Contrariar a onda dos vistosos e gritantes apoiantes do Hamas, que se está borrifando para os palestinianos, dos quais se serve como escudo e exposição de exibicionismo sofredor, contra os castigadores israelitas. RUI RAMOS é um desses, desmascarando as hipocrisias embarda, por aí. E muitos outros comentadores também, com uma sinceridade e lucidez que igualmente encantam, na referência às tais hipocrisias da conveniência e conivência bondosamente parciais, na distância da cobardia palradora, protegida que está pelos tais israelitas, afinal defensores solitários do próprio ocidente falador, à distância...
A derrota do Hamas é importante para todos
A derrota do Hamas interessa a todos,
mas é tarefa de Israel. Os outros podem assim permitir-se o luxo de se sentirem
chocados.
RUI RAMOS Colunista do
Observador
OBSERVADOR, 03 nov. 2023, 00:2172
Quando virem nos ecrãs as caras
empoeiradas de crianças feridas na operação militar que Israel conduz em Gaza
contra os terroristas do Hamas, pensem que há quem seja completamente
indiferente ao sofrimento dessas crianças: é o Hamas. O Hamas sabia o que ia
acontecer quando planeou o massacre de judeus de 7 de Outubro. Sabia que os
civis em Gaza iam encontrar-se num campo de batalha. O Hamas preparou túneis e
bases subterrâneas para se proteger. Usou para isso os materiais de construção
que entravam em Gaza. Não os usou para construir abrigos para a população, como
existem em Israel. Para o Hamas, os habitantes de Gaza são mais interessantes
mortos do que vivos. Mortos, são o material de propaganda com que conta minar o
apoio ocidental a Israel.
É
este o jogo macabro do Hamas, e perante isso há quem lamente o modo como
Israel, ao atacar os terroristas em Gaza, parece jogar esse jogo. É compreensível.
Nada como o sofrimento de inocentes para desgastar a razão de uma guerra. A
extrema-esquerda anti-semita ocidental aproveita para criminalizar Israel, como
se a guerra fosse um simples capricho sádico. Por isso, sem subestimar a dor em
Gaza, há que fazer duas perguntas.
A primeira é esta: que
sugerem que Israel faça em alternativa? Que deixe em paz os terroristas do
Hamas, para continuarem a lançar contra Israel os seus mísseis e operações de
rapto e massacre? O Hamas não quer governar Gaza. Ao Hamas, não interessa um
Estado árabe independente na Palestina. O Hamas só pensa em destruir Israel e eliminar a população judaica
no Médio Oriente. E ninguém tem influência sobre o Hamas, a não ser o Irão, que
também não pensa noutra coisa. Muros e defesas anti-mísseis também não pararam
o Hamas. Percebe-se que Israel tente derrotá-lo militarmente.
A segunda pergunta é a seguinte: porque não acreditam que Israel está a
fazer todos os possíveis para causar o mínimo de baixas civis em Gaza? A 7 de
Outubro, o Hamas tentou matar o maior número de judeus, e gabou-se das mortes
que causou. Mas Israel é um Estado de direito democrático, com os valores do
Ocidente. Por isso, devemos esperar de Israel que respeite princípios
humanitários que o Hamas não respeita. Mas devemos também presumir que Israel,
condicionado embora pela operação militar, tudo está a fazer para os respeitar.
O que Israel se propôs fazer em Gaza
é difícil. Em 2016-2017, forças iraquianas e curdas, amparadas pelos EUA,
executaram uma operação similar em Mossul para liquidar o Estado Islâmico, que
se fortificara na cidade. Milhares de civis morreram no meio dos combates. Mas
a alternativa era tolerar que o Estado Islâmico continuasse a cortar gargantas
e a inspirar atentados no resto do mundo. Em Gaza, a guerra é igualmente
abominável, mas ninguém tem alternativa, senão deixar o Hamas prosseguir os
seus pogroms. É essa a tragédia.
O
Hamas não é um pequeno movimento de resistência. É um instrumento da teocracia
iraniana. A sua derrota é fundamental. É fundamental para Israel, que nunca
poderá viver com uma grande base de terrorismo nas suas fronteiras. É
fundamental para o Ocidente, que não pode permitir que um Hamas vencedor volte
a pôr o jihadismo na moda, como no tempo do Estado Islâmico. É fundamental para
os Estados árabes, que não querem ver o Irão controlar o Médio Oriente. É
fundamental para os árabes da Palestina, pois só o fim do terrorismo poderá
desbloquear a fundação do seu Estado. Interessando a todos, a derrota do
Hamas é, no entanto, tarefa de Israel. É Israel que, por todos, tem de sujar as
mãos em Gaza. Os outros podem assim permitir-se o luxo de se sentirem chocados.
A hipocrisia tem talvez um lado respeitável, como homenagem à virtude, mas não
abusemos dela.
