quarta-feira, 17 de maio de 2023

Verdades inúteis


Revivendo, na expressão de quem sabe – JAIME NOGUEIRA PINTO - para mais acompanhado por tantos sabedores sérios do salazarismo e da defesa do Ultramar, contra a perversão astuta dos factos, por conveniência própria dos novos fazedores de dados. Lamento igualmente o branqueamento da História, com que os livros escolares vão ocultando ou minimizando a História nacional, omissos nas referências. E hoje até, num selo com a imagem do Padrão dos Descobrimentos, sobre a visita papal, apondo ridiculamente a figura do papa em substituição da do Infante D. Henrique, o iniciador da epopeia marítima, outros heróis laterais substituídos por imagens de adolescentes… Quanta pequenez cívica, para mais se nos compararmos com actuais defensores pátrios, bem à nossa vista, ao contrário dos esforçados atrevidos, nacionais ou menos, que o fazem pela calada, em troça pequenina...

Para uma memória alternativa

No 49º aniversário da Revolução, os episódios trágico-cómicos da nossa já madura democracia e a denúncia dos horrores do Antigo Regime com que nos vai entretendo, obrigam a alguma memória alternativa.

JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador

OBSERVADOR, 13 mai. 2023, 00:1839

O Estado Novo nasceu do fracasso político, social, económico e financeiro da Primeira República, um regime dominado por uma oligarquia partidária, os Democráticos, primeiro chefiados por Afonso Costa, depois por António Maria da Silva. Votavam então cerca de 7% dos portugueses, só homens, e o governo ganhava sempre, ou quase sempre, as eleições.

Em 16 anos houve 46 governos e a instabilidade e violência política deixaram muitas centenas de mortos. Apesar da democracia, as prisões de oposicionistas, sobretudo de monárquicos e católicos, mas também de republicanos conservadores, eram rotina. As tentativas para pôr fim a esta situação – como a revolução de 14 de Maio, de Pimenta de Castro, e, mais tarde, o consulado sidonista – acabaram violentamente com a contrarrevolução democrática ou o assassinato do “Presidente-Rei”.

Esta situação levou a sucessivas conspirações político-militares. Depois do fracasso do 18 de Abril de 1925, veio, em 28 de Maio de 1926, uma revolução militar de tenentes e capitães, que, a partir de Braga, triunfou sem resistência e foi aplaudida por todos os inimigos dos Democráticos, dos monárquicos integralistas aos sindicalistas.

Ou seja, a República Democrática caiu de podre, ainda jovem, também porque, na época, na Europa, as democracias estavam em crise: já havia o fascismo na Itália de Mussolini e a ditadura de Primo de Rivera em Espanha e o fantasma do Comunismo atirava os conservadores e as classes médias para o autoritarismo.

Para duas gerações de portugueses, a democracia tinha sido, não o governo do povo, mas o governo e os desgovernos dos democráticos. Salazar beneficiou desse descrédito. Só que as gerações e as memórias de Primeira República passaram e, depois de 1945, a democracia impôs-se na Europa Ocidental.

O Estado (Novo) e a Revolução

Em 1974 foi a vez do velho Estado Novo cair. A passagem do 49º aniversário do 25 de Abril coincidiu com vários episódios trágico-cómicos do folhetim com que esta já madura democracia nos vai entretendo, entremeada com doses de propaganda sobre os horrores do Antigo Regime. Tudo isto obriga a alguma memória alternativa, mesmo com o risco de nos repetirmos.

O Estado Novo era um regime nacional-conservador, instaurado por Salazar com o apoio do Exército. Era autoritário, não democrático, e sobreviveu à Segunda Guerra Mundial graças à incompetência das oposições e à Guerra Fria. A partir de 1961, teve um prolongamento, devido à guerra de África e à trégua e divisão da oposição democrática que, em parte, apoiou o Regime na questão do Ultramar; e a uma onda de patriotismo popular, muito bem aproveitada e dinamizada pelo Governo até meados dos anos 60.

