De Alexandre
Sarmento, enviado pelo Luís, agarrado a um passado em que acredita, no repúdio de
um presente que lhe parece assustador. O euro é hoje a moeda comum de uma
Europa aparentemente comum, em que não o são as políticas económicas governativas.
E menos ainda os propósitos orientadores desse passado “remediado”,
contrariamente a este presente endividado e menos aplicado – na parte que nos
toca, portugueses brandos. Mas democrático a valer, como se tem visto nas
reivindicações grevistas que fazem o país crescer.
O texto de Alexandre Sarmento:
«Não
obstante a guerra no Ultramar, Portugal conheceu, entre os anos 50 e princípios
de 70, o maior crescimento económico da sua história contemporânea. Tal
crescimento coincidiu, pois, com o das economias europeias mais desenvolvidas,
crescendo até mais depressa em contexto particularmente próprio. As razões do
fenómeno podem, sem pretensão exaustiva, ser enumeradas da seguinte forma:
1. Resolução do problema
financeiro e monetário na sequência do conflito da I Guerra Mundial.
2. Crescimento económico «disciplinado»
com base no equilíbrio do Orçamento de Estado, sem, com isso, estrangular a
iniciativa particular.
3. Restrição, mediante o
equilíbrio orçamental de Estado, da oferta monetária internacional para
financiar os défices, e controlo da inflação ou da emissão do papel-moeda.
4. Baixa das taxas de juro para
permitir o investimento agrícola e industrial favorável ao clima de confiança
necessário ao investimento empresarial.
5. Crescimento da poupança ora
pública (sustentada pelo equilíbrio orçamental) ora privada, acrescida do
desenvolvimento do sistema bancário e do recurso às remessas dos emigrantes
para permitir a livre circulação de dinheiro com vista a investimentos no
sector empresarial.
6. Aumento da qualificação
profissional com base no incremento substancial da «escolarização» primária,
técnica e liceal, bem como dos postos e regentes escolares instalados em
aldeias, igrejas, casas rurais ou lares domésticos aptos para o aprendizado das
primeiras letras.
7. Abertura da economia portuguesa à economia europeia, com a adesão de
Portugal, na condição de membro fundador, à EFTA (1959).
8. Contida participação no Plano Marshall (1947), o que permitirá a
Portugal aderir à Organização de Cooperação Económica (OECE), assim como
participar na União Europeia de Pagamentos (UEP), criada em 1950.
9. Acordo comercial, em 1972, com a Comunidade Económica Europeia
(CEE).
Enfim, um processo que, em grande medida, só fora possível devido ao
facto de, terminada a II Guerra Mundial, Portugal ter podido participar e usufruir
do recurso europeu ao livre-cambismo ditado pelo “Acordo de Bretton Woods”.
Porém, se quisermos ir mais fundo, basta recuar até ao último conflito mundial
cuja extensão e respectivas consequências Oliveira Salazar traçara em 1942:
«Sem ousar prever a extensão do conflito
e todas as suas consequências, o governo definiu logo no primeiro momento a
atitude que se impunha: manter na medida do possível a normalidade existente, e
isso importava na vida económica o emprego dos máximos esforços no sentido da estabilidade
da produção e dos serviços, da moeda e do crédito, dos preços, vencimentos e
salários.
(…) A
actual geração viveu a outra guerra e tem ideia das injustiças, desgastes,
anulações de capitais mobiliários, ruínas materiais e morais que se acumularam
com se abandonar a economia à mercê dos acontecimentos. Dessa vez parte
das culpas puderam ser lançadas ao próprio facto da guerra, em que
intervínhamos activamente. Agora só devíamos ser desculpados naquilo em que
os acontecimentos são superiores à vontade dos homens. Não se podia repetir a
dolorosa experiência.
Para nos mantermos fiéis à orientação
geral da maior estabilidade possível, tornava-se necessário ter mão nos dois
elementos donde nascem comummente as perturbações – a moeda e as
coisas. Quanto à primeira importava
não infringir as regras técnicas com que se defende o seu valor: que se lhes
tem obedecido deduz-se do facto de o escudo ser hoje uma das moedas mais
estáveis e sólidas de todo o mundo.
Alexandre Sarmento
@União Nacional-Salazar
NOTA DA INTERNET:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O escudo
português, cujo símbolo é o cifrão (), era uma moeda de Portugal, por ocasião da proclamação da República,
que veio substituir aquela que era designada por Réis. Foi a última moeda antes do euro. Durante esse
período, deu igualmente origem a outras variações de Escudo
nas dependências africanas do seu território ultramarino.
O
código do escudo português segundo a norma ISO 4217 é "PTE".
A
designação provém da própria figuração nelas representada: um escudo.
Eram de ouro
baixo, 18 quilates
e valiam 50 marcos.
A
quantia de 1000 escudos era também conhecida por "conto".
O
escudo português foi substituído pelo euro a 1 de janeiro de 2002, dia em que as primeiras
notas e moedas do euro entraram em circulação. A taxa de conversão entre
escudos e euros foi estabelecida a 31 de
dezembro de 1998,
tendo o valor de 1 euro sido fixado em 200,482 escudos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário