sexta-feira, 5 de maio de 2023

AHC está enganado

 

O gelado que MRS deglute provocatoriamente – imbecilmente - é bem prova de que, se Costa gozou antes, fazendo frente ao presidente, este escreve um texto que julga inteligente, no seu palavreado bem no fundo, amedrontado, pois sabe que ali, com Costa é que ele permanecerá eficientemente, na macaqueação das suas deglutições, das suas natações, das suas exibições de fantoche realmente indiferente à turba, não ao seu próprio proveito, que Costa, esperto e escorreito, nas suas políticas de gozação e também de próprio proveito, fomenta, mais virilmente. Não, o governo não vai ao ar, MRS se encarregará de o manter, só promete mais atenção à prevaricação… para inglês ver. Ou português que seja.

O país escolheu ser refém de intrigas palacianas

Costa é um mestre de intrigas e uma nulidade das políticas. Mas os eleitores escolheram-no. Agora, que levem forte e feio com essa escolha, enquanto o regular funcionamento das instituições o permitir

ALEXANDRE HOMEM CRISTO Colunista do Observador

OBSERVADOR, 04 mai. 2023, 00:2638

A tensão institucional entre primeiro-ministro e presidente da república leva-nos à muito provável sentença de que, no decorrer desta legislatura, Marcelo Rebelo de Sousa usará os seus poderes constitucionais para demitir o governo ou dissolver o parlamento. Por enquanto, só podemos especular sobre o calendário da acção presidencial — e, nesse campeonato de apostas, creio que Marcelo optará por ir cozendo o governo em lume brando durante meses, na certeza de mais trapalhadas, mais revelações na comissão de inquérito da TAP e mais contestação social. Mas, seja quando for, nada apaga este facto: com uma espada sobre a cabeça, o governo vive agora à espera de morrer, gerindo o dia-a-dia e governando a pensar nas eleições que enfrentará num horizonte indefinido.

Isto acarreta várias implicações. Por um lado, aponta para um governo em campanha eleitoral, que dá privilégio a medidas eleitoralistas e direccionadas a clientelas, enquanto o PS se entretém com intrigas internas e lutas de poder — animando durante meses os programas de comentário político. Por outro lado, resta a constatação de que nada disso interessa realmente ao país e às populações, cada vez mais esmagadas pelos desafios sociais e económicos, e cada vez mais penalizadas pelas falhas dos serviços públicos de Saúde e de Educação. Ou seja, os problemas permanecerão sem solução à vista. Se restasse um pequeno fragmento de ímpeto reformista no governo, esse evaporou-se esta semana.

Chegarmos aqui tem algo de desesperante. Se nem um governo de maioria absoluta é forte o suficiente para reformar o país nas suas áreas-chave, levando a cabo as mudanças que urgem, então como é que Portugal sairá deste ciclo de empobrecimento económico e de expectativas? Não haver resposta para esta pergunta é o grande bloqueio da política portuguesa. E, após anos de geringonça e regressões, com o futuro hipotecado, parece que o país se contentou com a ideia de que ficar parado é bom, simplesmente porque pelo menos não se anda para trás.

A mensagem dominante da semana política é precisamente essa: Portugal adiará novamente a resolução dos seus desafios, até que estes lhe rebentem nas mãos. Com um governo a prazo, António Costa será, até ao fim, igual a si próprio: um mestre das intrigas palacianas e uma nulidade das políticas públicas. Nunca governou de outra forma, porque nunca compreendeu a política de outra forma. Ouço muitos a lamentarem esse modus operandi, mas sou dos que acredita que o país não tem qualquer legitimidade para se queixar das suas próprias escolhas. Afinal, António Costa não é um novato da política e, quando venceu as eleições legislativas com maioria absoluta, os eleitores sabiam quem escolhiam para os governar. É apenas democrático que, agora, levem forte e feio com essa escolha, durante o máximo tempo que o regular funcionamento das instituições o permitir.

