segunda-feira, 15 de maio de 2023

A isto se chegou!


E em meio de tantos excelentes comentários que o texto, de uma gentileza imerecida, de RUI RAMOS para com MRS – este sempre pecando, afinal, por uma inanidade próxima da idiotia, tantas vezes – ainda ontem - impecavelmente posta a nu, com imagens exemplificativas de uma sordidez de infantilismo pedante sem paralelo, pelo genial humorista Ricardo Araújo Pereira - tal figura – figurãodo tablado político nacional continua a impor a sua atrevida indiferença pelo decoro e racionalidade do povo e do país que ele assim achincalha, impunemente, alvarmente, friamente. Infamemente, enfardando papas de cerelac, após a cena do gelado, que a imprensa avidamente explorou. Apesar de tudo, o rectangulozinho não merece tanta indignidade. O seu povo também não.

O mundo segundo Marcelo

Hoje, todos olhamos para a política como só Marcelo Rebelo de Sousa olhava há cinquenta anos. Há algumas razões boas para isso, mas a maior parte são más.

RUI RAMOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 12 mai. 2023, 00:2226

É verdade: comecei a ler Marcelo Rebelo de Sousa aos 13 anos. Não se choquem nem tenham pena de mim. Estávamos em revolução. A política era tudo, e tudo era política. Não se conseguia acabar um almoço de família sem uma troca de palavras agrestes por causa das últimas notícias. No recreio do liceu, comparávamos os EUA e a União Soviética. Como diria Eça de Queiroz, éramos assim absurdos em 1975. No meio desta babel, eu gostava de ler Marcelo.

Marcelo era diferente. Escrever editoriais ou crónicas significava então tomar partido. Estava em causa o futuro, e tudo parecia possível. O que um colunista proporcionava aos seus leitores era simples: a evidência de que eles estavam certos, e os outros errados; a certeza de que com eles haveria democracia, e com os outros, ditadura. Mas Marcelo, no Expresso, não era assim. Quase todos os colunistas combatiam numa guerra civil. Ele assistia a um jogo. Fazia “análise”, não tomava partido. Esta semana, dizia ele, Cunhal jogou muito bem. Na semana seguinte, dava pontos a Soares. Marcelo descrevia manobras, deduzia tácticas, calculava avanços e recuos, e até descobria leis, como esta, que nunca esqueci: quem avança primeiro, perde. Era como se tudo fosse futebol, e pudéssemos distrair-nos com o espectáculo.

Quase cinquenta anos depois, nada disto parecerá muito extraordinário, por esta razão: é assim, como Marcelo em 1975, que hoje todos falamos ou tentamos falar de política. Viu-se a semana passada. Ninguém quis saber quem tinha razão: o que importava era perceber quem se saiu bem. Agora toda a gente faz “análise”, e o que se analisa não são as ideias e as políticas, mas o procedimento, ou, como dizem os entendidos, com um tremor científico na voz, o “timing” e a “comunicação”.

Há muitas razões para isso. Umas boas, outras más. As boas são que já não estamos em revolução, há regras, há limites – há, felizmente, democracia, e uma democracia europeia. As más são que esses limites vão muito além do que é saudável numa democracia. O regime afunilou-se, através da sua integração na UE e sobretudo dos compromissos sociais assumidos pelo Estado. Não se pode manter a TAP nacionalizada à maneira dos anos 70, mas também não se pode baixar impostos à maneira dos anos 80. Socialismo e liberalismo tornaram-se princípios académicos. Por outro lado, o BCE garantiu-nos contra rupturas financeiras, como as que no passado provocaram alternância e viragem na governação. A política parece ter poucas consequências. Pode portanto ser desfrutada como um jogo que os políticos profissionais jogam, e que depois gente mais ou menos informada e doutorada “analisa”. As boas jogadas são naturalmente mais valorizadas do que as boas ideias. Só os clubistas parecem ter razões para se importarem com quem ganha e com quem perde.

