segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Impecável


A crónica de Helena Matos, que os seus muitos comentadores não só apoiam como complementam.

Marcelo tropeçou na rua árabe (e não só) e o Governo agradeceu 

Que jeito dá este Marcelo a colocar-se a si mesmo no olho do furacão e a desviar as atenções do SNS que se desfaz, do faz de conta na Educação, das contradições do PM sobre a TAP, da contestação ao IUC

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 05 nov. 2023, 00:2294

Marcelo tropeçou na rua árabe (e não só) e o Governo agradeceuNestes dias é um quebra-cabeças saber para que urgências se devem dirigir os pais com crianças doentes, para que blocos de partos devem seguir as grávidas, quantos doentes graves serão mandados para trás (e não, nos outros países, com que outrora nos comparávamos, também há falta de médicos e demais pessoal na área da saúde, mas não se assiste a nada disto) mas surpreendentemente o problema do país é o Presidente da República. Algum dia havia de acontecer, não é?

Marcelo tropeçou politicamente no Bazar Diplomático e o Governo agradeceu. E depois voltou a agradecer-lhe a trapalhada monumental em torno do papel que alegadamente terá tido na facilitação do acesso de duas gémeas brasileiras a um tratamento avaliado em quatro milhões de euros no Hospital Santa Maria. Que jeito dá este Marcelo a colocar-se a si mesmo no olho do furacão e a desviar as atenções não apenas do SNS que se desfaz, mas também do faz de conta que se instalou na Educação, das contradições do primeiro-ministro sobre a TAP, do negócio da EFACEC…

Teria de ser assim? Não, mas conhecendo Marcelo há que reconhecer que havia uma forte probabilidade de ser assim. Marcelo acreditou que a sua popularidade o tornava imune às pressões dos partidos e acabou destratado por António Costa.

Confundiu proximidade com ligeireza e acabou a manter, para mais rodeado de microfones, um diálogo com o representante da Autoridade Palestiniana que o mais elementar bom senso reservaria para uma audiência à porta fechada. Depois disse e desdisse.

Nada disto é novo em Marcelo só que agora é visto doutra forma. Os afectos estão a dar lugar ao embaraço. O que tinha graça começa a cair em desgraça. Onde estava o Presidente imbatível agora está um homem que muitos descobriram mais velho.

Quando este Domingo a manifestação dita a favor da Palestina fizer ouvir os seus slogans em Belém e perante os microfones manifestantes vários verbalizarem a sua indignação com o presidente da República, há quem tenha motivos para sorrir: António Costa.

A rua árabe está aquiDurante anos a expressão “rua árabe” foi sinónimo de multidões coléricas que numas paragens remotas verbalizavam a sua fúria perante os mais variados factos. Podia ser um livro que nunca leram ou umas caricaturas de um jornal dinamarquês que nem sabiam que existia mas que uma vez classificados como blasfemos logo arrastavam multidões para a dita rua árabe que, valha a verdade, muito frequentemente de rua tinha pouco mais que pó. A morte era o castigo invariavelmente pedido por esses manifestantes para quem acusavam de os ter ofendido. O ódio ao ocidente e a Israel eram o denominador comum a muito desses momentos de ira.

Mas depois deste 7 de Outubro olhamos à nossa volta e percebemos que a rua árabe está aqui, está nas ruas de Londres, Berlim, Paris ou Barcelona. Agora já não são homens tisnados pelo sol que em cenários mais ou menos desolados exigem a morte dos infiéis. Agora a rua árabe está nas cidades da Europa. Muitos daqueles que a compõem são imigrantes ou os seus filhos e netos. E muitos são europeus de sempre. Esta rua árabe que desfila sob o perfil gótico das velhas catedrais define-se não tanto pela origem de quem a compõe mas sim pela táctica com que se impôs e impõe: tirar o maior partido das liberdades ocidentais para as destruir.

Num dia invocam os direitos das mulheres para impor a burka. No outro o direito a não ser ofendido para levar à suspensão de um espectáculo. No outro que a religião é o ópio do povo mas se os fiéis gritarem “Allahu Akbar” então estamos perante um inquestionável traço identitário. O grau de impunidade de quem canta nos transportes públicos de Paris “Nique les juifs et les grand-méres/On est des nazis e fiers” (a tradução é a que se imagina!) e em Londres “From the river to the sea”, que implica o fim do estado de Israel, só foi possível porque tudo isto se foi banalizando e quase institucionalizando graças ao que se designa como islamo-esquerdismo.

Não há contradição alguma entre viver em França, ser influencer  e perguntar, como fez uma modelo a propósito do bebé israelita que foi queimado num forno: “Será que lhe puseram sal e pimenta?” A contradição só existiria se a pessoa em causa não se achasse acima das leis do país onde vive.

Os imigrantes, com particular incidência nos muçulmanos, tornaram-se aos olhos desta esquerda radical no novo proletariado (o velho proletariado esse mudou-se para a extrema-direita). Todos os conceitos e princípios invocados para tornarem as sociedades mais justas acabaram a ser invertidos gerando precisamente o contrário do que se pretendia: o combate ao racismo tem servido para impor racismos vários; a laicidade tornou-se uma perseguição ao cristianismo… Como vão as sociedades ocidentais lidar com a sua rua árabe? Não sei mas sei que se, aquando da invasão da Ucrânia, existisse nos diversos países da UE uma “rua russa”, avançar para um apoio à Ucrânia teria sido muito mais difícil. Pelo contrário a rua árabe está aí e com grande adesão pois no vazio do mundo woke a rua árabe tornou-se o  totem magnético para a  tribo em que o poster do Che deu lugar ao cartaz pela Palestina.

PRESIDENTE MARCELO     POLÍTICA     ACTIVISMO     SOCIEDADE     EUROPA     MUNDO       OCIDENTE     EXTREMA ESQUERDA

COMENTÁRIOS (De 99):