ISRAEL MÉDIO ORIENTE MUNDO GUERRA CONFLITOS FAIXA DE GAZA
COMENTÁRIOS (de 72)
Pedra Nussapato14 h: Caro RR, tudo isso é verdade,
nas nada disso legitima a morte de civis inocentes, pois mais nebulosa que
possa parecer a definição de "civil inocente" quando falamos dos
adultos palestinianos, e por mais benéfica que seja a eliminação do Hamas. Se
Israel é representante dos valores ocidentais naquelas paragens, por cada
elemento morto do Hamas não pode haver 10 crianças mortas. Não pode! António
Cézanne: Quando virem nos
ecrãs as caras empoeiradas de crianças feridas na operação militar que Israel
conduz em Gaza contra os terroristas do Hamas, pensem que há quem seja
completamente indiferente ao sofrimento dessas crianças: é o Hamas. Certeiro,
nada mais a acrescentar!
Jorge Barbosa Excelente artigo e também muito
corajoso já que nele, racional e factualmente desmascara-se a onda
argumentativa que agora, avassaladoramente, toda a esquerda europeia putinesca
está a cavalgar a guerra em Gaza para enfraquecer os EUA a NATO, e a UE no apoio
à UCRANIA. Exemplo desta nojenta onda de apoio a Putin agora encapotada na
defesa dos palestinianos/ Hamás, é a CNN. Veja o descaramento com que este
canal televisivo mantem no ar a todo o tempo, e sempre sem contraditório útil o
pior comunicador de sempre, o Major General Agostinho Costa, pessoa que entre
cuspidelas e gaguezadas forja os seus comentários sempre para defender os
terroristas do hamas e atacar as vitimas, os istaelitas, tão só para defender a
imagem de Putin a partir de mentiras, meias verdades e fantasias. Jose Correia:
Com este tipo de
artigo, vale a pena continuar a acreditar no jornalismo isento e objectivo.
Parabéns! Maria Cabral Artigo importante de alguém com
coragem para expor a realidade como ela é. A derrota do Hamas é importante para
todos, mas acima de tudo para as mulheres, muçulmanas ou não. O triunfo da
barbárie só nos levaria de volta à idade média, onde vivem os fundamentalistas
islâmicos.
Filipe Paes de Vasconcellos: É profundamente lamentável e
perigoso que a imprensa livre e democrática do Ocidente, incluindo a
portuguesa, transmita em horário nobre nas rádios e televisões notícias e
reportagens, em “looping”, muitas delas editadas pelo próprio Hamas. Na CNN Portugal no princípio da
semana e durante grande parte do dia e da noite fizeram passar até à exaustão
um vídeo com mulheres e crianças completamente desesperadas de sofrimento, dor,
ódio… Na rádio Observador transmitiram-se forma
completamente acrítica a notícia de quarto em quarto de hora de que os
israelitas já tinham morto mais de 3 mil crianças em Gaza. Assim o Ocidente continua a
pôr-se a jeito quando põe os valores financeiros de curto prazo à frente dos
valores morais e civilizacionais Pedro Calado: Para não variar, mais um
excelente artigo de opinião do Rui Ramos. Muito obrigado por continuar a
fazer um jornalismo credível, honesto e, acima de tudo, contrário ao que vigora
neste regime estatizante, do politicamente correcto.
Coxinho: Artigo de ideias límpidas que deixa a descoberto a hipocrisia maligna de
grande parte da esquerda. José
B. Dias > Filipe Paes de Vasconcellos: Na CNN obedece-se à voz do
dono. Por aqui ainda me questiono se será ideologia ou pura incompetência e
infantilidade ... José B.
Dias: Absolutamente na "mouche"! Mas a hipocrisia é já algo de endémico por estas
bandas do dito "ocidente". JPGSG:
Brilhante, Rui
Ramos, obrigado! Lúcia
Henriques: Vai ser difícil eliminar o Hamas, pois as crianças nas
escolas e nos jogos de rua aprendem como matar judeus. Até os desenhos animados
fazem o mesmo. Como se explica que aquela
população viva de ajudas. Li num jornal que a UE contribui com 53%, países
árabes 20% e Estados Unidos e Canadá 11%. Simplesmente
Maria Uma análise séria e importante
para todos os que defendem a civilização contra a barbárie. Frases como
... é Israel que tem que sujar
as mãos em Gaza. Os outros podem assim permitir-se o luxo de se sentirem
chocados. Obrigada. Antonio Bentes > Carminda Damiao: Eu posso explicar. A religião muçulmana é totalmente
maniqueísta. Todas as pessoas que não professam o islão são consideradas infiéis
e devem ser eliminadas. Por outro lado, a religião muçulmana é a única que
professa a conquista do mundo e a morte aos infiéis. Espero que esteja agora
esclarecida. Manuel
RB > Carlos Quartel Leio uma única verdade no seu texto: os colonatos no
west bank, geridos por extremistas judeus e em permanente conflito com as
populações vizinhas. Quanto ao resto é
antisionismo puro.
