segunda-feira, 22 de maio de 2023

Estatuto

 

Que cada época exemplifica. Não é brilhante, o desta, num país resvalando, como Helena Matos e alguns comentadores tão bem expõem.

Para mais tarde recordar

O político: Cavaco Silva. O transeunte: Marcelo Rebelo de Sousa. O deslocalizado: António Costa. O amigo: Pedro Nuno Santos A minha chefe de gabinete: Eugénia Correia.

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 21 mai. 2023, 00:2975

O político. Cavaco Silva. Há 38 anos Cavaco Silva ditou o fim do Bloco Central e recusou um PPD que se definisse em função do PS. Agora, em 2023, Cavaco Silva veio lembrar ao PSD que este é um partido de poder. E convenhamos que é preciso lembrar-lho! Mas não só. Cavaco veio também dizer o que de tão óbvio se torna doloroso enunciar porque nos torna cúmplices: o PS está a destruir as instituições e o regime.

Mas sendo certeira a análise do antigo primeiro-ministro, temos de admitir que o nosso maior problema é o pós-PS. Ou mais concretamente: Portugal ainda é reformável? O país de que Cavaco Silva se tornou primeiro-ministro em 1985 tinha inúmeros problemas mas era um país mais jovem, com uma classe média ou aspirante a tal disposta a defender o seu modelo de vida, com uma população não anestesiada pelos fundos europeus que nos permitem empobrecer sem grande dor. Era um país em que se queria viver melhor cá dentro. Hoje não só esse país que deu as maiorias a Cavaco Silva não existe como aquele que existe se acomodou ao declínio, aos apoios extraordinários, ao estado a todas as horas. Há 38 anos o socialismo que se estranhara no PREC ainda não se tinha entranhado na vida de todos os dias. Em 2023 o PS tornou Portugal num pântano. E nós ainda sabemos viver fora do pântano?

O transeunte. Marcelo Rebelo de Sousa. Passavam dez minutos das duas da tarde da última sexta-feira quando Marcelo desceu do palácio de Belém até à rua. Para esse mesmo dia e hora a presidência da República já anunciara uma “conversa”. Depois desconvocara a conversa. E pelas 14h 10m a conversa do PR, que deixara de ser conversa, acontece sob o formato declaração em passo “faz de conta que estou a passear”:  “Mantenho o que disse há 15 dias”, “É um processo em circulação que acompanho atentamente, como todos os portugueses, quer na parte económica, quer na parte política. Quando for necessário, se for necessário, e nos termos em que forem necessários, eu faço uma declaração”.

O que aconteceu esta sexta-feira? Marcelo quis desmentir o Expresso que tinha como destaque da sua última edição Marcelo não segura Costa se Galamba cair? Ou quis desmentir-se a si mesmo?

Já tivemos o presidente a deambular enquanto comia gelados, o presidente a ir ao multibanco…. Agora temos Marcelo que sai pelo Pátio dos Bichos para reentrar pelo Pátio das Damas ou vice-versa. Este presidente transeunte, repetindo qual lengalenga: “Quando for necessário, se for necessário, e nos termos em que forem necessários, eu faço uma declaração” é um homem acossado à procura de um lugar seguro.

O deslocalizado. António Costa. Enquanto o seu ministro das Infraestruturas depunha na Comissão de Inquérito à TAP, António Costa assistia ao concerto dos Coldplay. Estranho? Sim, mas apenas para quem tiver andado desatento à governação de Portugal nos últimos anos: perante os problemas, António Costa invariavelmente deslocaliza-se. Sim, deslocaliza-se a si mesmo. Ora não está, ou, se por acaso está, comporta-se como se não estivesse. Na fase seguinte declara o assunto encerrado e a página virada. O anúncio de mais um programa de milhões (a execução é outra conversa) encerra o capítulo. Foi assim durante anos. Os governos de António Costa caracterizam-se por uma inaptidão que primeiro surpreendeu (lembram-se dos incêndios de 2017?) mas que acabámos por interiorizar: casos como o do “Bebé de 11 meses morreu enquanto aguardava transferência hospitalar. Heli-ambulância de Faro estava sem médico e a de Lisboa estava ocupada” ou da “Grávida de 8 meses fez mais de 200 km para ser atendida nas urgências“, que até há pouco nos indignariam, são agora vividos com a resignação de quem constatou que pior que um mau primeiro-ministro é um primeiro-ministro que não está cá para os problemas.

