Uma excelente análise sobre Vasco Pulido Valente, por David Martelo, apoiado na longa entrevista – por este referida no blog “A BIGORNA”, (Viagem a outro Vasco.pdf (67617) – cujo registo formaria o livro de João Céu e Silva, como aponta. http://www.a-bigorna.pt
Altura para recordar Vasco Pulido Valente, um “bravo”
original e caprichoso, que nessa entrevista se debruça sobre temas das suas
afeições políticas, com um saber menos de historiador que de académico, sem
grande escrúpulo pela verdade histórica, mas segundo uma visão subjectiva,
extravasando o seu saber e o seu humor com a parcialidade, talvez, de uma
inteligência impaciente por se julgar superior, que a cada passo impõe – se bem
me lembro também – o ferrete tantas vezes sardónico do seu ponto de vista de
intelectual navegando entre a informação séria e a altivez desprezativa,
proveniente, talvez, de uma formação de superior calibre, em Oxford.
David
Martelo considera a inverdade das opiniões do historiador VPV nos temas
abordados – morte “acidental” (não “atentado”) de Sá Carneiro, a situação do
Exército apoiado em armas obsoletas, e de uma progressão na carreira estacionária,
(o que levaria Marcello Caetano a promover as tropas milicianas, - com
escândalo para os oficiais de carreira – para liderar as companhias nas guerras
de África - medida propícia a revolta que levou ao fim do regime), a visão
miserabilista de Salazar sobre a economia nacional, num país com apenas as
universidades de Coimbra e de Lisboa…
E ironiza sobre essas verdades não
fidedignas, ditadas com displicência – não de verdadeiro historiador, mas de “académico”
amador de álcool, facilmente desconcertante, apesar da elegância da sua escrita
incisiva e sóbria, que se recorda com saudade.
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