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GOVERNO    POLÍTICA    ANTÓNIO COSTA    MARCELO REBELO DE SOUSA    PRESIDENTE DA REPÚBLICA    ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

COMENTÁRIOS (de 38)

Por8175: Estou farto de "governantes" (???) que MENTEM de cada vez que abrem a boca. As sagas do assessor, do SIS, da TAP, do hospital de Belém, das avarias do Mondego são apenas reflexo das MENTIRAS com que nos enchem os ouvidos a toda a hora e todos os dias!                      Joana Quintela: Artigo brilhante, como sempre! Somos governados por um bando de aldrabões incompetentes. É desesperante! E o mais deprimente é que foram eleitos com maioria absoluta. Outra coisa que me irrita, é que se vá na cantiga permanente do PS, que mexe os cordelinhos todos nos Media, com o bicho papão do Chega. Sou isenta no que digo, não voto e não votarei Chega. Falta-lhes consistência política, estrutura, razoabilidade e elevação. Mas, não são o bicho papão! o BICHO PAPÃO DESTE PAÍS É O PS!!!!!!! Mas como é que é possível que ainda não tenham percebido isso!!! O mal deste país chama-se PS e a esquerda toda em geral! A ignorância, a falta de ambição, o viver encostado e sempre á espera que o Estado dê qualquer coisinha, também estão a dar cabo de Portugal. Anseio pelo regresso da Direita, com o regresso ao parlamento do CDS de génese verdadeiramente Democrata Cristã, com Liberdade para a Educação, com uma economia mais livre do Estado, com o princípio da subsidiariedade, com um SNS bem gerido! Com um país governado por gente séria, leal, autêntica, que olha para a política como um SERVIÇO para o bem comum! Com garra e coragem!! Onde estão?? Eu voto neles!              Lúcia Henriques: O que mais me irrita é 2milhões de portugueses decidirem. Esta lei devia ser alterada.              Ricardo Ferreira: Excelente opinião! É disto que se trata! Os portugueses escolheram, têm de saber viver com isso. Agora sofrem o que tiverem de sofrer por terem optado por uma maioria absoluta, coisa que nunca deveria ser permitido porque desvirtua a democracia. Mas a democracia mesmo desvirtuada é o sistema que espero que tenhamos por muitos anos. E no final de contas: os portugueses identificam -se com muitas intrigas palacianas, com compadrio, com troca de favores, com a "cunha". É cultural, vai demorar a mudar...               Maria Gingeira: Para um partido que governa para dentro de si e dos seus, como se pode depreender pelo seu historial, é que tem como única preocupação ganhar cada próximo acto eleitoral, a dissolução da AR é tudo quanto deseja. Não é um castigo é um presente.                  Joaquim Rodrigues: O mais grave é que a "arbitrariedade" passou a ser a "imagem de marca" do Costa na definição das políticas públicas ´seja para o PRR, seja para as Bombas de Hidrogénio, seja para a TAP, seja para o Plano Ferroviário Nacional, seja para o Pacote da Habitação, seja para o que for. O Sócrates, ao menos, tinha a preocupação de estudar e fundamentar, mesmo que de forma fraudulenta, as Políticas, Planos e Programas que apresentava. O Costa nem a esse trabalho se dá. É tudo apresentado com base em "convicções", "fezadas" e "achismos", sem qualquer racionalidade, estudo e fundamento. Em caso algum são recolhidos e analisados dados, se estudam a fundo os assuntos, se fazem previsões de evolução para o futuro, se avaliam soluções alternativas, se fundamentam e justificam racionalmente as propostas apresentadas de "Políticas", "Planos", "Programas" e "Medidas". É a "arbitrariedade" que nos governa. E cometem as maiores enormidades e arbitrariedades para levar os seus "achismos" (interesses dos mais mesquinhos) avante. Aconteceu assim no programa Habitação. Aconteceu assim, quando aldrabaram a divisão territorial do País em NUTs II, que tinha sido adoptada com base em estudos multidisciplinares e que é essencial para efeito de adequado estudo e execução dos PROTs (Planos Regionais de Ordenamento do Território). Sem qualquer estudo, justificação, racionalidade e fundamentação, têm o desplante de subverter a delimitação das NUs II, apenas com o objectivo de aldrabarem a Comissão Europeia e os indígenas e poderem sacar Fundos Comunitários às Regiões mais pobres do País e os aplicarem no "arco ribeirinho na Margem Sul do