E em meio de tantos excelentes
comentários que o texto, de uma gentileza imerecida, de RUI RAMOS para com MRS – este sempre
pecando, afinal, por uma inanidade próxima da idiotia, tantas vezes – ainda ontem
- impecavelmente posta a nu, com imagens exemplificativas de uma sordidez de
infantilismo pedante sem paralelo, pelo genial humorista Ricardo Araújo Pereira - tal figura –
figurão – do tablado político nacional continua a impor a sua
atrevida indiferença pelo decoro e racionalidade do povo e do país que ele assim
achincalha, impunemente, alvarmente, friamente. Infamemente, enfardando papas
de cerelac, após a cena do gelado, que a imprensa avidamente explorou. Apesar
de tudo, o rectangulozinho não merece tanta indignidade. O seu povo também não.
O mundo segundo Marcelo
Hoje, todos olhamos para a política
como só Marcelo Rebelo de Sousa olhava há cinquenta anos. Há algumas razões
boas para isso, mas a maior parte são más.
RUI RAMOS Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 12
mai. 2023, 00:2226
É verdade: comecei a ler Marcelo Rebelo
de Sousa aos 13 anos. Não se choquem nem tenham pena de mim. Estávamos
em revolução. A política era tudo, e tudo era política. Não se conseguia acabar
um almoço de família sem uma troca de palavras agrestes por causa das últimas
notícias. No recreio do liceu, comparávamos os EUA e a União Soviética. Como
diria Eça de Queiroz, éramos assim absurdos em 1975. No meio desta babel, eu
gostava de ler Marcelo.
Marcelo era diferente. Escrever
editoriais ou crónicas significava então tomar partido. Estava em causa o
futuro, e tudo parecia possível. O que um colunista proporcionava aos seus
leitores era simples: a evidência de que eles estavam certos, e os outros
errados; a certeza de que com eles haveria democracia, e com os outros,
ditadura. Mas Marcelo, no Expresso, não era assim. Quase todos
os colunistas combatiam numa guerra civil. Ele assistia a um jogo. Fazia
“análise”, não tomava partido. Esta
semana, dizia ele, Cunhal jogou muito bem. Na semana seguinte, dava pontos a
Soares. Marcelo descrevia manobras, deduzia tácticas, calculava avanços e
recuos, e até descobria leis, como esta, que nunca esqueci: quem
avança primeiro, perde. Era como se tudo fosse futebol, e pudéssemos
distrair-nos com o espectáculo.
Quase cinquenta anos depois, nada disto
parecerá muito extraordinário, por esta razão: é assim, como Marcelo em 1975, que
hoje todos falamos ou tentamos falar de política. Viu-se a semana passada.
Ninguém quis saber quem tinha razão: o que importava era perceber quem se saiu
bem. Agora toda a gente faz “análise”, e o que se analisa não são as ideias e
as políticas, mas o procedimento, ou, como dizem os entendidos, com um tremor
científico na voz, o “timing” e a “comunicação”.
Há muitas razões para isso. Umas boas,
outras más. As boas são que já não
estamos em revolução, há regras, há limites – há, felizmente, democracia, e uma
democracia europeia. As más são que esses limites vão muito além do que é
saudável numa democracia. O regime afunilou-se, através da sua integração na UE
e sobretudo dos compromissos sociais assumidos pelo Estado. Não se
pode manter a TAP nacionalizada à maneira dos anos 70, mas também não se pode
baixar impostos à maneira dos anos 80. Socialismo
e liberalismo tornaram-se princípios académicos. Por outro
lado, o BCE garantiu-nos contra rupturas
financeiras, como as que no passado provocaram alternância e viragem na
governação. A política parece ter poucas consequências. Pode
portanto ser desfrutada como um jogo que os políticos profissionais jogam, e
que depois gente mais ou menos informada e doutorada “analisa”. As boas
jogadas são naturalmente mais valorizadas do que as boas ideias. Só os
clubistas parecem ter razões para se importarem com quem ganha e com quem
perde.
