terça-feira, 24 de outubro de 2023

OS COMENTÁRIOS

 

De 41, ao texto anterior, de ANTÓNIO CARRAPATOSO, não só sobre a vileza do parasitismo económico em que descambámos como sociedade actual portuguesa, como desenvolvendo ainda outros dados das políticas nacionais, merecedoras de excelentes críticas, a que não faltou a condenação do tal Acordo Ortográfico para deficientes culturais, em que nos revemos e não estamos para corrigir, por inércia dos que poderiam fazê-lo, e desprezo dos que podem. Excelentes análises que merecem igualmente releitura, para meditação.

COMENTÁRIOS (de 41):

Américo Silva: A classe média produtora foi absolutamente deixada para trás de modo irrecuperável pelo PSD, que acabou com os pobres que trabalhavam e os transformou em miseráveis a viver de ajudas, porque é impossível ter casa e constituir família com o que se recebe, mal por mal vida airada de feiras, droga e subsídios. Ficaram os herdeiros, os especuladores, os que vivem de suor alheio, diz o povo, quem não rouba ou não herda não vale uma merda.                   

Ana Maia > Carlos Chaves: Caro Carlos, está distraído, este não é o Miguel Carrapatoso, é o pai, o Antônio. E pensei o mesmo, tanta parra quando o jornal nos dá cada vez menos uva...

observador censurado: O principal parágrafo será o seguinte: "Está agora na altura ... dinamizando a democracia ..., estimulando novos ... protagonistas (ou queremos continuar a apostar e eleger os mesmos do passado?) ..." Salvo melhor opinião, Portugal não tem futuro com a actual Lei Eleitoral. Para perceber a ausência de futuro basta olhar para a Assembleia da República (AR). A esmagadora maioria dos deputados pertencem a dois partidos (Partido Socialista e Partido Socialista Dois), não têm profissão (há quantos anos se confundem com a mobília da AR?) e não representam nenhum cidadão além da voz do seu dono.               

 João Floriano: António Carrapatoso publica pouco aqui no Observador, mas devia fazê-lo mais vezes. Hoje apresenta uma longa reflexão que merece uma análise partimentada à semelhança da organização da crónica. Identidade e Culturas nacionais Como bem diz, falar no assunto levanta logo o coro habitual dos que interpretam malevolamente a identidade e a cultura própria de cada  país como o regresso dos nacionalismos. Há grande interesse no esquecimento dessa identidade, substituindo-a por uma nova: o cancelamento da História sendo a discussão sobre o nosso passado esclavagista e racismo estrutural um assunto muito na moda. A Europa em geral e Portugal em particular têm sido muito generosos na abertura das fronteiras a migrantes que depois assassinam suecos em Bruxelas. Está em curso uma modificação da identidade e cultura portuguesas e se não é propositada é pelo menos aproveitada pela esquerda que nos tem governado (???) desde há quase 50 anos, com poucas interrupções e que agora está mais próxima do comunismo do que alguma vez esteve. O Estado «engole» a Nação quando o devia servir. Quando a cultura e  a identidade nacional são tema de conversa, a forma e o conteúdo não são os melhores como o demonstrou um recente discurso de Marcelo Rebelo de Sousa no Canadá em que a nossa identidade foi reduzida a caldo verde, bacalhau e aos chutos do CR7. Como é possível manter a identidde cultural, essa cola que é atacada todos o dias? A maioria é conivente por ser silenciosa.         

Madalena Sa: Grande artigo! Um País destruído pelos governos do PS! Só trabalham para os boys e nada se interessam com o País e os Portugueses! No entanto, a culpa é dos Portugueses que votam neles! Tudo isto se deve ao cada vez mais baixo nível de educação e instrução a que se chegou!                   

Fernando Correia: Sim, concordo. O que falta neste diagnóstico é apontar responsáveis e chamar “os bois pelos nomes”. E os principais responsáveis, já para não ir mais longe, são aqueles que conscientemente “criminosamente” arruinaram este país levando-o para a pobreza, real e de espírito, e são: Guterres, Sócrates, Costa e o PS em geral, radicalizado à esquerda (pois nunca vi nenhum país radicalizado à esquerda ser um país próspero)… e Marcelo, o presidente-faz-de-conta. Nestes últimos anos os responsáveis pela pobreza real e mora de Portugal são Costa (o manhoso) e Marcelo (o chalupa).                     José Paulo C Castro > Meio Vazio: A única coisa que pode fazer um povo pensar no seu futuro sem que sejam outros a decidir por ele. Sem isso, resta o sítio.                  

Carlos Chaves: Porque será que (quase) todos estamos a ver o que se está a passar, um país a empobrecer e a embrutecer, às mãos dos socialistas e de um PR que desprestigia o cargo que ocupa, e nada parece mudar nas intenções de voto e na vontade de mudarmos de rumo? No final das contas não será a comunicação social a grande responsável pela permanência de um regime lesivo aos Portugueses e a Portugal? Não estará a esmagadora maioria da comunicação social a proteger e a esconder a realidade que estamos efectivamente a viver? Este excelente artigo do Miguel está em perfeito desalinhamento com a linha jornalística que o Observador tem vindo a adoptar, felizmente ainda a par com alguns outros excelentes cronistas e comentadores, que por aqui escrevem, mas épouco muito pouco, para o que seria necessário para acordarmos deste pesadelo e para continuarmos a preservar a nossa cultura e identidade!                    