Manuel Martins: O caso da cunha para por o estado português a pagar,  com os impostos dos portugueses,  4 milhões para tratamentos a estrangeiros (que não viviam cá e só obtiveram a nacionalidade portuguesa para terem esse benefício, tal como têm feito milhares de cidadãos brasileiros e dos palop, ou grávidas de vários países) é sintomático do laxismo e facilitismo da nossa lei da nacionalidade e da residência em Portugal.  É também indicador de como funciona o nosso SNS, para mim, completamente degradado, dispendioso e corrupto: só com cunhas,  e consequentemente muita corrupção,  se consegue aceder à saúde a tempo e a horas . Quem não conhece alguém no sistema, sofre ou paga no privado.  Mas perguntem lá aos portugueses em quem votariam...               Miguel Sanches: O meu prognóstico: a Senhora Le Pen vai entrar direitinha no Eliseu. Depois, bom, depois muita coisa vai mudar na Europa.                   Fernando Cascais: Quando o Observador publicou a notícia do que Marcelo tinha dito ao líder da Palestina com os microfones abertos (não deviam ter começado), as reacções na caixa de comentários dividiram-se em duas opiniões: a) finalmente esteve bem; b) não tarda vai dizer o seu contrário. Esta avaliação (até que enfim e troca-tintas) feita ao carácter de Marcelo não é exclusiva dos eleitores de direita, é um sentimento nacional. Marcelo não apenas fala demais, como depois, atrapalhado com as reacções, parece uma barata tonta a explicar-se e a criar contextos para se explicar. Os exemplos são tantos, que parece existir um certo masoquismo mediático em Marcelo para ser o centro das atenções independentemente da causa.  Hoje, sabemos e temos a certeza de que Marcelo pode dizer uma coisa de manhã, à tarde outra e à noite ainda outra diferente. Foi sempre assim no apoio aos governos de Costa. Entusiasmava a direita com um ralhete ao governo de Costa da parte da manhã, à tarde aparecia num evento ao lado de Costa e à noite deixava a direita em profundo estado de depressão com nova aproximação a Costa justificando o contexto do que tinha afirmado da parte da manhã. O mau exemplo para os mais novos parte assim do topo hierárquico da sociedade portuguesa. Dizer uma coisa para logo de seguida dizer o seu contrário é o exemplo que nos dá o homem que ocupa o cargo mais elevado da magistratura da nação. É o chamado troca-tintas, um valor hoje respeitado. Os homens de antigamente que selavam contratos com uma cuspidela nas mãos devem andar às voltas nos túmulos. Nota 1: Quando perguntaram a Marcelo se se lembrava de alguma conversa com o filho ou a nora sobre as gémeas do Brasil, este olhou ligeiramente para cima, virou os olhos de um lado para o outro, como se procurasse ver o Super-homem ou a Virgem Maria, e respondeu: não me lembro. Tal e qual os meus filhos depois de fazerem uma qualquer asneira a tentarem passar por inocentes. Incrível como um adulto entra tão bem no papel de uma criança. Nota 2: Não aprecio o Miguel Sousa Tavares, mas, aplaudo a coragem de não ser um troca-tintas como o nosso presidente. Depois de ter dito que a nova Miss de Portugal tinha sido eleita por ser um travesti (transexual como agora se diz) e que não deveria ter ser permitido concorrer com as mulheres de verdade por se tratar de um homem de nascimento, confirmou tudo aquilo que tinha dito quando se esperava um pedido de desculpas como fez o jornalista José Alberto Carvalho que na altura tinha concordado com MST sobre o doping tecnológico e não só da nova Miss Portugal. Um dia no futuro, os arqueólogos paleontologista que estudarem através dos ossos o Homem actual, vão continuar a identificar apenas dois géneros, e a actual Miss Portugal será sempre reconhecida como do género masculino. Não há volta a dar.                         madalena colaço: A esquerda europeia, que através do wokismo defende, não a cultura europeia mas a cultura do islamismo radical, tem pouca memória. Khomeini, no tempo do Xá procurou asilo nos países vizinhos e ninguém o aceitou. Mas a França recebeu-o de braços abertos e durante anos havia peregrinações ao velhinho bondoso que se instalara nos arredores de Paris para ouvir as suas prelecções. Regressou ao Irão, quando foi deposto o Xá, e até o piloto da Air France ajudou este velhinho bondoso a descer as escadas do avião. Mal se tornou líder supremo do país, os comunistas e radicais de esquerda que o tinham apoiado