Tudo agora é igual a uma crónica de Marcelo. O ponto de vista que em 1975 parecia original, é hoje rotina. Há quem se queixe, claro: não se fala dos problemas. Mas que poderíamos fazer com os problemas? Aliás, porque é que teríamos de fazer alguma coisa, se o BCE nos garante que isto vai durar? Terá fim? Sem dúvida, mas ninguém sabe quando. Amanhã pensaremos nisso, como Scarlett O’Hara. Enfim, querem que vos confesse tudo: eu, antigo fã de Marcelo, eu que não acendo velas às revoluções, apanho-me às vezes, em momentos de tédio, a ter saudades dos colunistas que em 1975 comiam e cuspiam fogo, que não analisavam, mas combatiam, quando a política tinha demasiada importância para ser confundida com um qualquer desporto ou mesmo com uma qualquer ciência.

MARCELO REBELO DE SOUSA   PRESIDENTE DA REPÚBLICA   POLÍTICA

COMENTÁRIOS (26)

Pedro de Freitas Leal: Lindíssimo comentário! E reflexão muito útil. Bem- haja, Rui Ramos.             Luis Ferreira: O que se poderia fazer com os problemas? E que tal resolvê los?              Gabriela Gop: O facilitismo de MRS foi, quanto a mim, sempre a sua imagem de marca. Tudo superficial, fácil, sem substância. Nunca lhe encontrei nenhuma originalidade, RR.                Ricardo Dias: Marcelo é apenas mais uma personagem plana nesta tragi-comédia que é a política de desgovernação nacional. A política funciona mais ou menos desta forma: em primeiro lugar vejamos como uma decisão vai impactar o círculo de amigalhaços e apoiantes do sistema;  em segundo lugar, vejamos se esta decisão tem alguma consequência prática, é preferível que não tenha; em terceiro lugar, como vai esta decisão parecer aos olhos dos ignorantes que têm os olhos espetados na TV; em quarto lugar vejamos se esta decisão viola algum dos sagrados princípios da ideologia, porque a ideologia, esse grande catecismo pagão dos partidos, é mais importante do que o pragmatismo e a necessidade real do país; esses são absolutamente secundários E assim se passam, aqui neste alegre burgo, os anos e as décadas, com totais incompetentes corruptos a dirigir um país de cegos, surdos e mudos, porque se qualquer destas capacidades tivéssemos, ainda que só e apenas uma, já nos teríamos rebelado há muito. Em vez disso a carneirada que somos todos vai passando mal mas entretida com o grande espectáculo que nos passa à frente. Marcelo, é apenas uma personagem sem graça. Mais uma.            Luis Mira Coroa: Magnifico!   jorge espinha: Eu não penso assim. Para mim há certo e errado e existem princípios. Assistimos a um assalto ao estado e o PS confunde-se com o Estado, para piorar a maioria da comunicação social leva o PS ao colo ou seja é “isenta”. Nada disso é assim por causa da Europa e do BCE. Em relação a Marcelo, ficamos a saber que em 1975 quando tudo estava em causa, Marcelo era o mesmo palerma egocêntrico dos dias de hoje. Uma triste e patética personagem.                 Ricardo Dias > jorge espinha: Bem dito.                     Pontifex Maximus: O que Rui Ramos parece sempre ter apreciado no Marcelo é precisamente aquilo que sempre odiei: a capacidade de ser meias-tintas, de se dar bem com Deus e com o diabo, a incapacidade de tomar decisões mesmo as mais simples. Enfim, um falhado no que para ele importante é um artista no que no fundo ele não gosta. Sim, ele também tem e sempre teve a capacidade de fingir, dissimular, enganar, um verdadeiro artista, portanto, mas nunca um estadista. E isto é o maior desgosto dele, por muitos olhos de Carneiro mal morto que faça a olhar o céu para falar num microfone que está abaixo da sua boca Joaquim Rodrigues: E é cada vez mais urgente que se volte à "Política e às Políticas". Porque estamos cada vez mais entregues à arbitrariedade, ao casuísmo, à irracionalidade, ao "achismo", aos interesses mesquinhos na formulação de "políticas". A "arbitrariedade" passou a ser a "imagem de marca" do Costa na definição