F. Mendes: Infelizmente, devo dizer que este artigo me parece um bom exemplo de "wishful thinking", no tocante à possibilidade de darmos a volta a esta situação, mobilizando a sociedade civil (onde está?) e mudando os actores políticos (idem). Até porque há aqui erros factuais graves; por exemplo, ao atribuir-se um papel significativo aos residentes não habituais (mais qualificados e com poder económico) no crescimento descontrolado dos estrangeiros a residir em Portugal: isto está muito longe de ser verdade, como de resto se conclui de uma leitura minimamente atenta dos dados aqui apresentados.  Pior ainda, já não são apenas os mais qualificados que partem. Retomou-se a emigração de pessoas que trabalham na construção civil e turismo, para dar alguns exemplos. O resultado é um nivelar por baixo de salários, acelerado por largas massas de imigrantes não qualificados que cá chegam diariamente, dispostos a trabalhar por um prato de sopa e a viver em condições vergonhosas; as tais com que o "glorioso" 25 de Abril se comprometeu a acabar. Contrariamente ao que o autor sugere, a identidade nacional está mesmo em causa, não bastando já controlar a imigração que chega às centenas por dia (desde há anos, a bandalheira é total, bastando ver o que se fez com o SEF, hoje em agonia terminal). Haveria que fazer um esforço sério de desincentivar as saídas e eventualmente recuperar quem partiu. Mas, estamos a fazer precisamente o contrário. Numa palavra, vamos a caminho do nível de vida da Croácia, com eventual paragem no da Bulgária. O Kosovo talvez nos safe do último lugar, dentro de 10-15 anos.                     

Nuno Filipe: Gostei de ler o artigo, mas gostava de ver “alguém“, diga-se comentador, pôr o dedo numa ferida que todos sabem que existe e ninguém fala… quando se acabarem os “subsídios “ E SIM VÃO ACABAR, os pobres ficam ainda mais pobres. Um dia o cântaro parte e depois quando a violência for o corrente, a maior parte do país será semelhante àqueles bairros sociais ao redor de Paris onde não há estado onde não há sociedade mas onde há  violência e terrorismo. Os supostos comentadores não falam disto…               

Rui Lima: A resposta à sua pergunta é óbvia, estamos a construir um país para os boys do PS, lendo nomeações e ajustes sem concurso, tem chegado para dar um bom nível de vida à família rosa.                        Ana Maia > Américo Silva: É claramente o seu caso que ao fim de 8 anos ainda tem a pouca vergonha de falar no PSD. Vê-se logo quem é o seu dono (mesmo para quem não é assinante e desconhece o que a sua casa gasta).              

 Kakuri Kanna: Como artigo, concordo com a maioria do texto estruturante e a proposta que faz, mas é necessário por vezes esmiuçar o que se quer dizer com determinadas palavras e conceitos. "Para que essa mudança aconteça, uma das nossas referências será a nossa Identidade Nacional, sem nacionalismos nem proteccionismos." O que é ser nacionalista ou defender a identidade nacional? Sobre a língua e o "acordo" ortográfico, estamos falados, destruiu a Língua Portuguesa e confunde os jovens, os pais e avós, se tentam corrigir os filhos ou netos na escrita que professores oportunistas criaram e destruíram! Refere-se a proteccionismos como foi ensinado na Católica sobre o que supostamente Salazar defendia e divulgaram sem verificar o quadro de então, onde Portugal era ameaçado por todos os lados, ao tempo, no entanto as infraestruturas ainda estão aí, na obra, no ensino como o IPOFG, HS Maria e H S.João, Hospitais escolares, o Campus Universitário, o LNEC, o IST e tantos outros exemplo do Ensino não único, depois todas a indústria como a Siderurgia, cimentos, a CUF, estaleiros navais e "tutti quanti", é desse ressentimento que ouvi da boca de alunos seus, alguns afinal emigrados, mas sem nada de exemplos concretos em alternativa. Hoje proteccionismo do Estado, se existe é para grupos ligados à partidocracia existente e clientelas no poder Central e Local, empresas fictícias para os escandalosas e avultadas verbas dos ajustes directos  que são a regra, sem fiscalização, deveria ser feita pelo MP e pelos Tribunais, esse pilar que também está nas mãos dos que têm o poder há anos demais, e destruíram a classe média que não existe para Marx, nem para os socialistas, ou leninistas/estalinistas ou para os trotskistas que têm um peso demasiado para o país que quer e que deseja, pelo que escreve. A Lei Eleitoral é iníqua e perpetua o parasitismo da AR há muitos anos, mas quem poderá fazer essa reforma Constitucional?

