Na percepção inteligente dos factos, mas na inércia de combater esses jogos de cinismo de quem vai gerindo, a compasso das suas ambições pessoais, e não, musculadamente, para bem da nação. Gostamos, é certo, destas análises esclarecedoras, de Paulo Tunhas e dos que bem o comentam, na constatação de que muitos há, bons observadores e analistas do que “assim nos vai”, mas na melancolia de sentir que talvez não mereçamos mais, pois quem poderia mudar o status, se deixa apaticamente estar, acomodados todos a uma governação que só resulta porque tem quem lhe forneça o sustento, que será desperdiçado como sempre, não em desenvolvimento real, mas na moléstia que nos corrói de uma governação tosca - tal como o espectáculo que vimos esta noite, de distribuição de prémios, com gente a pretender fazer humor, de puro vazio nas graçolas sem pejo, de gente na infância da educação. Não, não pode ser isto que nos define, o país tem direito a mais. Não, não digo a nação, digo o país. Esse tem um nome que merece respeito.
O que é preciso saber /premium
O que eu ambicionaria era encontrar um
truque mágico que mantivesse a uma saudável distância protectora tudo o que
pessoalmente me lixa na política portuguesa.
PAULO TUNHAS
OBSERVADOR, 08 jul
2021
O
título que eu gostaria de dar ao artigo de hoje, e do qual, por razões óbvias,
desisti, é, como o de certos livros de outros tempos: O que é preciso
saber, ou de como viver em Portugal mantendo alguma atenção à realidade
política, sem deixar que ela invada a nossa vida mental. Alguns conselhos dados com o auxílio de um método
infalível que permite identificar as características permanentes dessa mesma
realidade, recorrendo eventualmente à sabedoria de autores célebres, opinantes
ilustrados e personagens anónimas, que nos protegem de qualquer incómoda
surpresa no futuro e nos asseguram a liberdade de espírito necessária ao
desenvolvimento das nossas vocações privadas e a realização dos nossos mais
íntimos desejos.
Seria
um título muito promissor. Numa linguagem mais adequada aos tempos presentes, o
que eu ambicionaria era encontrar um truque mágico (uma espécie de
exorcismo) que mantivesse a uma saudável distância protectora tudo o que
pessoalmente me lixa na política portuguesa e que, ferindo-me (sou um tipo
sensível), diminui a minha capacidade de agir e de pensar no que mais
verdadeiramente me importa. Suponho que não sou o único a sofrer deste mal
e a sentir a necessidade de uma solução. Aquilo que é comum, aquilo que não
releva do idiossincrático, é, de longe, o mais importante. Por isso, esta lista
do que importa saber sobre quem influi neste estado.
António Costa – Um carpinteiro hábil faz, por exemplo, boas
cadeiras. Um cozinheiro hábil revela-nos novos sabores ou realiza na
perfeição sabores antigos de que gostamos. Um orador hábil conduz-nos a
experimentar os sentimentos que nos deseja inculcar. Um político hábil
consegue levar a sociedade a um estado de maior justiça e prosperidade. Mas um
político é também dito hábil se é perito em assegurar a sua própria manutenção
no poder, visando, se possível, ainda mais poder. António Costa é, com efeito, um político hábil neste último sentido. E é tão mais hábil quanto dispõe de uma inusitada
dose de cinismo. Por uma intuição longamente experimentada, adivinha na
perfeição as fraquezas dos outros e explora-as para a sua sobrevivência pessoal.
José Miguel Júdice disse um dia no seu programa de televisão que Costa, aconteça
o que acontecer, mantém os seus ministros mais calamitosos por um sábio
cálculo: enquanto disparam sobre eles, não disparam sobre ele (Cabrita
é apenas o último em data de uma longa série). Funcionam como uma espécie de escudo protector. Compro perfeitamente esta tese, que desvela às mil
maravilhas o cinismo do Primeiro-Ministro. Se não quisermos viver em
danosas ilusões, é isto que em primeiro lugar é preciso saber sobre
António Costa.
