Percorro o Público de
4 de Novembro, que tem pano para mangas em termos de informação e de reflexão.
Um texto bem positivo é este, sobre o povo ucraniano, de João Ruela Ribeiro, com o título
forte “É A GUERRA, ESTÚPIDO! A ECONOMIA UCRANIANA
MILITARIZOU-SE E ASSIM CONTINUARÁ”. Não posso
deixar de expressar a admiração por esse povo vítima de uma inesperada guerra
estapafúrdia, povo de quem, apesar da “exaustão”, se afirma que “depois
de uma contracção profunda nos meses que se seguiram â invasão, a economia
ucraniana dá sinais tímidos de alguma recuperação”, e esse facto se deve
também ao “mecanismo de desminagem de fabrico totalmente nacional” que
possibilita que os agricultores ucranianos possam continuar a trabalhar os seus
campos.
Comparo,
naturalmente, com o que afirma António
Barreto na sua crónica ”UMA REFORMA DE PAPEL” sobre as nossas
novas políticas migratórias, de alarde recepcionista meloso dos
emigrantes, sem um planeamento conveniente, com base em equilíbrio e
sustentação, como ele explica, na sua exposição perfeita de racionalidade e
clareza, de que transcrevo o sublinhado lateral:
“As políticas portuguesas para
as migrações limitam-se a banalidades abstractas. Acolhimento generoso,
direitos dos imigrantes, vantagens do multiculturalismo, tolerância,
etc.” “As questões difíceis e que deveriam estar no topo
das definições estão em geral afastadas.”
Quanto à crónica
de José Pacheco Pereira, “DILEMAS MORAIS E VALORES DA DEMOCRACIA” ela pretende ser
demonstrativa da sua boa formação moral, apesar de, na minha opinião rancorosa,
P. P. ter pertencido ao grupo dos que achincalharam a sua Pátria, nos
idos de 74, na indiferença “florida” pela sua História, bem opostamente ao que
faz o povo ucraniano, que defende a sua, com unhas e dentes. E o
povo israelita, de que ele trata, o qual, na defesa da sua recente pátria Israel,
defende com os seus poderes, que são, aparentemente muitos, fruto das suas
capacidades várias, essa pátria que lhe foi destinada, por mérito próprio, após
os horrores sofridos pelo seu povo, mas cuja vizinhança, pelos vistos, os seus
parceiros de Gaza não aceitam, e para isso usando o próprio
povo palestiniano como escudo. Escreve P.P.: “Sob
o comando de um governo como o de Netanyahu, Israel pode ganhar a guerra ao
Hamas e pode perder tudo nessa vitória – os valores de cidadania, do direito,
de humanidade, de prestígio na opinião dos amigos do país, incluindo a própria
segurança a médio e longo prazo de Israel”. P.P. deseja, do coração, salvar a reputação de Israel. E
a sua, está visto, mostrando a sua piedade pelos que atacaram Israel, cujos
são, naturalmente,, de pendor ucraniano..
João Miguel
Tavares parece mais sensato nas
suas afirmações espirituosas, condenando os activistas de vários espécimes por
não se fixarem nos motivos das suas lutas – os LGBTs, as Gretas defensoras
climáticas, os racistas de ordem vária, todos eles defendendo, por acumulação,
os palestinianos e atirando-se com furor contra os Israelitas. J.M.T.
lembra, em “O PROBLEMA DO ACTIVISMO INCONTINENTE”, que cada um se deve ater ao
seu domínio protestante: «Estamos a assistir ao regresso da
pseudociência marxista com roupa verde e arco-íris, porque a sede
revolucionária é impossível de saciar. Tenho saudades do velho Cousteau. Fez de
mim um ambientalista e nunca soube em quem votava»
É claro que não
creio que seja verdadeira a sua última afirmação, mais pedante do que real.
Uma boutade, apenas.
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