Não é exagero
É uma triste síntese, feita por uma
Mulher de coragem e suficiente saber para servir de exemplo a quem embarca nos
mesmos sentimentos de vergonha, mau grado a troça que isso possa inspirar, daqueles
a quem serve a carapuça.
Exagero?/premium
Talvez a principal característica do
extraordinário sistema de vida que os socialistas impuseram ao país seja afinal
este permanente e humilhante “pôr e dispor” dos Portugueses.
MARIA JOÃO AVILLEZ
OBSERVADOR, 15 jul 2021
1.Vivemos o tempo da indecência. Foi
semeado há mais lonjura do que se pensa, deu-se bem com o solo, cresceu, amadureceu,
deu fruto. Frutos. O país espantou-se que eles sejam tão tentaculares e
venenosos, não tinha dado pela péssima qualidade das sementes. Ouvira apenas
uns “dizeres” aqui e acolá, mas foi andando, por entre temores e rumores sobre
a invulgarmente nefasta natureza da sementeira. Alguns dos vinhateiros continuam hoje de roda do mesmo solo,
fertilizando a indecência com felicidade, a safra tem trazido fartura, quem
sabe prometendo mais em próximas colheitas. O fim pode não estar próximo.
2. Não se
sabe se um dia o solo ainda será arável nas mãos de novos semeadores, sabe-se
que não parece haver pressa em procurá-los. Ou sequer
de descobrir fornecedores de boa semente. Vai-se esperando, que é coisa que
muito se pratica por cá. Ou desiste-se e há quem escolha fazer de conta. Pessoalmente, detesto qualquer uma das três
coisas por definirem uma forma de ser e consequentemente de estar, que normalmente
desagua em águas chilras. Não espero para me indignar nem desisto de
perguntar e felizmente, não estou sozinha na perplexidade envergonhada que tudo isto
causa: todos os dias abrimos mais folhas no leque das perguntas cuja ausência
de resposta humilha qualquer português. Por exemplo: perguntar pela razão da precipitada escolha de
alguém com desigual reputação para liderar o Banco de Fomento (pelo qual,
ainda por cima, se esperava há quase quatro anos e agora, com tal atrapalhada
marcha-atrás se irá esperar mais); pela desenvoltura leve com que o
Primeiro-Ministro e o presidente da Câmara se descartaram do incómodo dos seus
publicitados apoios políticos a personagens de pouca recomendação moral;
pela desenvoltura ainda mais leve com que se continua a
“contratar” na administração pública, substituindo o mérito pela filiação
partidária; pela ora desnorteada, ora confusa, ora contraditória condução da
4ªvaga da pandemia, fazendo de milhares de portugueses uma massa de reféns
atemorizados ou uma horda de desobedientes civis; perguntar pela enésima vez pela versão “verdadeira”
do acidente mortal com o carro oficial do ministro Cabrita; e pela
enésima milionésima, pelo relatório do Sporting; pelo “ponto de situação” da “sale
histoire” da escolha político-partidária do Procurador Europeu, feita contra
todas as regras ao serviço das quais está; pelo destino final da Carta
Portuguesa de Direitos Humanos na Era Digital, travestida de escudo protector
contra a desinformação e a “falsidade” noticiosa, iniciativa que apesar de já
contestada deveria ter sido levada muito mais a sério pelas suas perigosas
consequências; perguntar pela reiterada atitude ditatorial praticada numa
escola pública de Famalicão sobre dois irmãos, excelentes alunos dessa
instituição (?) de ensino(?), porque não frequentaram uma disciplina abusiva e
distorcidamente confundida com “Cidadania” e lesando assim, pela segunda vez
(!), os seus respectivos anos lectivos; e, já agora, perguntar também pelo
paradeiro de centenas de computadores convictamente prometidos pelo –inclassificável?
– titular da Educação para a rede pública de ensino e nunca chegados ao
destino, na alta quantidade propagandisticamente anunciada pelo ministro. E
etc., que isto envergonha (que é o que acontece quando os governantes desrespeitam
assim os governados).
3. Talvez
a principal característica do extraordinário sistema de vida que os socialistas
impuseram ao país seja afinal este humilhante “pôr e dispor” dos
Portugueses, não lhes dando explicações sobre quase nada, decidindo, nomeando,
escolhendo, sem a chatice de prestar de contas, ou prestando-as
deficientemente, porque há sempre o salvíficio – para eles – biombo da impunidade. Perante isto, resta-nos a desconfiança
como método enquanto se aguarda melhor sementeira.
E não é só por ancestralmente trazermos a desconfiança nos genes que agora
desconfiamos, não. É porque a isso nos impelem as decisões e actuações
políticas do império socialista.
4. Dir-se-á
que exagero, que não voto à esquerda, que só vejo defeitos, que. Isso seria
confundir as coisas: é que mesmo podendo não parecer aos mais distraídos, eu
estava a falar do país através da impressão digital que este socialismo lá
deixa. Deus o leve para longe.
