quinta-feira, 25 de maio de 2023

São vários os gostos

 

Sobre o amável texto de Maria João Avillez a respeito da Madeira e seus progressos.

Ar atlântico

Porquê a Madeira no meio “disto tudo”? Porque há mais vida além de Galamba. E mais país. Como o ar deste Atlântico português.

Maria João Avillez Jornalista, colunista do Observador

OBSERVADOR 24 mai. 2023, 00:2225

1Tem o desafio na voz, a pressa no corpo, a urgência na acção. Para o bem e para o mal faz política com vertigem: correndo, desafiando, decidindo, mandando. Intenso, instintivo, intuitivo, é um guerrilheiro. Capaz de impiedade e incapaz de desistência, aprecia-se sem modéstia e vive para o que sempre quis: a política. Preferindo ora a guerrilha, ora a governação; a confrontação ao diálogo, o mando ao consenso. O Presidente do Governo da Região da Madeira desliza sobre dossiers e questões sectoriais, o guerrilheiro combate até ao osso e o guerreiro repousa, sentando-se todos os dias ao piano quando chega a casa. Miguel Albuquerque, 61 anos, gosta de rosas – é com frequência convidado para integrar júris de concursos de rosas, orquídeas e por aí fora – e pratica a viagem com paixão. Agora foi o Presidente da República que lhe deu um bombom, convidando-o para o acompanhar ao 10 Junho a celebrar na África do Sul. O convidado irá: ah sim “estiveram zangados, já fizeram as pazes”. Ah bom? O que lá vai, lá vai. Não sei se Miguel Albuquerque alguma vez terá o estatuto de personagem nacional mas já tem assinatura e deixará marca. Um bom princípio na política. Conheceu a glória e a desglória, incensaram-no, difamaram-no, confiaram, desconfiaram, mas que importa? Contra ventos e marés Miguel Albuquerque, está. Pelo voto. E ao que dizem, continuará a estar. É certo que nunca como agora os ventos oposicionistas sopraram tão fracos, nem as marés da critica correram tão mansas (e longe vai o tempo em que Paulo Cafofo, liderando o PS da Madeira, quase lhe ganhou as últimas legislativas, mas Cafofo já não está).

 2 É verdade, a vida sorri ao Presidente da Região Autónoma da Madeira. Ensinaram-nos que ” a sorte protege os audazes”, não sei se será o caso, é mais seguro falar de números. Venho do Funchal, ouvi gente, informei-me junto da oposição, falei com ex-governantes, conversei com o Presidente do Governo. Ninguém (me) torceu o nariz aos algarismos e estatísticas difundidas pela Quinta Vigia, sede do governo regional. De repente — surpresa – o pequeno arquipélago (e quantos milhares de continentais teimam ainda em não o descobrir, preferindo-lhe Cancun ou Varadero?) dá cartas no todo nacional: o flagelo da carga fiscal baixou para 29% do PIB (no continente está em 36%); a dívida, idem: (lá, 89%, aqui, 113%); a inflação também é menor lá que cá. O desemprego veio igualmente escada a baixo (nunca terão sido tão baixas as suas cifras), e last but not least, “quintuplicou a receita do volume de negócios”.

3Numa sala contígua ao seu gabinete, ouço Miguel Albuquerque regozijar-se com um outro número. Mais um. Subentendido claríssimo: é que muito mais que um número, trata-se de um feito. E razão maior para o regozijo, o número ilustra o acerto de uma promessa eleitoral onde se diluía um sonho (ou onde um sonho se transpunha para uma promessa política). Fosse o que fosse, era algo a que o então candidato à presidência do governo atendia com veemente empenho nas duas vezes em que concorreu às legislativas regionais: a diversificação da economia. Impedir que o arquipélago continuasse a viver “do” turismo e que os filhos e netos daquelas duas ilhas mantivessem como destino quase único servir á mesa ou ajudar nas cozinhas dos hotéis. Alguns anos depois, a aposta na área das Tecnologias e da Inovação traduz-se em milhões. “Não faltará muito tempo para que as receitas das Tecnológicas venham um dia a igualar as do Turismo.” Segundos depois, o entusiasmo do meu interlocutor voa célere sobre mais números: “Em 2019 e 2022 os proveitos do Turismo foram de 528 milhões de euros. As empresas tecnológicas na Madeira já em 2021, facturaram 521 milhões, uma subida de 24% relativamente a 2020. Ainda não vieram os de 2022 mas… tudo indica que possam vir a ser superiores aos do Turismo.” Num galope sobre factos e feitos, resultados e proveitos fico ainda a saber que “em 2021 havia já 419 empresas tecnológicas sediadas na Madeira.”