Bloco de Esquerda – Pouca coisa subsiste hoje da visão marxista da
história e da sociedade no Bloco de Esquerda, e o que subsiste encontra-se
praticamente reduzido à versão seminarista que propõe Francisco
Louçã. As divisões teórico-políticas, tão
vocais no passado, desvaneceram-se. Longe vão
os tempos em que, a mando
de Estaline, Rámon Mercader assassinou Trotsky, no seu
domicílio mexicano, com uma picareta na cabeça. A picareta foi enterrada e o
cachimbo da paz (com haxixe ou não) fumado. Os
herdeiros do assassino (que, quando eu era novo, gritavam ritmicamente: “Marx, Engels, Lenine, Estaline, Mao
Tsé-Tung!”) e os herdeiros
do assassinado deram-se as mãos, esqueceram-se das fracturas no crânio de
Trotsky e dedicam-se agora, à boleia da esquerda universitária americana, à
teoricamente infindável e sempre renovada lista das causas fracturantes. Aburguesaram-se em nome do progressismo e
depositam uma sanguínea e passavelmente justificada esperança na facilidade com
que as pessoas confundem o contacto com as palavras com o comércio com as
ideias. As palavras que andam no ar são absorvidas e, sem
reflexão, tomadas por ideias desde ontem ou anteontem eternas e irrefutáveis,
vindas de um céu platónico instantâneo, pelas quais estamos prontos a jurar,
mesmo que na semana anterior nem as palavras conhecêssemos. E a coisa funciona, sobretudo enquanto o Bloco tiver à
sua frente uma criatura à sua maneira simpática e que nunca se irrita como Catarina
Martins. Quando ela apareceu, dizia-me a óptima
Dona Lurdes, que dantes vinha fazer limpezas cá a casa: “Aquela menina tem
qualquer coisa.” Nunca me esqueci. Eis o que se deve saber acerca do Bloco – e,
no que respeita à relação com as ideias, acerca de nós.
Marcelo Rebelo de Sousa– Não há mal algum em ser-se ridículo quando
se está apaixonado. Faz parte do jogo e é inevitável, excepto no que respeita a
seres improvavelmente olímpicos. A paixão é uma espécie de ridículo religioso,
é a religiosidade possível no ateísmo, que é uma atitude partilhada por muitos
católicos nominais. A coisa é
diferente quando se tem uma necessidade devoradora de se ser amado, sem que
essa necessidade seja fruto de qualquer paixão. Alguém que não era propriamente conhecido pela sua
estupidez sugeriu uma vez que quem mais precisa de amor são aqueles que se
ferem às suas próprias mãos. Confesso que, mesmo quando Marcelo diz ou faz
coisas que me parecem inúteis ou disparatadas – quer dizer: ridículas -, não
consigo nunca verdadeiramente embirrar com ele. Mas, atendendo
à sua incessante demanda de amor generalizado, que transparece em praticamente
todas as suas palavras e acções, pergunto-me: que é que uma pessoa inteligente
e frequentemente divertida como ele se fez, ou se faz, a si mesmo? Não faço a
mínima ideia. Nem sequer quero saber. O que seria preciso saber sobre ele não
se sabe. Que se saiba, pelo menos, isso.