das políticas públicas ´seja para o PRR, seja para as Bombas de Hidrogénio, seja para a TAP, seja para o Plano Ferroviário Nacional, seja para o Pacote da Habitação, seja para o que for. O Sócrates, ao menos, tinha a preocupação de estudar e fundamentar, (mesmo que depois executasse de forma fraudulenta), as Políticas, Planos e Programas que apresentava. O Costa nem a esse trabalho se dá. É tudo apresentado com base em "convicções", "fezadas" e "achismos", sem qualquer racionalidade, estudo e fundamento. Em caso algum são recolhidos e analisados dados, se estudam a fundo os assuntos, se fazem previsões de evolução para o futuro, se avaliam soluções alternativas, se fundamentam e justificam racionalmente as propostas apresentadas de "Políticas", "Planos", "Programas" e "Medidas". É a "arbitrariedade" que nos governa. E cometem as maiores enormidades e arbitrariedades para levar os seus "achismos" (interesses dos mais mesquinhos) avante. Aconteceu assim no dito Pacote Habitação. Aconteceu assim, quando aldrabaram a divisão territorial do País em NUTs II, que tinha sido adoptada com base em estudos multidisciplinares e que é essencial para efeito de adequado estudo e execução dos PROTs (Planos Regionais de Ordenamento do Território). Sem qualquer estudo, justificação, racionalidade e fundamentação, têm o desplante de subverter  a delimitação das NUTs II, apenas com o objectivo de aldrabarem a Comissão Europeia e os indígenas e poderem sacar  Fundos Comunitários às Regiões mais pobres do País e os aplicarem no "arco ribeirinho na Margem Sul do Tejo", pertencente à Região de Lisboa e Vale do Tejo, que é a Região mais rica do País, mais rica que a  média das Regiões Europeias, e que, por essa razão, já não tem direito a Fundos Comunitários. No caso da ferrovia, o Sr. Galamba prepara-se para lançar um concurso para a Linha Ferroviária Lisboa-Porto, a que ele chama TGV, para fazer uma aberração de Projecto em bitola ibérica, onde vão gastar muitos biliões, à custa dos contribuintes, que é contra os interesses dos cidadãos, da economia portuguesa, de Portugal e da União Europeia. A “Bitola Ibérica” tem apenas como objectivo manter uma “Barreira Proteccionista” à entrada de operadores ferroviários internacionais, no mercado nacional. A Comissão Europeia já declarou que não financiaria o projecto do Sr. Galamba, por contrariar o Plano da Rede Ferroviária Transeuropeia aprovado por todos os Países da União incluindo Portugal. O que o Galamba se prepara para fazer é um crime económico que vai condenar Portugal a ficar de fora da Rede Transeuropeia Ferroviária de Transportes e a condenar a eficiência do transporte ferroviário em Portugal para todo o sempre. (Na ligação ferroviária Madrid-Barcelona, operam, em concorrência, Companhias Espanholas, Francesas e Italianas e o custo da viagem fica a cerca de 2 cêntimos/Km, a uma velocidade de 250 Km/h. Na ligação ferroviária Lisboa-Porto a CP, por favor, com muitas greves à mistura, oferece-nos uma viagem com um custo de 9 cêntimos/Km, a uma velocidade de 113 Km/h.) É na "arbitrariedade" das políticas, definidas com base na subjectividade dos "achismos" pessoais, que o Costa e o Galamba se entendem na perfeição. Está tudo a ser feito pela "calada" enquanto vão entretendo os indígenas com estes "fait divers". A Comunicação Social tem a responsabilidade e a obrigação de informar e esclarecer os portugueses sobre este projecto que é de vital importância para o futuro do País. O País vai pagar tudo isto muito caro.                   Joaquim Rodrigues > Joaquim Rodrigues: Aquilo a que chamam "Plano Ferroviário Nacional" é um insulto ao "Planeamento", à "Ferrovia" e à "Nação".  É um insulto às Universidades Portuguesas e Politécnicos da área da Engenharia, dos Transportes e da Economia dos Transportes.                   Luis Oliveira > Joaquim Rodrigues: Muito bom o seu comentário.                  