sexta-feira, 26 de maio de 2023

Pusilanimidade


É o que parece. Se não for algo mais grave, como  alguns comentadores fazem sentir. Uma voz bem timbrada, a de Luís Montenegro, condenando, esperando… mas António Costa é que sabe impor-se, num país sem ânimo.

O PSD é alternativa ou alternância?

O PSD tem de estar num patamar ético superior ao bas-fond onde se alojou o PS no governo. E Montenegro tem agora uma prova de fogo: se quer ser alternativa, lidere pelo exemplo e decapite o PSD-Lisboa

ALEXANDRE HOMEM CRISTO Colunista do Observador

OBSERVADOR, 25 mai. 2023, 00:2188

Luís Montenegro é o líder da oposição a um governo que, recuperando as palavras de Cavaco Silva, “passa os dias a mentir” e consegue “descer tão baixo em matéria de ética“. Por isso mesmo, importa esclarecer se Luís Montenegro ambiciona ser alternância ou alternativa a esse governo. A diferença não reside apenas na semântica: para ser alternativa, a conduta de Montenegro e do PSD terá activamente de se distinguir pela positiva no plano ético; para ser alternância, bastará ao líder social-democrata aguardar passivamente que o poder lhe caia do céu. Eventualmente, ambas as estratégias poderão ser eficazes. Mas seria um enorme engano acreditar que as estratégias se equivalem — só um PSD que se apresente como alternativa terá legitimidade reforçada para liderar o país, abafar o Chega e enfrentar interesses instalados durante os anos de monopólio socialista do poder.

Partindo do pressuposto que pretende ser alternativa, Luís Montenegro teve uma semana má e tropeçou em dois problemas. O primeiro é o PSD-Lisboa. As escutas da operação Tutti-Fruti agora reveladas mostram como, em 2017 (e não só), o PSD na capital aderiu a esquemas de corrupção, favorecimento, contratos falsos e tráfico de influências, chegando mesmo a encetar um acordo secreto com Fernando Medina (e o PS-Lisboa) para a defesa de interesses políticos e económicos comuns — nas palavras escutadas de Sérgio Azevedo (do aparelho lisboeta do PSD), “um acordo de governação com tachos por fora”. Perante actos de tão grave indignidade, o líder do PSD tem de agir de forma implacável, arrumar o seu partido e limpar o PSD-Lisboa: não terá autoridade moral para questionar a conduta ética e política de Fernando Medina enquanto não for igualmente exigente dentro do seu próprio partido. A primeira reacção de Luís Montenegro, que se limitou a atirar o assunto para os braços da Justiça, é uma desilusão, sobretudo porque é tão perigosamente semelhante ao mantra socialista (“à justiça o que é da justiça”) que António Costa utiliza como escudo para se esquivar às suas responsabilidades.

O segundo problema é a ambiguidade estratégica das intervenções de Montenegro. Sim, o líder do PSD faz bem em criticar o governo em várias instâncias — e motivos não faltam. Mas já não faz tão bem em cair na ilusão de que tal será suficiente para empolgar quem quer que seja. Há uma enorme franja da população em busca de razões para acreditar que Portugal tem futuro e para a qual o PSD tem de falar com arrojo — famílias que desejam ascender socialmente ou simplesmente anseiam que o país não lhes bloqueie oportunidades e force a emigração dos filhos. Contudo, quando o líder social-democrata lança afirmações de que está a chegar a nossa vez, como se a governação fosse um brinquedo que o PS não lhe empresta, a mensagem que passa é que o PSD está cheio de sede para ir ao pote e já só tem os olhos sofregamente fixados numa ascensão ao poder. Convinha não esquecer que, para governar, Montenegro precisará dos votos de milhares de portugueses que ainda não se convenceram com as suas propostas.

Retomo a pergunta do início e dou-lhe a minha resposta: não sei se Luís Montenegro prefere ser alternativa ou se se contenta com a ideia de alternância — mas sei que, perante um governo que “passa os dias a mentir”, as pessoas procuram uma alternativa e líderes que se comprometam, mais do que tudo, a limpar a sujeira em que se converteu a política nacional. O PSD só entusiasmará quando assumir esse propósito, que fará de si alternativa e que tem dupla finalidade: contrastar com a decadência ética do PS e esvaziar eleitoralmente o discurso populista do Chega (que cresce à boleia dos escândalos que PS e PSD desvalorizam). Não há meio-termo: o PSD tem de estar num patamar ético superior ao bas-fond onde se alojou o PS no governo. E Montenegro tem agora uma prova de fogo: se quer mesmo ser alternativa, lidere pelo exemplo e decapite o PSD-Lisboa.