Porque continuam alguns enfiados em campos de
refugiados há 80 anos? A defesa da humanidade perante a jiahd islâmica terá
de ser contínua. Desfez-se a Al-Qaeda, esmagou-se o Daesh. Há ainda o regime
dos ayatollahs e as suas metásteses. Mas ficar de braços cruzados não nos poupa
a nada. João
Ramos: Perfeito e até que enfim que há alguém com a
coragem e a dignidade de pôr os pontos nos i’s quanto ao problema de Israel e
na realidade do mundo ocidental, a culpa é sem dúvida do Hamas que no dia 7 de
Outubro o seu principal objectivo eram as populações civis e agora em Gaza é
usarem essas populaçõés civis como escudos protectores e como elementos da sua
propaganda, vergonha para quem tenta confundir a realidade!!! Gustavo
Lopes: Curto e grosso !!! Directo,
frontal e incisivo! Mas reflecte o que eu acho há muitos anos…
Fernando Prata: Excelente artigo, que desmonta
os supostos argumentos de uma esquerda cega pelo ódio e sedenta de sangue.
Joaquim Moreira: Excelente! Maria da Graça de
Dias: Excelente e factual este artigo de RR. madalena colaço: Deu o exemplo de Mossul, mas há
muitos mais. Na Siria muitos civis morreram quando os russos com as tropas do
regime tentaram erradicar o estado islâmico. O que não se entende é que esses
casos foram ignorados. Morreram mulheres, crianças e homens civis e não se
viram manifestações nas capitais europeias por esses inocentes que morriam.
Para mim é estranho este ódio visceral a um povo que há séculos serve de bode
espiatório a todo o mal que acontece no mundo. Frederico Teixeira
de Abreu: É sempre bom um artigo destes,
cheio de bom senso, no meio da loucura que tem sido o debate sobre o assunto,
nomeadamente nas televisões. Sérgio:
Soberbo, como
sempre!
Paulo Silvestre: Certeiro e corajoso! Vitor Prata: Excelente texto que não
agradará, claro, a antissemitas travestidos de esquerda caviar ou de idiotas úteis
na Europa. Ana Maia:
Há uma faixa
muito grande da população que está farta dessa hipocrisia, se as elites
descessem das suas torres de marfim conseguiam percebê-lo. Quanto ao texto,
excelente como o Rui Ramos já nos habituou. José
Pires e Borges > Pedra Nussapato: Pois não pode, mas a
responsabilidade é do Hamas que põe essas crianças à sua frente. E quem faz
essa contabilidade é o Hamas, pelo que tanto podem ser 10 como nenhuma...Como
os mortos no hospital foram primeiro 1000 depois 500, depois talvez 50. E não
foi nenhum míssil israelita. Nem caiu no hospital, mas no parque de
estacionamento. Mas a narrativa do Hamas é a mesma. Por isso, sem confirmação
de fontes credíveis, valem zero, os números que dali vêm. Carminda
Damiao: Excelente artigo. Obrigada pela
coragem e lucidez deste artigo. José
Pimenta: A verdade nua e crua João Floriano: Excelente. GateKeeper: Caro RR, obrigado. Há que
pôr "os pontos nos ii" relativamente a esta
"matéria". Temos aqui quem negue,
manipule e aldrabe a História com as suas "estórias &
narrativas", encobrindo uma "aliança dolosa" e terrorista que
já se espalhou por todo o chamado "mundo ocidental". É tempo das águias e não tempo das
"pombinhas da catrina", [demagogo-liberalecas de bolso, wokes a la
mode e artificio-virtuais d'ecrâ ]e dos "abutres russo-iranianos-
libaneses". Bom fim de semana. Rui Pedro
Matos: Viva Israel! João
Amorim: Mais um excelente artigo sobre este tema, a juntar a outros publicados
também aqui no Observador. António
Sennfelt > Lúcia Henriques: E os riquérrimos países árabes,
com quanto contribuem? Com zero! António
Afonso: Excelente artigo! Totalmente de
acordo. Infelizmente, temos europeus
que, por questões ideológicas, ainda não entenderam o perigo que estes
muçulmanos radicais representam para todos nós e para o futuro da Europa. Os
seus filhos e netos não lhes perdoarão essa cobardia, por não defenderem os
valores da democracia, condenando sem ambiguidades o comportamento destes
criminosos, quer sejam do Hamas ou do Putin. Antonio Castro:
Excelente e
corajoso artigo. José Pires
e Borges > Jorge Barbosa: O Agostinho Costa é um
esquerdalho, que não consegue disfarçar a simpatia por ditaduras e ditadores.
Mente com todos os dentes, oculta a verdade e o amor que tem pelo Putin até
mete nojo. GateKeeper
> Ana Luís da Silva: Cara ALdaS, meritórias as
suas ideias/ os seus ideais. Contudo, no entanto, esbarram num simples
facto/muro: A "autoridade palestiniana" é um abutre com
penas de pombinha" desde a sua "fundação". Trata-se, na
verdade, de um mero puppet on a string do Irão e dos estalinistas
carniceiros da Fed Russa. Desde
a morte de yasser arafat e da progressiva anulação iraniana, via
hamas&hezbollah da olp, que a AdaP é um mero matraquilho de teerão e
de moscovo/kremlin. Sorry... Better
to know the truth, instead.
Nenhum comentário:
Postar um comentário