O pano de fundo económico, em números, mostra que, nos últimos quinze anos do Regime, o PIB do país passou de cerca 93.000 milhões para cerca de 343.000 milhões de Escudos, isto é, mais que triplicou. Apanhou a boleia das décadas de ouro da economia euroamericana e, através dos planos de Fomento, com grandes investimentos na electrificação e nas infraestruturas, iniciou a modernização do país e uma nova revolução industrial.

Ao mesmo tempo, apesar das diferenças político-institucionais com os seus congéneres europeus, o país integrou-se na economia internacional: foi fundador da OCDE, em 1948, e da EFTA, em 1960, ano em que aderiu ao Banco Mundial e ao FMI. E a partir de 1962 passou a participar no GATT. No plano político diplomático, foi fundador da NATO.

Esta modernização traduziu-se num grande crescimento da Economia, sobretudo nos anos finais até 73 e à crise do petróleo. Houve, no período, uma deslocação da mão-de-obra do sector primário (49% em 1950, para 34% em 1973); também a escolarização no ensino secundário oficial passou, nestes anos finais, de 46.000 em 1960-61 para 123.000 em 1973-74, e no ensino superior, no mesmo período, de 5,5% para 13,5%.

Mas, apesar disto, em 1974, o Estado Novo, com quase 50 anos, estava velho. O país tinha um problema político-institucional: um regime que, estava em contramão sistémica com a área político-geográfica e cultural onde se situava. E um regime que era como que um de facto feito à medida pelo e para o seu fundador, a partir de uma conjuntura inicial – os anos trinta dos totalitarismos e autoritarismos europeus e a reacção nacional às desgraças da República dos Democráticos. E Salazar – há que dizê-lo – não se preocupava muito com o que aconteceria depois dele.

O clima cultural português era europeu e apesar da Censura e da PIDE as pessoas que liam e viajavam acabavam por ler o que queriam; e as proibições acabavam por levar sobretudo os jovens universitários da burguesia e das classes médias a alinhar contra o Regime. Hoje, enquanto não chegarem cá em força os cancelamentos e as reescritas, não há restrições, mas infelizmente lê-se pouco, bastante menos do que se lia nesses tempos de proibição.

A questão do Ultramar acabou também por atirar muita gente das novas gerações para a direita, não por causa  da ideologia do Regime, mas por causa do país e da sua defesa.

A mudança veio, assim, por quem tinha criado o Regime – pelos militares e pela revolta dos militares. A esquerda soube então cavalgar essa onda, manipulando inocentes úteis e inúteis e ocupando as comissões reivindicativas. Antes queimara, através dos seus agentes, “conspirações alternativas”, como a do general Kaúlza de Arriaga; os spinolistas “queimaram-se”, no 16 de Março, e no 25 de Abril, o poder militar derrubou um regime cujo líder tratou, acima de tudo, de se render.

Repetiu-se uma regra da Primeira República. Nos movimentos de agitação e revolução de rua, em Lisboa, entre 1910 e 1926, o número de baixas era significativamente maior quando, de um lado e de outro, ou só de um lado, havia civis armados, do que quando as coisas eram só entre militares. Era, de resto, uma regra europeia observada desde a Alemanha de Weimar e anunciada pelo general von Seekt, quando do putsch de Kapp, em 1920: “Truppe schliest nicht auf Truppe”, ou seja, “a tropa não dispara contra a tropa”. Assim, o golpe de Kapp, apoiado pela Brigada de Marinha Ehrardt, foi derrotado não pelos militares, mas pela greve geral e pela burocracia de Weimar.

O PREC e o Povo

No 25 de Abril, a tropa também não disparou contra a tropa e o Doutor Marcelo Caetano foi para o quartel do Carmo para se render. Depois, as forças da Extrema-Esquerda – até ao início de 1976 com a cumplicidade activa da Esquerda e até da “direita” do regime – neutralizaram qualquer resistência ao tempo e ao modo da descolonização, por via da força e de medidas compulsivas, como prisões sem culpa formada, denúncias e humilhações públicas de centenas de pessoas. A criação de forças partidárias de direita que não se subordinavam à cartilha da Esquerda foi também assim impedida e reprimida.