P.S.:
Pequena nota adicional sobre o cidadão Eduardo Cabrita, ainda
ministro. E sabem
porquê ainda ministro? Porque faz um arranjão. Foi um bilhete premiado que
saiu a António Costa & pares: Cabrita é um bombo da festa com a incumbência
de distrair. Distrai da indiferença
desarmante com que o Primeiro-Ministro ou privilegia ou distingue gente que o
mundo sabe que não são flores que se cheirem; distrai da gravíssima questão da
entrega de dados pessoais a embaixadas estrangeiras que para o presidente da
Câmara permanece – para sempre? – um caso “administrativo” e não político;
distrai das trapalhadas no lidar com a pandemia. Distrai do Verão atabalhoado e
incerto que vamos ter; do lancinante Verão que (nao) terá restaurantes, hotéis,
e tutti quanti, ora obrigados a serem elásticos nos estonteantes horários a que
quase sem pré-aviso os sujeitam, ora impelidos a serem “enfermeiros” dos seus
clientes.
Um bombo que é
de borla, ainda para mais. Quem ousaria dispensá-lo?
POLÍTICA ANTÓNIO COSTA FERNANDO
MEDINA MINISTÉRIO
ADMINISTRAÇÃO INTERNA SOCIALISMO PS JUSTIÇA
COMENTÁRIOS:
Anarquista Inconformado: Exagero? Apenas manipulação panfletária de uma
servidora da direita antidemocrática e anti social, apenas uma PPD que de Social
Democrática só tem a máscara. Jal
Morgado: Artigo
interessante! carlos
Heitor: Triste sina de
viver num país de adormecido que gosta da música de um gangue sectário Luís Martins: Aqueles que costumavam passar
férias em Cuba já não têm nenhuma razão para ir. Cuba é aqui! Joaquim Moreira: Esta sua “pequena nota
adicional”, diz tudo sobre o que se passa em Portugal. Em que, pior que o
socialismo, é esta simplificação, da realidade da actual situação. Na verdade,
é sintomático, atribuir ao “cidadão Eduardo Cabrita” tanta responsabilidade! Ao
ponto de ser considerado, o “bombo da festa” dum personagem sem qualquer
idoneidade. A quem diz que, este “cidadão”, “faz um arranjão”. Chegando ao
ponto de dizer que, “Foi um bilhete premiado que saiu a António Costa &
pares: Cabrita é um com a incumbência de distrair”, “da indiferença desarmante
com que o Primeiro-Ministro ou privilegia ou distingue gente”, de forma tão
consequente. Sim, porque não tenho a menor dúvida de que, pior que este, é,
quem ainda muito recentemente, honrou um potencial delinquente, alegadamente!
Desviar a atenção para um qualquer outro “cidadão” é que me parece a pior forma
de fazer oposição. A este socialismo, onde prolifera o cinismo e o amiguismo. E
o chefe é, sem hipótese de me enganar, o maior e melhor exemplar! Clarisse Seca: Tudo isso se percebia logo em
2015, seja pelos discursos tontos e hostis de Mário Centeno, o radical, seja
pelo ódio que Costa tinha a Passos Coelho que conseguiu com todos os percalços
endireitar o país e pô-lo de novo nos eixos, deixando depois os louros para
Costa, seja pelas mentiras de Costa já na altura da campanha eleitoral. Não
demonstrou ética nem moral. Perdeu eleições, um pouco de humildade não lhe
fazia mal nenhum, pois o povo em democracia deveria ser soberano. Já não digo
que fizessem aliança entre PS e PSD, mas nem isso o Sr. Costa quis. Quis mesmo
salvar a face. Onde está o conceito de servidor público à nação? Vê-se agora
para quem não viu antes mais claramente. Um governo a serviço de suas
clientelas a empobrecer os Portugueses, deixá-los pelas ruas da amargura em
reputação e deturpar a cultura Portuguesa. Paulo Loureiro > Clarisse Seca: A eleição de Costa e seus muchachos (Marcelo incluído)
nas legislativas de 2019 é igual à reeleição de Vale e Azevedo no Benfica. Não
há desculpa nenhuma. Aguentem-se com o que cozinharam. Rogério
Russo: Às questões do parágrafo 2.º do
seu artigo apenas questiono: o que anda a fazer o presidente da república? Ele
podia conseguir todas as respostas ao que foi perguntado. Péssimo exemplo de
conluio político ou então de acomodação ao cargo. Que personalidade tão débil! Graciete Madeira: De acordo com este artigo. Mario Guimaraes: Concordo mas este comportamento
não é só do PS. Neste momento é o PS que erra declaradamente mas quem ocupa o
poder rapidamente resvala para o plano da corrupção, dos actos ditatoriais, da
defesa de personagens como o Cabrita, que sempre existiram em todos os
Governos. O lamaçal parece que atrai os políticos. A Merkel devia ser
portuguesa, o Obama devia ser português como foi Mário Soares ou Sá Carneiro
que infelizmente não voltam cá. Simplesmente Maria: O Ponto 1 é um livro que muito
poucos sabem escrever. Os restantes pontos já não beliscam as nossas emoções, que distraídos