foram eliminados e todos os que se opunham ao seu regime. A esquerda julga que consegue subir ao poder com os votos destes radicais, como Mélenchon em França, mas esquecem-se da história                José cordeiro Cordeiro: Marcelo é hoje um dos maiores problemas para o equilíbrio de Poder e da democracia no país, pois perdeu a credibilidade total entre a classe política e com uma imagem de “tontinho” perante grande percentagem da população! Fala do que não deve e do que devia falar não fala, tornou-se uma nulidade e perante um 1º ministro “aldrabão e habilidoso“, para não lhe chamar outra coisa. O país é actualmente uma “trágica comédia “, graças à qualidade dos políticos em funções e não fossem as regras orçamentais europeias já tínhamos ido à bancarrota novamente, mas a pobreza generalizada da população já é garantida graças ao “grande Costa e ao PS de “seguidistas e tachudos”!                   Kakuri Kanna: Até agora só aconteceu que a Suécia decidiu colocar militares na rua para auxiliar a polícia, expulsar os ilegais e tentar dar a rua aos seus cidadãos de facto, ou seja, os que são suecos por tradição e nascimento e dos que lá nasceram de pais que aceitam os hábitos e as leis do país e se integram, sem fingimento, a que só  um serviço de vigilância e segurança do Estado pode aceder e fazer. A Suécia acordou tarde? Talvez! Mas mais vale tarde que nunca!           Maria Tejo: As tontices, boutades e inconveniências políticas manifestaram-se desde o início da função do Prof. Marcelo como Presidente da República. Mas, as selfies, o ataque ao PSD e o apoio incondicional a António Costa tudo permitiram. Como em todas as boas amizades há um momento de discórdia e afastamento. Contudo, é do conhecimento geral, António Costa, e genericamente o PS, não perdoa a quem os afronta. Donde, a comunicação social avençada ou não, para além dos respectivos deslizes passará a ser alimentada com os “casos e casinhos” do PR. E enquanto isso será manchete, o decaimento do país fica esquecido e sem crítica, como muito bem refere a colunista.                   João Floriano: Totalmente de acordo. Há que distinguir duas partes na crónica de hoje: os excessos de Marcelo e a rua árabe. Marcelo é indiscreto, não tem filtros, a idade está  a torná-lo cada vez mais descuidado no que diz . Como Helena Matos salienta e bem, António Costa aprecia, capitaliza, porque Marcelo desvia as atenções do que é importante verdadeiramente para o país. Não se pode contudo passar à frente e fingir que não há uma suspeita sobre a cunha de Marcelo e um exercício grosseiro de influência. Repare-se que eu escrevi suspeita porque Marcelo ameaçou com um processo quem o difamasse. Investigue-se então para saber o que de facto se passou e para ilibar Marcelo das dúvidas. Se a cunha não veio do PR, teve de vir de um alto responsável do governo tantas foram as leis atropeladas. A questão da rua árabe é bem mais séria e  o islamoesquerdismo é assustador. A esquerda europeia e a portuguesa apoiam o mundo árabe que nos quer aniquilar. Nunca se viu um rebanho de cordeiros oferecer-se a uma matilha de lobos. Mas é isso que acontece nas ruas das cidades europeias e a imagem das catedrais góticas com as suas gárgulas mirando as manifestações pró mundo islâmico é profética sobre o que pode vir a acontecer. A esquerda aproveita as liberdades democráticas de que usufruem plenamente na sociedade ocidental que abominam para a destruir. José B. Dias: Nos sítios que se querem civilizados as ruas limpam-se ... mesmo as "árabes"!                 Maria Tubucci: É verdade HM, o Marcelo põe-se a jeito. Presentemente o PR é um alvo a abater, é o único obstáculo ao poder totalmente absoluto do PS. Só ele tem o poder de mandar o Costa abaixo, relativamente ao país, é tudo dele por mais incompetente que seja. Assim, para o Costa poder continuar a passar por entre os pingos da chuva apesar da “morte” do SNS, com a grande maioria das urgências fechadas; da “escola” onde todos passam, com o ps os alunos ficaram inteligentes; da combustão do dinheiro dos contribuintes na Tap com a “desprivatização”, nacionalização e novamente privatização, as carteiras dos contribuintes ficaram a tremer; com a incompreensível extinção do SEF, onde Mamadus e brasileiras têm via verde para serem produzidos portugueses instantâneos; da venda comprada da EFACEC, onde os contribuintes pagaram aos alemães a