Em menos de seis meses, a jovem democracia conseguia ter mais presos políticos nas cadeias do que o anterior regime no dia 25 de Abril. Isto sem contar com os agentes da PIDE-DGS.

A Esquerda democrática nada fez enquanto não ficou na linha de risco. Então, à volta de uma parte do PS e do Dr. Soares, juntamente com o povo da direita que, órfão de dirigentes, foi para a rua com quem lá estava, resistiu. Outros, numa geografia com alguma tradição, desceram do Minho até ao Tejo, fazendo à Esquerda comunista o que ela tinha feito, onde podia.

A tropa quase nunca disparou contra a tropa; mas a partir de 11 de Novembro, concluída a descolonização com a independência de Angola, já passava a fazer sentido corrigir o equilíbrio de forças – e foi o 25 de Novembro. Nesse dia, a extrema-esquerda, com os paraquedistas manipulados mais a Polícia Militar, foi vencida pela reacção dos Comandos, com a abstenção dos Fuzileiros e do PCP. O Dr. Cunhal não queria uma guerra civil que sabia que perdia. Depois vieram o Centrão e a Europa. Que ainda cá estão.

COMENTÁRIOS:

Carminda Damiao: Muito bom.                  joao lemos: e assim foi!                Jorge Azevedo: Excelente síntese. Obrigado                    António Dias: Artigo de leitura obrigatória. Já é tempo de fazer balanço entre o Estado Novo e regime pôs 25 de Abril. Sou um democrata convicto e investigador em Ciência Política Contudo a lavagem cerebral que nos inculcam com a diabolização do Estado Novo serve para encobrir o desastre a que nos tem conduzido esta democracia ... Contra factos não há argumentos e este artigo científico demonstra o crescimento brutal que se verificou durante o Estado Novo, que evitou uma guerra civil ( tipo a de Espanha) evitou os horrores da II guerra mundial, iniciou a integração nas organizações europeias e mundiais e conseguiu a Fundação Gulbenkian para Portugal Seria útil conhecer profundamente ,o período do PREC e quantos presos políticos houve até 25 Nov de 1975 e as torturas com choques elétricos a que foram sujeitos os presos sem culpa formada . A Descolonização criminosa de Mário Soares e Cunhal que são responsáveis por 3 milhões de Mortos das guerras civis de Angola e Moçambique Recordar que há 2 políticos beirões que descansam nos cemitérios da beira alta. Salazar( o terrível ditador) que entrou pobre na política e saiu paupérrimo servindo Portugal e o grande democrata Jorge Coelho socialista ( ex PCP) que entrou na política pobre , mas morreu multimilionário após 8 anos de governante da democracia Este é só um pequeno exemplo para melhor compreender a realidade Antonio Marques Mendes: Soube a pouco. Falta explicar como é que um golpe militar para resolver problemas corporativos foi infiltrado para entregar as colónias aos soviéticos. A surpresa foi a revolução popular que se seguiu onde vários movimentos de direita e esquerda se digladiaram pela conquista do poder até 28 de Setembro de 1974, seguido de um ano de tentativa de conquista pelos comunistas que acabou derrotada no 25 de Novembro pela esquerda moderada que criou o regime socialista em que temos vivido até hoje à custa das reservas deixadas por Salazar e dos fundos da União Europeia. Do orgulho da pobreza Salazarista passámos a mendicidade actual. Triste sina de um país com a nossa história!                  A Sameiro: LUCIDO!!!!      Francisco Almeida: Excelente resumo histórico e, sobretudo, muitíssimo oportuno. Ainda hoje não sei - e sei mais do que a maioria - porque se abstiveram os fuzileiros que tinham de facto a capacidade de dominar militarmente Lisboa Mas é preciso insistir na abstenção do PCP. Acabar de uma vez por todas com a narrativa do corajoso dr. Soares a lutar contra os comunistas. PCP e Mário Soares temiam o descontrolo da extrema-esquerda e ambos negociaram o 25 de Novembro com Melo Antunes. O PS ganhou o acesso ao poder que a extrema esquerda lhe impedia, o PCP ganhou imunidade pelos crimes cometidos no PREC.                  