quinta-feira, 12 de outubro de 2023

“Igualdade, Liberdade, Fraternidade…”


"Dizei-lhe que também dos Portugueses/ Alguns traidores houve algumas vezes" (Lus, V, 54). E há, “mais vos direi en”.

Mas há sempre os de outra espécie. E Pavlo Sadokha parece ser um destes. Gostámos de ler o seu “olhar sobre a História da Ucrânia”, com a história do herói Bandera, a que se juntam muitos mais “Banderas” hoje. Infelizmente para a Ucrânia presente, arrasada, por isso. Mas esperando ser reconstruída, desta vez, com o empenhamento dos que a ficaram a conhecer. De admirar também a solidariedade de uma Polónia tantas vezes também vítima dos ostracismos alheios.

 Um olhar sobre a história da Ucrânia

Bandera tornou-se um símbolo da luta pela sua independência: pelo direito de sermos chamados ucranianos, de falarmos a língua ucraniana e de construirmos o nosso estado numa comunidade própria.

PAVLO SADOKHA Presidente da Associação dos ucranianos em Portugal

OBSERVADOR, 11 out. 2023, 00:1510

Uma das armas de destruição em massa mais poderosas é a desinformação.

Para os ucranianos, vencer a guerra de hoje também significa derrotar a campanha de desinformação que a Rússia lançou contra a Ucrânia séculos a fio, durante os quais todos os que se opuseram à destruição física e cultural dos ucranianos foram rotulados de criminosos. Infelizmente, ainda existem muitos agentes de Moscovo no Ocidente que difundem estas narrativas.

Devido à falta de um Estado próprio durante muitos séculos, a história do povo ucraniano foi reescrita muitas vezes, dependendo dos impérios que controlavam o território onde viviam os ucranianos.

Mas, ao mesmo tempo, apesar das proibições, perseguições e genocídios, os ucranianos ainda conseguiram preservar a sua cultura, língua e história.

Devemos isto principalmente a figuras que se sentiram responsáveis pelo destino do seu povo.

Os ucranianos não são únicos neste sentido. Na história de cada nação houve figuras que lutaram pelo seu país – quer tentando libertá-lo da opressão por parte de outros, quer mudando o sistema social do seu próprio país para o conformar aos desejos da maioria. Em todos as nações, aqueles que desempenharam tal papel são tidos por heróis e há o cuidado de os honrar.

Há muitos desses heróis na Ucrânia, pois ao longo da história que conhecemos, os ucranianos lutaram constantemente pela sua liberdade. Fizeram-no não para ocupar terras dos vizinhos, não para criar um império, mas pelo direito a serem senhores da sua própria terra ancestral.

Stepan Bandera foi um desses heróis que, durante a sua vida, se tornou um símbolo da luta dos ucranianos pela sua independência.

Foi ele quem, durante a luta desesperada dos ucranianos contra os dois mais poderosos impérios do mal: a Alemanha nazi e a Rússia comunista, profetizou: «E chegará o momento em que alguém dirá: “Glória à Ucrânia!”, e milhões responderão: “Glória aos heróis!”»

As autoridades de Moscovo sabiam muito bem que haveria um problema com os ucranianos e que eles seriam sempre opositores ao domínio de outro país. Portanto, a propaganda russa tentou transformar figuras como Bandera, colando-lhes imagem de criminosos e atribuindo-lhes “todos os pecados do mundo”.

Mas, para a maioria dos ucranianos, Bandera tornou-se um símbolo da luta pela sua independência: pelo direito de sermos chamados Ucranianos, de falarmos a língua ucraniana e de construirmos o nosso estado numa comunidade própria entre os povos livres do mundo.

São na verdade princípios que reúnem hoje a Europa.

É verdade que a Rússia tem feito tudo para que a Ucrânia não integre a União Europeia. E, em matéria de propaganda, continua a fazer tudo para impedir tal integração.

Por tudo isto, é muito importante para nós, ucranianos, falarmos sobre nós mesmos. Sem exageros, com base em factos.

