quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Textos de antologia


Que servem de paralelo com a actualidade, pelo menos nessa questão do desprestigiante número de 1001 parasitas de então, erguidos que somos hoje, gloriosamente, aos milhões.

Um texto de Salazar (I), ao lado de uma sua foto - A última Foto de Salazar, publicada no Le Figaro em 1968 - enviados pelo meu caçula Luís – e mais um retrato do “ditador” (II), feito pelos realizadores do site.

Um obrigado ao Luís e a quem colocou os textos por ele encontrados num site da Internet:

 

I - «É difícil ou impossível, evidentemente, sufocar por completo a ambição do homem, a sua marcha para o dinheiro, mas o que se pode impedir é que grande parte da riqueza da Nação seja absorvida por mil e um parasitas. Só reduzindo ao máximo esses parasitas,  criando trabalho e estabelecendo maior soma de justiça nas relações económicas e sociais, se conseguirá o desejado equilíbrio”. António de Oliveira Salazar, “Discursos e Notas Políticas”

II - «Três atributos são – ou deveriam ser – fundamentais em um governante: a inteligência, a integridade e a dedicação. Se já não é tarefa fácil identificar uma destas qualidades num homem público, muito difícil será encontrar duas, e bastante improvável encontrar as três em simultâneo. Pois para o bem de Portugal e dos portugueses, a António de Oliveira Salazar foi concedida – de forma ampla – a graça de possuir esta tríade de ouro do verdadeiro condutor da Polis. Não apenas inteligência, mas uma inteligência superior; não somente integridade, mas uma integridade – perdoe-se a redundância – absoluta; não simplesmente dedicação, mas uma dedicação total da sua pessoa a Portugal. E nele estas três características essenciais não estavam “soltas” a flutuar no espaço, mas solidamente ancoradas num profundo amor a Deus e à Pátria. Só assim se pode entender o núcleo do seu pensamento político, no qual a Nação é o valor supremo na ordem temporal e o Estado o ministro de Deus para o bem comum – conceitos naturalmente incompreensíveis para a mentalidade materialista, hedonista e mundialista dos dias de hoje. Pois com inteligência superior, integridade absoluta e dedicação total, Salazar foi o arquitecto de uma grande obra de restauração moral e material; nesta ordem e não noutra, pois entendia que os valores do espírito possuem uma indiscutível primazia sobre a matéria. Por outras palavras, estava convencido de que o homem deve procurar primeiro ser melhor, para, então, poder estar melhor.

Mas Salazar e a sua obra não podem ser adequadamente entendidos sem o conhecimento do que foi a desordem, o descalabro e a violência política da I República, conclusão lógica da fatídica inoculação do vírus divisor do corpo nacional, do abandono da tradição portuguesa e da adopção de figurinos estrangeiros – tripla obra do liberalismo oitocentista. E tampouco se pode aquilatar da real magnitude das realizações materiais levadas a cabo durante o consulado salazariano ignorando-se as condições confrangedoras do ponto de partida e as grandes dificuldades, internas e externas, a que sempre teve de fazer frente.

Salazar legou uma herança: e esta é moral e material. Ela é o exemplo do homem, é todo um pensamento político, é um vasto conjunto de realizações económicas e sociais.(...)»

Jornal "O Diabo"

União Nacional-Salazar

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