PCP – Num clássico menor da literatura
inglesa, The Vicar of
Wakefield, de Oliver Goldsmith, o
Dr. Primrose, o vigário em
questão, desejando que a sua mulher persevere nos bons princípios, escreve o
antecipado epitáfio dela e encaixilha-o, dispondo-o em cima da lareira, para
que ela, tendo-o à frente, sempre por eles se guie: “Exaltei a sua
prudência, economia e obediência até à morte; e, tendo-o feito belamente
copiar, com um elegante caixilho, foi colocado em cima da lareira, onde correspondia
a vários muito úteis propósitos. Advertia a minha mulher do seu dever para
comigo e da minha fidelidade para com ela; inspirava-a com uma paixão pela fama
e constantemente a fazia pensar no seu próprio fim.” Substituam
(se calhar) a “prudência,
economia e obediência até à morte” pelo “combate contra o imperialismo
americano, política patriótica e de esquerda e luta contra a exploração
capitalista” e têm o antecipado epitáfio de qualquer militante que se preze do
PCP, constantemente lembrando-o da “superioridade moral dos comunistas”, uma
lenda com a qual ainda hoje vivem. Foi sempre assim e será sempre assim. E é
preciso saber isso acerca do PCP.
Rui
Rio – Contam-se pelos dedos de uma mão
(enfim, talvez das duas) as vezes em que vi jogos de futebol ao vivo. Habituado
às repetições dos golos na televisão, nunca me habituei ao furtivo instante dos
golos ao vivo. Foi golo? Não percebi. Numa dessas incursões, no velho Estádio
das Antas, em fins dos anos oitenta, um adepto portista sentado à minha frente,
indignado com uma substituição que o treinador do Porto (não me lembro quem
era) fizera, virou-se para o amigo ao lado e declarou imorredoiramente: “O
gajo não habilita, só atrofia!”. Desde há vários anos, sempre que penso
em Rui Rio vem-me à cabeça este profundo pensamento. Lamento, mas,
presentemente, é quase a única coisa que é preciso saber dele: “Não habilita,
só atrofia”.
Salazar e Marcello – Por causa, entre outras coisas, de uma comunicação de
Nuno Palma na reunião do MEL, onde este referiu factos que são do conhecimento
público e que em si são insusceptíveis de criar qualquer polémica, surgiu mais
uma das costumeiras tentativas de alucinar fantasmaticamente a presença viva
de Salazar e Marcello Caetano na nossa sociedade pelos habituais representantes
do “anti-fascismo eterno”. Além de cumprir a função de desviar a atenção
dos verdadeiros problemas do presente, tal indisfarçável histrionismo funcional
(exceptuo os casos de notória estupidez) revela, como muito bem escreveu António Barreto no Público,
uma estranha insegurança: “Gente sem força suficiente para acreditar na
democracia, no regime das liberdades e da tolerância, fica hirta e arrepiada
logo que uma afirmação sobre o Estado Novo ou a ditadura salazarista não for de
mera condenação e simples insulto”.
Quase que apetece lembrar que não foi apenas na economia que os últimos
tempos do anterior regime conheceram progressos. No próprio plano dos costumes, e apesar da PIDE, da
guerra colonial e do resto, a evolução também foi palpável durante a equívoca
“Primavera marcelista”. “É para a sua
esposa ou deseja algo melhor?”, perguntou o vendedor de sapatos de senhora ao
cavalheiro que os foi comprar. O vendedor via na alusão cúmplice à possível
amante do cliente um indiscutível sinal da sua própria modernidade. É ridículo
– é, sobretudo, muito cómico, que é o ridículo com inocência suplementar -,
entre outras coisas? Claro que é, mas estávamos já longe da austera repugnância
de Salazar e do persistente olhar da desprezível, vazia e estúpida sisudez
autoritária de Américo Thomaz. Nem os ministros acreditavam já naquilo. O que é
preciso saber, como condição prévia a qualquer investigação histórica digna
desse nome, ou mesmo a qualquer discurso jornalístico, sobre António de
Oliveira Salazar e Marcello Caetano? Simplesmente, que estão mortos. E
que, fora do espiritismo esquerdista, não retornam.
Em
que é que estas breves notas nos podem ajudar? A haver nelas alguma verdade,
permitem-nos fixar aquilo com que podemos contar. E, dessa maneira, a
estabelecer alguma distância para com aquilo que nos rodeia. Distância, é claro, não significa segurança e
ainda menos invulnerabilidade. Significa apenas tempo para pensar e deliberar.