Maria Melo:  “Truppe schießt nicht auf Truppe.”                  Maria Emília Santos Santos: Precisamos de olhar para a imensidão de obras extraordinárias e de progresso que fez Salazar e das que o PM de hoje tem feito! Comparar e então falar!              Liberales Semper Erexitque > Maria Emília Santos Santos: Desta vez fez-me rir, tem a certeza de que quer o Kostas "empoleirado" durante 40 anos?               MCMCA  > ALiberales Semper Erexitque: O Costa não estará 40 anos mas o PS sim com a contínua compra de votos que conduzirá à dependência estatal de um número cada vez maior de pessoas e a consequente destruição do tecido produtivo porque tendo as necessidades básicas asseguradas para quê trabalhar se os impostos tudo levam                 Liberales Semper Erexitque: Uau, criticou o "botas" de Santa Comba! Afinal não era assim tão estadista como isso, e estava-se nas tintas para o país após ele - e estava mesmo! Não posso deixar passar em branco o número de ilusionismo de apresentar o PIB de Portugal em escudos para "calcular" o seu aumento durante quinze anos, um passe de magia em que a inflação entre 1958 e 1973 simplesmente levou sumiço. Enfim, não me falem sobre a "honestidade intelectual" do nosso Jaiminho - tudo o que ele escreve, sendo normalmente interessante, é para analisar com pinças!                Maria Tubucci: Excelente lição de História, JNP. A Europa alimenta o centrão, que é o cancro da nação, que a conduzirá à sua destruição.                  Maria Madeira: Interessante artigo.               paulo mariano: Como em dúzia e meia de palavras encontramos o básico essencial. Aprendamos todos que o Jaime Nogueira Pinto não dura para sempre. Obrigado.            Censurado sem razão: Convém lembrar sempre o que é a esquerda. A mais abjecta das ideologias. A esquerda não faz presos políticos, defende a democracia. Por onde puseram a pata, a defesa da democracia foi tal que desapareceram do mapa quem os contrariava. Mas são os ditos democratas. Vivemos tempos perigosos.               Hás De Cá Vir: Gosto muito de ler os seus artigos e os seus livros, mas irrita-me quando escreve "esquerda democrática". O Sr acha mesmo que há ponta de democracia na dita esquerda?               TIM DO Á: JNP sempre pela verdade face à abrilada desonesta e corrupta que roubou a independência a Portugal, endividou os mais novos e está a tornar o pais no mais pobre da Europa, quando era o que mais crescia antes de 74.             Maria Nunes: Obrigada JNP por mais uma excelente lição de História. É importante a oportuno relembrar factos históricos que nos levam a questionar sobre o nosso futuro. O 25 de Abril parecia ser impossível de acontecer. Nessa manhã o povo acordou estupefacto com o que as notícias emitiam. Será que qualquer dia teremos a mesma surpresa?                   Jorge Carvalho > Maria Nunes: Não. Por duas simples razões : primeiro na realidade já não há Forças Armadas, segundo vêm vindo fundos europeus que distorcem a realidade, alienam e anestesiam os votantes pelo que amenamente vamos perdendo a independência, cantando e rindo, levados por uma comunicação social prostituída e uma classe dirigente oligarquizada corrupta e maçónica.               Maria Nunes > Jorge Carvalho: Todos sabemos as causas do 25 de Abril, que no presente momento não existem. No entanto, a História relata-nos que, por vezes, por acontecimentos fortuitos, se desencadeiam forças inesperadas. Basta uma centelha para haver um grande incêndio. No dia 24 de Abril de 1974, não esperávamos o que aconteceu no dia seguinte. Era impensável a queda abrupta de um regime com 50 anos.                Pedro de Freitas Leal: Jaime, curto e grosso. Muito bem! Adorei o seu artigo.               