É o que parece. Se não for algo mais
grave, como alguns comentadores fazem sentir. Uma voz bem timbrada, a de Luís
Montenegro, condenando, esperando… mas António Costa é que sabe impor-se, num
país sem ânimo.
O PSD é alternativa ou alternância?
O PSD tem de estar num patamar ético
superior ao bas-fond onde se alojou o PS no governo. E Montenegro tem agora uma
prova de fogo: se quer ser alternativa, lidere pelo exemplo e decapite o
PSD-Lisboa
ALEXANDRE HOMEM CRISTO Colunista do Observador
OBSERVADOR, 25 mai. 2023, 00:2188
Luís Montenegro é o líder da
oposição a um governo que, recuperando as palavras de
Cavaco Silva, “passa os dias a mentir” e consegue
“descer tão baixo em matéria de ética“. Por isso mesmo, importa esclarecer se
Luís Montenegro ambiciona ser alternância ou alternativa a esse governo.
A diferença não reside apenas na semântica: para ser alternativa, a conduta
de Montenegro e do PSD terá activamente de se distinguir pela positiva no plano
ético; para ser alternância, bastará ao líder social-democrata aguardar passivamente
que o poder lhe caia do céu. Eventualmente, ambas as estratégias poderão
ser eficazes. Mas seria um enorme engano acreditar que as estratégias se
equivalem — só um PSD que se apresente como alternativa terá
legitimidade reforçada para liderar o país, abafar o Chega e enfrentar
interesses instalados durante os anos de monopólio socialista do poder.
Partindo do pressuposto que pretende ser
alternativa, Luís Montenegro teve uma semana má e tropeçou em dois
problemas. O primeiro é o PSD-Lisboa. As
escutas da operação Tutti-Fruti
agora reveladas mostram como, em 2017 (e não só), o PSD na capital aderiu a
esquemas de corrupção, favorecimento, contratos falsos e tráfico de
influências, chegando mesmo a encetar um acordo secreto com Fernando Medina (e
o PS-Lisboa) para a defesa de interesses políticos e económicos comuns — nas
palavras escutadas de Sérgio Azevedo (do aparelho lisboeta do PSD), “um acordo
de governação com tachos por fora”. Perante actos de tão grave indignidade, o
líder do PSD tem de agir de forma implacável, arrumar o seu partido e limpar o
PSD-Lisboa: não terá autoridade moral para questionar a conduta ética e
política de Fernando Medina enquanto não for igualmente exigente dentro do seu
próprio partido. A primeira reacção de Luís Montenegro,
que se limitou a atirar o assunto para os braços da Justiça, é uma desilusão,
sobretudo porque é tão perigosamente semelhante ao mantra socialista (“à
justiça o que é da justiça”) que António Costa utiliza como escudo para se
esquivar às suas responsabilidades.
O segundo problema é a ambiguidade estratégica das intervenções de
Montenegro. Sim, o
líder do PSD faz bem em criticar o governo em várias instâncias — e motivos não
faltam. Mas já não faz tão bem em cair na ilusão de que tal será suficiente
para empolgar quem quer que seja. Há uma enorme franja da população em
busca de razões para acreditar que Portugal tem futuro e para a qual o PSD tem de falar com arrojo — famílias
que desejam ascender socialmente ou simplesmente anseiam que o país não lhes
bloqueie oportunidades e force a emigração dos filhos. Contudo,
quando o líder social-democrata lança afirmações de que “está
a chegar a nossa vez“, como se a governação fosse um brinquedo que o PS não lhe empresta, a
mensagem que passa é que o PSD está cheio de sede para ir ao pote e já só tem
os olhos sofregamente fixados numa ascensão ao poder. Convinha não esquecer que, para governar, Montenegro
precisará dos votos de milhares de portugueses que ainda não se convenceram com
as suas propostas.
Retomo a pergunta do início e dou-lhe a
minha resposta: não sei se Luís Montenegro prefere ser alternativa ou se
se contenta com a ideia de alternância — mas sei que, perante um governo que
“passa os dias a mentir”, as pessoas
procuram uma alternativa e líderes que se comprometam, mais do que tudo, a
limpar a sujeira em que se converteu a política nacional. O PSD só entusiasmará
quando assumir esse propósito, que fará de si alternativa e que tem dupla
finalidade: contrastar com a decadência ética do PS e esvaziar eleitoralmente o
discurso populista do Chega (que
cresce à boleia dos escândalos que PS e PSD desvalorizam). Não há meio-termo: o PSD tem de
estar num patamar ético superior ao bas-fond
onde se alojou o PS no governo. E
Montenegro tem agora uma prova de fogo: se quer mesmo ser alternativa, lidere
pelo exemplo e decapite o PSD-Lisboa.