Mas é de crer que ajuda a diminuir a detestável passividade à qual tendemos e
que nos impede de agir com mais liberdade, subordinando-nos a esperanças vãs.
Pelo menos, espero que me ajude a mim.
POLÍTICA MARCELO
REBELO DE SOUSA PRESIDENTE DA
REPÚBLICA BLOCO DE
ESQUERDA PCP ANTÓNIO COSTA RUI RIO
COMENTÁRIOS:
Manuel Menezes: Excelente texto. Obrigado Elvis Wayne: "Como viver
em Portugal mantendo alguma atenção à realidade política, sem deixar que ela
invada a nossa vida mental" De facto, Paulo Tunhas respondeu a algo
com qual tenho vindo a me debater desde algum tempo. A vida política
nacional é rasteira e humilhante para quem a sustenta. Até aqui achava
que a única forma de salvaguardar a minha saúde mental de tal eterno chavascal
de indecência era permanecer na ignorância. Daí uma grande parte dos
portugueses estar resignado e de refugiar na futebolada. Não, não estão
"imbecilizados", estão resignados e com um profundo desprezo em
relação à nossa "democracia" viciada, daí os 60% de abstenção. Mas
Paulo Tunhas mostrou nesta crónica que de facto é possível mantermo-nos
atentos à política, sem que esta (na sua profunda imoralidade) nos perturbe a
alma. Excelente crónica, Parabéns! Já não temos desculpa
para estarmos sempre "a Leste do Paraíso". Joaquim Moreira: Confesso que
desde o tempo do liceu - tempos da outra senhora - que me habituei a gostar de
filosofia. E durante muito tempo, gostava muito das crónicas de Paulo Tunhas,
até um dia! O dia em que o vi a criticar o tal que acha que, “não habilita, só
atrofia”. E é muito simples a razão e até encontra nesta crónica a
explicação. Perante tanto "que é preciso saber", estou em querer que
o Paulo Tunhas continua à espera de algo tão singular, que o que posso dizer é
que, por aí nada vai mudar! Aprendi, há muito, que o óptimo é inimigo do bom, e
quem procura na política a excelência, é porque não gosta nada da
transparência. Na realidade, é muito difícil fazer política, falando a verdade.
Mas já não tenho ilusões, quando se mete tudo no mesmo saco, quem vai vencer
são os aldrabões! Por isso, já não vou em bonitos sermões! Apoio e defendo
políticos da minha área que não são aldrabões. Sérgio Coelho: Excelente!
Para
alguém honesto e decente, trabalhador e pagante de impostos e taxas e taxinhas
e da MAIOR CARGA FISCAL HISTORIA (apesar dos geringonços terem eliminado a
austeridade em 2015!!!) e que nada recebe em troca deste medíocre e parasita
"estado ?!?" e DDT e NEPOTISTAS e malabaristas e inaptos boys e girls
em tachos e poleiros, só com "xanax".... Jose Cruz: Há muito tempo
que não via uma conjunção tão pedagógica de inteligência, elegância e graça Jose Cruz: Admirável Andrade QB: Muito bem. Este
artigo habilita, não atrofia... Rita Salgado: "Como viver em Portugal mantendo alguma atenção à
realidade política, sem deixar que ela invada a nossa vida mental"
Formulação tão genial quanto impossível! Falo
por mim. Olá !: A condição
ateísta do Tunhas não lhe permite afirmar como Terêncio: “Homo sum; humani nihil a me alienum puto”.
A Análise sobre o
Marcelo está errada por lhe faltar conhecimento do fenómeno religioso, o qual
apenas se adquire vivendo-o, experimentando-o. Alguém que
demanda um amor generalizado, é alguém profundamente miserável em amor-próprio.