Filipe Paes de Vasconcellos: Jaime Nogueira Pinto ficou-se pelo 1o. Capítulo. Mas ou a maralha que tomou o poder em 2015 é afastada rapidamente ou a História tenderá a repetir-se.             Tiago Manso: Haja quem tenha memória factual da história, e não a recicle! Obrigado JNP.               José Afonso: Excelente artigo. Obrigado.                   Alexandre Barreira: Pois. Não passam de histórias. Da "carochinha". Mudam os tempos. Mudam as vontades. O que hoje é mentira. Amanhã é verdade....!              João Floriano: Tem-se registado uma moda se assim lhe podemos chamar de revisitar o passado recente, mais precisamente o Estado Novo. O regresso ao passado não tem a ver com interesse histórico mas visa comparar o que temos hoje com o que havia no Estado Novo, de preferência ignorando os últimos anos porque não convém falar do elevador social, do desenvolvimento económico, do progresso registado sobretudo em Angola e Moçambique e comparar tudo isso com a estagnação que hoje caracteriza o nosso país. E não só estagnação mas alguns aspectos de condicionamento da democracia, os senhores que mandam nisto tudo, e que se começa a assemelhar perigosamente com o autoritarismo do passado. Estamos a ficar para trás e a tentarem convencer-nos do contrário. Esta visita tem tido o mérito de clarificar o que era o estado Novo: nacional conservador, autoritário, não democrático mas não fascista, termo esses que não se aplica apesar de hoje em dia ser extensivamente e abusivamente usado como o papão da esquerda contra quem não pensa de acordo com ela. Eu e os jovens da minha família que hoje são septuagenários e octogenários bem integrados, somos a melhor prova de que o elevador social nos anos terminais do estado Novo funcionava e bem . As faculdades tinham muitos alunos que como nós provinham de famílias  pobres. E não precisávamos de quotas.                  Joaquim Almeida > João Floriano: E tudo o esquecimento levou...                    Manuel Fernandes > João Floriano: Caro João Floriano, subscrevo na íntegra. Cada linha e cada vírgula, incluindo o escalão etário e as virtudes do mérito como elevador social no sistema de ensino do Estado Novo.                bento guerra: Uma visão , o que na leitura da História, leva à tentação de usar óculos coloridos. O Estado enviou para combater em África centenas de milhares de jovens, onde várias dezenas de milhares regressaram em caixão ou estropiados. A tropa de função (porque a maioria era arrebanhada pela lei) começou a não aguentar sucessivas comissões, impostas por uma situação criticada internacionalmente. Tinha de apodrecer, assim nos tornámos "democratas". O "bem estar tranquilo" do salazarismo, conseguira controlar de modo repressivo, o jogo social do trabalho e do capital               TIM DO Á > bento guerra: Morre mais gente nas estradas em Portugal numa década do que morreu em toda a guerra do ultramar. E a repressão era só sobre os comunistas que queriam implantar em Portugal uma ditadura bem mais sanguinária e absoluta com a detenção de toda a propriedade e a proibição de saída do país da população como faziam na cortina de ferro. E implantar a miséria total como havia nos países de leste e ainda há na Coreia do Norte.          Joaquim Lopes > bento guerra: Um traidor comunista não sabe do que fala ou então vomita disparates, também colaborou com o MPLA e a Frelimo e com os "abrilistas  militares de carreira traidores" que colocaram no poder regimes corruptos de África, Angola e Moçambique? A I República mais que arrebanhou, algemou pelas aldeias os jovens roubou-os às famílias, do Portugal profundo, isto tudo feito pelos sequazes de Afonso Costa, Bernardino Machado e João Chagas dos "democráticos", levando gente para as frentes de batalha, sem preparação militar, por vaidade de gente de salão a viverem à custa do Estado