Tudo agora é igual a uma crónica de
Marcelo. O ponto de
vista que em 1975 parecia original, é hoje rotina. Há quem
se queixe, claro: não se fala dos problemas. Mas
que poderíamos fazer com os problemas? Aliás, porque é que teríamos de fazer
alguma coisa, se o BCE nos garante que isto vai durar? Terá fim? Sem dúvida,
mas ninguém sabe quando. Amanhã pensaremos nisso, como Scarlett O’Hara. Enfim,
querem que vos confesse tudo: eu, antigo fã de Marcelo, eu que não acendo velas
às revoluções, apanho-me às vezes, em momentos de tédio, a ter saudades dos
colunistas que em 1975 comiam e cuspiam fogo, que não analisavam, mas
combatiam, quando a política tinha demasiada importância para ser confundida
com um qualquer desporto ou mesmo com uma qualquer ciência.
MARCELO
REBELO DE SOUSA PRESIDENTE DA
REPÚBLICA POLÍTICA
COMENTÁRIOS (26)
Pedro de Freitas Leal: Lindíssimo
comentário! E reflexão muito útil. Bem- haja, Rui Ramos. Luis Ferreira: O que se poderia fazer com os problemas? E que tal
resolvê los? Gabriela
Gop: O facilitismo de MRS foi, quanto a
mim, sempre a sua imagem de marca. Tudo superficial, fácil, sem substância. Nunca
lhe encontrei nenhuma originalidade, RR. Ricardo Dias: Marcelo é apenas mais uma personagem plana nesta
tragi-comédia que é a política de desgovernação nacional. A
política funciona mais ou menos desta forma: em primeiro lugar vejamos como uma
decisão vai impactar o círculo de amigalhaços e apoiantes do sistema; em segundo lugar, vejamos se esta decisão tem
alguma consequência prática, é preferível que não tenha; em terceiro lugar,
como vai esta decisão parecer aos olhos dos ignorantes que têm os olhos
espetados na TV; em quarto lugar vejamos se esta decisão viola algum dos
sagrados princípios da ideologia, porque a ideologia, esse grande catecismo
pagão dos partidos, é mais importante do que o pragmatismo e a necessidade real
do país; esses são absolutamente secundários E
assim se passam, aqui neste alegre burgo, os anos e as décadas, com totais
incompetentes corruptos a dirigir um país de cegos, surdos e mudos, porque se
qualquer destas capacidades tivéssemos, ainda que só e apenas uma, já nos
teríamos rebelado há muito. Em
vez disso a carneirada que somos todos vai passando mal mas entretida com o
grande espectáculo que nos passa à frente. Marcelo, é apenas uma personagem sem graça. Mais uma. Luis Mira Coroa:
Magnifico! jorge
espinha: Eu não penso assim. Para mim há certo
e errado e existem princípios. Assistimos a um assalto ao estado e o PS
confunde-se com o Estado, para piorar a maioria da comunicação social leva o PS
ao colo ou seja é “isenta”. Nada disso é assim por causa da Europa e do BCE. Em
relação a Marcelo, ficamos a saber que em 1975 quando tudo estava em causa,
Marcelo era o mesmo palerma egocêntrico dos dias de hoje. Uma triste e patética
personagem. Ricardo Dias > jorge espinha: Bem dito. Pontifex Maximus: O que Rui Ramos parece sempre ter apreciado no Marcelo
é precisamente aquilo que sempre odiei: a capacidade de ser meias-tintas, de se
dar bem com Deus e com o diabo, a incapacidade de tomar decisões mesmo as mais
simples. Enfim, um falhado no que para ele importante é um artista no que no
fundo ele não gosta. Sim, ele também tem e sempre teve a capacidade de fingir,
dissimular, enganar, um verdadeiro artista, portanto, mas nunca um estadista. E
isto é o maior desgosto dele, por muitos olhos de Carneiro mal morto que faça a
olhar o céu para falar num microfone que está abaixo da sua boca… Joaquim Rodrigues: E é cada vez mais urgente que se volte à "Política
e às Políticas". Porque
estamos cada vez mais entregues à arbitrariedade, ao casuísmo, à
irracionalidade, ao "achismo", aos interesses mesquinhos na
formulação de "políticas". A "arbitrariedade" passou a ser