Tejo", pertencente à Região de Lisboa e Vale do Tejo, que é a Região mais rica do País, mais rica que a média das Regiões Europeias, e que, por essa razão, já não tem direito a Fundos Comunitários. No caso da ferrovia, o Sr. Galamba prepara-se para lançar um concurso para a Linha Ferroviária Lisboa-Porto, a que ele chama TGV, para fazer uma aberração de Projecto em bitola ibérica, onde vão gastar muitos biliões, à custa dos contribuintes, que é contra os interesses dos cidadãos, da economia portuguesa e de Portugal e que a Comissão Europeia já declarou que não financiaria, por contrariar o Plano da Rede Ferroviária Transeuropeia aprovado por todos os Países da União incluindo Portugal. O que o Galamba se prepara para fazer é um crime económico que vai condenar Portugal a ficar de fora da Rede Transeuropeia Ferroviária de Transportes e a condenar a eficiência do transporte ferroviário em Portugal para todo o sempre. É na "arbitrariedade" das políticas, definidas com base na subjectividade dos "achismos" pessoais, que o Costa e o Galamba se entendem na perfeição. O País vai pagar tudo isto muito caro.        José Cortes: Esta crónica tem uma insuficiência que é triste e nos alimenta a melancolia em que cada vez mais estamos mergulhados: ela Nunca vai ser lida pela grandíssima maioria das pessoas qie votaram PS. A natureza humana tem destas coias, é humana, portanto, pouco racional, mais intuição e coração. Agora temperem-na com a fatalista e pouco dada a riscos (antes assim que pior...) condição mediterrânica, particularmente em indivíduos seniores. Adicionem ainda uma característica da condição feminina que lhe é grata (e ainda bem, que se isto fosse só com homens já se tinha engatado tudo...): muito mais prudentes que nós. Consequência: Nas últimas legislativas a faixa de votantes feminina e >55 anos de idade concedeu uma % votos ao PS na ordem dos 70%. No grupo masculino foi algo abaixo, mas a expressão "antes assim que pior" campeou. Também por isto AC ficou surpreendido com os resultados finais... Quantos destes cidadãos andarão sequer perto de ler esta crónica?.. Eles estão quase a atingir o mantra socialista: 50%+1 votante directa ou indirectamente dependentes do dinheiro dos contribuintes. Depois é acenar, rapazes... Habituem-se.                Joao Freitas: Por vezes os actos que cometemos não têm significado nenhum, mas achei interessante que o comentário do Presidente, que por vezes é preciso “ter calma, e não dar o corpo pela alma”, foi feito ao mesmo tempo que comia um gelado…será que havia uma mensagem para o Primeiro-Ministro? Por vezes a vingança é um prato que se come frio…              Hel_ Marques >  Joao Freitas: Mais uma palhaçada de MRS, o astro da TV, num momento delicado preferiu desvalorizar, indo relaxar, borrifando-se para a situação, sorvendo um gelado, qual rapazote. Este é o único responsável por este momento, tivesse tido sempre uma atitude institucional e nada disto aconteceria, gajos quaisquer a chamar o sis, e vai discursar às 20H, nada dizendo, quiçá umas ameaças para mostrar autoridade e logo a seguir, não irá comer novamente gelado, talvez um whisky com gelo, como os homens grandes?                João Floriano: Tenho lido aqui inúmeras vezes o argumento de que o eleitorado fez uma péssima escolha quando em 2022 deu uma maioria absoluta a António Costa e que agora aguentem-se e nada de chorar sobre o leite derramado. Não votei no PS, não votei em Marcelo Rebelo de Sousa porque tive desde o início a intuição sobre a actuação do actual PR, intuição essa que provou ser totalmente ajustada. Não quero uma figura de afectos, de proximidade, não quero um comentador como foi depreciativamente avaliado e desvalorizado por António Costa. Queria outro tipo de PR. Já no caso de António Costa, em janeiro de 2022, quando ouvi aquele discurso triunfal e ainda marcado pelo deslumbramento da sonhada e conseguida maioria absoluta, nem nos meus piores pesadelos ( não costumo ter ou pelo menos não me lembro e quando lembro é sempre a caminhar sobre mar agitado), me passou pela cabeça que passado pouco mais de um ano de governo o saldo fosse tão negativo. Vendo bem as coisas já há muitos meses que não há governo..........parece que o país se contentou com a ideia de que ficar parado é