Exprimi-lo, repitamos, no seu século XVII. Mas hoje, século XXI, é-se mais sofisticado ainda,
em brutalidade e loucura, pois que soubemos evoluir com prestígio e afinco:
“É a guerra aquele monstro que se sustenta das
fazendas, do sangue, das vidas, e, quanto mais come e consome, tanto menos se
farta. É a guerra aquela tempestade terrestre que leva os campos, as casas, as
vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e
monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as
calamidades em que não há mal nenhum que ou se não padeça, ou se não tema, nem
bem que seja próprio e seguro: - o pai não tem seguro o filho; o rico não tem
segura a fazenda; o pobre não tem seguro o seu suor; o nobre não tem segura a
honra; o eclesiástico não tem segura a imunidade; o religioso não tem segura a
sua cela; e até Deus, nos templos e nos sacrários, não está seguro.” P. António
Vieira
Netanyahu diz que “toda a gente vai ter de responder pelo ataque” do Hamas.
"Inclusive eu", garante.
"Todos
serão responsabilizados, inclusive eu. Mas tudo isso acontecerá depois da
guerra", diz Netanyahu. Confiança dos israelitas no Governo encontra-se no
nível mais baixo dos últimos 20 anos.
OBSERVADOR,
25 out. 2023, 20:35 3
▲"Estamos a
preparar-nos para uma entrada por terra. Não especificarei quando ou as razões
que serão levadas em conta"
ATEF SAFADI/EPA
O
primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, admitiu esta quarta-feira
que também deverá ser responsabilizado pelas falhas de segurança que
permitiram o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel, em
7 de outubro, mas só depois da guerra.
“Examinaremos
detalhadamente até ao fim o que aconteceu, as falhas serão examinadas e todos
serão responsabilizados, inclusive eu. Mas tudo isso acontecerá depois da
guerra”, disse Netanyahu num discurso à nação esta quarta-feira.
A
confiança dos cidadãos israelitas no seu Governo encontra-se no nível mais
baixo dos últimos 20 anos, segundo uma sondagem divulgada na segunda-feira.
Depois do início da guerra com o
Hamas, desencadeada após o ataque surpresa efetuado a 7 de outubro pelo grupo
islamita ao território de Israel, só 20,5% dos israelitas inquiridos afirmam
continuar a confiar no Governo de Benjamin Netanyahu para gerir a actual crise.
O
diário israelita Yedioth Ahronoth noticiou na segunda-feira que três membros
do executivo, cujos nomes não foram indicados, estão a ponderar demitir-se, em
resposta à incapacidade do Governo e do sistema de segurança para impedir
ataques como o ocorrido a 7 de outubro e lidar com as suas consequências.
No
seu discurso desta quarta-feira, o primeiro-ministro israelita abordou também a
ofensiva terrestre em preparação na Faixa de Gaza.
Estabelecemos
dois objectivos: eliminar
o Hamas e fazer todos os possíveis para devolver as pessoas sequestradas a casa.
Estamos a preparar-nos para uma entrada por terra. Não especificarei quando ou
as razões que serão levadas em conta”,
afirmou.
Esta
declaração surge após vários jornais norte-americanos, incluindo o The
Wall Street Journal, terem
relatado que Israel
concordou em adiar o ataque para que os Estados Unidos pudessem implantar novos
sistemas de defesa aérea com vista a proteger as suas tropas destacadas no
Médio Oriente.
Segundo
fontes citadas pelo WSJ, o Pentágono quer implantar quase uma dúzia de
sistemas de defesa aérea na região, inclusive para proteger militares
norte-americanos destacados no Iraque, Síria, Kuwait, Jordânia, Arábia Saudita
e Emirados Árabes Unidos.
As autoridades
norte-americanas esperam conseguir instalar essas defesas no terreno até ao
final desta semana.
Oficiais
norte-americanos consideram extremamente preocupantes as ameaças contra as suas
tropas, acreditando que estas serão alvo de vários grupos militantes quando a
incursão começar.
Até
agora, no Iraque e na Síria, ocorreram pelo menos 13 ataques deste tipo,
utilizando ‘drones’ e mísseis, que resultaram na morte de um empreiteiro
norte-americano e na destruição de um ‘drone’ norte-americano, disseram
autoridades dos EUA.
No
entanto, outra fonte do Pentágono negou esta versão à rede de televisão
Al-Jazeera e sublinhou que não só não teve conhecimento de qualquer pedido
relacionado com estas operações, mas também que Washington não determina a hora
ou a forma das operações israelitas.
O
grupo islamita Hamas lançou em
7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de
milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas
de reféns.
Em resposta, Israel declarou
guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é
classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando
várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao
território com corte de abastecimento de água, combustível e electricidade.
O
conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos
dois territórios.
CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO MUNDO BENJAMIN NETANYAHU ISRAEL MÉDIO ORIENTE
COMENTÁRIOS:
Alexandre
Barreira: Pois. Andaste a dormir na forma....! João Silvestre > Alexandre Barreira: Ao menos admite Pertinaz: Pois… não confundir com a escumalha de esquerda que nos
desgoverna…
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