COMENTÁRIOS (de 88)
Filipe Costa: Tem razão, eu
voto IL, pelo menos conheço alguns e sei da sua idoneidade sem pôr as mãos no
fogo por ninguém. Mais ainda, sou contra a lei da eutanásia (referendo sim),
sou contra os LGBTetc e outras coisas que a IL defende, mas dos males, escolho
o menor. Era votante
PSD, mas aquilo é um pardieiro, como o PS, só querem tachos, metem asco estas
atitudes. Pedro
Belo > Filipe Costa: 100%
alinhado consigo. Já chega de corrupção e personagens de passado e ética
duvidosos António
Patrício: Título excepcional e argumentação muito
bem construída!... Se for, estou por mim que será alternância, pois
"a oeste nada de novo". João Floriano > António Patrício: E é mesmo à Remarque: A oeste nada de novo. Pelo modo
como Joaquim Miranda Sarmento comentou o noticiado envolvimento dos militantes
do PSD no caso tutti frutti, ficamos a perceber que o líder da bancada do PSD
não entende a diferença entre consequências políticas e consequências
judiciais. No presente caso temos a retirar ilações políticas e actuar
rapidamente antes que as coisas azedem ainda mais do que já estão. Ediberto Abreu > João Floriano: Aprendeu
alguma coisa com o PS, só pode ser. José Manuel Pereira:
Francamente deixei de ter paciência para o PSD e quando
começo a pensar que o melhor será voltar a votar neles para afastar esta corja
socialista perniciosa que danifica o país cada dia que passa, vem o Montenegro,
abre a boca e tira-me qualquer vontade de voltar a votar no PSD... De facto,
no PSD só há gente tão medíocre quanto os que agora nos governam. Os que
podiam ser capazes de liderar o meu país ou estão a banhos, ou fazem de Dom
Sebastião, ou se resguardam da chuva, ou do frio e do calor, ou lá o que andam
a fazer... Mas que o país está a morrer, se é que não morreu já, está e a
passos largos por falta de gente capaz. José Manuel Pereira >
José Manuel Pereira: Que tristeza de governo e que tristeza de oposição...
Pobre país ao que chegou... Ediberto Abreu: Tem toda a razão, Montenegro
ainda não nos deu provas de quer realmente ser alternativa. Cada vez me lembra
mais os procedimentos lastimáveis de Rio. Joao Coelho: Excelente artigo.
Vamos esperar... Ana Maia: Ao longo desta semana já o
Montenegro devia ter aproveitado o mote do Cavaco, e não o fez. Não o fez com o comentário
"é a nossa vez" e de facto não o está a fazer em Lisboa onde,
concordo, deveria ter de imediato e como diz o AHC cortado a cabeça ao problema
que o PS sem dúvida irá aproveitar para mostrar que o PS pode ser mau mas
distribui, enquanto o PSD é pior porque tira e não distribui. Mas o
Montenegro já teve muitas oportunidades de mostrar que é diferente e nunca o
fez, pelo contrário, prefere fazer o jogo do PS. C Barria > Ana Maia: Verdade. já o cavaco deu mote, o Alberto joão apoiou e
o balsemão foi o primeiro. melhor que isto vai ser dificil. João Borrego: Precisamos de uma nova lei eleitoral como na Suíça
onde se pode riscar o nome dos incompetentes sem que o voto seja anulado. O
povo é que conhece quem deve eleger. Chama-se democracia directa. Mas aqui
ninguém quer. António
Sennfelt: O PSD é
alternativa ou alternância? O dr. Montenegro que responda à pergunta, não com
palavras mas com actos!
Paulo Silva: Caro e benévolo colunista, o regime tem já quase meio século. Os partidos
do sistema estão velhos e cansados. Não seria melhor uma limpeza sistémica?… Português indignado: O PSD não é alternativa a nada,
é sim alternância, estamos fartos do Bloco central. O PSD tem os mesmos vícios
que o PS, só não é tão evidente porque estiveram menos tempo no poder.