PSD   POLÍTICA   LUÍS MONTENEGRO

COMENTÁRIOS (de 88)

Filipe Costa: Tem razão, eu voto IL, pelo menos conheço alguns e sei da sua idoneidade sem pôr as mãos no fogo por ninguém. Mais ainda, sou contra a lei da eutanásia (referendo sim), sou contra os LGBTetc e outras coisas que a IL defende, mas dos males, escolho o menor. Era votante PSD, mas aquilo é um pardieiro, como o PS, só querem tachos, metem asco estas atitudes.                   Pedro Belo > Filipe Costa: 100% alinhado consigo. Já chega de corrupção e personagens de passado e ética duvidosos                 António Patrício: Título excepcional e argumentação muito bem construída!... Se for, estou por mim que será alternância, pois "a oeste nada de novo".                João Floriano > António Patrício: E é mesmo à Remarque: A oeste nada de novo. Pelo modo como Joaquim Miranda Sarmento comentou o noticiado envolvimento dos militantes do PSD no caso tutti frutti, ficamos a perceber que o líder da bancada do PSD não entende a diferença entre consequências políticas e consequências judiciais. No presente caso temos a retirar ilações políticas e actuar rapidamente antes que as coisas azedem ainda mais do que já estão.                Ediberto Abreu > João Floriano: Aprendeu alguma coisa com o PS, só pode ser.                     José Manuel Pereira: Francamente deixei de ter paciência para o PSD e quando começo a pensar que o melhor será voltar a votar neles para afastar esta corja socialista perniciosa que danifica o país cada dia que passa, vem o Montenegro, abre a boca e tira-me qualquer vontade de voltar a votar no PSD... De facto, no PSD só há gente tão medíocre quanto os que agora nos governam. Os que podiam ser capazes de liderar o meu país ou estão a banhos, ou fazem de Dom Sebastião, ou se resguardam da chuva, ou do frio e do calor, ou lá o que andam a fazer... Mas que o país está a morrer, se é que não morreu já, está e a passos largos por falta de gente capaz.                    José Manuel Pereira > José Manuel Pereira: Que tristeza de governo e que tristeza de oposição... Pobre país ao que chegou...                  Ediberto Abreu: Tem toda a razão, Montenegro ainda não nos deu provas de quer realmente ser alternativa. Cada vez me lembra mais os procedimentos lastimáveis de Rio.            Joao Coelho: Excelente artigo. Vamos esperar...                 Ana Maia: Ao longo desta semana já o Montenegro devia ter aproveitado o mote do Cavaco, e não o fez. Não o fez com o comentário "é a nossa vez" e de facto não o está a fazer em Lisboa onde, concordo, deveria ter de imediato e como diz o AHC cortado a cabeça ao problema que o PS sem dúvida irá aproveitar para mostrar que o PS pode ser mau mas distribui, enquanto o PSD é pior porque tira e não distribui. Mas o Montenegro já teve muitas oportunidades de mostrar que é diferente e nunca o fez, pelo contrário, prefere fazer o jogo do PS.               C Barria > Ana Maia: Verdade. já o cavaco deu mote, o Alberto joão apoiou e o balsemão foi o primeiro. melhor que isto vai ser dificil.              João Borrego: Precisamos de uma nova lei eleitoral como na Suíça onde se pode riscar o nome dos incompetentes sem que o voto seja anulado. O povo é que conhece quem deve eleger. Chama-se democracia directa. Mas aqui ninguém quer.              António Sennfelt: O PSD é alternativa ou alternância? O dr. Montenegro que responda à pergunta, não com palavras mas com actos!              Paulo Silva: Caro e benévolo colunista, o regime tem já quase meio século. Os partidos do sistema estão velhos e cansados. Não seria melhor uma limpeza sistémica?