Muito dificilmente conseguem dissimular essa carência dos outros durante muito
tempo. Raramente a Vida passa por estas pessoas sem as atirar ao chão,
quebrando-lhes as máscaras e os subterfúgios, revelando-lhes em sua própria
consciência toda a sua miséria. A reacção a este evento determina a redenção ou
a perdição. Não é o caso do Marcelo. Ele vai avançado na idade e o
berço protegeu-o da Vida. Para se entender o Marcelo - que se declara católico - é necessário
conhecer o fenómeno religioso do discernimento dos espíritos. A filosofia e a
psicologia, neste domínio, não explicam inteiramente. O Marcelo
demanda constantemente a atenção do mundo sobre si mesmo numa lógica fechada de
auto-referencialidade que nada tem que ver com o Amor. Acredito que
chegando a casa faz rewind na box para se ver a si mesmo e atribuir-se nota
máxima. Tipo “Duke Nukem”: “Damn, I’m looking good!”. O Marcelo é a
hipérbole do narcisismo. O Marcelo é um buraco negro.
O
Marcelo explica-se melhor com a figura de Lúcifer. Marcelo Num jogo
de futebol faz divergir a atenção sobre si mesmo. Marcelo, indo à
Missa, faz divergir a atenção da Transubstanciação sobre si mesmo. Marcelo, se no
calvário, faria divergir a atenção sobre si mesmo. Marcelo estima o seu coração
como se fora o coração de Deus (Ezequiel 28:6). Marcelo, no Céu,
disputaria a atenção e a adoração da humanidade com Deus. Marcelo está
dominado pelo espírito da Soberba. No filme o
Advogado do diabo, o Mefistófeles, interpretado por Al Pacino diz a determinado
passo: “A Vaidade é o meu pecado preferido”. Santo Agostinho
disse que o amor desordenado de si mesmo faz a cidade de Babilónia.
Soberba
é o amor desordenado da nossa própria excelência -disse são Tomás de Aquino.
Diz São Tomás de
Aquino que a soberba é o pecado mega capital que está na origem de todos os
outros pecados. Foi a soberba que levou à desobediência de Adão e Eva.
A
soberba leva a desobedecer à ordem constituída (“O Direito serve a política” – Lúcifer não diria melhor pois
equivale, em sentido religioso – e Marcelo declara-se católico –, à apostasia
de Deus por recusa de sujeição ao Eterno supra ordenador e à respectiva redução
a um ídolo manipulável). A soberba conduz a todos os outros vícios que
desaguam na auto-idolatria e na negação de uma ordem superior.
Marcelo vive na auto-idolatria. Vive no maior dos pecados. Francisco Tavares de
Almeida > Olá !:
Comentário que
não será lido até ao fim por muitos e compreendido por mais. O maior pecado é
o orgulho. Foi o pecado de Lúcifer - o Portador da Luz.- que era o mais
inteligente. António
Sennfelt > Olá !:
Oh diacho! Nunca
li nem ouvi maior vitupério! PS: do latim "vituperiu".
Elvis Wayne > Olá !: Excelente, embora recomende que divida o
texto em parágrafos por forma a facilitar a leitura. Cumprimentos. Mario Areias: Na mouche. advoga diabo: Sendo
óbvia a solução para o "desespero" de PT, emigrar, a razão por que
não o faz não o é menos, é que não há muitos países com equilíbrio entre
liberdade e bom senso, segurança, nível de vida da classe média alta, clima, e
tolerância para beligerantes como ele. Em geral Portugal é um bom país para
viver, para os PT's é um paraíso! Sérgio Coelho > advoga diabo:
Para subsidio dependentes
e membros xuxa e boys e girls e tachistas e poleiristas dos DDT NEPOTISTAS
largo das varejas! Para pagantes da MAIOR CARGA FISCAL DA HISTORIA (apesar da
austeridade se ter evaporado!?!?) um pesadelo! Elvis Wayne > advoga diabo: Falhaste nesse comentário, deixas-te
transparecer o teu ódio e desprezo pelas palavras de Paulo Tunhas.