O amigo. Pedro Nuno Santos. “Pedro Nuno Santos está ao meu lado neste momento difícil”  afirmou numa entrevista à Rádio Renascença Frederico Pinheiro. Pedro Nuno Santos, possível candidato a líder, defende Frederico Pinheiro que por sua vez ataca João Galamba. Já João Galamba envolve José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, na ida da PSP ao Ministério das Infraestruturas no dia da zaragata (a propósito quando teremos tempo para pedir responsabilidades ao Governo pela extinção do SEF?) e também António Mendonça Mendes, este último por causa do SIS. Sendo que António Mendonça Mendes é irmão de Ana Catarina Mendes, a ministra que também aspira à liderança e garantiu que existia um parecer sobre o despedimento da CEO da TAP que depois Fernando Medina, que não é amigo de ninguém mas é visto como sucessor de Costa, veio dizer que afinal não existia. Salva-se Mariana Vieira da Silva porque como ninguém lhe liga não tem nada para dizer.

Muito do inexplicável destes dias passa pela resposta a esta pergunta: quem vai suceder a António Costa na liderança dos socialistas? O PS pós-Costa está em marcha à custa do governo.

A minha chefe de gabinete. Eugénia Correia. Esta jurista passou a integrar a galeria de figuras rocambolescas com que o PS regularmente nos brinda: Eugénia agarra mochilas. Eugénia conecta-se com o SIS sem dizer nada a ninguém. Ou dizendo mas não dizendo a quem disse, Eugénia lembra-se de tudo mas não se lembra de quem mandou fechar Frederico Pinheiro no ministério. Eugénia chora ao telefone… Desde os tempos do amigo Carlos Santos Silva de José Sócrates que não se via uma dedicação como a que a chefe de gabinete de João Galamba vota ao ministro e o ministro à chefe de gabinete. Parece-me óbvio que nem um nem outro têm condições para continuar nos cargos que por enquanto ocupam.

PS    POLÍTICA    O FIM DO CAVAQUISMO    PAÍS    ANTÓNIO COSTA    JOÃO GALAMBA    MARCELO REBELO DE SOUSA    PRESIDENTE DA REPÚBLICA

COMENTÁRIOS:

