as maiores enormidades e arbitrariedades para levar os seus "achismos"
(interesses dos mais mesquinhos) avante. Aconteceu assim no programa Habitação.
Aconteceu assim, quando aldrabaram a divisão territorial do País em NUTs II,
que tinha sido adoptada com base em estudos multidisciplinares e que é
essencial para efeito de adequado estudo e execução dos PROTs (Planos Regionais
de Ordenamento do Território). Sem qualquer estudo, justificação, racionalidade
e fundamentação, têm o desplante de subverter a delimitação das NUTs II, apenas
com o objectivo de aldrabarem a Comissão Europeia e os indígenas e poderem
sacar Fundos Comunitários às Regiões mais pobres do País e os aplicarem no
"arco ribeirinho na Margem Sul do Tejo", pertencente à Região de
Lisboa e Vale do Tejo, que é a Região mais rica do País, mais rica que a média
das Regiões Europeias, e que, por essa razão, já não tem direito a Fundos
Comunitários. No caso da ferrovia, o Sr. Galamba prepara-se para lançar um
concurso para a Linha Ferroviária Lisboa-Porto, a que ele chama TGV, para fazer
uma aberração de Projecto em bitola ibérica, onde vão gastar muitos biliões, à
custa dos contribuintes, que é contra os interesses dos cidadãos, da economia
portuguesa, de Portugal e da União Europeia. A “Bitola Ibérica” tem apenas como
objectivo manter uma “Barreira Proteccionista” à entrada de operadores
ferroviários internacionais, no mercado nacional. A Comissão Europeia já
declarou que não financiaria o projecto do Sr. Galamba, por contrariar o Plano
da Rede Ferroviária Transeuropeia aprovado por todos os Países da União incluindo
Portugal. O que o Galamba se prepara para fazer é um crime económico que vai
condenar Portugal a ficar de fora da Rede Transeuropeia Ferroviária de
Transportes e a condenar a eficiência do transporte ferroviário em Portugal
para todo o sempre. (Na ligação ferroviária Madrid-Barcelona, operam, em
concorrência, Companhias Espanholas, Francesas e Italianas e o custo da viagem
fica a cerca de 2 cêntimos/Km, a uma velocidade de 250 Km/h. Na ligação
ferroviária Lisboa-Porto a CP, por favor, com muitas greves à mistura,
oferece-nos uma viagem com um custo de 9 cêntimos/Km, a uma velocidade de 113
Km/h.) É na "arbitrariedade" das políticas, definidas com base na
subjectividade dos "achismos" pessoais, que o Costa e o Galamba se
entendem na perfeição. A Comunicação Social tem a responsabilidade e a
obrigação de informar e esclarecer os portugueses sobre este projecto que é de
vital importância para o futuro do País. O País, todos nós, vamos pagar tudo
isto muito caro. João Ramos: Bom artigo mas não estou de
acordo com o incluir José Sócrates no mesmo grupo de Cavaco Silva e Pedro
Passos Coelho, enquanto estes dois homens de Estado fizeram tudo para pôr o
país no bom caminho, Sócrates fez exactamente o contrário e se alguma coisa fez
fê-lo sempre no intuito de aumentar o seu pecúlio pessoal, seja através de
empresas pouco sérias ou de amigos com a mesma característica. Costa de facto
não tem nada para apresentar de positivo para o futuro do país, mas Marcelo
também não, pois conviveu alegremente durante os últimos 7 anos com toda esta
decadência!!! João Eduardo Gata:
A responsabilidade pelo
Bloqueio é somente do PS de Sócrates/Costa, mas sobretudo de Costa, um político
medíocre, que vive de tácticas soezes que só têm prejudicado o País, e que
nunca, mas nunca, teve qualquer plano estratégico para Portugal. O que o move,
se sempre moveu, é conquistar Poder, pelo Poder, e nunca para servir a
comunidade e a sociedade como um todo. António Costa é e sempre será
uma Fraude, um Embuste, um Logro. Pedro Calvão: Ler a Helena Garrido nesta
crónica foi como ouvir um pianista virtuoso, tocou nas teclas todas e deu um grande
concerto. Muito bom, bravo. João Floriano: A habilidade de António Costa é
directamente proporcional à iliteracia política dos eleitores portugueses que
