Ironias. Do Dr Salles.
Ainda bem que dá para fazer humor. De simpatia, embora, pois que a
agressividade é mais dos coléricos, não vale a pena, de facto, mantê-la. Para mais,
perante a hipótese de um final feliz.
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO 22.11.23
Ou
DA OCIDENTAL PRAIA LUSITANA
RESUMO DO TEXTO ANTERIOR - Nesta
época por que passamos, o aumento generalizado dos preços no Ocidente tem quase
tudo a ver com a guerra na Ucrânia e praticamente nada com qualquer
liberalidade na emissão monetária. Ou seja, a subida das taxas juro nada
resolve e apenas agrava o problema
* * *
Simplisticamente, o problema resolve-se tirando do Kremlin “os filhos
da Lubyanka” (e, já que estamos com a mão na massa, retirando as vestes talares
de Teerão). E pedindo perdão a Mário Draghi.
Sobre cada um destes pontos –
energia,
cereais e taxas de juro – não
faltará quem se proponha escrever volumosos tratados e defender brilhantes
teses académicas, mas eu creio mais útil avançar já para as conclusões:
A contracção da procura de petróleo
encarrega-se de manter o crude e o brent em preços razoáveis, mas sempre acima dos US$ 70.0/barril a
fim de garantir a economicidade da exploração de cerca de metade dos poços em
actividade;
O Sahara, devidamente irrigado por água dessalinizada (energia
solar abundante e gratuita) é propício
às culturas cerealíferas pois (disseram-me no Egipto) possui abundantes
nutrientes minerais a que só (?) falta a água para garantir a fertilidade. A experiência egípcia em Tosca com água
do (já só quase fio de água) Nilo e a da Líbia com «água fóssil» são disso
exemplo. O Egipto está prestes a conseguir a
auto-suficiência alimentar e o mesmo poderá vir a acontecer em todo o Norte de
África com a vantagem de combate ao aquecimento global, à fixação das
populações, à criação de celeiro alternativo da Rússia e da Ucrânia nos
aprovisionamentos à Europa sem o «espartilho» geográfico constituído pelo
Bósforo-Dardanelos;
Ressarcidos dos prejuízos causados por Mário Draghi, os credores dos
capitais (nomeadamente no âmbito das dívidas soberanas dos Estados perdulários,
deve-se concluir que Christine Lagarde concluiu o seu trabalho e deve
ser homenageada com uma estátua equestre na frontaria do «Deutsche Bank» que,
sob as terríveis ameaças de Varoufakis e de Pedro Nuno Santos, suou as
estopinhas e passou pelas passas do Algarve com as pernas a tremer e a engolir
imparidades. Regressemos,
pois, aos juros razoáveis positivos, sim, mas menos estranguladores do que os
actuais.
Desta
vez – e talvez mesmo só desta vez – a culpa da ameaça de recessão não é dos
perdulários, mas sim dos frugais.
Ajudemos
a Rússia a libertar-se dos monstros que a dominam desde 1917 e deixemos a paz
estender-se até VLADIVISTOK.
Novembro de 2023
Henrique Salles da Fonseca
Rui Bravo Martins 23.11.2023 12:57: Que belo e
expedito final feliz! Parabéns
Rui Bravo Martins
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