…                      Português indignado: O PSD não é alternativa a nada, é sim alternância, estamos fartos do Bloco central. O PSD tem os mesmos vícios que o PS, só não é tão evidente porque estiveram menos tempo no poder. Felizmente temos a Iniciativa Liberal para fazer oposição séria e construtiva em Portugal aos socialistas horrorosos, e aos do psd que não são melhores, tal como a realidade o demonstra. Razão tenho eu, o Estado é um viveiro de corrupção cheio de aves de rapina dos recursos públicos. Quanto menos Estado melhor. É tão óbvio e evidente. Fartos de boys e girls inúteis e incompetentes. Esta gente tem de ser afastada e com urgência.            Alexandre Barreira > Português indignado: Pois. Eh....eh....eh...eh...eh. Essa do "com urgência". Já parece a "outra". " Oh filho vem cá com urgência"....!              Luís Pedro Martins: Já não há romance. O Parlamento está aberto para que cada deputado mostre os seus galões. São todos muito graduados e muito ilustrados. Estar no Governo parece assim, uma espécie de comissão de serviços que ilumina o currículo do político que lá esteve. Contudo, estamos a assistir a pessoas que têm capacidades de trabalho a estarem envolvidas em corrupção e se isto continuar assim tudo muito insonso as pessoas vão cansar-se e preferir uma autocracia (palavra chique para Ditadura).                 JP: Excelente artigo. Se o líder da oposição quer de facto demonstrar que o PSD é efectivamente diferente, que tome acções já! A janela de oportunidade é curta e já começou mal com as declarações que fez, a empurrar o problema para a Justiça. Fartos de malta anafada que empurra os problemas para a frente com a pança estamos todos!                 Miguel Ramos > JP: Lamento dizer, mas com o povo como o português o Montenegro não precisa de limpar o partido para ganhar as próximas eleições. A IL e o Chega é que deviam chegar-se à frente e afirmar, categoricamente, que não alinham com partidos onde a corrupção corre nas veias.                 JP > Miguel Ramos: Concordo perfeitamente. E ambos, infelizmente, em diferentes ocasiões, estenderam a mão para serem parceiros do PSD, mais recentemente a IL com aquela foto dos dois líderes a almoçar. Tanto o PSD como a IL não querem correr coligados às próximas eleições, mas toda a gente já percebeu que, na prática, é como se estivessem. O Chega agora, a meu ver, deveria apontar as suas armas também ao PSD, tal como faz ao PS, para mostrar coerência e assim fazer pressão para Montenegro agir. Caso não o faça, passará a ideia de calculismo, que não pressiona o PSD porque precisa dele no futuro para governarem. Ventura é um homem que diz o que pensa e é muito pragmático. E aquilo que ele diz sobre uma futura aliança entre PSD e Chega (seja acordo, coligação, o que seja) será, provavelmente, a única alternativa matematicamente (e também ideologicamente) viável para afastar de vez os socialistas é a mais pura das verdades. As sondagens recentes mostram isso. E grande parte do eleitorado já percebeu isso. Mas contas fazem-se no fim. Por agora, PSD e Chega são adversários. E o PSD deve ser alvo de duras críticas e escrutínio, mais agora ainda após as mais recentes revelações. O PSD afirma-se sempre como o partido da oposição, Montenegro já esfrega as mãos, a dizer que a vez do PSD está a chegar e agora cai uma bomba destas e e ele empurra para a Justiça? A continuar assim, está a mostrar que de facto é só alternância. E sendo assim, o Chega deve é aproveitar esta oportunidade para se afirmar como alternativa. A começar por seguir a sua sugestão, por exemplo.                Francisco Almeida Nota prévia: Não sou partidário do Chega. Sendo para mim evidente que, como escreveu Rui Ramos, linhas vermelhas são para ideias e programas, não são para pessoas e partidos, não parece fazer qualquer sentido a convergência entre o PSD e o PS na marginalização do Chega, a não ser que existam motivos discretos para essa convergência. O recente "caso e casinho" Tutti-frutti aparece como outra convergência, aliás com contornos conhecidos na nossa história recente. Por isso interrogo-me sobre se essa convergência não usará avental. É que isso explicaria muita coisa.                    