Só
quer dizer que ele falou uma grande verdade... voando sobre um ninho de cucos: Muito bom. Os
«cromos» estão muito bem escolhidos. Em relação às meninas do Bloco, não é por
acaso, nem por inocência que as figuras mediáticas são mulheres. Tenho reparado
que Mariana Mortágua aparece na televisão mais cuidada, com maquilhagem
discreta, melhor imagem. Acho muito bem. Espero que também se tenha livrado das
sapatilhas já não sei de que marca. «O qualquer coisa» que a funcionária do
cronista não consegue definir, é precisamente o naipe feminino que torna o
Bloco muito mais doce, maternal, quase inofensivo. Mas é só na aparência. O
trabalho de destruição levado a cabo por este grupo é notável mas pouco
percebido pelo cidadão comum a lutar pela sobrevivência. João Bilé Serra: Caro Paulo
Tunhas, excelente cronista. Quando souber, diga-me pf. António Sennfelt. 1º prémio para a
melhor fotografia: "o gajo não habilita, só atrofia"! Isolina Jarro: "O
gajo não habita, só atrofia!" É onde menos se espera que se encontra a
melhor filosofia e análise. Os seus textos são uma maravilha. Carlos Quartel: No fim, pouco
conta. Todos acabamos sob 7 palmos de terra, mas Costa é um tipo com
sorte. Tramou Seguro, torneou a derrota nas urnas com uma aliança com Louçã.
Como não chegava com Louçã, há que chamar o PC. Com isso e umas
migalhas para calar sindicalistas sossegou as ruas. A Europa recuperou da crise e enviou milhões de turistas que
deram um clima de prosperidade e que fez esquecer a baixa manobra da
geringonça. Depois sai-lhe a sorte grande duas vezes, com Marcelo
e com Rio, dois colaboradores dóceis, cada qual falhando na sua missão.
De
tal modo que Costa é, hoje, o mais equilibrado e inteligente do grupo,, nunca
tirando o pé da Europa,( mas permitindo barbaridades como a do secretário da
educação que quer, à viva força, vender as suas
"fracturações", estabelecendo equilíbrio entre os radicais
salvadores e os homens do turismo e da hotelaria. Um exercício de
corda bamba, que, até agora, tem saído bem ..... Elvis Wayne > Carlos Quartel: O Kosta bem que
pode vender a sua ignóbil alma ao Diabo, que a sorte do manhoso não vai durar
para sempre... FME: A habilidade de
António Costa, também resulta da combinação dos diversos factores
circunstanciais. Com um Cavaco Silva na presidência, a habilidade de Costa
seria outra. Marcelo fala muito, e Costa, muito mais esperto e calculista do
que Marcelo, mete-o no bolso sempre que necessário. Ainda agora com o “não
estado de emergência” de Marcelo, Costa “salva” o presidente com habilidades
legislativas para não o comprometer, e este, fica em dívida com o
primeiro-ministro. Se o segundo mandato prometia um Marcelo mais firme, Costa
já o “plasticinou”. Rio é o líder da oposição contestado dentro do
partido. Não tem força para liderar uma oposição, nem jeito acrescento eu. A
esquerda radical aprendeu a negociar com os socialistas, e está borrada de medo
com o crescer da extrema direita. Costa reina neste mundo, até o dia em
que surgir um liderança pujante na oposição, ou quando os portugueses acordarem
desta ilusão. A óptima notícia é que existem portugueses suficientes a acordar
da ilusão para fazerem cair Costa nas urnas. Marcelo
comentará, comentará, comentará, e será sempre o presidente da actualidade.
Na
minha opinião, Costa é como uma vaga epidemiológica que já atingiu o pico.
Falta saber se a queda será em U ou em V, mas isso, dependerá muito da oposição. voando sobre um ninho de cucos
> FME: A mim parece-me que vamos ter um
«planalto» bem longo. E isto tendo em conta a oposição. Maria Nunes: Excelente, PT.
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