quando votam , ou fazem más escolhas ou
o que é ainda pior, não votam e fazem crescer o número de abstencionistas. Mais
do que o CHEGA são os abstencionistas que garantem ao PS a permanência no
governo, sem esquecer as estratégias erradas do PSD. Helena Garrido diz algo
muito significativo sobre o falhanço do PRR. Quando um prato já está demasiado
partido, não há cola que possa reunir os cacos e é assim mesmo que está
Portugal: em cacos. Nada funciona. é assim que o PS vai deixar Portugal ou
ainda pior vai continuar a deixar morrer Portugal. Num país moderno com
esperança num futuro, António Costa , o PS e todo o seu séquito de seguidores à
sua esquerda, já estariam fora das intenções de voto há muito tempo. Mas como
somos diferentes até conservamos no nosso Parlamento uma relíquia histórica que
os restantes países da Europa já há muito tempo descartaram: o PCP. Diz muito
sobre o nosso atraso e ignorância. Paulo Oliveira: Agora toda a gente bate no
homem. Gostava de ter visto estas opiniões em 2016. Que diabo, qualquer um com
dois dedos de testa previa que era isto que iria acontecer. Lembro-me bem de a
Leninha achar a geringonça positiva e o Costa um génio. bento guerra > Paulo Oliveira: Pois é, eu também! E a questão
é que vai haver dinheiro até ao fim dos mandatos. Aguentem! Ana Maia > Paulo Oliveira: Eu também gostava de ter visto
estas opiniões quando o BE das redações estava no governo, mas aí os
jornaleiros estavam caladinhos e quando caíram os 15 milhões do céu, mais
caladinhos ficaram, ou pelo contrário fizeram questão de propagar o que interessava
ao governo, a covid e ministra assassina: fechem-se todos em casa que senão morremos
todos, como se tornou hábito a CS fez da voz do PS a sua voz. E continua, todos
os dias temos inúmeros artigos a louvar inúteis. bento guerra: Os portugueses merecem o que
têm e continuarão a ter ,enquanto o PS for um redistribuidor de dinheiro, sacado
às classes médias , esmolado à Europa ou emprestado. E enquanto a Comunicação
continuar a não abordar os problemas, em liberdade e discernimento. O
"partido euro-português" fonseca 07: Boa HG. Já esqueceu a economia pujante?
Pois
infelizmente ela não existe. A economia que temos exportações e turismo não são
obra de quem governa mas sim dos empresários. Ser empresário pode ser acto
heroico, pelo menos os pequenos, inundados de burocracia, impostos, taxas e etc. Rui Matos: Exactamente o que eu penso. A
distribuição do dinheiro em detrimento do investimento nas empresas, a culpa a morrer
solteira e o bicho papão do chega ,perpetuarão este status quo neste povo em
estado letárgico.
mjoao pgomes: O PSD não é alternativa ao PS, tem a mesma cultura política em versão mais
branda. Ou seja os mesmos tiques de estatização e acesso ao poder através dos
votos dos dependentes do estado. É por isso que vetou a proposta de uma nova
ppp para o hospital de loures, quer deitar mais dinheiro para cima dos professores,
sem querer reformar o modelo da escola pública que está podre. Ou seja, quem
quer caçar 2 coelhos ao mesmo tempo acaba por não caçar nenhum. No que diz
respeito ao caso Galamba, era mais pedagógico explicar ao país que o
primeiro-ministro não o pode substituir porque o que tem para escolher ainda é
pior. Relativamente aos fundos, se a Helena ainda tem esperança que desenvolvam
o país é porque ainda não percebeu nada. Há dias ouvi um economista português,
professor em Manchester, explicar no contra corrente, que há estudos sobre o
problema português. São os fundos. Não se aprende com os erros, arranjam-se
mais fundos para continuar com as mesmas práticas. Os fundos é que permitem a
manutenção do PS no poder. É por isso que o PS só se preocupa com o défice e a
dívida pública, as contas certas como diz a comunicação social, sem fazer
contas ao estado do país.
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