Do Luís. O pior é que os filhos e netos dos nossos filhos não mais pensarão nisso - de Salazar como Homem Certo, em tempos difíceis. Os de hoje, também já não pensam, inspirados no princípio de que a vida é feita para se gozar, como já o dizia Sá de Miranda, na sua “Écloga Basto”, pela voz do pastor Bieito, aconselhando o retraído Gil a ser mais sociável, e a entrar no regabofe de todos os outros, tal como fizera o severo pastor da história que lhe conta, a servir de exemplo - de resto, já segundo o modelo do “carpe diem” horaciano. Regabofe, eis a receita, que Sá de Miranda, pela voz do pastor Gil, rejeita, mas em que a sociedade alinha, cada vez mais, com grosseiras guerras demonstrando o absurdo da fragilidade humana… E o Homem Certo por cá é que não vem mais, muitos sendo os incertos.
A obra material de Salazar.
É uma brilhante reforma
financeira que em 1928 salva Portugal da bancarrota e ordena as contas públicas
por um período de mais de quarenta anos; é a reconstrução das infra- estruturas
económicas essenciais (estradas, caminhos de ferro, portos, energia
hidroeléctrica, hidráulica agrícola, rede telefónica, etc.); é um processo de
modernização, industrialização e desenvolvimento da economia que se reflecte na
criação ou expansão considerável de sectores tão diversos como a produção de
energia eléctrica, a química, os petróleos, a metalo- mecânica, a siderurgia,
os cimentos, a construção/reparação naval, a agricultura e os produtos
alimentares, os têxteis, a construção de automóveis, etc.
Entre 1926 e 1974 Portugal foi o país que apresentou a mais alta
taxa de crescimento do produto interno bruto na Europa Ocidental – o dobro da
obtida pelo Reino Unido –, registando entre 6% e 7% ao ano na década de
sessenta, alcançando 11.2% em 1973. Neste mesmo ano o índice de
desemprego era de 1,5%, hoje ronda os 15%. Desde 1975 a politicamente correctíssima ONU, insuspeita, pois, de
qualquer simpatia para com católicos, nacionalistas ou contra-revolucionários,
publica um indicador de desenvolvimento económico para cada país, com base em
dados colectados nos dois anos anteriores. Uma rápida análise dessas tabelas
mostra que em 1975 a Portugal era atribuída a 24ª
posição entre duas centenas de países – resultado obtido com o cômputo
dos excelentes resultados de 1973 e primeiros meses de 1974, a compensar os
estragos revolucionários do resto do ano. Pois em 2017 o país já ocupava o 41.º lugar…
A herança de Salazar é ainda mais
considerável: é a defesa intransigente dos interesses e direitos de Portugal no
mundo, da sua identidade, da integridade das suas gentes e das suas
terras, da sua independência, da sua
soberania; é a implementação de uma política externa
que restaurou o prestígio da Nação
Portuguesa a um patamar desconhecido desde a gesta dos Descobrimentos; é o
desenvolvimento das ciências, das artes e da cultura; é a paz pública, a defesa
e promoção da família, a segurança dos cidadãos, a estabilidade política e
económica, o respeito pela ordem natural, a promoção de uma vida cristã – entre
muitos outros aspectos.
Profundo
conhecedor da natureza humana e, em particular, da natureza dos portugueses,
Salazar afirmou um dia que aqueles que lhe sucedessem fariam diferente e ao
contrário dele.
Nisto, como em tanto mais, o tempo veio a dar-lhe carradas de razão:
nos cinco anos e meio
do governo presidido pelo
Professor Marcello Caetano fez-se diferente; desde a
revolução marxista de 25 de Abril de 1974 faz-se ao contrário.(...)»
Jornal "O Diabo".
União Nacional-Salazar
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