Felizmente temos a Iniciativa Liberal para fazer oposição séria e construtiva
em Portugal aos socialistas horrorosos, e aos do psd que não são melhores, tal
como a realidade o demonstra. Razão tenho eu, o Estado é um viveiro de
corrupção cheio de aves de rapina dos recursos públicos. Quanto menos Estado
melhor. É tão óbvio e evidente. Fartos de boys e girls inúteis e incompetentes.
Esta gente tem de ser afastada e com urgência. Alexandre Barreira > Português indignado: Pois. Eh....eh....eh...eh...eh.
Essa do "com
urgência". Já parece a "outra". " Oh filho vem cá com urgência"....! Luís Pedro Martins:
Já não há romance. O Parlamento
está aberto para que cada deputado mostre os seus galões. São todos muito
graduados e muito ilustrados. Estar no Governo parece assim, uma espécie de
comissão de serviços que ilumina o currículo do político que lá esteve.
Contudo, estamos a assistir a pessoas que têm capacidades de trabalho a estarem
envolvidas em corrupção e se isto continuar assim tudo muito insonso as pessoas
vão cansar-se e preferir uma autocracia (palavra chique para Ditadura). JP: Excelente artigo. Se o líder da oposição quer de facto
demonstrar que o PSD é efectivamente diferente, que tome acções já! A janela de
oportunidade é curta e já começou mal com as declarações que fez, a empurrar o
problema para a Justiça. Fartos de malta anafada que empurra os problemas para
a frente com a pança estamos todos! Miguel Ramos > JP: Lamento dizer, mas com o povo como o português o
Montenegro não precisa de limpar o partido para ganhar as próximas eleições. A
IL e o Chega é que deviam chegar-se à frente e afirmar, categoricamente, que
não alinham com partidos onde a corrupção corre nas veias. JP > Miguel Ramos: Concordo perfeitamente. E ambos, infelizmente, em
diferentes ocasiões, estenderam a mão para serem parceiros do PSD, mais
recentemente a IL com aquela foto dos dois líderes a almoçar. Tanto o PSD como
a IL não querem correr coligados às próximas eleições, mas toda a gente já
percebeu que, na prática, é como se estivessem. O Chega agora, a meu ver,
deveria apontar as suas armas também ao PSD, tal como faz ao PS, para mostrar
coerência e assim fazer pressão para Montenegro agir. Caso não o faça, passará
a ideia de calculismo, que não pressiona o PSD porque precisa dele no futuro
para governarem. Ventura é um homem que diz o que pensa e é muito
pragmático. E aquilo que ele diz sobre uma futura aliança entre PSD e Chega
(seja acordo, coligação, o que seja) será, provavelmente, a única alternativa
matematicamente (e também ideologicamente) viável para afastar de vez os
socialistas é a mais pura das verdades. As sondagens recentes mostram isso. E
grande parte do eleitorado já percebeu isso. Mas contas fazem-se no fim. Por
agora, PSD e Chega são adversários. E o PSD deve ser alvo de duras críticas e
escrutínio, mais agora ainda após as mais recentes revelações. O PSD
afirma-se sempre como o partido da oposição, Montenegro já esfrega as mãos, a
dizer que a vez do PSD está a chegar e agora cai uma bomba destas e e ele
empurra para a Justiça? A continuar assim, está a mostrar que de facto é só alternância.