Assim, gostaríamos de apresentar um artigo do famoso publicista ucraniano Ihor Losev, que escreveu sobre Stepan Bandera, para a Radio Liberdade, em 2008.

“Stepan Bandera no contexto do seu e do nosso tempo”

Os opositores ideológicos e políticos da luta dos ucranianos pela sua liberdade sempre tenderam a identificar esta luta pela independência do estado ucraniano com as figuras mais vivas e simbólicas da resistência nacional. Portanto, durante quase dois séculos, os defensores da independência da Ucrânia foram chamados Mazepivci (do nome do Ivan Mazepa – Hetman ou Chefe do Exército dos cossacos do Zaporizhzhya, que lutou contra o czar russo Pedro I); depois, até a década de 40 do século XX, chamaram-lhes Petlurivci (do nome do Chefe da Direcção do Exército e da Armada da República Popular da Ucrânia, em 1919-20); e desde meados do século passado até aos nossos dias, deram-lhes o nome de Banderivci.

Os defensores coerentes da independência da Ucrânia vêem Stepan Bandera de forma inequivocamente positiva. Ao passo que os opositores da independência ucraniana transferem a sua atitude contrária à independência também para a personalidade do líder da OUN revolucionária (a organização dos nacionalistas ucranianos). Aqueles para quem a Ucrânia independente é apenas um jogo de história, resultado de uma coincidência aleatória de circunstâncias, preferem manter silêncio sobre Bandera.

No entanto, na Ucrânia já existe uma tendência para a formação de um discurso científico e objectivo sobre Stepan Bandera e o movimento social e político de cuja ideologia e prática política se tornou um símbolo. Nada disso acontece facilmente, pois as tradições da propaganda soviética, que formou activamente um medo subconsciente de uma força misteriosa e terrível chamada “Banderivtsi”, ainda estão vivas. Mas os tempos estão mudando, embora não tão rapidamente quanto gostaríamos.

“Você conquistará a Ucrânia ou morrerá por ela”

Stepan Bandera nasceu em 1 de janeiro de 1909, na família do padre grego-católico Andriy Bandera, e de Myroslava de Glodzinska, na aldeia Uhryniv, distrito de Ivano-Frankivsk. O sobrenome do futuro líder da OUN significa “bandeira” em português, espanhol, italiano e algumas outras línguas.

Nessa altura, a região da Galychyna (parte ocidental da Ucrânia) tinha-se tornado uma província austríaca, pouco desenvolvida, cuja população era desdenhosamente designada pelos chauvinistas polacos como “nação dos padres e pessoas da terrinha”.

Um papel significativo na tentativa de transformar esse território no Piemonte ucraniano, onde ocorreram processos activos de autoconsciência nacional, foi desempenhado pela intelectualidade religiosa nacional, a que pertencia o padre Andriy Bandera.

Quando, em 1918, foi proclamada a República Popular da Ucrânia Ocidental, ele ofereceu-se como voluntário para o Exército Ucraniano, onde se tornou capelão. Aos dez anos de idade, Stepan testemunhou os processos de renascimento do Estado nacional ucraniano.

Depois de derrota, seguiram-se longos anos de governo pela Polónia, com forte chauvinismo polaco, difícil de suportar para os ucranianos. Foi na Galychyna, em 1920, que antigos (embora eles próprios não se considerassem antigos) sargentos do exército da República Popular Ucraniana e do Exército Ucraniano Ocidental criaram a Organização Militar Ucraniana – UVO, antecessora da OUN. Guiava-os a dor da derrota e um indomável desejo de, a qualquer custo, conquistar a independência do Estado para o seu povo. Uma das razões mais importantes para a derrota ucraniana nas lutas de libertação nacional, entre 1918 e 1921, foi, segundo eles, a incapacidade do Concelho Central e dos governos da República Popular da Ucrânia de trabalharem eficazmente face à feroz oposição externa e aos oponentes internos. As intermináveis disputas e intrigas dos deputados da Parlamento Central, o falatório demagógico, a irresponsabilidade, etc., convenceram os militares de que só uma organização construída sobre o patriotismo sacrificial ativo (“Você vencerá o Estado ucraniano ou morrerá lutando por ele”) e sobre uma férrea disciplina militar seria capaz de devolver aos ucranianos o estado perdido. Esses princípios tornaram-se a base ideológica e ética da OUN, que surgiu em 1929 e a que Stepan aderiu.