Isabel Amorim: Excelente artigo como nos já habituou. De facto as perspectivas são deveras deprimentes. O patusco do sr costa já teve tempo suficiente para encarar a sua falta de capacidade para governar fora da sua casa quanto mais o nosso País, arrebentou com o País no que de bom lhe restava. Imaginar aquela coisa chamada Medina outro igual para pior é deveras desanimador...as "senhoras" ministras" "chefes de gabinetes" (quotas inclusivas) é o que se vê, nem numa empresa de prestigio eram postas a falar com os clientes, seriam aconselhadas a trabalharem nos bastidores, mesmo com a arte e conhecimento do esteticismo do séc XXI, não há milagres.... Um exemplo que poderia vir de cima com a obrigação de ser um bocadinho melhor era o sr marcelo, mas o popularucho vaidoso, inebriou-se quando se prostituiu na TV, debitando previsões, resumindo livros que não leu, e seduzindo as donas de casa que acharam um homem com classe para ser o Presidente delas e convenceram os maridos. Um "homem" que luta pelo planeta mais verde mas sempre que pode, nos intervalos das lambidelas de um bom Santini escapa-se para o Brasil e não vai a nado. Costumava ser mais democrática em relação às oportunidades para todos, mas deixei-me disso perante as evidências. Ser educado e ter princípios é grátis e transmitido pelas gerações anteriores, pais e avós. Salvo algumas excepções, claro. Este tipo de gentinha que popula e trepou para alcançar o sonho de ser alguém, através da batota, é só a continuação do que faziam na escola lá do bairro quando trocavam cromos enganando os colegas. Aprenderam a enganar já no tempo da primária que foi quando abriram os olhos. Aprenderam a ser observadores nas reuniões de condomínio quando acompanhavam os pais (ou padrastos, ou companheiros das mães)  lá do bloco Z, aos gritos com truques e manhas para que lhes fizessem as obras nas marquises desejadas .e o facto é que funcionava, senão partiam aquilo tudo. Depois para serem "alguém" e a preço de saldo e com mais manhas aprendidas, saíram daquele inferno e foram "estudar". A batota continuou e com sucesso. Afinal eram mais espertos que os tótós marrões, mas as empresas de prestigio (capitalistas) não os quiseram lá, assim como certos sítios da noite e festas a que não tinham acesso, faltava-lhes a tal de educação grátis dos pais e avós que estiveram ausentes e gritavam muito. No futebol constataram que toda a ausência de educação era aceite. Podiam gritar, insultar e dizer palavrões, e tinham um cartão a dizer Dr. Uns espertos passaram palavra que no PS (Blocos e afins excepto o PCP) eram bem recebidos e podiam "subir" com a mesma batota do costume com a mais valia que haverá sempre um colega que os defende. Estão no paraíso e são os heróis do antigo bairro, chegaram longe apesar das adversidades. As mães já puseram as batas aos quadradinhos de lado e já não cosem as roupas, agora habituaram-se a perder tempo a limpar a piscina. Por causa dos abusos dos companheiros das mães, dos irmãos e primos mais velhos que se vestiam de mulher para ganharem uns trocos para as marquises, as nossas criancinhas educadas e sem traumas de maior, são obrigadas nas escolas e nos programas obrigatórios a ouvir como que castigadas o que o álcool e a ignorância fez nas famílias disfuncionais deles. Uns doentes "governantes" estão ao leme de um país que não conhecem e desprezam. A História que se recusaram a aprender porque dava trabalho e o copianço deu muito jeito. Como não têm história de família (por ser disfuncional) a História do país logo não existe. Acho mesmo que somos "governados" por gente psicopata com problemas não resolvidos. Se as pessoas esclarecidas e atentas ao que se passa deixarem de olhar para o umbigo a quererem um partido perfeito abstendo-se, e se as direitas não se unirem, estamos irremediavelmente perdidos. comprometendo as gerações futuras.                 Cisca Impllit: A Helena Matos é superiormente lúcida. E claro - chega a doer!              Lúcia Henriques: Muito bem resumido. Eu culpo o presidente deste descalabro, devia ter demitido o governo em 2017 e só falou grosso depois de cento e tal mortes.           Sérgio: Brilhante, como sempre.                 Carla Martins: Muito obrigada, Helena Matos, pela lucidez. Que retrato tão fiel que, infelizmente, nos deprime. Os Portugueses merecem bastante melhor que este conjunto de personagens que nos governam ou assessoram quem governa.                    