E sendo assim, o Chega deve é aproveitar esta oportunidade para se afirmar como
alternativa. A começar por seguir a sua sugestão, por exemplo. Francisco Almeida Nota prévia: Não sou partidário
do Chega. Sendo para mim evidente que, como escreveu Rui Ramos, linhas vermelhas são
para ideias e programas, não são para pessoas e partidos, não parece fazer
qualquer sentido a convergência entre o PSD e o PS na marginalização do Chega,
a não ser que existam motivos discretos para essa convergência. O recente "caso e
casinho" Tutti-frutti aparece como outra convergência, aliás com contornos
conhecidos na nossa história recente. Por isso interrogo-me sobre se essa
convergência não usará avental. É que isso explicaria muita coisa. João Ramos: Tudo bem, excepto a má
referência ao Chega, há articulistas que ainda não perceberam o enorme erro de
Montenegro que foi o de repudiar frontalmente o Chega, pois o Chega será o
único partido com alma de “alternativa” séria à situação actual, Montenegro se
quiser ser governo vai ter que contar com aquele partido e será o Chega que
forçará o serem alternativa. Montenegro em vez de andar a fazer de
marionete do PS e da estrema esquerda ,
devia seriamente libertar-se da tutela daqueles prejudiciais partidos, a luta
política desde que Costa se aliou na malfadada geringonça, agora é claramente
entre direita e esquerda… só que a direita tem que se explicar melhor e não
andar a fingir que também é de esquerda!!! João Floriano: O PSD tem de ser alternativa e
não alternância. O escândalo tutti frutti aparece na pior altura possível,
quando a direita dá sinais de se querer organizar. Montenegro está numa
encruzilhada notável: ou elimina as «maçãs podres» do cesto e causa
enorme turbulência no partido, ou não actua de modo convincente e afasta
milhares de eleitores que já estavam quase convencidos que o PSD podia ser
alternativa e não alternância. Se optar pela passividade Montenegro estará
também a comprometer a putativa aliança que tem com o IL, porque
não sei até que ponto haverá vantagem para este partido aparecer
associado a um caso de corrupção e desvaloriza também o elogio recente de
Cavaco Silva que deposita a sua confiança na capacidade de Montenegro para
futuro PM. Há ainda uma outra possibilidade, a demissão de Montenegro. Mas esta
última hipótese só teria validade se alguém notável e credivel assumisse os
destinos do PSD . Lamento que Alexandre Homem Cristo continue a
manifestar interesse em abafar o CHEGA. Até agora não há evidências directas ou
indirectas de que o partido se tenha sujado nesta nova pocilga política. Quanto
às acusações de discurso populista, como é possível ser tão parcial e não ver
de onde vem o verdadeiro populismo, a demagogia e a desonestidade ? Montenegro
tem de actuar e o mais rapidamente possível. Já nos basta António Costa com a
conversa estafada e oportunista sobre justiça e política e que todos são
inocentes até prova em contrário. António Reis > João Floriano: Excelente comentário!! J. Lopes: Da impossiblidade de tal
acontecer, teria de afastar a maioria dos deputados do PSD entre os quais
Pacheco e o grupo sempre em pé. Montenegro não é uma desilusão é a continuidade de
Rio, já não tem tempo para se definir e posicionar na política, "chegar a
nossa vez", fez pensar no que sucedeu ao CDS que desapareceu. Sem espaço político que é
ocupado pelos populistas do PS apoiado pelos populistas do PCP e BE, sempre às
ordens se for necessário, para "cumprir Abril" ou para afastar o
demónio da Direita ou dos conservadores que são a maioria silenciosa dos
portugueses minimamente esclarecidos, medrosos. Ou se assume de Direita porque
não há centros em política, agora com este escândalo que decerto não é de longe
o único, fez ver o que a vale a PGR controlada por um partido político, se
quiserem vão a várias autarquias grandes e pequenas, cotroladas pelo PS ou pelo
PCP e verão o que é e onde chega um regime apodrecido e corroído nos seus
fracos alicerces, logo feitos pelos Abrilistas militares e políticos como
Soares, Cunhal e depois pelo grupo de Cavaco que poderia ter desenvolvido o
país 10 vezes mais, como aconteceu em Espanha, graças a Adolfo Suarez.
Joaquim Almeida: Pois é, senhores do PSD : aí é que está o busílis - mais
acção e menos paleio. Joaquim Rodrigues: O Povo português anseia por
alguém que dê esperança de um futuro para Portugal apresentando uma visão geral
crítica e sistemática sobre a governação criminosa que está a ser feita e
apresente uma “Linha de Rumo” assente numa “Visão” e “Estratégia” de longo
prazo e num “Programa de Governo”, para o médio prazo. Não interessa que esse
“Programa de Governo” comporte medidas “ditas” antipopulares como aliás o povo
demonstrou ao dar a maioria a Passos Coelho nas últimas eleições em que
participou. Interessa é que seja uma Visão, uma Estratégia e um Programa que respondam
às necessidades do desenvolvimento económico e social do país, envolvendo a
libertação da sociedade civil, a liberalização da economia, a livre iniciativa
privada, a igualdade de oportunidades e a coesão económica, social e
territorial.