 4Não há bela sem senão? Há décadas que vou à Madeira, há décadas que escrevo sobre o que vejo, há décadas que no auge da governação de Alberto João Jardim ou que hoje na de Miguel Albuquerque, muita gente projecta a sombra das “construtoras”, do imobiliário, dos grupos hoteleiros, sobre o arquipélago. Que o mesmo é dizer a sombra do seu poder, sobre “o” poder; da sua influência sobre nomes, escolhas, decisões. Os próprios governantes – ontem Jardim, hoje, Albuquerque — sempre obviamente o negaram mesmo quando nos elencos governativos subitamente entrava – ou entra — A, saindo inesperadamente B. Uma valsa dançada por entre os remoques ressentidos das terras pequenas.  (Pequena nota não despicienda a propósito de elencos, porque as memórias são curtas: o que ninguém agradecerá suficientemente a Rui Gonçalves — hoje na Repper, em Bruxelas — foi o modo como o então Secretário das Finanças do primeiro governo de Miguel Albuquerque, lidou com o alçapão da divida herdada das anteriores governações: nunca deixando a Região cair no alçapão, restaurando a divida, as finanças, a saúde económica do arquipélago, e cumprindo sem falha nem atraso, o programa de austeridade exportado do continente para a Madeira.)

5E Jardim? Jardim “não me pôde receber”. Ou não quis, mas a jornalista teria tido o maior interesse nisso. Permanecem por contar (e perceber) as suas relações com um sucessor — o único – que se atreveu a destroná-lo de um trono que ameaçava roçar a eternidade. Alberto João Jardim nunca poderá nem esquecer nem perdoar – não faz de resto nem uma coisa, nem outra, em vários modelos. Miguel Albuquerque, de outra geração, e outro tempo político, gere a herança conforme as circunstâncias e as conveniências. Actuando e intervindo com os instrumentos conferidos por uma visão política com outra escala, mais cosmopolita e ancorada no futuro; de vez em quando recorrendo ao mesmo tipo de procedimentos do populismo “jardinista”. (Mas talvez seja assim que se faça política. Ali, hoje.)

6 Conclusão deste ar atlântico político? Quem conclui é quem vota. Cabe-me tentar interpretar: se não pode deixar de ser perplexante e talvez mesmo “desestimulante” ter ininterruptamente há mais de quatro décadas a mesma laranja estampada sobre a Madeira e o Porto Santo, também se estranha que em mais dessas mesmíssimas quatro décadas ninguém – ninguém, repete-se – tenha sido capaz de trocar de lugar com o PSD. Não há “construtoras” que possam explicar a dimensão desta incapacidade.

7Um acontecimento. Uma surpresa sem dimensão, sobretudo um privilégio para o país. O restauro — demorou mais de cinco anos – do Convento de Santa Clara no Funchal, tira a respiração. Um ar atlântico tão inspirado que quase nos transcende, nunca se sabendo que mais admirar, o que reter, para onde voltar a olhar. Para tudo, enfim, nesta felicíssima coabitação entre cinco séculos de arte e cultura através da qual se lê a história de Portugal e das suas sagas. Pintura, escultura, talha, azulejaria, prata, foram primorosamente restauradas. A recuperação coube à Insitu — o seu a seu dono –, tendo o Museu Nacional do Azulejo de Lisboa colaborado intensamente na recuperação e montagem de diversos painéis, centenas e centenas de azulejos, alguns raríssimos e compondo exemplares únicos no país; e o Laboratório José Figueiredo tendo também participado deste restauro com a qualidade que se lhe reconhece. O Convento é obviamente património do Estado português cabendo à Região a responsabilidade pela sua gerência. Ficou bem entregue. E Eduardo de Jesus, secretário Regional da Cultura e Turismo pode e deve agradecer aos deuses este reabrir de portas de Santa Clara: no exercício de um cargo governamental melhor seria muito difícil. Mas como os últimos serão os primeiros, evoco — e aplaudo – o “primeiro” deste dia, Francisco Clode, director dos Serviços do Património Cultural. Há muito que lhe testemunho o ofício e lhe admiro o inesgotável saber. Cabe-lhe muitíssimo no gosto e no cuidado da ressurreição deste Convento. Cabe-lhe igualmente a forma tão sedutora como partilhou o seu saber na visita que guiou. E já agora, parece-me que caber-lhe em vida a honra de ter liderado este restauro, é capaz de relevar do milagre. Inesquecível.