bom, simplesmente porque pelo menos não se anda para trás. Somos na verdade um caso da teoria da relatividade transportada para a política. Não andamos para trás, mas ficamos para trás porque todos os países da UE nos vão ultrapassando e em vez de ser um motivo de regozijo como o é para António Costa que parece gostar muito de ver o bem dos outros e não se importa com o nosso mal, eu sinto uma certa vergonha. Por tudo isto eu perdoo aos que votaram em António Costa. Se eu que sou desconfiado e não gosto do político não consegui imaginar todo o descalabro que aí vinha, como podiam os outros? E não se vê maneira de sair deste «Mar de Sargaços».              bento guerra > João Floriano. Vendo o que tem sido a política "socialista" em vários países, julgo que sede da multinacional deve ter dado como estratégia:"casem com quem quiserem, digam o adequado, mas guardem o poder. Esse poder não é só nacional, mas alarga-se a outros níveis, como op do controle das instituições europeias"                Ana SilvaJoão Floriano: Excelente comentário. Metáfora brilhante: a da “teoria da relatividade transportada para a política”.               bento guerra: A degradação da qualidade dos políticos acompanha o "big brother" e o tevelixo. Marcelo a comer gelado na rua para as câmaras é o último episódio. Ao menos, chupar um Magnum,grosso              Sérgio: Excelente artigo! Concordo em absoluto e por isso digo há muito: os portugas inaptos e iletrados MERECEM a gentalha inapta e medíocre e nepotista e mafiosa que elege! Merecem-se TODOS! "habituem-se a ter poucochinho!"               Lidia Santos: Boa crónica !!              Fernando Cascais: Ontem fiz um comentário no meu Facebook sobre futuras sondagens. Escrevi, que possivelmente as próximas sondagens vão trazer uma surpresa com a subida do PS nas sondagens. Justificava a previsão com a coragem de Costa em ter segurado o ministro. Muito pessoalmente, não vejo razões para a demissão do ministro. Quem nunca despediu um colaborador de forma impulsiva? Os colaboradores não fazem negócios com os clientes, não decidem os trabalhos para fazer nem a sua prioridade. Os colaboradores não fazem política, colaboram com boas ou más politicas. Galamba passou-se com o ajudante e de forma impulsiva correu com ele. Alguma coisa se passou com o ajudante que desalinhou com o ministro. O SIS, em vez das mentiras e da manipulação da CEO da TAP, foram-se agarrar ao SIS. Que escândalo ter chamado o SIS. Em vez de ter chamado a PSP chamou a GNR. O Frederico levou o computador com informações financeiras da TAP. Se vende essa informação a quem quer comprar a TAP está a lesar o interesse nacional; é um caso de segurança nacional. Ontem, o Calafate na CNN olhava a câmara olhos nos olhos e ditava; Galamba não pode ser ministro, Bugalho diz a mesma coisa, Joana Amaral Dias grita que mais parece uma maluca. Um histerismo colectivo na CS. Querem mandar. Com PNS estiveram praticamente calados, mas agora estão cheios de força. Um governo à medida da CS. No meu post do Facebook, tive vários comentários, mas alguns deles defenderam Costa, finalmente alguém teve coragem de enfrentar Marcelo e mete-lo no lugar, referiam. Não gosto de ver estas movimentações do PSD a colocar-se a jeito para governar. Não gostei de ver a IL ser arrastada para este jogo. Muita sede de poder, esquecem que só lá chegam com votos. Os votos têm que ser ganhos com propostas e com politicas alternativas e não com o Galambas e estados de alma do PR. Se a direita segue este caminho a coisa vai voltar a correr mal. Deixem o Costa governar. Em 2026 vamos a eleições.        Ana Silva: Esta atitude de que o país pague por aquilo que escolheu (maioria absoluta dada de bandeja ao PS nas últimas eleições legislativas) repetida aqui no Observador já bastas vezes, revela um curioso fenómeno da psicologia: quando alguém ou um grupo se vê incapaz de resolver um problema, tem que arranjar um bode expiatório (normalmente a parte mais fraca da equação), fazendo uma curiosa selecção mental, apagando da memória uma vasta lista de factos, normalmente tendo a ver com o seu grupo de interesses. Só recordando alguns, ao de leve: 1. Depois de Passos o que fizeram os partidos para melhorar a literacia dos portugueses em política? - o PS, da escola de Sócrates