Bandera fez uma carreira política brilhante em poucos anos. Assim, já em 1934, assumiu o lugar de líder regional da OUN no território ocidental da Ucrânia. A organização montou extensas campanhas de propaganda e guerra de guerrilha contra os ocupantes polacos. Em 1934, o militante da OUN Hryhoriy Maciejko matou, em Varsóvia, o Ministro polaco dos Assuntos Internos, General Bronisław Pieratski, responsável pelo terror de Estado contra os ucranianos. Depois disso, foi organizado um julgamento contra Bandera e seus associados, que teve um enorme impacto na consciência das sociedades ucraniana e polaca. Em particular, em 15 de dezembro de 1935, a publicação polaca Wiadomości Literackie publicou um artigo de Ksavier Prushinsky, onde se lê:

“Durante 17 anos, fomos sendo convencidos de que a difusão, mesmo com a ajuda da violência, da língua polaca nas periferias é equivalente à difusão do “Polonismo”, incutindo amor pela Polónia. E aqui estas pessoas, embora conheçam a língua polaca, não querem falar polaco… Fomos ensinados que toda esta “Ucrânia” é uma criação artificial, que desaparecerá com os últimos vestígios do Estado austríaco, de que foi uma criação. E, entretanto, esta “Ucrânia” ruge com o seu ódio contra nós com mais força hoje do que naqueles tempos antigos e conturbados Todos na Polónia deveriam ponderar sobre o mistério desses contrastes. As notícias do processo contra estes jovens são impressas por todos os jornais da Polónia. Precisamos de passar em revista a longa fila dos réus e olhar profundamente nos olhos desses jovens. Deve tratar-se de algo realmente importante quando a estrutura das relações entre dois povos vizinhos e o papel do Estado conseguiram destruir nessas pessoas a paixão pela juventude e pela vida e, em vez disso, deram origem à ideia de matar e de auto-sacrifício.”

E o órgão dos povos polacos Prosto z mostu publicou o artigo “O mais importante dos assuntos importantes”, que enfatizava: “Nós, nacionalistas polacos, temos o dever de falar mais alto sobre o facto de o povo ucraniano existir, de viver e lutar pelo seu direito à vida. Somos nós que devemos compreender e apreciar os esforços heróicos do povo ucraniano, que durante centenas de anos se viu privado da sua condição de Estado, que foi russificado, polonizado, dilacerado – algo que ainda hoje continua. Somos nós que devemos compreender e apreciar que há apenas um punhado de nacionalistas ucranianos, mas que o esforço de sacrifício, dedicação e heroísmo desse punhado é tão grande que basta não só para ressuscitar, mas até mesmo para criar uma nação.”

No referido julgamento, Stepan Bandera foi condenado à morte, sentença que foi comutada para prisão perpétua. Durante a guerra germano-polaca, em 1939, foi libertado da prisão polaca.

Na guerra como na guerra

Em 1938, o líder da OUN, Yevhen Konovalets, morreu às mãos do agente do NKVD, Pavel Sudoplatov. Isto causou uma divisão na liderança da organização entre os defensores da autossuficiência e aqueles que consideravam decisivo o factor externo, entre combatentes revolucionários e oportunistas. Em 10 de fevereiro de 1940, foi formada a Frente Revolucionária da OUN, liderada por Stepan Bandera.

