Um dos primeiros comentadores de Jaime Nogueira Pinto. Não quer
calar o mestre, conquanto o vá displicentemente, (julga ele – já que não ofende
quem quer mas quem pode) e, sim, abjectamente (em avaliação sintomática de
pequenez moral), descrevendo, segundo os seus padrões de estulta inveja. Percebe-se
porquê. Quer recrear-se com a argumentação sabiamente organizada e pertinente do
Historiador, que lhe proporciona mais luzes, assim como a todos nós, que o não
invejamos, e o escutamos ou lemos avidamente, na tranquila demonstração das suas teses, de
confronto entre uma maior permeabilidade ao saber no tempo dos reis absolutos, do
que hoje, em que se impõem leis, com menor respeito pela liberdade da consciência
humana, no colapso dos valores morais. Não, não queremos que JNP se cale, as suas palavras são maná, neste
nosso deserto, quem sabe se de proveito, como motor, ao menos, de uma maior
consciência moral…
Absolutismos /premium
Bossuet
foi bem menos absolutista e intolerante e bem menos lesto em usar a arma
censória do que hoje o são os virtuosos portadores da liberdade e da
tolerância.
JAIME NOGUEIRA
PINTO Colunista do Observador
OBSERVADOR, 02 jul
2021
Na França da consolidação do
absolutismo de Luís XIV, onde
pontificava Bossuet e a sua “política tirada das palavras da
Sagrada Escritura”, os dois
conhecimentos essenciais e bastantes para o homem eram “a Teologia
e a Gramática: a Teologia para conhecer os mistérios de Deus e da
Criação; a Gramática para os traduzir e transmitir”.
Outras
narrativas e autoridades legitimadoras viriam, mas ali “a bíblia”
era mesmo a Bíblia e, logo, o
campo de batalha dos que queriam, na intemporal denúncia de Espinosa, “extorquir
dos livros santos a confirmação dos seus devaneios e dos seus sistemas, a fim
de os cobrirem com a autoridade de Deus.”
E no final desse século XVII, que
vivera toda a crise político-religiosa da Guerra dos Trinta Anos no coração da
Europa, e da Revolução Inglesa, com os seus muitos radicais autoritários e
messiânicos, os focos de polémica e dissidência acendiam-se. Em França, depois de Bayle e da sua “desconstrução dos milagres”, aparecia a Histoire Critique du Vieux Testament,
de Richard Simon, seguida de outras obras polémicas sobre a Bíblia.
Richard Simon era um oratoriano que estudara as línguas orientais – hebreu,
siríaco, copta, árabe – e que, nas bibliotecas da ordem, compilara e
comparara manuscritos bíblicos. Tratava a Bíblia, o Velho e o Novo
Testamento, como um livro de História, fazendo a exegese das fontes, das
percepções alternativas e das versões contraditórias dos doutores judeus. E Bossuet
ia contrapondo e reagindo a Simon e ao uso que fazia da História e dos seus
métodos para examinar os Livros Sagrados, minando a autoridade interpretativa
da Igreja.
Estávamos
na França do Rei-Sol mas, ainda assim, o poderoso Jacques-Bénigne Bossuet, bispo, teólogo, orador e defensor do poder
divino e absoluto do Rei, resistia à
tentação de usar a arma censória contra Simon: tinha, dizia-se, demasiado amor pelas almas,
respeito pela razão e vontade de esclarecer os espíritos para o fazer.
Achei interessante lembrar esta
polémica, que durou anos, em plena França absolutista, perante o clima de
progressiva proibição, interdito e denúncia que vivemos hoje, em plena
democracia liberal.
Aqui,
longe do absolutismo, cada vez mais se cala a controvérsia e se adensa a
ausência de qualquer espécie de “amor pelas almas, respeito pela razão e
vontade de esclarecimento dos espíritos”. Até porque os radicais “devaneios”
dos que agora querem impor os “seus sistemas” são apressadamente confirmados e
autorizados, não já dissecando e torcendo os “livros santos”, mas
evocando sacrossantas cartilhas de duvidosa proveniência, arremessadas ao povo
como Progresso, Ciência e Direitos Humanos.