Francisco Almeida: Rui Ramos voltou a surpreender-me pela positiva. A sua confissão final é uma brilhante e corajosa descrição de muitos estados de espírito. Fez-me lembrar uma das mais célebres frases políticas de sempre, "Je vous ai compris"  de de Gaulle, em Argel. Sendo bem mais velho do que Rui Ramos, atrevo-me a uma confissão ainda mais chocante. Raras vezes, é certo, mas já me encontrei a relembrar a minha comissão militar na Guiné. Assustadora, sem dúvida, mas simples no quotidiano e sobretudo, com um horizonte de esperança que hoje não consigo sentir.                 João Ramos: A política portuguesa desde a malfadada geringonça criada para salvação do medíocre Costa, passou a ser entre direita e esquerda, o centro passou a ser o ninho dos complexados e como se começa a ver está em decadência, quem não o perceber vive no mundo da fantasia e o país, que somos nós todos, é que sofre… Marcelo apenas se diverte no meio de toda esta confusão e contribuindo para ela, como se pode ver até aqui a coisa não serve!!!                           JP: Só os clubistas parecem ter razões para se importarem com quem ganha e com quem perde. E num país com tamanha mentalidade clubística como é o nosso, não é de admirar o estado a que chegámos e por que tanta gente adora o Marcelo. Gostam do comentário futebolístico.                      Lourenço de Almeida: Compreendo perfeitamente! Eu em 1975 estava claramente do lado dos que lutavam como se o jogo fosse de vida ou de morte e não do lado dos comentadores. E continuo a achar que o jogo é importante e o comentário só é importante como forma de denunciar e esclarecer, para que não confundamos com razão, a boa performance de um malabarista ou de um aldrabão genial. Na altura do 25 de Abril, como agora, havia muita gente a morrer na luta contra a doutrina mais assassina da história da humanidade e desde o Vietenam, passando por Angola, em toda a Europa de Leste e até em Portugal, havia gente que lutava e morria na luta de defesa perante o avanço das maravilhas das sociedades socialistas. Os comentadores têm a sua utilidade, mas não nos devemos esquecer que uma coisa é "fazer" e outra muito diferente é "falar daquilo que outros fazem". Pode ser outra forma de "fazer" e muitas vezes é-o, quando comentadores, jornalistas ou opinadores dão o corpo ao manifesto. Quando se comenta à la Marcelo, não se faz nada disso. É só intelectualmente interessante, quando é.              bento guerra: Marcelo e Costa, a política é vender votos. Habilidosos e manipuladores ,para clientela eleitoral pouco exigente            Ana Silva:  “Marcelo descrevia manobras, deduzia tácticas, calculava avanços e recuos, e até descobria leis, como esta, que nunca esqueci: quem avança primeiro, perde.” Extrapolando a intenção do autor: deve ser por isso que o país não avança! O governo socialista não faz nada para o desenvolvimento nem sequer para a resolução a médio longo prazo dos problemas do país; o PSD não faz oposição, não tem valores, orientações claras, princípios, um plano estratégico para o país; o PR também não faz nada e agora, graças a Rui Ramos finalmente percebo porquê… está à espera que alguém “avance”, para que ele possa sair da concha de comentador e tornar-se finalmente um  homem de ação, vencedor, presidente da república. Ao fim ao cabo, trata-se de “desabrochar” na época certa. Ó Portugal, Portugal, só tu pobre velhinho de quase 900 anos, perdes entre tanta mediocridade e tacticismo!                 