sua compra, um belo negócio diz o governo; com a comunicação social no bolso, sendo simplesmente o microfone e voz do dono, o ps; com um OE de geometria variável cujo único objectivo é despojar os portugueses do seu dinheiro, tudo bem embrulhado com o laçarote cor-de-rosa de trafulhice, dá com uma mão e vai gamar com as duas para distribuir pelo estado ps. Para sair incólume de tudo isto, só é preciso muitas manobras de diversão, muita poeira atirada para olhos dos portugueses, para estes continuarem a não ver nada ou incapazes de distinguir o certo do errado. Acho que já é demasiado tarde, mas acho que o Marcelo deveria deixar de ser Marcelo, o comentador, e ser o PR, talvez assim o Palácio de Belém servisse os interesses dos portugueses e não os do Costa.               António Lamas: "Eu sei que tu sabes o que eu sei"  Costa tem o Marcelo na mão, e este apatetado e cobarde não responde, e aceita ser gozado, humilhado e desprezado. A imigração descontrolada, tornará o país num gigantesco Martim Moniz.              Nuno Filipe: As leis de nacionalidade têm de ser revistas e começar a expulsar quem não quer nem nunca se quis integrar. Este comentário não é racista, é xenófobo, tal como os árabes são os maiores xenófobos face ao “homem branco”… os wokes, os alternativos e pessoal do alfabeto se gostam tanto da vivência nas sociedades árabes podem ir para lá. Sugiro até a criação de uma petição pública onde se inscreva quem ajuda a pagar (eu ajudo a pagar) para irem e serem proibidos de voltar. O cancro quando aparece tem de ser tratado a tempo e horas ou então o resultado é a morte. A Europa “ocidental” continua a não abrir os olhos….e os cancros continuam a alastrar.. e não são silenciosos mas são sim altamente invasivos                  João Floriano > Fernando Cascais: Também reparei nesse pormenor da expressão facial de Marcelo, o revirar e desviar de olhos para o céu,  precisamente a criança que foi apanhada com a boca lambuzada de mousse de chocolate. Depois Marcelo foi extremamente rápido a ameaçar com um processo quem o acusasse de uma coisa que alegadamente não fez. Muita bandeira! Miguel Sousa Tavares tem dias, como se costuma dizer. A questão da Miss Portugal não passa de uma fantochada e deve ter por parte da maioria dos portugueses com ordenados miseráveis e sem casa onde morar  a mesma atenção do concurso de rafeiros na Sociedade Recreativa de Alcagóitas do Olival. Parece que a «vedette» terceiro-mundista e woke da RTP, paga com o nosso dinheiro, Catarina Furtado, também teve uma altercação com Joana Amaral Dias sobre o mesmo assunto. Nunca votei em Marcelo, facto de que muito me orgulho. Confesso que senti admiração quando da primeira vez, sem comitiva, apenas com o motorista e um assistente, Marcelo fez uma campanha solitária. Não sou particularmente afectuoso nem efusivo, portanto quando Marcelo veio com a treta dos afectos e da descrispação, duvidei e muito. O resultado é bem pior do que eu antecipei, tanto no caso do PR como no caso do PM. Portugal está em vias de se tornar um país falhado e tem de agradecer à esquerda representada pelo governo PS e ao PR, de direita, mas que faz tudo para boicotar a sua família política.                 Rui Lima: Toda a polícia externa da Europa será condicionada, em França já o é  porque há uma minoria agressiva sempre na rua, obriga governo e o presidente a não defender os interesses do país com medo da rua e da onda de destruição e violência, a última foi recente com um custo astronómico. Olho para a França um país laico desde 1789 que já não o é em partes do seu território os chamados territórios perdidos da República .             Rui Medeiros: Mais um excelente artigo! A Helena Matos é uma das vozes lúcidas deste jornal. Parabéns!                 