a "imagem de marca" do Costa na definição das políticas públicas
´seja para o PRR, seja para as Bombas de Hidrogénio, seja para a TAP, seja para
o Plano Ferroviário Nacional, seja para o Pacote da Habitação, seja para o que
for. O
Sócrates, ao menos, tinha a preocupação de estudar e fundamentar, (mesmo que
depois executasse de forma fraudulenta), as Políticas, Planos e Programas que
apresentava. O
Costa nem a esse trabalho se dá. É tudo apresentado com base em "convicções",
"fezadas" e "achismos", sem qualquer racionalidade, estudo
e fundamento. Em
caso algum são recolhidos e analisados dados, se estudam a fundo os assuntos,
se fazem previsões de evolução para o futuro, se avaliam soluções alternativas,
se fundamentam e justificam racionalmente as propostas apresentadas de
"Políticas", "Planos", "Programas" e "Medidas". É a "arbitrariedade" que nos governa. E cometem as maiores enormidades e arbitrariedades para
levar os seus "achismos" (interesses dos mais mesquinhos) avante. Aconteceu assim no dito Pacote Habitação. Aconteceu
assim, quando aldrabaram a divisão territorial do País em NUTs II, que tinha
sido adoptada com base em estudos multidisciplinares e que é essencial para
efeito de adequado estudo e execução dos PROTs (Planos Regionais de Ordenamento
do Território). Sem qualquer estudo, justificação, racionalidade e
fundamentação, têm o desplante de subverter a delimitação das NUTs II,
apenas com o objectivo de aldrabarem a Comissão Europeia e os indígenas e
poderem sacar Fundos Comunitários às Regiões mais pobres do País e os
aplicarem no "arco ribeirinho na Margem Sul do Tejo", pertencente à
Região de Lisboa e Vale do Tejo, que é a Região mais rica do País, mais rica
que a média das Regiões Europeias, e que, por essa razão, já não tem
direito a Fundos Comunitários. No caso da ferrovia, o Sr. Galamba prepara-se
para lançar um concurso para a Linha Ferroviária Lisboa-Porto, a que ele chama
TGV, para fazer uma aberração de Projecto em bitola ibérica, onde vão gastar
muitos biliões, à custa dos contribuintes, que é contra os interesses dos
cidadãos, da economia portuguesa, de Portugal e da União Europeia. A “Bitola
Ibérica” tem apenas como objectivo manter uma “Barreira Proteccionista” à
entrada de operadores ferroviários internacionais, no mercado nacional. A
Comissão Europeia já declarou que não financiaria o projecto do Sr. Galamba,
por contrariar o Plano da Rede Ferroviária Transeuropeia aprovado por todos os
Países da União incluindo Portugal. O que o Galamba se prepara para fazer é um crime
económico que vai condenar Portugal a ficar de fora da Rede Transeuropeia
Ferroviária de Transportes e a condenar a eficiência do transporte ferroviário
em Portugal para todo o sempre. (Na ligação
ferroviária Madrid-Barcelona, operam, em concorrência, Companhias Espanholas,
Francesas e Italianas e o custo da viagem fica a cerca de 2 cêntimos/Km, a uma
velocidade de 250 Km/h. Na ligação ferroviária Lisboa-Porto a CP, por favor,
com muitas greves à mistura, oferece-nos uma viagem com um custo de 9
cêntimos/Km, a uma velocidade de 113 Km/h.) É na "arbitrariedade" das
políticas, definidas com base na subjectividade dos "achismos"
pessoais, que o Costa e o Galamba se entendem na perfeição. Está tudo a ser
feito pela "calada" enquanto vão entretendo os indígenas com estes
"fait divers". A Comunicação Social tem a responsabilidade e a
obrigação de informar e esclarecer os portugueses sobre este projecto que é de
vital importância para o futuro do País. O País vai pagar tudo isto muito caro.
Joaquim Rodrigues > Joaquim Rodrigues: Aquilo a que chamam "Plano Ferroviário
Nacional" é um insulto ao "Planeamento", à "Ferrovia"
e à "Nação". É
um insulto às Universidades Portuguesas e Politécnicos da área da Engenharia,
dos Transportes e da Economia dos Transportes.
