segunda-feira, 8 de maio de 2023

Insectos… humanos, com muita honra


Os tais do partido de que se trata aqui da mascarada ambiental. Com manobras e tudo, bastante comichosas, que lhes dão proveito, pois assim ganham a vidinha. Tais muitos outros, de outras artes partidárias, afinal. Do que se trata é dos ganhos próprios, alcançados por via imprópria, tudo debruçado sobre o caldeirão dos proventos chegados do exterior… O resto é pura treta, que o Gestor Ambiental e Florestal JOÃO ADRIÃO desmascara, juntamente com os seus comentadores, que bem esclarecem a fraude. 

Mas poderá ser também, é certo, por humildade cristã, de uma virtude de rebaixamento próprio, esta zelosa equiparação com os bichinhos, não sejamos tão exigentes assim, com uma verrina tão cega à bondade.

O PAN e os gafanhotos

O partido que se diz de pessoas é uma fraude que tenta cativar os votos dos que, confusos com a propaganda de protecção de animais ou natureza, votam naqueles que os consideram ao nível de gafanhotos.

JOÃO ADRIÃO Gestor Ambiental e Florestal

OBSERVADOR, 08 mai. 2023, 00:161

PAN é o seu terceiro nome. O partido foi fundado em 2009 sob a designação de PPAPartido Pelos Animais, mudou o nome em 2011 para PAN enquanto sigla de Partido pelos Animais e pela Natureza, para então, em 2014, passar a incluir Pessoas. O que, para um partido político, faz todo o sentido, já que, afinal, são as pessoas que votam.

Não obstante, o peso das pessoas para este partido fica demonstrado na intervenção de Alberto Pires, deputado municipal em Matosinhos:

“Há poucas semanas, o planeta Terra atingiu o número de 8 mil milhões de seres humanos, e somos muitos. Acho que é irresponsável estar a querer apoiar famílias numerosas. Porquê? São numerosas, foi uma opção sua. O SNS proporciona todas as facilidades de planificação familiar, portanto não há razão. Se as pessoas querem, insistem em povoar o planeta, pronto, façam-no à sua custa, e não à custa do estado. Se queremos trazer juventude, porque o país está envelhecido, bom, abra-se a porta à imigração que é o que faz falta neste momento. (…) neste momento em Portugal, a maioria das famílias convencionais já são a minoria em relação às famílias chamadas não tradicionais (…) estão em vias de extinção e assim esperemos que fique.”

Que o PAN não se preocupe com as crianças?

Com a dificuldade e os custos de criar filhos?

Com o auxílio aos mais pobres – porque é também disso que se trata, uma vez que conforme relatório do Eurostat o ano passado, uma em cada quatro crianças portuguesas vive em situação de pobreza?

Que não se importe também com os desafios decorrentes do acolhimento de imigrantes, não só para os portugueses – que já vivem mal – mas para os próprios (ou é como gado que é preciso, manda-se vir e metem-se ali nuns contentores como em Odemira?)?

Que deseje famílias destruturadas, não se preocupando como tais famílias depois poderão ter qualidade de vida, de um tecto a um animal de estimação, passando pelo desenvolvimento das crianças (ou é mesmo para não terem filhos?)?

Que se estejam a marimbar para direitos humanos fundamentais (da Declaração Universal: art. 12º – “Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar”; art. 16º – “A família é o núcleo fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado”; art. 25º – “A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais”; entre outros como sejam: art. 1º – “Agir em relação aos outros com espírito de fraternidade”; art. 3º – “Direito à vida”, e já agora, art. 30º – “Nenhuma disposição pode ser interpretada como reconhecimento de praticar qualquer ato destinado `destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos”…)?

Tudo isso é legítimo? Sim, é. Foi para isso que se fez o 25 de Abril…

Mas é também imoral e ilegal, demonstrando que o partido que se diz de pessoas é uma fraude que prostitui a sua visão desmiolada para cativar os votos de eleitores que, confusos com a propaganda de protecção de animais ou natureza (não amigos, preocupações ambientais – ou mesmo animalistas — não são nada disto…), votam naqueles que os consideram ao nível de gafanhotos, uma praga para o planeta Terra que deve ser exterminada.

Ora se estas mentes brilhantes são elas próprias gafanhotos, perdão pessoas, porque não começam por eles mesmos?

DIREITOS HUMANOS   SOCIEDADE   PAN   POLÍTICA   ANIMAIS   NATUREZA   AMBIENTECIÊNCIA

COMENTÁRIOS:
Ark Nabul:
O PAN, como qualquer partido de esquerda e alguns de direita, acredita na dialéctica de Hegel. Para eles, é preciso criar uma síntese entre hóspede e hospedeiro. Entre (boa) Mãe Terra e (mau) Filho Sapiens. Essa síntese já foi teorizada e recebeu o nome de Sustentabilidade. Quando as empresas e políticos anunciam 24 horas por dia, 7 dias por semana o advento da sustentabilidade, é a esta síntese que se referem. A sustentabilidade é o chavão com que o Sapiens se deixa encantar, rumo ao seu sacrifício, para que se possa redimir perante a Mãe Terra. Claro que os iluminados nos prometem um futuro verde com uso de energias limpas, provando que as utopias se vendem com facilidade. Todavia, não dizem que os Watts que essa energia limpa fornece não chegam para 8 mil milhões de pessoas. Nem perto disso. Aqueles que morrerem não o farão em vão, pois irão salvar a Humanidade e, com o seu sacrifício, restabelecer a harmonia. Serão Heróis exemplares.

Lúcio Monteiro: No fundo, no fundo, a filosofia do PAN é promover uma simbiose entre os seres humanos e os bichos, isto é, fazer com que os bichos se pareçam um pouco com os humanos e estes se tornem um pouco bichos. Os defensores de uma ideologia antinatura como esta aparentam carecer de urgente assistência psiquiátrica.

 

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