Maria Emília Santos Santos: O povo português tem medo! Tem muito medo de tudo, por isso, não quer sequer, pensar em ter de decidir alguma coisa, por muito simples que seja, porque têm medo de errar! A insegurança tornou-se dominadora no meio de um povo que empobrece a cada dia que passa! As doenças, as viroses, a falta de médicos, o desemprego, a confusão na comunicação social, o dito por não dito, as fake news, a desordem nas escolas dos filhos, a deseducação, as injustiças, a corrupção abençoada pelos governantes e juristas, a imposição arbitrária das leis fracturantes, a apresentação das ideologias loucas como ciência comprovada, a valorização da estupidez e desvalorização de actos nobres, o querer apagar a nossa História, tudo deixa um rasto de confusão e medo, tal como pretendem os malvados da governação!                  Domingas Coutinho: Ele não está mas tem os 2 lacaios de serviço ainda por cima dispostos a dizer tudo e mais alguma coisa. Sabem a quem me refiro? Brilhante Dias e Mariana Vieira da Silva pois a Ana Catarina Mendes que cometeu uma argolada a propósito da TAP, desapareceu de cena.              Maria da Graça de Dias: Como sempre, excelente artigo. Pertinente e incisivo. Quando HM questiona " E nós ainda sabemos viver fora do pântano?". Não podemos ignorar o desinvestimento premeditado deste PS na Educação e na Cultura desde 2015. Um governante com o perfil de AC sabe bem que um povo mais instruído será mais difícil de manipular e enganar, e este governo autocrático e autoritário, com as suas políticas levou à escala "zero" a Liberdade dos portugueses saberem Pensar.                Alexandre Barreira: Pois. Cara Helena. Também para mais tarde recordar: Em 2015 "puxou-o-tapete". Ao seu "amigo" Passos Coelho. E agora vem armado em "egrégio avô"....!                Vitor Batista: Estes xuxas riem-se com a sua incompetência e com a nossa indignação, pois quando chegar a hora de serem corridos, já estarão bem da vidinha com o produto do roubo.             João Floriano: O Político Cavaco Silva tem vindo num crescente de apreciações demolidoras ao governo PS e a António Costa , as quais são incontestáveis. Não obstante, a justificação para se ter cuidado no pedido de novas eleições legislativas, está no parágrafo 2 do artigo. A população de 2023 nada tem a ver com a de 1985. Passados quase 40 anos, os que tinham entusiasmo em 1985, acomodaram-se alguns bem confortavelmente e encaram a emigração dos filhos doutorados como uma necessidade. Daí novas eleições poderem resultar na eternização do pântano de esquerda e no fim da esperança. É fundamental que o PS e quem está à sua esquerda abandone cargos governativos e as próximas eleições são um caso de vida ou de morte para a direita portuguesa e para o PSD e para conseguir tal feito, todos são necessários, todos……              O Transeunte: Tivemos o gelado, agora as pedras no caminho do PR, pedras da calçada que ele recolocou no seu lugar. Impossível não encontrar simbolismo neste gesto. Mais do que isto apenas os jornalistas encontrarem Marcelo sentado à sombra no jardim do palácio de Belém em frente a um tabuleiro de xadrez e a preparar-se para um xeque mate ao rei. O Deslocalizado António Costa tem passado os seus governos a virar páginas de um livro que nem sequer lê. Não é por se carregar um livro de cá para lá que podemos garantir que estamos perante um intelectual. Não é por António Costa ter passado toda a sua vida na política que lhe confere a qualidade de bom político. Não é por um empregado da churrasqueira passar a vida toda a virar frangos que ele sabe o segredo do molho que tempera os ditos. O termo habilidoso tantas vezes usado como elogio que distinguia Costa, é hoje quase pejorativo tendo em vista aonde nos conduziu a sua habilidade. O Amigo Helena Matos descreve perfeitamente o que deve ser por estes dias o ambiente no Largo do Rato. Por detrás da serenidade aparente e do cerrar fileiras à volta do chefe ( já não são tão cerradas como num passado recente), aquilo por lá deve fervilhar de conversas sussurradas, conspiração atrás das portas, contar de espingardas, de apoiantes e afiar das facas que irão espetar nas costas uns dos outros. A Chefe de Gabinete Ao contrário do que Helena Matos sugere, Eugénia Correia não é fiel ao ministro mas ao seu próprio território. Durante anos, a Dra. Eugénia Correia desenvolveu a sua via profissional nos gabinetes do governo, sempre ao serviço do PS e não sei qual o seu percurso até chegar a Chefe de gabinete mas não deve ter sido fácil. Ministros entram e saem mas a Chefe de gabinete fica. Conhece melhor do que ninguém as conversas de casa de banho, os mexericos, os segredos dos ministros, os corredores, os elevadores. Olho para a sua imagem na CPI e ocorre-me que não deve ser uma pessoa que se queira ter como inimiga. Todo este escândalo veio