Luis Oliveira > Joaquim Rodrigues: Muito bom o seu comentário. Francisco
Almeida: Rui Ramos voltou a surpreender-me pela
positiva. A sua confissão final é uma brilhante e corajosa descrição de muitos
estados de espírito. Fez-me lembrar uma das mais célebres frases políticas de sempre, "Je
vous ai compris" de de Gaulle, em Argel. Sendo bem mais velho do que Rui
Ramos, atrevo-me a uma confissão ainda mais chocante. Raras vezes, é certo, mas
já me encontrei a relembrar a minha comissão militar na Guiné. Assustadora, sem
dúvida, mas simples no quotidiano e sobretudo, com um horizonte de esperança
que hoje não consigo sentir. João Ramos: A política portuguesa desde a
malfadada geringonça criada para salvação do medíocre Costa, passou a ser entre
direita e esquerda, o centro passou a ser o ninho dos complexados e como se
começa a ver está em decadência, quem não o perceber vive no mundo da fantasia e
o país, que somos nós todos, é que sofre… Marcelo apenas se diverte no meio
de toda esta confusão e contribuindo para ela, como se pode ver até aqui a
coisa não serve!!! JP:
Só os clubistas parecem ter
razões para se importarem com quem ganha e com quem perde. E num país com tamanha mentalidade clubística como é o nosso, não é de
admirar o estado a que chegámos e por que tanta gente adora o Marcelo.
Gostam do comentário futebolístico. Lourenço de Almeida: Compreendo perfeitamente! Eu em
1975 estava claramente do lado dos que lutavam como se o jogo fosse de vida ou
de morte e não do lado dos comentadores. E continuo a achar que o jogo é
importante e o comentário só é importante como forma de denunciar e esclarecer,
para que não confundamos com razão, a boa performance de um malabarista ou de
um aldrabão genial. Na altura do 25 de Abril, como agora, havia muita gente a
morrer na luta contra a doutrina mais assassina da história da humanidade e
desde o Vietenam, passando por Angola, em toda a Europa de Leste e até em
Portugal, havia gente que lutava e morria na luta de defesa perante o avanço
das maravilhas das sociedades socialistas. Os comentadores têm a sua utilidade,
mas não nos devemos esquecer que uma coisa é "fazer" e outra muito
diferente é "falar daquilo que outros fazem". Pode ser outra forma de
"fazer" e muitas vezes é-o, quando comentadores, jornalistas ou
opinadores dão o corpo ao manifesto. Quando se comenta à la Marcelo, não se faz
nada disso. É só intelectualmente interessante, quando é. bento
guerra: Marcelo e Costa, a política é vender votos. Habilidosos e manipuladores
,para clientela eleitoral pouco exigente Ana Silva:
“Marcelo
descrevia manobras, deduzia tácticas, calculava avanços e recuos, e até
descobria leis, como esta, que nunca esqueci: quem avança primeiro, perde.” Extrapolando a intenção do
autor: deve ser por isso que o país não avança! O governo socialista não faz
nada para o desenvolvimento nem sequer para a resolução a médio longo prazo dos
problemas do país; o PSD não faz oposição, não tem valores, orientações claras,
princípios, um plano estratégico para o país; o PR também não faz nada e agora,
graças a Rui Ramos finalmente percebo porquê… está à espera que alguém
“avance”, para que ele possa sair da concha de comentador e tornar-se
finalmente um homem de ação, vencedor, presidente da república. Ao fim ao
cabo, trata-se de “desabrochar” na época certa. Ó Portugal, Portugal, só tu
pobre velhinho de quase 900 anos, perdes entre tanta mediocridade e tacticismo! João Floriano: Hoje não é assim tão diferente
de 1975. Continuamos a tomar partido pelos americanos ou russos (já não existe
a URSS e os chineses são outra das opções a considerar). Estamos novamente
«engalfinhados» num debate (sejamos civilizados e politicamente correctos)
entre esquerda e direita e tal como em 1975 o rumo que tomarmos vai ser
decisivo: morremos de vez com a esquerda, temos uma hipótese de vida com a
direita). Estamos acantonados na nossas trincheiras do certo e do errado.
