sábado, 7 de outubro de 2023

Quem sabe, sabe


Mas cheira-me antes, tal artimanha guterriana - (de modo algum garrettiana) - de abdicação de responsabilidades governativas de cada país – pelo menos desses de governos deficientes, como o nosso – a favor de interventores estrangeiros mais qualificados para essas tarefas governativas exigentes de aplicação e cordura – cheira-me isso, repito, a um qualquer maquiavelismo pessoal ou multilateral que se traduza num alcance ainda mais amplo do rico “bago” exterior, paralelo com a perda das independências nacionais e destituição das autoridades próprias, por conta do favorecimento dos equilíbrios ambientais, pelos que possuem as tais competências de saber, de honestidade, de riqueza que se propõem aplicar, nesse tal “reforço da governação mundial”. É Guterres que se faz eco feliz de tais propostas, como lemos no texto que segue, da Agência Lusa resumindo o discurso… E todos os Guterres estão felizes no seu desamor pátrio, feito de subserviência manhosa. Mas bem parece que agora é que vamos todos pelos ares, com ou sem drones…

 

NAÇÕES UNIDAS

Propostas da ONU para reformar arquitectura financeira internacional "estão a ganhar força", afirma Guterres

Guterres disse que estão em curso debates sobre o reforço da governação mundial em domínios que incluem a saúde, o ambiente, o espaço exterior e a cooperação digital.

AGÊNCIA LUSA Texto

OBSERVADOR, 04 out. 2023, 18:35 4 

O líder da ONU observou que as propostas e ideias do relatório "Nossa Agenda Comum" são "pontes" entre as aspirações e aquela que pode vir a ser a realidade da humanidade

JUSTIN LANE/EPA

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse esta quarta-feira que as suas propostas de reformas profundas da arquitectura financeira internacional “estão a ganhar força”, admitindo progressos apesar “das profundas divisões” na comunidade internacional.

Num briefing à Assembleia-Geral da ONU sobre o relatório designado como “Nossa Agenda Comum”, Guterres disse que estão em curso debates sobre o reforço da governação mundial em domínios que incluem a saúde, o ambiente, o espaço exterior e a cooperação digital.

Há sinais de um novo impulso para adaptar a tomada de decisões intergovernamentais às realidades actuais, desde a Assembleia-Geral, ao Conselho de Segurança e à Comissão de Consolidação da Paz”, afirmou.

“As nossas propostas de reformas profundas da arquitectura financeira internacional estão a ganhar força desde Bridgetown, a Paris, e passando por Nova Deli”, sublinhou, acrescentando que essas ideias continuarão a ser debatidas na Cimeira do Clima COP28 (a realizar entre 30 de novembro e 12 de dezembro no Dubai) e na Cimeira do Futuro, agendada para o próximo ano.

Ainda num balanço da semana de alto nível da 78.ª Assembleia-Geral da ONU, que chegou ao fim na semana passada, o ex-primeiro-ministro português indicou que manteve 141 reuniões bilaterais e que em todas elas, “sem excepção”, os líderes internacionais falaram da importância das soluções multilaterais” e apelaram a reformas das instituições multilaterais, uma vez que “não estão a dar resultados”.

Houve fortes críticas ao descompasso entre as instituições de governação global e as realidades económicas e políticas do nosso mundo. Houve uma profunda preocupação com o estado do planeta e com o clima que estamos a deixar às gerações futuras. E houve repetidos apelos para novas directrizes e protecções para novas tecnologias. Em suma, os temas comuns que emergiram da semana de alto nível são os temas da Nossa Agenda Comum”, afirmou.

O líder da ONU observou que as propostas e ideias do relatório “Nossa Agenda Comumsão “pontes” entre as aspirações e aquela que pode vir a ser a realidade da humanidade, apelando a que as propostas da Nova Agenda para a Paz, da reforma da arquitectura financeira global e do Pacto Digital Global sejam adoptados em 2024, durante a Cimeira do Futuro.

Em termos genéricos, o relatório apela a uma renovação do contrato social, ancorada nos direitos humanos e baseada na Agenda 2030 e nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável; reconhece as responsabilidades para com os jovens e gerações futuras; e enfatiza a necessidade de se transformar os mecanismos de governação global.

De acordo com Guterres, também o sistema das Nações Unidas está a dar passos importantes para transformar a forma como trabalha, tendo lançado um novo Conselho Consultivo Científico e aumentado o envolvimento com outras partes interessadas importantes, desde a sociedade civil, aos parlamentos e ao sector privado.

O líder da ONU também anunciou que lançará “nos próximos dias” um Conselho Consultivo sobre Governos Locais e Regionais e nomeará um órgão consultivo de alto nível sobre Inteligência Artificial ainda este mês, para apresentar recomendações sobre governação até ao final do ano.

O mundo mudou nos dois anos desde que publiquei o meu relatório. A actualização desta quarta-feira mostra que a comunidade internacional também mudou. Apesar das profundas divisões, fizemos progressos. (…) O próximo ano de preparativos para a Cimeira do Futuro será crítico.”, frisou, perante o corpo diplomático presente na sessão.

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COMENTÁRIOS

Maria Barbosa:bill gates's pitiful puppet                   Claudio S > Maria Barbosa: Concordo 100%. Esta organização deixa muito a desejar             Maria Paula Silva: sinistro.             Fernando Costa: O desejo insaciável do controlo mundial. Valha-nos a sua incompetência.

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