João Ramos: Tudo bem, excepto a má referência ao Chega, há articulistas que ainda não perceberam o enorme erro de Montenegro que foi o de repudiar frontalmente o Chega, pois o Chega será o único partido com alma de “alternativa” séria à situação actual, Montenegro se quiser ser governo vai ter que contar com aquele partido e será o Chega que forçará o serem alternativa. Montenegro em vez de andar a fazer de marionete  do PS e da estrema esquerda , devia seriamente libertar-se da tutela daqueles prejudiciais partidos, a luta política desde que Costa se aliou na malfadada geringonça, agora é claramente entre direita e esquerda… só que a direita tem que se explicar melhor e não andar a fingir que também é de esquerda!!!    João Floriano: O PSD tem de ser alternativa e não alternância. O escândalo tutti frutti aparece na pior altura possível, quando a direita dá sinais de se querer organizar. Montenegro está numa encruzilhada notável:  ou elimina as «maçãs podres» do cesto e causa enorme turbulência no partido, ou não actua de modo convincente e afasta milhares de eleitores que já estavam quase convencidos que o PSD podia ser alternativa e não alternância. Se optar pela passividade Montenegro estará também  a comprometer  a putativa aliança que tem com o IL, porque não sei até que ponto haverá vantagem para este partido aparecer associado  a um caso de corrupção e desvaloriza também o elogio recente de Cavaco Silva que deposita a sua confiança na capacidade de Montenegro para futuro PM. Há ainda uma outra possibilidade, a demissão de Montenegro. Mas esta última hipótese só teria validade se alguém notável e credivel assumisse os destinos do PSD . Lamento que  Alexandre Homem Cristo continue a manifestar interesse em abafar o CHEGA. Até agora não há evidências directas ou indirectas de que o partido se tenha sujado nesta nova pocilga política. Quanto às acusações de discurso populista, como é possível ser tão parcial e não ver de onde vem o verdadeiro populismo, a demagogia e a desonestidade ? Montenegro tem de actuar e o mais rapidamente possível. Já nos basta António Costa com a conversa estafada e oportunista sobre justiça e política e que todos são inocentes até prova em contrário.              António Reis > João Floriano: Excelente comentário!!               J. Lopes: Da impossiblidade de tal acontecer, teria de afastar a maioria dos deputados do PSD entre os quais Pacheco e o grupo sempre em pé. Montenegro não é uma desilusão é a continuidade de Rio, já não tem tempo para se definir e posicionar na política, "chegar a nossa vez", fez pensar no que sucedeu ao CDS que desapareceu. Sem espaço político que é ocupado pelos populistas do PS apoiado pelos populistas do PCP e BE, sempre às ordens se for necessário, para "cumprir Abril" ou para afastar o demónio da Direita ou dos conservadores que são a maioria silenciosa dos portugueses minimamente esclarecidos, medrosos. Ou se assume de Direita porque não há centros em política, agora com este escândalo que decerto não é de longe o único, fez ver o que a vale a PGR controlada por um partido político, se quiserem vão a várias autarquias grandes e pequenas, cotroladas pelo PS ou pelo PCP e verão o que é e onde chega um regime apodrecido e corroído nos seus fracos alicerces, logo feitos pelos Abrilistas militares e políticos como Soares, Cunhal e depois pelo grupo de Cavaco que poderia ter desenvolvido o país 10 vezes mais, como aconteceu em Espanha, graças a Adolfo Suarez.