Essa Visão, Estratégia e Programa, apresentados de forma realista e credível
aos portugueses, será o “Referente Ideológico” de unidade dos quadros, militantes
e simpatizantes do Partido e será a “chave” para a mobilização dos cidadãos
para as eleições legislativas e posterior execução desse Programa. Nós sabemos
que a tarefa de Luís Montenegro é muito difícil porque tem que enfrentar
inimigos, cataventos, barões, baronetes, amigos de Peniche e principalmente uma
Comunicação Social hostil, capturada pela oligarquia reinante, instalada à mesa
do orçamento. Mas só há um caminho. E esse caminho será aberto pelo “Programa
de Governo do PSD” que “corte” radicalmente com a prática política dos últimos
anos e sirva de guião ao Partido nas batalhas políticas que tem pela frente. Para
quando o “Programa de Governo do PSD”, Sr. Luís Montenegro? Se está à espera do Sr. Joaquim
Sarmento, pode esperar sentado, tal como Rui Rio esperou. Miguel Ramos > Joaquim Rodrigues: Ironia ou falta de noção? Os
caciques de Lisboa e as suas desventuras são sobejamente conhecidas por toda a
gente... já se perguntou que tipo de fibra moral é preciso ter para conviver
com estes criminosos?
Carlos Real: Este articulista, tal como muita gente bem intencionada ainda acredita no
Pai Natal. Passados tantos casos de compadrio entre o PSD, CDS e chuchas nos
ultimos 30 anos, so a ingenuidade infantil podera acreditar nos salvadores
impolutos que cresceram no mesmo ambiente. Continuem a votar e a dar o
beneficio da duvida aos mesmos de sempre, que a ladroagem agradece. João Ramos: Muito boa pergunta, eu
infelizmente inclino-me para a alternância, ainda por cima com um presidente
como Marcelo… Carlos
Chaves: Muito simples Alexandre, se o
PSD não for uma verdadeira alternativa ao pesadelo que estamos a viver (e atenção
que será uma tarefa hercúlea depois de tantos danos causados pelos
socialistas), simplesmente desaparecerá e novas alternativas aparecerão. A
questão será, que alternativas? À esquerda? Ou à direita? Eu preferia uma verdadeira
direita democrática que tanta falta nos faz especialmente desde Abril de 1974 e
que nunca existiu em Portugal.
………………………………………………………………………………………………… Ana Silva > F. Mendes: Obrigada
pela atenção. De facto a expressão “partido de poder” arrepia-me. Os partidos
não deviam ser de protesto ou de poder, mas organizações que juntassem pessoas
com vontade, não de serem poder, mas de poderem servir o país, através de um projecto claro, transparente,
bem estruturado. O CHEGA não é um partido de poder (graças a Deus!), mas junta
um conjunto de pessoas que não se revê em nenhum dos partidos de poder. Não é
necessário pertencer a um partido para servir o país em determinado momento.
Tenho total confiança que o CHEGA quando estiver no poder será para servir o
país, com ideias muito claras, e humildade para ir à sociedade civil buscar as
pessoas competentes para governar bem. Pode ainda não ser o tempo do CHEGA, o
que seria péssimo para Portugal, que precisa de uma mudança imediata, sob pena
de deixarmos de ser portugueses, com a nossa própria cultura, com os nossos
filhos a construírem as suas vidas por cá em vez de partirem. Contrariamente,
os “partidos de poder” já estão comprometidos com os seus queridos ”boys” para
encherem os cargos do governo e da administração pública… e a competência não é
o critério principal, sim a “lealdade”, estilo maçonaria… está a ver o que
quero dizer? F.
Mendes > Ana Silva. Percebo
e vejo perfeitamente E estou de acordo com as suas preocupações, que de resto
já aqui expressei. Em particular, tenho insistido nesta canalhice praticada
sobre a nossa identidade Nacional, por via de uma política migratória
suicidária Não julgue que
estou satisfeito com o PSD. Se ler o meu comentário, verá que estou alarmado com
a demora do PSD em acordar. Mas, Marcelo tem dificultado o reerguer de um
partido deixado em cacos pelo Rio, com um grupo parlamentar fraco e do qual
Montenegro e respectivo núcleo duro estão ausentes. Não acredito que este CH tenha capacidade de mobilização
de pessoas capazes. Mas veremos.
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