8Segunda conclusão sob a forma de pergunta: porquê a Madeira no meio “disto tudo”? Porque há mais vida para além de Galamba. E mais país. Como o ar deste Atlântico português.

PS: No último sábado o país recebeu um fortíssimo jacto político de um outsider que, embora outsider, não se exime em acordar a pátria. Desta vez, sem reservas e colocando todo o seu peso político e institucional naquele momento, Cavaco Silva utilizou-se a si mesmo, lembrando-nos como era: autoridade própria, sentido Estado, interesse nacional. Não foi porém o mais surpreendente antes a minúcia e o detalhe aplicados ao óbvio – aquilo a que os portugueses assistem diariamente — e como argumentar contra o óbvio? Cavaco Silva foi forte e preciso, concreto e directo. Só aliás a veracidade do diagnóstico explicará o desnorteado critério das reações socialistas e a falta de gosto no acinte: as oposições precipitaram-se no poço do seu próprio choque. Uma chatice ouvir verdades como punhos de um ex-Chefe do Governo ex-Chefe de Estado, dono de 4 maiorias absolutas sem autorização do PS. E ainda: quem ouviu, percebeu que no radar de Cavaco estava também quem no PSD lhe mina afanosamente o caminho ou lhe monta as armadilhas. E claro, estava Belém (mas Belém não seria Belém se saísse dos radares). Ou muito me engano ou poderá ser um exercício interessante verificar o número de vezes que haveremos de nos lembrar desta invulgar intervenção política.    

MADEIRA     PAÍS            

COMENTÁRIOS (de 25)