Joaquim Almeida: Pois é, senhores do PSD  : aí é que está o busílis  -  mais acção e menos paleio.      Joaquim Rodrigues: O Povo português anseia por alguém que dê esperança de um futuro para Portugal apresentando uma visão geral crítica e sistemática sobre a governação criminosa que está a ser feita e apresente uma “Linha de Rumo” assente numa “Visão” e “Estratégia” de longo prazo e num “Programa de Governo”, para o médio prazo. Não interessa que esse “Programa de Governo” comporte medidas “ditas” antipopulares como aliás o povo demonstrou ao dar a maioria a Passos Coelho nas últimas eleições em que participou. Interessa é que seja uma Visão, uma Estratégia e um Programa que respondam às necessidades do desenvolvimento económico e social do país, envolvendo a libertação da sociedade civil, a liberalização da economia, a livre iniciativa privada, a igualdade de oportunidades e a coesão económica, social e territorial.                Essa Visão, Estratégia e Programa, apresentados de forma realista e credível aos portugueses, será o “Referente Ideológico” de unidade dos quadros, militantes e simpatizantes do Partido e será a “chave” para a mobilização dos cidadãos para as eleições legislativas e posterior execução desse Programa. Nós sabemos que a tarefa de Luís Montenegro é muito difícil porque tem que enfrentar inimigos, cataventos, barões, baronetes, amigos de Peniche e principalmente uma Comunicação Social hostil, capturada pela oligarquia reinante, instalada à mesa do orçamento. Mas só há um caminho. E esse caminho será aberto pelo “Programa de Governo do PSD” que “corte” radicalmente com a prática política dos últimos anos e sirva de guião ao Partido nas batalhas políticas que tem pela frente. Para quando o “Programa de Governo do PSD”, Sr. Luís Montenegro? Se está à espera do Sr. Joaquim Sarmento, pode esperar sentado, tal como Rui Rio esperou.             Miguel Ramos > Joaquim Rodrigues: Ironia ou falta de noção? Os caciques de Lisboa e as suas desventuras são sobejamente conhecidas por toda a gente... já se perguntou que tipo de fibra moral é preciso ter para conviver com estes criminosos?                 Carlos Real: Este articulista, tal como muita gente bem intencionada ainda acredita no Pai Natal. Passados tantos casos de compadrio entre o PSD, CDS e chuchas nos ultimos 30 anos, so a ingenuidade infantil podera acreditar nos salvadores impolutos que cresceram no mesmo ambiente. Continuem a votar e a dar o beneficio da duvida aos mesmos de sempre, que a ladroagem agradece.                João Ramos: Muito boa pergunta, eu infelizmente inclino-me para a alternância, ainda por cima com um presidente como Marcelo…               Carlos Chaves: Muito simples Alexandre, se o PSD não for uma verdadeira alternativa ao pesadelo que estamos a viver (e atenção que será uma tarefa hercúlea depois de tantos danos causados pelos socialistas), simplesmente desaparecerá e novas alternativas aparecerão. A questão será, que alternativas? À esquerda? Ou à direita? Eu preferia uma verdadeira direita democrática que tanta falta nos faz especialmente desde Abril de 1974 e que nunca existiu em Portugal.             …………………………………………………………………………………………………                Ana Silva > F. Mendes: Obrigada pela atenção. De facto a expressão “partido de poder” arrepia-me. Os partidos não deviam ser de protesto ou de poder, mas organizações que juntassem pessoas com vontade, não de serem poder, mas de poderem servir o país, através de um projecto claro, transparente, bem estruturado. O CHEGA não é um partido de poder (graças a Deus!), mas junta um conjunto de pessoas que não se revê em nenhum dos partidos de poder. Não é necessário pertencer a um partido para servir o país em determinado momento. Tenho total confiança que o CHEGA quando estiver no poder será para servir o país, com ideias muito claras, e humildade para ir à sociedade civil buscar as pessoas competentes para governar bem. Pode ainda não ser o tempo do CHEGA, o que seria péssimo para Portugal, que precisa de uma mudança imediata, sob pena de deixarmos de ser portugueses, com a nossa própria cultura, com os nossos filhos a construírem as suas vidas por cá em vez de partirem. Contrariamente, os “partidos de poder” já estão comprometidos com os seus queridos ”boys” para encherem os cargos do governo e da administração pública… e a competência não é o critério principal, sim a “lealdade”, estilo maçonaria… está a ver o que quero dizer?                 F. Mendes > Ana Silva. Percebo e vejo perfeitamente E estou de acordo com as suas preocupações, que de resto já aqui expressei. Em particular, tenho insistido nesta canalhice praticada sobre a nossa identidade Nacional, por via de uma política migratória suicidária Não julgue que estou satisfeito com o PSD. Se ler o meu comentário, verá que estou alarmado com a demora do PSD em acordar. Mas, Marcelo tem dificultado o reerguer de um partido deixado em cacos pelo Rio, com um grupo parlamentar fraco e do qual Montenegro e respectivo núcleo duro estão ausentes. Não acredito que este CH tenha capacidade de mobilização de pessoas capazes. Mas veremos.

 

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