Acresce
ainda que quem hoje está do lado do poder, não só não hesita em
recorrer à “arma censória” como ainda insiste em pousar como tolerante
dissidente, como bom rebelde, como advogado de (quase) todas as vítimas,
ou como vítima, propriamente dita; defendendo a ortodoxia e perseguindo em seu
nome mas querendo passar por heterodoxo.
À
semelhança dos que outrora implantaram regimes totalitários em nome do
proletariado, desencadeando a luta de classes e instalando-se no poder como
vanguarda das “vítimas da fome”, esta nova vaga de “revolucionários da
tolerância”, herdeira não já da dureza e seriedade da revolução de Outubro mas
da ludicidade burguesa do Maio francês, quer instalar-se ou manter-se no poder,
impondo uma cultura totalitária em nome de um novo rol de vítimas de um outro
tipo de fomes – frequentemente
mais metafóricas ou imaginárias do que reais. Não é já, por isso, a “ditadura do proletariado”, mas
o absolutismo das “minorias”, ou de certas minorias – as susceptíveis de
integrarem o catálogo de um novo, volátil e versátil “proletariado” a
instrumentalizar, um “proletariado” vitimado pelo racismo, pelo sexismo, pela
homofobia, pela transfobia de opressores também já pré-catalogados.
Este poder “em nome das vítimas” é, assim, uma herança da contra-cultura dos anos
60, que, por índole e táctica, quer guardar o melhor de dois mundos, e
não pode, por isso, admitir que está hoje do lado do poder ou mais que
instalada e estabelecida como cultura dominante – e ao “serviço do capital”.
Porque
não pode deixar de ser sintomático que o “grande capital” e as “forças vivas” do
sistema sejam agora “progressistas” – dos bilionários da Big-Tech (e
dos dez mais ricos dos Estados Unidos, tirando os irmãos Koch), à Academia e
aos grandes media. E não pode
também deixar de ser sintomática a neutralidade colaborante de grande parte
das elites sociais, que, sobretudo em sociedades periféricas, como a nossa, têm
medo da sombra, são intelectualmente inseguras e precisam de assumir posições
“dominantes” para não ficarem nervosas.
A
nova vaga tem, assim, tudo a seu favor – tudo menos, talvez, o povo, o povo
comum, o “Terceiro Estado”, incluindo a classe média em perda; precisamente
aqueles a quem quer calar, chamando-lhes deploráveis e fascistas sempre que
“votam mal”. E, aparentemente, têm vindo a “votar mal” mais do que o
desejável, porque o avanço eleitoral da “não esquerda” na Europa é claro.
Mas
o que também é claro é que os mandarins desta contra-cultura chegada ao topo
do poder político-cultural, estão a recorrer cada vez mais à “arma
censória”. Será a percepção do avanço de um “poder popular” (ou
“populista”) que está a motivar a radicalização frenética, a permanente
deturpação dos factos, a tendência denunciatória e incriminatória de toda a
dissidência ou discordância como manifestação de “fascismo” a que temos vindo a
assistir?
E
como a luta de classes saiu do horizonte e as tentativas violentas de assalto
ao poder dos anos vinte e trinta tiveram consequências trágicas e inesquecíveis
para os comunistas italianos, alemães, espanhóis e seus aliados, a
actual repressão já não é nem pode ser a dos Estalines e dos Maos, ou sequer a
dos românticos latinos, Castro e Che. Não. A
repressão faz-se agora mais à Maio de 68 em versão revista e aumentada – é a
marcha da distorção, da denúncia, do silenciamento, do cancelamento; o uso dos
aparelhos comunicacionais para apedrejar qualquer dessacralização, séria ou
humorística, das vacas sagradas do novo credo, denunciando prontamente como
“discurso de ódio” ou “homofobia” até mesmo a ausência de hossanas e incitando
“os estudantes” à histeria reactiva ao mais leve indício de não-alinhamento com
a “verdade estabelecida”.
Dois
casos recentes documentam esta linha de pressão e interdição: o primeiro é a
condenação, a nível do Conselho Europeu, da legislação húngara sobre educação
sexual, que inclui medidas de combate à pedofilia e interdita o ensino da
ideologia de género como “ciência”; legislação
considerada por 17 dos 27 responsáveis políticos da UE de tal forma
“homofóbica e anti-LGBT” que a própria
neutralidade de alguns Estados foi tida como uma afronta.