A propósito, uma das razões para a divisão foi a atitude em relação aos acontecimentos na Ucrânia dos Cárpatos. Bandera e seus associados acreditavam que era necessário lançar todas as forças da OUN em auxílio deste pequeno estado ucraniano. Mas o sucessor oficial de Konovalets, o coronel Andriy Melnyk, opôs-se a isso, não querendo indispor as potências europeias. O recém-eleito líder da OUN, Bandera, teve de resolver o problema da atitude a tomar pelos nacionalistas ucranianos em relação à Segunda Guerra Mundial e aos seus participantes, tendo em vista o interesse do Estado nacional ucraniano.

Na véspera de violentos eventos de guerra no território ucraniano, a OUN tomou uma decisão: na iminente guerra em território da Ucrânia, esta devia apresentar-se ao mundo como um sujeito independente, declarando, de forma clara e determinada, a sua vontade de criar um estado independente e a sua necessidade de lutar contra quem quer que negue o direito do povo ucraniano a viver livremente no seu próprio Estado independente e tente escravizar a Ucrânia. A maior parte dos membros da OUN vivia nos territórios ocupados pela Alemanha e pela União Soviética, pelo que a organização teve de decidir sobre estes dois estados, que, segundo a liderança da OUN revolucionária, estavam condenados ao confronto armado. A atitude da URSS em relação à independência da Ucrânia era inequivocamente negativa. Havia algumas dúvidas sobre a atitude da Alemanha. Era necessária uma acção que forçasse a Alemanha nazi a responder claramente a esta questão.

Tal acção foi a proclamação do Acto de Restauração do Estado Ucraniano, em 30 de junho de 1941, em Lviv. Yaroslav Stetsko, um membro proeminente da OUN, iniciou a formação do governo, para o qual foram convidados representantes de várias forças políticas. As autoridades alemãs prenderam Stepan Bandera, exigindo a retirada da Lei de 30 de junho; muitos outros líderes da OUN foram logo presos. Bandera recusou-se a retirar a lei. Até 1944, ele esteve atrás do arame farpado do campo de concentração nazi de Sachsenhausen. E os seus irmãos Vasyl e Oleksa foram assassinados no campo de concentração de Auschwitz.

Um símbolo de luta

Em setembro de 1941, realizou-se clandestinamente a Primeira Conferência da OUN, que decidiu: promover e explicar ao povo ucraniano a ideia de uma luta activa contra os ocupantes alemães; revelar os planos alemães para a escravização e colonização da Ucrânia; montar e armazenar armas; dirigir a formação de novo pessoal para a luta de libertação e cobrir com ele extensões de território cada vez maiores. Tais instruções levaram naturalmente à formação do Exército Insurgente Ucraniano, UPA, no outono de 1942.

Os críticos da OUN acusam frequentemente esta estrutura de ter sido antidemocrática. Mas deve notar-se que uma organização construída sobre os princípios da disciplina militar não pode, por definição, ser democrática, especialmente quando é clandestina. Tais censuras só se tornam válidas quando ela chega ao poder e começa a definir o sistema político do Estado. Mas devemos dar crédito à OUN: mesmo em situação de guerra e a operar na clandestinidade, ela tentou cooperar em pé de igualdade com outras forças políticas (isto vale para o governo de Yaroslav Stetsk e o Conselho Principal de Libertação Ucraniano, que desempenhou a função do parlamento clandestino da Ucrânia). Nesse sentido, a Terceira Grande Assembleia da OUN, realizada de 21 a 25 de agosto de 1943, desempenhou um importante papel. Aqui estão algumas de suas instruções.

“Lutando pela libertação do povo ucraniano, a OUN já organiza a cooperação política com outros povos escravizados e no futuro cooperará com todos os povos livres. Mas a base dessa cooperação é apenas o respeito mútuo e o reconhecimento dos direitos de todos a uma vida livre. A OUN quer acelerar a evolução histórica da nação para uma sociedade sem classes, destruindo todas as desigualdades económicas e sociais. Acreditamos que na era histórica moderna existem todas as condições para a construção de um sistema económico que proporcione oportunidades iguais de trabalho e rendimentos a todos os cidadãos. Destruindo todas as formas de exploração de classe por classe, criaremos uma ordem social justa na Ucrânia. Só com tal ordem social haverá a garantia de que o poder estatal não servirá uma única classe, antes será o órgão organizador, de planeamento e de governo de toda a nação”.