Pedro Queiros: Sobre as empresas tecnológicas sedeadas na Madeira. Não conheço uma que não esteja lá a não ser por motivos fiscais. ( Quais as taxas de IRC e IRS para pagamento de dividendos? ) Seria interessante saber quantos trabalhadores há nos sectores que não sejam administrativos..              Pedro Queiros: Esta crónica faz-me lembrar os Portugueses que a seguir ao 25 Abril visitavam os Países de Leste e vinham de lá maravilhados.                     Fernando CE: Brilhante.                     Alexandre Barreira: Pois. Cara MJA, Sim concordo. Sim, a Madeira evoluiu bastante. Mas acho que "pintou" exageradamente. O "jardim"....!             Luís Pombo: Muito bom, é sempre um prazer ler os seus artigos.                J. Lopes: Excelente artigo, mas este tipo de jornalismo está a morrer. Esqueceu, ou não teve ocasião de falar no Serviço Regional de Saúde da Madeira, criado no tempo de Alberto João Jardim, se não erro ao tempo em que era Secretário Regional dos Assuntos Sociais e Saúde um meu colega que chegou a passar pela AR, depois foi para a R A da Madeira, Jardim Ramos, homem e médico por quem tenho um apreço que vale pelo seu carácter e honestidade. A RAM tem um Serviço de Saúde que concorre com uns ACES, ganha de longe, escolhem o médico, têm Medicina Convencionada em todas as especialidades incluindo Medicina Dentária, para quem tem contrato ou para quem não tem, vai ao médico privado e não precisa mendigar junto do Centro de Saúde que lá há poucos, como em França onde não existem, para que lhes requisitem os Exames pedidos pelo médico Convencionado ou pelo médico privado, lá a esquerda não enxameou o Serviço Regional, como por cá, tornando- se num exemplo a seguir se querem construir um Sistema de Saúde sério. O MS é hoje um lugar com uma série de organismos que entopem e provocam uma despesa brutal, um enxame de médicos, enfermeiros e administradores nomeados que andam na porta giratória, são muitos da ordem de muitos da ordem dos milhares que nunca trabalharam no ofício, foram pelo cartão do PS e PCP que dominam o aparelho, que provocaram o descalabro do SNS, nos Hospitais, não apenas pelas PPP que destruíram para lá colocar os camaradas nas Administrações Hospitalares, formados na madrassa da ENSP, de onde veio CC um dos piores ministros da saúde que passou pelo governo, premiando as gestões que ultrapassam os contratos programas e os orçamentos ou dando ordens para inventar uma série de GDHs, sem justificação, de forma a aumentar o orçamento do ano seguinte. Nos Centros de Saúde as USF modelo B escolhem os doentes, para atingir os objectivos e os índices, onde só conta o que se recebe ao fim do mês, observei isso, durante anos numa USF A, sempre disse aos crentes que nunca passaríamos a B por não haver ninguém com cartão vermelho alaranjado no grupo alegremente formado que hoje está morto mas a placa ainda lá está e o ACES mantém alegremente a coisa como se a Lei não existisse. As USF modelo B têm outra particularidade, que é no mínimo injusta e que permite que um recém-especialista, por convite, como todos os outros, o controlo feito nas ARS e no MS, (como se viu pelas mentiras de médicos na AR hoje que em tempos foram médicos),dizia hoje que uma pessoa com pouca experiência clínica, ultrapasse colegas graduados e entre ou passe a substituir um médico que faleça ou que se aposente nas ditas USF modelo B, tornando hoje a sua constituição um anacronismo que só a política da Esquerda populista, PS, PCP e BE não querem ver mudada, até o PSD nem sabe o que se passa ou então fecha os olhos como Rui Rio e o seu deputado que falou vagamente no problema. Um médico de uma USF modelo B ganha mais do dobro de um de uma USF A, pelo menos 6 000 €, até os domicílios são pagos, o que não se passa nas A que leva à saída de médicos fartos da injustiça, os melhores vão para consultórios privados, se um dia os MCDT e as baixas passarem para os médicos privados as USF B ficavam às moscas. Por causa dos objectivos e das normas sem base científica, mas assobiam para o lado porque os órgãos reguladores não auditam, apoiam. O MS tem gente a mais e mais gente vai ter com as novas Leis aprovadas pela Geringonça, o SNS hoje não existe, os doentes têm medo de ir aos Hospitais e os Centro de Saúde têm filas às 4 da manhã e não, não são os números de utentes sem médico de família que o MS apregoa, são mais de 2 milhões e a crescer, colapsando os Hospitais e serviços. Se não fossem os seguros de saúde e os subsistemas, já teria havido uma revolta dos portugueses mais novos porque os velhos resignam-se e morrem sem apoio, por isso, a conquista de Abril foi a Lei da Eutanásia, celebrada pela manicure de serviço na AR, de nome de família Moreira não digo o primeiro, não possa ofender a criatura. A Madeira é melhor que o Continente em tudo!                   