permitir que entrassem e abusassem do seu território porque é ele que Eugénia Correia guarda, é a ele que devota a sua lealdade. Embora Helena Matos não o tenha referido, Frederico Cunha merece que se fale dele como o adjunto espiado. A CPI levanta questões pertinentes sobre as famosas notas, o que teria acontecido com o whatsapp do adjunto, a cópia secreta no seu computador de uma matéria tão sensível como a restruturação da TAP, a evidente falta de conhecimento sólido sobre o dossier por parte do ministro responsável, o qual dentro de semanas pode ter de negociar milhões e milhões com companhias aéreas internacionais, quem accionou o SIS, quem fala verdade ou mentira na cena de pancadaria no 4º piso e mais uma série de outras questões. No entanto tanto Eugénia como Galamba estão intrigadíssimos com dois comportamentos inexplicáveis de Frederico Cunha: o ter ido recolher os seus pertences logo que foi demitido, apesar de estar na área do Ministério, a caminho de casa e poder ter pensado que fazendo já isso organizava melhor o dia 27 de abril e as fotocópias a meio da noite, o que também pode ter uma explicação simples. Em vez de investigarem um comportamento potencialmente suspeito, os responsáveis lançam a dúvida. E a novela ainda não terminou.               Maria Augusta Martins > João Floriano: As notas eram de 500 euros e eram para distribuir por todos. Mas alguém as gamou e levou para casa na mochila do computador. Disto ninguém fala pois ficam todos mal. Mas a azia geral é por causa das notas da mochila do computador. Gostava de ter visto a cena, quatro ou cinco mulheres desgrenhadas e descabeladas a querer botar a mão na mochila do coiso!        João Floriano > Maria Augusta Martins: Curioso como não há câmaras de videovigilância no 4º piso! Se é lá que se encontra o gabinete do ministro também é lá que deverá estar a informação mais sensível. O 4º piso será o centro nevrálgico de operações do ministério. Mas nada de vigilância. Não tem lógica. Se alguém assaltar o gabinete pode muito bem nem ser identificado.                    Maria Cordes > João Floriano: Espantoso, que não seja comentado e destacado, o facto do ministro não conhecer o dossier da TAP. Também deve baralhar-se com o da ferrovia, o dos hipotéticos aeroportos, etc. As madrassas não dão competências. Tudo isto é inimaginável.                   Renato Pedro Milheiro Ribeiro: Não é que, afinal, o nosso inferno vai ter mais do que um diabo?                Nuno Borges: Costa chefia um governo abutre que adquiriu o país pela fraude e tem feito dinheiro com a exploração,  o desmembramento e a venda de tudo o que nele há.              Maria da Assunção Gaivão > Nuno Borges: Nem mais! Costa agarrou o poder sem o ter ganho, fez pactos com todos os diabos antidemocráticos que havia para depois os trair …E vem agora o Brilhante dizer que o discurso de Cavaco aos autarcas do PSD é … ( pasme-se) antidemocrático…Uma maravilha o nível desta escumalha socialista! Vivemos na Venezuela…              TIM DO Á: Quando li Costa o deslocalizada, pensei: Costa o descolonizado que odeia Portugal e os portugueses. Ao contrário de Sunak, que ama os britânicos e o Reino Unido e é mais britânico do que muitos britânicos.           bento guerra: Tirando o texto e o estilo, Cavaco não está longe do Chega. Está indignado. Estamos indignados. O Marcelo não foi aos gelados, mas encontrou um buraco. na calçada, que o servil Moedas mandou logo.                  Maria Melo: Assim, Portugal não é reformável! Quase toda a população depende do Estado, cujas instituições têm um modelo caro e ineficaz. É o modelo socialista “no seu melhor”, pior! Portanto, se queremos ter futuro, a solução é acabar com o socialismo. Note-se, isto não é um diagnóstico entre milhões, é a Solução. O modelo socialista, com o seu modelo de Estado Social é um regime falhado há muitos anos, comprovadamente em todos os países em que existiu ou ainda existe. Em vez de gerar valor, gera pobreza, miséria. Em alternativa, sugere-se o modelo de Estado liberal assistencialista, com o Estado reduzido às funções essenciais, (como a Justiça, o Ordenamento e Protecção do Território, Regulação e Fiscalização e a Segurança), pouco caro, mas eficaz, prestando ajuda a quem pede e realmente precisa. Ajuda essa sujeita a um contrato, em que o Estado se compromete a ajudar, mediante contrapartidas de quem é ajudado. O dinheiro dos contribuintes é “sagrado” e não pode ser malbaratado.              Nuno Borges > Maria Melo: O modelo socialista é o modelo do abutre.                                                      

 

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