De que a liberdade hoje é movida de muita fraternidade, pelo
menos no seio dos protectores dos desvalidos da fortuna - quais sejam os da conhecida
sigla LGBTQIA+, a qual, sendo mais virada para as questões do foro sexual (se é
que me é permitida a referência a sexo, convertido em género nestes nossos
tempos de muito alimento em géneros – comprovados, estes, televisivamente, ou
mesmo em meios impressos com muito chorume, que nos faz babar-nos de gostosura…
) - do foro sexual, repito, para além de todos os mais foros, como, por
exemplo, o foro do racismo de antigamente, e também para além do foro da fraternidade
para com os animais, plantas e não sei se minerais também… enfim, um sem-número
de foros de fraternidade solidária, que só o não é para com os botas de
elástico representantes dos tais conceitos antigos, forjados pelos seguidores
da racionalidade que os tais clássicos preconizavam, não só nas suas descrições,
como nas suas justificações normativas.
Julgo, por isso, que o Dr. Salles, e outros como ele, têm que alargar
os seus conceitos libertários, abarcando foros diversos, a que faltou
acrescentar o do capitalismo (este, contudo, de fraternidade conversível, tendo
em vista o foro da egolatria.
Está visto que o II Texto, que o Dr.
Salles não se esquece nunca de colocar anualmente, com engano, todavia, desta vez, na data antecipada, (mas mal
não faz), não é destinado a esses de fraternidades fora do foro pátrio...
I TEXTO:
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 30.10.23
A propósito do texto «RADICAIS E PERMISSIVOS», a minha ilustre
parente Benilde Tomás da Fonseca
enviou-me o seguinte comentário…
«Gosto desta frase: “liberdade,
sim, mas sem fraternidade é como o cozinhado a que falta o tempero. Não se pode
tragar” Fonseca, Tomás da, Memórias dum Chefe
de Gabinete, livros do Brasil, Limitada, Lisboa 1949, p.
53. Abraço»
… que decidi trazer aqui para o glosar.
* * *
Formado em Teologia pelo Seminário Maior de Coimbra, o meu avô, Tomás da Fonseca, não tomou votos sacerdotais e logo se declarou ateu. Não terá tardado muito para se declarar
anarquista. No lintel interior da porta da biblioteca da sua casa
em Mortágua sempre manteve o retrato
(em tamanho quase natural de Piotr
Kropotkin, esse Príncipe russo que Stalin tentou aniquilar pela fome e
pelo frio).
Naturalmente bom, generoso e
compassivo militante, sempre meditou na condição humana e, daí, a frase citada.
Efectivamente o tripé em que assenta o
homem moderno é o da «liberdade,
igualdade fraternidade» pelo que não faz qualquer sentido omitir uma
dessas componentes. E disso se encarregou o pós-modernismo.
Alheado do temor do castigo divino, o
homem pós-moderno ignora a existência de códigos laicos morais e éticos pelo
que vive numa nebulosa quântica formada por partículas resultantes da farinação
do bem e do mal apenas ziguezagueando entre algumas das normas legais que
conhece; quebrado o vínculo com os valores morais e éticos – mesmo que já só de
génese profana - dos seus antepassados, o pós-moderno perde-se no anonimato da
selva urbana e luta pela própria salvação sem querer saber do que e de quem o
rodeia – torna-se
egocêntrico, ignora a existência desse tal conceito a que os antigos
chamavam solidariedade.
E aí estava Tomás da Fonseca a referir esse flagelo e, sem o dizer
expressamente, a pugnar pela prevalência da clara distinção entre o
bem e o mal como realidades anteriores às religiões.
Outubro de
2023
Henrique
Salles da Fonseca
COMENTÁRIO:
Benilde 31.10.2023 17:38: Senti-me lisonjeada! Não sei muito sobre o
pós-modernismo, talvez se assemelhe ao situacionismo, presente desde meados do
século. XX. Agora, fala-se da Pós-Verdade, conceito,controverso, gerador de
manipulação. Abraço
HONRADOS SEJAM OS
RESTAURADORES
Henrique
Salles da Fonseca
01.11.23
II
TEXTO (antecipado)
RESTAURADORES DA SOBERANIA NACIONAL
EM 1 DE DEZEMBRO DE 1640
Afonso de Menezes, D.
Álvaro Coutinho da Câmara, D.
Antão Vaz d’Almada, D.
António de Alcáçova Carneiro, D. – Alcaide-mor de Campo Maior
António Álvares da Cunha, D. – 17º Senhor de Tábua
António da Costa, D.
António Luís de Menezes, D. – 1º Marquês de Marialva
António de Mascarenhas, D.
António de Melo e Castro
António de Saldanha – Alcaide-mor de Vila Real
António Teles da Silva – Governador do Brasil
António Telo, D.
Carlos de Noronha, D.
Estêvão da Cunha
Fernando Teles de Faro, D.
Fernão Teles de Menezes – 1º Conde de Vilar Maior
Francisco Coutinho, D.
Francisco de Melo
Francisco de Melo e Torres – 1º Marquês de Sande
Francisco de Noronha, D.
Francisco de São Paio
Francisco de Sousa, D. – 1º Marquês das Minas
Gaspar de Brito Freire
Gastão Coutinho, D.
Gomes Freire de Andrade
Gonçalo Tavares de Távora
Jerónimo de Ataíde, D. – 6º Conde de Atouguia
João da Costa, D. – 1º Conde de Soure
João Pereira, D.
João Pinto Ribeiro, Dr.
João Rodrigues de Sá
João Rodrigues de Sá e Menezes, D. – 3º Conde de Penaguião
João de Saldanha da Gama
João de Saldanha e Sousa
Jorge de Melo
Luís Álvares da Cunha
Luís da Cunha
Luís da Cunha de Ataíde, D. – Senhor de Povolide,
Luís de
Melo, Alcaide-mor de Serpa
Manuel Rolim, D. – Senhor de Azambuja
Martim Afonso de Melo – Alcaide-mor de Elvas
Miguel de Almeida, D. – 4º Conde de Abrantes
Miguel Maldonado
Nuno da Cunha de Ataíde, D. – 1º Conde de Pontével
Paulo da Gama, D.
Pedro de Mendonça Furtado – Alcaide-mor de Mourão
Rodrigo da Cunha, D. – Arcebispo de Lisboa
Rodrigo de Menezes, D.
Rodrigo de Resende Nogueira de Novais
Rui de Figueiredo – Senhor do morgado da Ota
Sancho Dias de Saldanha
Tomás de Noronha, D. - 3º Conde dos Arcos
Tomé de Sousa - Senhor de Gouveia
Tristão da Cunha e Ataíde - Senhor de Povolide
Tristão de Mendonça
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