Henrique Valente > J. Lopes: Fica assim esclarecido quem fala pelo partido, que defende                      Helder Machado > J. Lopes: Claro e conciso. É pena que o jornalixo não relate estas anomalias para as pessoas saberem do paradoxo: os que mais se babam como sns, são os que desde há muito ajudam a destruí-lo. Graciete Madeira: Excelente texto, como é habitual em M. João Avilez.                Henrique Valente: Sinto-me cilindrado com esta crónica. Quem conhece a Madeira conhece o compadrio obsceno que existe naquela terra em que nada se faz sem a autorização de uma família em particular (e não é a familia Aveiro!!) e do Governo Regional. Falar de peso dos impostos numa ilha onde o estado Português, todos nós portanto, suporta um regime fiscal excepcional também me parece ofensivo. Depois todos os elefantes brancos (como aquela piscina que não apanha sol ou as zonas industriais desertas porque não foram acabadas) são o atestado do falhanço de uma dinastia que dura desde 1976. Estamos a falar de uma região com muita, muita, muita pobreza! Este texto é muito ofensivo, e gostava de ver madeirenses a comentá-lo!!                J. Lopes > Henrique Valente: Compare com o Continente não fale pelo partido que defende, falando diz o que não sabe! A Madeira se tivesse um governo do PS ainda hoje não se chegava a determinado lugares em pelo menos meio dia, não diga asneiras. Henrique Valente > J. Lopes: Eu não defendo nenhum partido. Diga-me uma coisa, algo do que eu disse é mentira?               Maria da Graça de Dias > Henrique Valente: Eu mesma. Está convidado a visitar a Madeira e concluir sobre o desenvolvimento da Ilha, o bem estar das pessoas que cá vivem, como funcionam os nossos serviços de saúde, constatar igualmente o funcionamento das nossas escolas e as aprendizagens dos alunos (...). Somos gente que ri, somos felizes. Será bem-vindo.              Henrique Valente > Maria da Graça de Dias: Confesso que conheço a Madeira do Caniçal a Porto Moniz e do Funchal a Porto Santo (inclusive a bordo do Lobo Marinho). Reconheço que os Madeirenses levam uma vida mais descontraída e bem-disposta que os continentais, mas progresso económico e independência estatal é algo que não existe. E não existe no continente também! O que me choca no artigo é que se passe a gestão política da Madeira como sendo exemplar! Posto isto, tenho saudades de comer umas espetadas em câmara de lobos e umas lapas no Muralhas no Caniçal             Maria da Graça de Dias > Henrique Valente: Então...quando vier à nossa Ilha, contacte posto de Turismo do Funchal, apresente-se, para que possa organizar um programa (não turístico), mas a um ou dois lares para idosos, visitar Centros de Saúde em lugares remotos da Ilha, como estão organizados apoios a idosos ( fora do Funchal), como funciona e como se articulam os cuidados paliativos, o ensino pré-escolar ou secundário...e muitas outras coisas que nos fazem sentir bem na vida.                 Henrique Valente > Maria da Graça de Dias: Nunca estive na Madeira em turismo, por isso sei bem do que falo quando digo que há uma família que controla a ilha e há um governo regional que tem tentáculos em tudo. É dos mais negros exemplos de como o 25 de Abril não resolveu todos os problemas com a democracia, a começar pelo domínio do porto do Caniçal que traz os bens necessários para a ilha até ao governo regional que cria quase a totalidade do negócio não turismo                 João Castro: Seria curioso fazer o mesmo exercício para a governação nos Açores, pós PS. João Pereira: Parabéns Maria João! De facto, o País não é só Lisboa com a sua maledicência e pequenez de visão! O País são Outros e bem haja a Quem os celebra!                Maria Nunes: Excelente crónica MJA. O PS ficou aterrorizado com as palavras de Cavaco Silva. Só assim se explica a grosseria e o desnorte como reagiram.  C Barria: Boa MJA. A senhora coragem, honesta, educada e esclarecida como sempre. Uma jornalista, que deveria estar mais na política. Já veio o Sr Cavaco apoiar o senhor Montenegro, Veio o Sr Balsemão, veio o Sr Alberto João. Do que mais precisa o Sr presidente? Pelo amor de Deus, perca o medo e faça o que é correcto fazer. Paulo Morisson: Tão refrescante e saudável esta crónica da MJA e afinal a Madeira, num Portugal tão sujo e tão doente                 JOHN MARTINS: É sempre um gosto ler as crónicas de MJA, quer, venham do Funchal ou de Lisboa. Já sobre o Sábado, histórico, da intervenção de Cavaco Silva, directamente, para o povo; o discurso foi tão directo e tão letal, que o governo de Costa, ficou atarantado e sem resposta, a contrapor a assertividade e objectividade de Cavaco Silva. Bem aplicável a frase: contra factos não há argumentos. Cavaco vestiu a T-shirt da selecção nacional. E ficou-lhe bem!

 

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