João Floriano: Hoje não é assim tão diferente de 1975. Continuamos a tomar partido pelos americanos ou russos (já não existe a URSS e os chineses são outra das opções a considerar). Estamos novamente «engalfinhados» num debate (sejamos civilizados e politicamente correctos) entre esquerda e direita e tal como em 1975 o rumo que tomarmos vai ser decisivo: morremos de vez com a esquerda, temos uma hipótese de vida com a direita). Estamos acantonados na nossas trincheiras do certo e do errado. Quanto à democracia há quem lhe coma a carne e atire os ossos aos desafectos. Verdade que não poucas vezes os ossos têm adquirido um efeito boomerang e têm atingido a careca de quem os lançou. O que não havia em 1975 era uma CS tão participativa ao vivo, a cores e na hora. É muito mais interessante discutir estratégias e simbolismos como o gelado do Santini, porque o comentário político generalizou-se e tornou-se um show muito parecido com o Big Brother ou com o Futre e o Rui Santos a discutirem as tácticas do futebol. esquece-se o resultado e a visão geral para andarmos uma semana a discutir se foi ou não grande penalidade e se a «canelada» que o Costa deu no Marcelo foi mal intencionada ou faz parte das regras do jogo. O mundo mudou, mas Marcelo ficou o mesmo com uma enorme diferença: passou a viver em Belém. Só ele não deu por isso.       F. Mendes: Rui Ramos acerta no ponto, quando escreve que Marcelo exerce a "presidência" sem preocupação pelas consequências e qualidade de decisões que são, ou não, tomadas. Noutros termos, o que lhe interessa são futilidades como o "timing", a oportunidade, a inspiração táctica, a capacidade de antecipação, a anulação de adversários, associadas a jogadas num tabuleiro que imagina ser Portugal e o mundo; não lhe interessa o conteúdo das políticas, mas apenas a manhosice dos políticos; põe a forma à frente do conteúdo; o divertimento à frente da utilidade; a visibilidade à frente da substância; e a conveniência à frente de princípios (que de resto, não tem). Ninguém  duvide que Marcelo não muda. E que se mudasse, seria para pior. Daí a conclusão de Rui Ramos, quando sugere que prefere alguém com outras convicções a pessoas sem convicções algumas.                S Belo: Muito bem, Rui Ramos!                    Duarte Maymone: De acordo!          Filipe Paes de Vasconcellos: Só que à data os protagonistas políticos eram pessoas de elevada estatura política consubstanciada em carreiras profissionais e académicas em que se distinguiam. E, por isso mesmo, fazia-se Politica em vez de análise, havia Ideias em vez de opiniões /palpites e mesmo discordando havia respeito. Infelizmente e dramaticamente hoje os “políticos “ são uns seres vulgares, impreparados e por isso têm de ser forçosamente manhosos.                     Américo Silva: O Marcelo tanta traquinice fez, que Costa lhe deu uma boa palmada, duvido no entanto que acalme, calculo que prepare mais tropelias. Paradoxalmente o PSD saiu muito beneficiado, Marcelo deixou de falar constantemente nas insuficiências da oposição, e do PSD em particular.                   Rosa Lourenço: Completamente de acordo!!! Tantos sonhos por realizar! Tantas promessas por cumprir! Tantas ideias destruídas! Tantos ideais perdidos! É bom que haja alguém que se preocupe, realmente, com a Política como a arte de servir a comunidade, como defendiam os antigos gregos!!!                      Maria Paula Silva: Divertido, excelente, como sempre! Também eu tenho saudades do tempo, e havia-os, em que a qualidade cultural imperava. Havia uma preocupação em se ter qualidade. Lembro-me dessas crónicas. E de muitas outras coisas. A mim, essa personagem nunca me convenceu. Das críticas do Lauro António (sou uma cinéfila inveterada) passei para o Vasco Pulido Valente. De há uns 20 anos a esta parte, assistimos a uma degradação cultural que vai dos "big brothers", aos "futebóis", à "política", etc....é bom que as pessoas não pensem e andem anestesiadas. Reina o facilitismo. De facto, se formos a ver bem, afinal MRS era um "avant-garde" (ahahahah), um pioneiro.  O rei do facilitismo, papagaio habilidoso mas oco. Obrigada, RR, aprendo sempre imenso consigo.                Frederico Teixeira de Abreu: Parabéns! Um artigo inovador e interessante

 

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