Joaquim Rodrigues: Portugal vai continuar a caminhar para a cauda da Europa se não conseguirmos fazer as reformas, que se impõem, para a conclusão das “tarefas de democratização” do “sistema” que herdámos de Salazar/Cunhal. O “Sistema Político/ideológico” que nos rege, tem raízes nos 40 anos de Salazar/Cunhal (farinha do mesmo saco), foi forjado no “Estado Novo”, na “Estatização” da economia, no proteccionismo económico, no “rentismo”, no condicionamento industrial, no Estado Fomentador, nos monopólios de Estado e na “Centralização” Política e Administrativa dos poderes de Estado, no Estado Central. O “sistema” que nos rege, preservou, até aos dias de hoje, o “estatismo e o centralismo”, dois dos atributos típicos dos “Estados Totalitários”, fascistas ou comunistas, que emergiram após a Primeira Guerra Mundial. Esse “Sistema” perpetuou-se, em Portugal, por termos passado ao lado da “onda liberalizadora e descentralizadora”, que percorreu a Europa Ocidental, após a Segunda Guerra Mundial. Quando aconteceu o Golpe Militar do 25 de Abril, promovido pelos militares, para acabar com a guerra colonial, como o único partido organizado, nessa altura, era o PCP, o poder passou, directamente, do Salazarismo para o Cunhalismo, no PREC, quando o PCP tomou de assalto o Aparelho de Estado. Fez-se então (de forma atabalhoada) a descolonização, mas ficaram por concluir as tarefas de democratização e liberalização do “regime salazarista”, designadamente, a sua “desestatização” e “descentralização”. O Cunhal, no PREC, encarregou-se de “branquear e certificar” os atributos totalitários “estatistas e centralistas” do Estado Novo, porquanto, tendo como guião o Estado Soviético, via neles a oportunidade de tomada e perpetuação do poder pelo controlo do “Aparelho de Estado”.   No pós-PREC, a “nova oligarquia” em recomposição, dentro e fora dos aparelhos partidários, também eles centralizados à imagem do PCP e da União Nacional, passou a ver, nesses atributos, agora já devidamente “branqueados e certificados”, a oportunidade de controlo do Poder Político e Económico do País. Sá Carneiro e Lucas Pires foram das raras e honrosas excepções que lutaram pela democratização do regime, afirmando, como suas Prioridades Políticas, a “Libertação da Sociedade Civil”, a “Livre Iniciativa Privada”, o “Mercado e a Concorrência”, a “Liberalização da Economia”, a “Descentralização Política do Estado” e o “Desmame da Oligarquia da mama do OE”, das “Negociatas de Estado” e das “Rendas Monopolistas outorgadas pelo Estado”. Quando Sá Carneiro, (após ter enfrentado, derrotado e corrido com os traidores, emissários da “nova oligarquia”, no interior do partido), se preparava para desestatizar (liberalizar) e descentralizar(regionalizar), foi assassinado. Estatismo e Centralismo, mantiveram-se assim, até aos dias de hoje, como heranças intocáveis do Estado Novo e do PREC, e estão a condenar Portugal ao lento, mas inexorável, definhamento, atraso e subdesenvolvimento. Andam por aí uns “intelectuais da capital do Império” que, face ao descalabro, sentindo que é preciso fazer alguma coisa, para que, o que para eles é essencial, continue na mesma, clamam por “reformas”. Mas, na verdade, das Reformas que são imprescindíveis para que o País se desenvolva, eles fogem, que nem o diabo da cruz. O que eles queriam, era a “quadratura do círculo”, reformas de fachada, um “parto sem dor”, baralhar e dar de novo, mudando nem eles sabem bem o quê, uns quantos nomes (de Ministérios e Secretarias de Estado), troca de competências siglas e minudências, tudo e mais umas botas, desde que se mantenha aquilo que para eles é essencial: os privilégios garantidos pelo “estatismo” e pelo “centralismo”. Sem “Liberalização da Economia” (fim do Estatismo) e “Regionalização” (fim do Centralismo) Portugal, depois de ter sido ultrapassado por vários países da ex-União Soviética, (foi ultrapassado há tempos pela Hungria, a Polónia e agora a Roménia ) e vai ser ultrapassado, em breve, pelas outras ex-Repúblicas Soviéticas que, quando aderiram à União Europeia, estavam na mais pura das misérias. Portugal é hoje dos países mais pobres, mais corruptos, com mais desigualdades sociais e territoriais, mais “estatizados” e mais “centralizados” da Europa e vai tornar-se, em breve, o País mais pobre da União Europeia. Portugal é viável sim, mas, para que não caminhe de forma irreversível para o lento, mas inexorável definhamento, temos de encontrar as formas de acabar com os atavismos totalitários, herdados de salazar/cunhal e agora acarinhados pelos “Oligarcas da Corte”, que estão a sufocar o País.

 Maria Cordes: Nos anos 70, íamos a Madrid e o nosso poder de compra era muito superior ao dos espanhóis. Agora, os transportes são mais baratos, tudo o resto é incomportável para o nosso nível de vida. Ficamos à porta dos restaurantes, a comer sanduiches.

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