Quanto à democracia há quem lhe coma a carne e atire os ossos aos desafectos.
Verdade que não poucas vezes os ossos têm adquirido um efeito boomerang e têm
atingido a careca de quem os lançou. O que não havia em 1975 era uma CS tão
participativa ao vivo, a cores e na hora. É muito mais interessante discutir
estratégias e simbolismos como o gelado do Santini, porque o comentário
político generalizou-se e tornou-se um show muito parecido com o Big Brother ou
com o Futre e o Rui Santos a discutirem as tácticas do futebol. esquece-se o
resultado e a visão geral para andarmos uma semana a discutir se foi ou não
grande penalidade e se a «canelada» que o Costa deu no Marcelo foi mal
intencionada ou faz parte das regras do jogo. O mundo mudou, mas Marcelo ficou
o mesmo com uma enorme diferença: passou a viver em Belém. Só ele não deu por
isso. F.
Mendes: Rui Ramos acerta
no ponto, quando escreve que Marcelo exerce a "presidência" sem
preocupação pelas consequências e qualidade de decisões que são, ou não,
tomadas. Noutros termos, o que lhe interessa são futilidades como o
"timing", a oportunidade, a inspiração táctica, a capacidade de
antecipação, a anulação de adversários, associadas a jogadas num tabuleiro que
imagina ser Portugal e o mundo; não lhe interessa o conteúdo das políticas, mas
apenas a manhosice dos políticos; põe a forma à frente do conteúdo; o
divertimento à frente da utilidade; a visibilidade à frente da substância; e a
conveniência à frente de princípios (que de resto, não tem). Ninguém duvide que
Marcelo não muda. E que se mudasse, seria para pior. Daí a conclusão de Rui
Ramos, quando sugere que prefere alguém com outras convicções a pessoas sem
convicções algumas. S Belo: Muito bem, Rui Ramos! Duarte
Maymone: De acordo! Filipe
Paes de Vasconcellos: Só que à data os protagonistas políticos eram pessoas de elevada
estatura política consubstanciada em carreiras profissionais e académicas em
que se distinguiam. E, por isso mesmo, fazia-se Politica em vez de análise,
havia Ideias em vez de opiniões /palpites e mesmo discordando havia respeito.
Infelizmente e dramaticamente hoje os
“políticos “ são uns seres vulgares, impreparados e por isso têm de ser
forçosamente manhosos.
Américo Silva: O Marcelo tanta traquinice fez, que Costa lhe deu uma
boa palmada, duvido no entanto que acalme, calculo que prepare mais tropelias.
Paradoxalmente o PSD saiu muito beneficiado, Marcelo deixou de falar
constantemente nas insuficiências da oposição, e do PSD em particular. Rosa
Lourenço: Completamente de
acordo!!! Tantos sonhos por realizar! Tantas promessas por cumprir! Tantas
ideias destruídas! Tantos ideais perdidos! É bom que haja alguém que se
preocupe, realmente, com a Política como a arte de servir a comunidade, como
defendiam os antigos gregos!!! Maria Paula
Silva: Divertido, excelente, como sempre! Também eu tenho saudades do tempo, e
havia-os, em que a qualidade cultural imperava. Havia uma preocupação em se ter
qualidade. Lembro-me dessas crónicas. E de muitas outras coisas. A mim, essa
personagem nunca me convenceu. Das críticas do Lauro António (sou uma cinéfila
inveterada) passei para o Vasco Pulido Valente. De há uns 20 anos a esta parte,
assistimos a uma degradação cultural que vai dos "big brothers", aos
"futebóis", à "política", etc....é
bom que as pessoas não pensem e andem anestesiadas. Reina o facilitismo. De facto, se formos
a ver bem, afinal MRS era um "avant-garde" (ahahahah),
um pioneiro. O rei do facilitismo, papagaio habilidoso mas oco. Obrigada,
RR, aprendo sempre imenso consigo. Frederico Teixeira de
Abreu: Parabéns! Um
artigo inovador e interessante
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