Kakuri Kanna: Costa um sociopata alimentado por um regime que criou políticos profissionais sem conhecimento do que é a sociedade, como funciona o trabalho e como funciona uma família normal que ainda existe e como ele há milhares, no poder central e local e na AR bilhete de passagem, para cargos sem mérito no Estado que Abril criou. Costa é um exemplo de muitos que chafurdam no país para alimentar as clientelas da família e amigos de perto, através de todo o Estado, com os ajustes directos como regra e com um MP em hibernação ou decapitado, com juízes sem qualidade também pela tomada do seu orgão regulador, ou seja, a Justiça, um dos pilares do regime que deveria ser uma democracia e tornou-se numa oligarquia. Marcelo é o fruto do menino que nunca cresceu, nunca foi homem e fruto do fim do Estado Novo, sendo uma raridade neste caso, o sujeito arrasta-se há muito desde adolescente até à idade adulta no pantanal que é a III República, sendo mentiroso compulsivo e narciso, hoje velho e sem saber o ridículo que é, já decerto demente, desaparecerá depois do mandato que lhe deram, hoje e ontem serviu a Geringonça e a nova Geringonça sempre pronta, se acontecer o sucedâneo no PS, ontem e hoje desde 2015 que o pântano se adensa de miasmas e vermes que na Pátria se estribam e estribaram.               Francisco Almeida: Espanta-me que ninguém comente algo de evidente importância. Portugal, na ONU, votou favoravelmente a moção da Jordânia que condena Israel sem falar do Hamas nem do 7 de Outubro (quanto a mim ainda mais grave porque foi rejeitada a emenda canadiana que juntava esses pontos, mantendo a condenação). Conforme opinião de Paulo Portas, tê-lo-ia feito para não alienar os votos do bloco árabe na candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança. Assim, as declarações de Marcelo ao encarregado de negócios da Palestina, contrariam directamente a posição tomada pelo governo. Ora o presidente da República tem responsabilidades políticas na Defesa e na política externa. Ficou-se inicialmente a saber o que pensa Marcelo. A retratação posterior, apenas mostra mais uma vez que quem manda é Costa, mesmo no pouco poder que resta à função presidencial. E mais uma vez mostra que a reunião semanal do PM com o PR, será para falar de futilidades, porque para coordenar políticas, não parece ser.               Velha do Restelo > Fernando Cascais: "Hoje, sabemos e temos a certeza que Marcelo pode dizer uma coisa de manhã, à tarde outra é à noite ainda outra diferente. Foi sempre assim no apoio aos governos de Costa." Trocado por miúdos, hoje sabemos que Marcelo mente. É isso, não é        João Ramos: Crónica perfeita que retrata exactamente o enorme imbróglio em que o ainda chamado mundo ocidental está metido… o grande erro das democracias ocidentais é o de considerarem que para haver democracia tudo é permitido, esquecendo-se que para ela funcionar tem de haver regras que têm de ser respeitadas, depois aqueles que não o são (democratas) bem tiram proveito destas falhas fatais!               Mario Caldeira: Cristalino. A Costa só lhe interessa a sua carreira política. Não lhe interessa o país e da Europa só lhe interessa o melhor cargo possível. Para esse desígnio tudo vale. Desde esfaquear Seguro, a mentir descaradamente, a tudo prometer e nada cumprir, a distribuir esmolas e cargos. Costa tem uma percepção de Portugal e do português que talvez só Soares tenha tido. E usa em seu exclusivo proveito. Marcelo, do alto da sua arrogância e insegurança, não se apercebe que é um peão e não um rei. A História não será benévola para nenhum deles                    Fernando Cascais >  João Floriano: O islamoesquerdismo é realmente assustador. Os Estados islâmicos existiam e as esquerdas WOKE também, mas eram mundos afastados entre si. A sharia pululava num lado, enquanto as esquerdas ocidentais progressivas pululavam no outro. Num destes mundos o Irão perseguia e matava as suas mulheres, no outro, as esquerdas combatiam a misoginia e defendiam cotas para as mulheres. Ambos estes mundos saltitavam freneticamente nas suas regiões de nascimento, mas, como o mundo é cada vez mais global, estes mundos de bolinhas saltitantes foram se aproximando, aproximando, e, de repente, igual a uma atracção magnética irresistível, colaram-se. As esquerdas defendem a cultura islâmica e o papel das suas mulheres na sociedade, passando, provavelmente a breve prazo, a usarem também o hijab em solidariedade com o islamismo, quiçá a burka, enquanto, os Estados Islâmicos são solidários com a cultura da esquerda WOKE em destruir os valores ocidentais. Juntou-se a fome com a vontade de comer. Já Marcelo, que vive num mundo de fantasia, é muito capaz, de ainda hoje, aparecer com um lenço palestiniano ao bescoço ou pescoço, sei lá, aquela coisa que lhe liga a cabeça ao andarilho, enquanto na lapela exibe uma Estrela de David. Assim ficaria bem, e, como diz o caro João, agradaria a gregos e troianos…………………………………..

 

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