e António Costa, inverteu no governo um resultado eleitoral que deu a vitória a Passos Coelho apesar das medidas anti-populares que foi obrigado a fazer, criando a geringonça de má memória; ou já ninguém se lembra a quem o povo apesar de tudo deu a vitória nas urnas? - o PSD deixou de ser oposição, deixou que a mentira lançada pela Esquerda de que Passos trouxe a austeridade vingasse e criasse raízes e colou-se ao PS, identificando-se com o centro-esquerda, esquecendo uma grande parte do seu eleitorado de centro-direita; - o CDS, que tinha excelentes parlamentares como o Telmo Correia e a Cecília Meireles, perdeu-se numa guerra interna contra o seu líder recém-eleito, dividindo o partido e acabando com ele, na prática; - a IL surgiu com a marca liberal, que é relativamente consensual na Direita quanto à economia e aos impostos, mas aliou-se ao Bloco nas ideias progressistas, desconstrutivas e completamente alheias aos reais problemas dos portugueses; 2. Onde estão os planos a longo prazo de reforma para um país que toda a gente reconhece que tem problemas de fundo seriíssímos (não vou elencar, já todos sabem) elaborados pelos partidos com seriedade, competência e critério? Onde estão os pactos de regime entre os principais partidos, para manter as medidas estruturais operacionais para além das cores partidárias das legislaturas que se sucedem no tempo? 3. Os partidos políticos são quem manda (inclusivamente nos currículos da Educação), quem governa, quem faz as leis, quem tem um estatuto especial tão especial que podem fazer o que quiserem com o dinheiro dos contribuintes portugueses nos orçamentos que aprovam entre si… e o povo português, o que pode mesmo o povo português? As pessoas comuns têm o poder de colocar uma cruz num desses partidos de quatro/cinco em quatro/ cinco anos em datas de eleições… - os partidos políticos são actualmente de uma tal mediocridade que acabo de demonstrar, mas ainda assim têm a arrogância de fazer linhas vermelhas a um partido novo que não tem medo de chamar os bois pelos nomes, que pensa diferente (e depois? Não votaram nele 400.000 portugueses, os apontados culpados disto tudo?) inviabilizando um acordo do centro à direita que poderia ser uma solução de governo para tirar Portugal da rota do socialismo, que nos arrasta a todos em direcção ao precipício. 4. Além da propaganda que (grande parte, mas com honrosas exceções) da Comunicação Social e o seu exército de “freteiros” fazem ao poder político. Não, a culpa não é (só) dos eleitores portugueses, mas também não morre sozinha.          F. Mendes > Ana Silva: Muitos parabéns pelo seu artigo, com o qual estou largamente de acordo. De facto, temos uma direita muito estúpida e cobarde, só faltando referir a cobardia de Cavaco em 2015, quando entregou o ouro ao bandido. Espero que o CHEGA cresça por captação de abstencionistas, sem entrar demasiado no eleitorado do PSD. Já aqui escrevi, repetidamente, o que o PSD deve fazer se quiser ser governo apoiado numa maioria estável. Infelizmente, continuam a dormir. Não vejo o CHEGA no governo, pelo menos num futuro previsível.           Ana Silva > F. Mendes: Fico grata. Obrigada. Quanto ao PSD, a imagem que tenho mais fresca na mente, extrapolando a partir do que se passou na recente sessão da AR que acolheu Lula da Silva (o líder social-democrata sentado, a não aplaudir, e bem, em contraponto aos deputados do seu partido que esses sim, alguns não todos, se levantaram para aplaudir de pé): qual navio cujo comandante traça o rumo, mas cuja tripulação encolhe os ombros, desrespeita as indicações de cima e age à sua maneira. Assim o PSD não vai longe. Quanto ao CHEGA: penso sinceramente que este partido tem ainda muito para amadurecer, mas está no bom caminho: um excelente líder, carismático, motivado e motivador, que consegue mobilizar as bases e quadros do partido; deputados ligados ao líder, sem divisões internas auto-destrutivas, e com convicções fortes relativamente aos valores conservadores de Direita; um partido em ligação com a sociedade civil e aos problemas reais que o nosso país enfrenta, e uma recusa visceral à cultura woke e às ideias progressistas. E a aguentar-se muito bem em relação ao “preconceito anti-chega”.

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