encolhemos os ombros conformados com um desígnio que não dominamos - seja o que
Deus quiser! Obrigada Maria João Avillez
voando sobre um ninho de cucos: As intervenções da Dra. Maria João Avillez são sempre
brilhantes. A presente crónica é fabulosa pela maneira objectiva, sem
subterfúgios com que faz o diagnóstico da governação socialista. Perante a
passividade geral, a dormência em que todos nós nos encontramos, mas em que
alguns teimam ainda em pregar aos peixes (Maria João Avillez é uma dessas
vozes), o PS faz o que muito bem entende, inferniza a nossa vida e hipoteca o
nosso futuro. Tudo isto com o apoio de PCP, BE e PAN que apenas procuram dar-se
bem, estando-se a marimbar para a democracia e o bem estar dos trabalhadores
com que enchem os nossos ouvidos quando se apanham com uma câmara de televisão
à vista.; e apanham-se demasiadas vezes porque a CS não é mais do que um
instrumento de propaganda tecendo loas ao regime. Sobre a qualidade dos
ministros estamos conversados. Há um ditado popular que reza assim: «Vão-se os
gatos, estendem-se os ratos». Quem foram os gatos que resolveram deixar o
terreiro livre? Para já a nossa direita à deriva e o nosso Presidente da
república do qual Maria João Avillez não fala mas que tem muita culpa no
cartório. Marcelo Rebelo de Sousa diz-se o Presidente de todos os portugueses.
Não será certamente. Não queremos selfies, nem abraços com lágrimas de
crocodilo à mistura, nem sequer afectos. Queremos um presidente a sério. bento guerra: Socialismo é evolução, por
vezes violenta, para uma sociedade justa e humanista. O processo é dirigido por
uma elite de iluminados, que têm sobre nós, os ignorantes, o direito de
comandar e sacar impostos
Cisca Impllit > bento guerra: Justa e humanista nunca conseguida e com métodos
opostos?? Grande evolução de sociedade... Graça Ribeiro > bento guerra: Justa e Humanista deveria vir entra aspas, não acha?
José Neto: Sobre o
"inclassificável" ministro da educação, deixo algumas sugestões de
classificação: Podemos classificá-lo como "verbo de encher". Não se
lhe conhece uma convicção sobre educação, certa ou errada, consensual ou
polémica... Simplesmente "está pr'ali". Podemos classificá-lo como
"homem sem princípios", que tanto proíbe o ensino privado de praticar
ensino à distância em tempo de confinamento como logo a seguir diz que não
disse o que disse. Podemos classificá-lo como "recordista de permanência
no cargo sem que se lhe conheça obra de mérito". Podemos classificá-lo
como "o menos contestado de todos os ministros da educação em muitas
décadas", dado que a Fenprof meteu férias de longa duração. Podemos
classificá-lo como "prepotente", no caso dos rapazes de Famalicão,
com prepotência delegada no secretário João Costa. Quando faz aos partidos
esquerdistas o favor de terminar contratos de associação com entidades que
prestavam bom serviço público, não sei adjectivar, mas podemos dizer que está a
ajudar o estado a tomar conta disto tudo. Quando acaba com exames em finais
de ciclo, de repente abandalha todo o sistema, que tinha vindo a ganhar
credibilidade, mesmo em provas internacionais. O que se tem passado na escola
deveria provocar um sobressalto cívico porque é na escola que se fabrica o
futuro. Carlos
Quartel > José Neto: Isso já seria um problema. Mas o problema é maior,
o que diz desse ministro aplica-se a quase todos . Nunca houve um conjunto de
incompetências, de incapacidades mesmo, tão vasto. Não conhece nenhum com opinião
definida sobre nada, nada escrito, nada dito, nada de nada. O deserto absoluto ...... João Alves > José Neto: É por na escola se fabricar o futuro que ele lá está. Anabela Chau: Muito bem !!! Jose Costa: Mas têm o apoio eleitoral de
uma maioria de lapas do sistema ou de acéfalos que os mantêm João Alves > Jose Costa: Pensionistas, funcionários públicos, nomeadamente,
professores, e esquerdóides construtores do futuro, ou seja, pouco mais de
metade de menos de metade dos eleitores. Graça Ribeiro > Jose Costa: Esplêndido, José Costa! É que é mesmo isso: lapas e
acéfalos! mamadorchulo
dostugas: Sonos uns
matarruanos que aceitam tudo sem pestanejar, por isso temos o que merecemos António Lamas: Nós, portugueses, temos aquela
extraordinária e ao mesmo tempo horrível frase “É a Vida" Os socialistas ao fazerem os
portugueses joguetes nas mãos de Incompetentes tiranetes transforma-a num
"É a Morte" Pela minha parte recuso-me s "morrer" sem luta Dr.
Feelgood > António Lamas: .............pior é aquela do " vaisandando
devagarinho " !
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