Durante a Segunda Guerra Mundial, um número significativo de ucranianos da Grande Ucrânia juntou-se às fileiras da OUN, que se opunham resolutamente ao sistema de partido único. pois na URSS eles próprios sentiam a natureza prejudicial deste sistema. Em primeiro lugar, a Terceira Assembleia respondeu-lhes: “A OUN não luta por uma Ucrânia abstracta, não luta pelo poder na Ucrânia ou por uma forma de poder. O próprio povo e os seus melhores representantes decidirão sobre o poder e a sua forma.” Esta Assembleia observou: “o ideal da nova sociedade é uma pessoa livre”; “liberdade de imprensa, de expressão, de pensamento, crenças, fé e visão do mundo, contra a imposição à sociedade de doutrinas e dogmas de mundividência”; “o pleno direito das minorias nacionais a cultivar a sua própria cultura nacional tanto na forma quanto no conteúdo”; “igualdade de todos os cidadãos, independentemente da sua nacionalidade, quanto a direitos e deveres estatais e públicos”.

As resoluções da Terceira Assembleia visavam expandir ao máximo a frente de luta contra o nazismo e o comunismo. Stepan Bandera, que, devido ao seu longo encarceramento, tinha perdido o contacto com os problemas práticos da luta em quase todas as áreas da Ucrânia, não aceitou tudo nas decisões da Assembleia, com medo da diluição da unanimidade ideológica e organizacional do movimento de que se tornou um símbolo. Isto levou a novos confrontos ideológicos já no pós-guerra, quando as práticas de luta na terra natal pesavam muito mais nas decisões da Terceira Assembleia do que a parte emigrada da organização.

Em meados de Dezembro de 1944, quando a Wehrmacht já não controlava um único pedaço de terra ucraniana, o isolamento do líder da OUN perdeu a sua relevância para os nazis e Bandera foi libertado do campo de concentração, ficando sob supervisão policial. Os nazis ofereceram-lhe negociações sobre o estabelecimento de relações de aliança entre o movimento nacionalista ucraniano e a Alemanha. Mas o antigo prisioneiro do campo de concentração rejeitou esta oferta.

Depois de 1945, Bandera participou activamente, como líder, das atividades da OUN. Mas foi forçado a esconder-se constantemente dos agentes dos serviços especiais da URSS no território da Alemanha. Em 15 de outubro de 1959 foi morto pelo agente da KGB Bohdan Stashynskyi. Porém, na história do povo ucraniano, esta figura política permanece viva e suscita muitas discussões. E hoje Stepan Bandera é, talvez, o símbolo mais fulgurante do desejo de independência do Estado ucraniano, na sua forma mais intransigente. (Kyiv – Praga)

Igor Losev nasceu na Crimeia. PhD em Filosofia, colunista político do jornal Den (Dia). Desde o início, trabalhou em publicações da Península da Crimeia, no período anterior à ocupação da Crimeia pela Rússia. Foi membro do conselho editorial do jornal Armada Ucraniana da Marinha da Ucrânia e editor da revista Morska debrahda (Estado Marítimo). É autor de vários livros, incluindo, entre outros:

História e teoria da cultura mundial: o contexto europeu   Sebastopol-Crimeia-Ucrânia: uma crónica de defesa da informação   Azat Qirim ou uma colónia de Moscovo?    Genocídio imperial e a revolução tártara da Crimeia(em coautoria)

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COMENTÁRIOS (DE 10)

Maria da Graça de Dias: Em 2018 com um grupo restrito visitei a Ucrânia, um país que nos fascinou pelo seu património cultural e histórico, mas as suas gentes ficaram bem presentes na nossa memória e coração. Julgo saber bastante sobre a Historia sofrida do país, no entanto desconhecia qualquer referência a Stepan Bandera. Glória à Ucrânia e Glória a todo o povo Ucraniano e seus Heróis.

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