Os tais do partido de que se trata aqui da mascarada ambiental. Com manobras e tudo, bastante comichosas, que lhes dão proveito, pois assim ganham a vidinha. Tais muitos outros, de outras artes partidárias, afinal. Do que se trata é dos ganhos próprios, alcançados por via imprópria, tudo debruçado sobre o caldeirão dos proventos chegados do exterior… O resto é pura treta, que o Gestor Ambiental e Florestal JOÃO ADRIÃO desmascara, juntamente com os seus comentadores, que bem esclarecem a fraude.
Mas poderá ser também, é certo, por humildade cristã, de uma virtude de rebaixamento próprio, esta zelosa equiparação com os bichinhos, não sejamos tão exigentes assim, com uma verrina tão cega à bondade.
O PAN e os gafanhotos
O partido que se diz de pessoas é uma fraude que tenta
cativar os votos dos que, confusos com a propaganda de protecção de animais ou
natureza, votam naqueles que os consideram ao nível de gafanhotos.
JOÃO ADRIÃO Gestor
Ambiental e Florestal
OBSERVADOR, 08
mai. 2023, 00:161
PAN é
o seu terceiro nome. O partido foi
fundado em 2009 sob a designação de PPA – Partido Pelos Animais, mudou o nome em 2011 para
PAN enquanto sigla de Partido pelos Animais e pela Natureza, para então,
em 2014, passar a incluir Pessoas. O que, para um partido político, faz
todo o sentido, já que, afinal, são as pessoas que votam.
Não obstante, o peso das pessoas para
este partido fica demonstrado na intervenção de Alberto Pires, deputado municipal em Matosinhos:
“Há
poucas semanas, o planeta Terra atingiu o número de 8 mil milhões de seres
humanos, e somos muitos. Acho que é irresponsável estar a querer apoiar
famílias numerosas. Porquê? São numerosas, foi uma opção sua. O SNS proporciona
todas as facilidades de planificação familiar, portanto não há razão. Se as
pessoas querem, insistem em povoar o planeta, pronto,
façam-no à sua custa, e não à custa do estado.
Se queremos trazer juventude, porque o país está envelhecido, bom, abra-se
a porta à imigração que é o que faz falta neste momento. (…) neste momento em Portugal, a maioria das
famílias convencionais já são a minoria em relação às famílias chamadas não
tradicionais (…) estão em vias de extinção e assim esperemos que fique.”
Que o PAN não se preocupe com as crianças?
Com a dificuldade e os custos de criar filhos?
Com o auxílio aos mais pobres –
porque é também disso que se trata, uma vez que conforme relatório do Eurostat
o ano passado, uma em cada quatro
crianças portuguesas vive em situação de pobreza?
Que
não se importe também com os desafios decorrentes do acolhimento de imigrantes,
não só para os portugueses – que já vivem mal – mas para os próprios (ou é como
gado que é preciso, manda-se vir e metem-se ali nuns contentores como em
Odemira?)?
Que deseje famílias destruturadas, não
se preocupando como tais famílias depois poderão ter qualidade de vida, de um
tecto a um animal de estimação, passando pelo desenvolvimento das crianças (ou
é mesmo para não terem filhos?)?
Que se estejam a marimbar para direitos
humanos fundamentais (da Declaração Universal: art. 12º – “Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua
família, no seu lar”; art. 16º – “A família é o núcleo fundamental da sociedade
e tem direito à proteção da sociedade e do Estado”; art. 25º – “A maternidade e
a infância têm direito a cuidados e assistência especiais”; entre outros como
sejam: art. 1º – “Agir em relação aos outros com espírito de fraternidade”;
art. 3º – “Direito à vida”, e já agora, art. 30º – “Nenhuma disposição pode ser
interpretada como reconhecimento de praticar qualquer ato destinado `destruição
de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos”…)?
Tudo isso é legítimo? Sim, é. Foi para
isso que se fez o 25 de Abril…
Mas
é também imoral e ilegal, demonstrando que o partido que se diz de pessoas é
uma fraude que prostitui a sua visão desmiolada para cativar os votos de
eleitores que, confusos com a propaganda de protecção de animais ou natureza
(não amigos, preocupações ambientais – ou mesmo animalistas — não são nada
disto…), votam naqueles que os consideram ao nível de gafanhotos, uma praga
para o planeta Terra que deve ser exterminada.
Ora se estas mentes brilhantes são
elas próprias gafanhotos, perdão pessoas, porque não começam por eles mesmos?
DIREITOS HUMANOS SOCIEDADE PAN POLÍTICA ANIMAIS NATUREZA AMBIENTE…CIÊNCIA
COMENTÁRIOS:
Ark Nabul: O PAN, como qualquer partido de esquerda
e alguns de direita, acredita na dialéctica de Hegel. Para eles, é preciso
criar uma síntese entre hóspede e hospedeiro. Entre (boa) Mãe Terra e (mau)
Filho Sapiens. Essa síntese já foi teorizada e recebeu o nome de Sustentabilidade. Quando as empresas e políticos anunciam 24 horas por
dia, 7 dias por semana o advento da sustentabilidade, é a esta síntese que se
referem. A sustentabilidade é o chavão com que o Sapiens se deixa encantar,
rumo ao seu sacrifício, para que se possa redimir perante a Mãe Terra. Claro
que os iluminados nos prometem um futuro verde com uso de energias limpas,
provando que as utopias se vendem com facilidade. Todavia, não
dizem que os Watts que essa energia limpa fornece não chegam para 8 mil milhões
de pessoas. Nem perto disso. Aqueles que
morrerem não o farão em vão, pois irão salvar a Humanidade e, com o seu sacrifício,
restabelecer a harmonia. Serão Heróis exemplares.
Lúcio Monteiro: No
fundo, no fundo, a filosofia do PAN é promover uma simbiose entre os seres
humanos e os bichos, isto é, fazer com que os bichos se pareçam um pouco com os
humanos e estes se tornem um pouco bichos. Os defensores de uma ideologia antinatura como
esta aparentam carecer de urgente assistência psiquiátrica.
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