E meditar. Esta elucidativa análise
historiográfica de JOÃO MARQUES DE ALMEIDA.
O problema é o fascismo iraniano
O Irão é o grande problema do Médio
Oriente. Faz guerras, provoca revoluções, apoia movimentos terroristas e impõe
uma ditadura totalitária à população (onde jovens e mulheres são verdadeiros
heróis).
JOÃO MARQUES DE
ALMEIDA Colunista do OBSERVADOR
OBSERVADOR, 18
out. 2023, 00:2116
1979 é um ano chave para se entender
muito do que se passa no Médio Oriente e em Israel. Em Fevereiro desse ano,
deu-se a revolução iraniana com a subida ao poder do regime Islâmico radical e
do supremo leader, Ayatollah
Khomeini. Em Marco
do mesmo ano, Israel e o Egipto assinaram um tratado de paz. Deu-se então a
grande transformação na política do Médio Oriente.
Entre 1948 e 1973, todas as guerras
de Israel foram com os países árabes sunitas e vizinhos de Israel, com o
Egipto, com a Jordânia, com o Líbano e com a Síria. A partir de 1985 até hoje, todas as guerras de Israel
foram com os movimentos radicais e terroristas apoiados pelo Irão, com o
Hezbollah, no Líbano, e com o Hamas, em Gaza.
Desde o tratado
de paz com o Egipto, em 1979,
Israel fez a paz com mais cinco países árabes, a Jordânia, em 1994, com Marrocos e o Sudão, em 2020, e os
Acordos de Abrão com os Emirados Árabes Unidos e com o Bahrein, também em 2020. Estavam ainda a decorrer negociações entre
Israel e a Arábia Saudita
para estabelecerem relações diplomáticas.
Na Palestina, em 1993 e em 1995,
Israel e a OLP assinaram um tratado de paz, criando a Autoridade Palestiniana. Com o Hamas, Israel nunca assinou um tratado de paz. Dos
vizinhos árabes, Israel nunca assinou tratados de paz com o Líbano e com a
Síria. O que é que o Hamas (Gaza), o Líbano (Hezbollah), e a
Síria têm em comum? São armados, financiados e controlados pelo Irão.
Só há uma conclusão a retirar. Entre Israel e os países árabes que
não estão sob influência do Irão, a tendência são os tratados de paz. Entre
Israel e os movimentos terroristas e os países sob influência do Irão,
repetem-se as guerras.
O Irão tem a ditadura mais violenta e o regime mais radical do Médio
Oriente, é profundamente anti-americano, anti-europeu, e quer a destruição de
Israel. O Hamas e o Hezbollah prosseguem e mesma agenda radical e
revolucionária, impondo regimes de terror e culturas de fanatismo sobre as
populações que controlam.
Mais, desde a revolução de 1979, o Irão esteve directa ou
indirectamente em guerras com mais países árabes do que Israel, com o Iraque,
com o Egipto, com a Jordânia, com o Líbano, com a Arábia Saudita e com o Íemen.
O
Irão é o grande problema do Médio Oriente. Faz
guerras, provoca revoluções, apoia movimentos terroristas e impõe uma ditadura
totalitária à sua população (onde os jovens e as mulheres são verdadeiros
heróis). Ao contrário, Israel é
uma democracia pluralista, onde a população luta pelos seus direitos e
liberdades, como se viu nos últimos meses. Agora vai ter que combater pela sua
segurança contra movimentos terroristas apoiados por uma ditadura fascista
Islâmica.
Por causa de um ódio cego aos Estados
Unidos, à democracia liberal, misturado com algum anti-semitismo, as esquerdas
radicais europeias estão ao lado dos fascistas islâmicos. Nunca perdem uma
oportunidade para estar do lado errado da história.
MÉDIO
ORIENTE MUNDO IRÃO ISRAEL
COMENTÁRIOS (de 16):
Rui Lima: Não
é necessário chamar fascismo a tudo o que contraria os nossos valores, o Irão é
uma ditadura islâmica, o grave é que não há um país onde essa religião seja
dominante que seja uma democracia, ou exista liberdade religiosa, ou a mulher
seja dona do seu destino para esses crentes ela existe para ter filhos para
o combate religioso . O que é extraordinário é perante esta realidade a esquerda
e as feministas estão do lado dos barbudos .
João Floriano > Rui Lima:
A esquerda ou as esquerdas na Europa, porque há desde a
esquerda mais moderada até à mais radical sempre estiveram do lado errado da
História. Para a esquerda europeia o monstro da Maldade são os Estados
Unidos, tal como para o mundo árabe é Israel. Esse ódio ideológico aos Estados
Unidos, à NATO e à Europa liberal cega-os completamente. A França está de
mãos atadas e teme a reacção dos islâmicos no seu território. A França perdeu o
controle e não tenho dúvidas que Le Pen vai chegar ao Eliseu. Mas depois o que
fará?
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