Mas cheira-me antes, tal artimanha guterriana
- (de modo algum garrettiana) - de abdicação de responsabilidades governativas de
cada país – pelo menos desses de governos deficientes, como o nosso – a favor de
interventores estrangeiros mais qualificados para essas tarefas governativas
exigentes de aplicação e cordura – cheira-me isso, repito, a um qualquer
maquiavelismo pessoal ou multilateral que se traduza num alcance ainda mais
amplo do rico “bago” exterior, paralelo com a perda das independências
nacionais e destituição das autoridades próprias, por conta do favorecimento
dos equilíbrios ambientais, pelos que possuem as tais competências de saber, de
honestidade, de riqueza que se propõem aplicar, nesse tal “reforço da governação mundial”. É Guterres
que se faz eco feliz de tais propostas, como lemos no texto que segue, da
Agência Lusa resumindo o discurso… E todos os Guterres estão felizes no seu
desamor pátrio, feito de subserviência manhosa. Mas bem parece que agora é que
vamos todos pelos ares, com ou sem drones…
Propostas da ONU para reformar arquitectura
financeira internacional "estão a ganhar força", afirma Guterres
Guterres disse
que estão em curso debates sobre o reforço da governação mundial em domínios
que incluem a saúde, o ambiente, o espaço exterior e a cooperação digital.
OBSERVADOR, 04 out. 2023,
18:35 4
▲O líder
da ONU observou que as propostas e ideias do relatório "Nossa Agenda Comum" são
"pontes" entre as aspirações e aquela que pode vir a ser a realidade
da humanidade
JUSTIN LANE/EPA
O secretário-geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), António
Guterres, disse esta quarta-feira que as
suas propostas de reformas profundas da arquitectura financeira internacional
“estão a ganhar força”, admitindo progressos apesar “das profundas divisões” na
comunidade internacional.
Num briefing à Assembleia-Geral da ONU
sobre o relatório designado como “Nossa Agenda Comum”, Guterres
disse que estão em curso debates sobre o reforço
da governação mundial em domínios que incluem a saúde, o ambiente, o espaço
exterior e a cooperação digital.
Há
sinais de um novo impulso para adaptar a tomada de decisões intergovernamentais
às realidades actuais, desde a Assembleia-Geral, ao Conselho de Segurança e à
Comissão de Consolidação da Paz”, afirmou.
“As nossas propostas de reformas
profundas da arquitectura financeira internacional estão a ganhar força desde
Bridgetown, a Paris, e passando por Nova Deli”, sublinhou, acrescentando que
essas ideias continuarão a ser debatidas na Cimeira
do Clima COP28 (a realizar entre 30 de novembro e 12 de dezembro no Dubai) e na
Cimeira do Futuro, agendada para o próximo ano.
Ainda num balanço da semana de
alto nível da 78.ª Assembleia-Geral da ONU, que chegou ao fim na semana passada, o
ex-primeiro-ministro português indicou que manteve 141 reuniões bilaterais e
que em todas elas, “sem excepção”, os líderes internacionais “falaram da importância das soluções
multilaterais” e apelaram a reformas das instituições multilaterais, uma vez
que “não estão a dar resultados”.
Houve fortes críticas ao descompasso
entre as instituições de governação global e as realidades económicas e políticas
do nosso mundo. Houve uma profunda preocupação com o estado do planeta e com o
clima que estamos a deixar às gerações futuras. E houve repetidos apelos para
novas directrizes e protecções para novas tecnologias. Em suma, os temas comuns que emergiram da semana
de alto nível são os temas da Nossa Agenda Comum”, afirmou.
O líder da ONU observou que as propostas
e ideias do relatório “Nossa Agenda Comum” são
“pontes” entre as aspirações e aquela que pode vir a ser a realidade da
humanidade, apelando a que as propostas da Nova Agenda para a Paz, da reforma
da arquitectura financeira global e do Pacto Digital Global sejam adoptados em
2024, durante a Cimeira do Futuro.
Em termos genéricos, o relatório apela a
uma renovação do contrato
social, ancorada nos direitos humanos e baseada na Agenda 2030 e nos Objectivos
de Desenvolvimento Sustentável; reconhece as responsabilidades para com os
jovens e gerações futuras; e enfatiza a necessidade de se transformar os
mecanismos de governação global.
De acordo com Guterres, também o sistema das Nações Unidas está a dar
passos importantes para transformar a forma como trabalha, tendo lançado um
novo Conselho Consultivo Científico e aumentado o envolvimento com outras
partes interessadas importantes, desde a sociedade civil, aos parlamentos e ao
sector privado.
O líder da ONU também anunciou que
lançará “nos próximos dias” um
Conselho Consultivo sobre Governos Locais e Regionais e nomeará um órgão
consultivo de alto nível sobre Inteligência Artificial ainda este mês, para
apresentar recomendações sobre governação até ao final do ano.
O
mundo mudou nos dois anos desde que publiquei o meu relatório. A actualização
desta quarta-feira mostra que a comunidade internacional também mudou. Apesar
das profundas divisões, fizemos progressos. (…) O próximo ano de preparativos
para a Cimeira do Futuro será crítico.”, frisou, perante o corpo diplomático
presente na sessão.
NAÇÕES UNIDAS MUNDO ANTÓNIO
GUTERRES POLÍTICA
COMENTÁRIOS
Maria Barbosa:bill gates's pitiful puppet Claudio S > Maria Barbosa: Concordo 100%. Esta organização deixa muito a desejar Maria Paula Silva: sinistro.
Fernando Costa: O desejo
insaciável do controlo mundial. Valha-nos a sua incompetência.
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