a quem apenas lhes interessava o poder do Partido Democrático de Afonso Costa. Portugal entra na Grande Guerra em 9 de Março de 1916, por Lisboa ter apresado navios alemães e austríacos. Brito Camacho líder dos unionistas apoiavam uma intervenção em África - motivo, os alemães tinham-nos atacado, por termos sido atacados pelos alemães, a população apoiou e nem descortinou qualquer sentido, provocando grande revolta nas populações e nos militares ao enviar tropas para França, a vontade de Afonso Costa, Bernardino Machado e João Chagas, entre muitos outros, acabou por se concretizar com o envio do Corpo Expedicionário Português para França, onde passou pela terrível prova do fogo de La Lys, na última grande ofensiva alemã, na Primavera de 1918. O CEP, (Corpo Expedicionário Português), formado em Tancos com grande esforço e perante a hostilidade popular, foi transportado para França e integrado, com as tropas inglesas, num dos sectores que viria a suportar o peso da ofensiva alemã na Primavera de 1918, em 9 de Abril , em que sofreu baixas elevadas. Estas campanhas criaram em muitos dos que nelas participaram, sobretudo os jovens oficiais da Flandres, um sentimento de hostilidade ao regime, que os mandava para a frente sem que lhes assegurasse as condições logísticas e materiais mínimas de operacionalidade e dignidade Em França estiveram mais de de 50 000, de acordo com o número de regressados entre 1917 e 1920, e os mortos na Flandres foram 2086, dos quais 1306 em combate e os restantes por acidente ou doença. Para Angola seguiram cerca de 12 500 expedicionários da Metrópole, dos quais 736 morreram em combate ou por doenças; para Moçambique, o número de expedicionários andou por 18 500 (dos quais 825 oficiais), com 16 oficiais e 38 soldados mortos em combate e 7 oficiais e 1938 soldados , vítimas de doenças. Os de hoje deste regime, são os que têm o mesmo ADN dos miseráveis da I República dos "democráticos" de Afonso Costa apoiado por civis armados do "Lumpen" de Lisboa, lixo humano.               Maria Nunes > Joaquim Lopes: Muito bem. A verdade histórica acima de tudo.                       bento guerra > bento guerra: Eu só queria referir-me ao "engarrafamento politico" do velho regime, que levou à sua queda. Mas, demais, para a burrice de muitos que andam por aqui             MCMCA A > bento guerra: Morreram em África durante a guerra de 1961-1974 10.000 homens (ver as estatísticas) muitos dos quais em acidentes e não em combate.                       Francisco S Ferreira: Ou muito me engano ou não estaremos muito longe, de ter a oportunidade de ler a actualização que Nogueira Pinto fará a estas memórias com os acontecimentos que levarão à queda da III Republica. A decomposição da monarquia liberal, os reflexos da crise de Walt Street, o desabar da ordem económica , a crise do petróleo de 1973, se não foram causas foram fortes prenúncios, catalisadores do apodrecimento dos regimes. Hoje o apodrecimento existe e, do caminhar sonâmbulo para a desagregação da paz e da Babel europeias, potenciais catalisadores são coisas que não faltam.                 Jorge Carvalho: Parabéns ao intrépido JNP que com factos históricos com lucidez e coragem deixa para o futuro a realidade histórica do embuste da esquerda portuguesa nestes últimos 100anos. Sem a verdade a escumalha da esquerda que tem liderado este processo será impreterivelmente a grande perdedora.                 Jorge Tavares > Jorge Carvalho: Não quer dizer antes "com a verdade"?              Américo Silva: Boa crónica à qual me permito acrescentar que Salazar não acreditava muito no que aconteceria depois dele, sublinho a abstenção de Cunhal no 25 de Novembro, mas falta aqui a atitude decisiva de Carlucci, que foi quem colou Soares aos acontecimentos do 25 de Novembro.

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