O segundo foi o voto favorável
do Parlamento Europeu à proposta de resolução do deputado socialista croata
Predrag Fred Matić, que pretende incluir o aborto no elenco dos direitos humanos
e remover todo e qualquer obstáculo que o limite. Honrando uma herança da
esquerda radical, a resolução quer começar desde já a dobrar o “povo” através
de legislação pedagógica não vinculativa. Por um malabarismo
semântico-jurídico, propõe-se, primeiro, para o aborto o estatuto de “direito
humano”; instam-se depois os Estados que “ainda” tenham leis restritivas em
relação à prática a “evoluir”; e, finalmente, redefine-se como “negação de
cuidados médicos” a objecção de consciência dos profissionais ou instituições
de saúde contrários à execução do novo “direito” (habilmente acrescentado a um
texto legitimador, a Carta dos Direitos Humanos, onde “o direito” não está).
O
Primeiro-ministro húngaro refutou as acusações de homofobia dizendo que, na
vigência do regime comunista, tinha defendido os homossexuais que os donos do
poder então discriminavam, perseguiam e encarceravam; acrescentando que as suas leis, aprovadas por uma
larguíssima maioria, se limitavam a regular a protecção dos menores de
propaganda de natureza sexual.
Já o voto do Parlamento Europeu
revela uma escalada para impor, por estratégia indirecta, a Agenda de
desconstrução dos valores fundamentais da Europa, com absoluto desprezo pela
tradição ocidental da liberdade de consciência, que pretende abolir.
Quando
em França, nas discussões que precederam a aprovação da “Lei Veil”, a própria Simone Veil afirmou que “naturalmente nenhum
médico ou auxiliar médico” seria “obrigado a participar”, essa cláusula de
consciência foi um elemento essencial para que a lei passasse. E a
liberdade de consciência, além de estar consagrada nos Direitos do Homem e do
Cidadão e de ser reconhecida pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem é
também, no caso do aborto, um direito reforçado pela OMS, pela Associação Médica
Mundial e pela Federação Internacional dos Ginecologistas e Obstetras.
Mas
mais importante que todas estas leis escritas é uma tradição de valores que, desde
a Antígona, coloca acima do direito positivo as
convicções profundas e íntimas de alguém. É
essa liberdade de consciência, confirmada pela repetida disponibilidade de
pagar o seu preço nas tiranias, que explica a maioria dos mártires e todos os
que, ao longo dos séculos, deram a vida por um princípio.
A protecção da objecção de
consciência é, precisamente, uma das características das
sociedades livres do Ocidente, mantida e reafirmada pelo humanismo liberal.
Querer penalizá-la, suprimi-la ou cancelá-la não pode deixar de ser um indício
do perigoso rumo iliberal que a nova Esquerda está apostada em prosseguir.
Mas
dos números da votação da resolução Matić (378 a favor, 255 contra e 42
abstenções) e do clima dos debates pode também concluir-se que, se há uma
estratégia de ocupação e hegemonia nas questões fracturantes por parte da
Esquerda, também há, cada vez mais, uma determinação de resistência.
Há também uma crescente consciencialização de que as questões
identitárias – de identidade
civilizacional, nacional, religiosa e familiar – são questões importantes,
senão mesmo as mais importantes. Até porque num tempo em que só há uma economia – a de mercado – em
economia todos ou quase todos estão de acordo. São, por
isso, os valores civilizacionais, nacionais, religiosos, sociais, familiares
que vão marcar divisões e decisões, ofensivas e resistências.
Bossuet e Richard Simon, cada um no
seu campo, tinham o denominador comum da fé e da paixão pela verdade. E Simon respeita a História e os seus métodos, que
distingue da Teologia, rejeitando o que na Tradição lhe parece contrário à
Razão. Argumenta com base na análise dos textos e da Filosofia. E fá-lo em
consciência, acabando a combater, à direita e à esquerda, a sua própria
congregação do Oratório, os Beneditinos, os Jesuítas, a Sorbonne e os
protestantes. E se a Igreja o vê com suspeição e os protestantes
também, os Enciclopedistas, no seu fanatismo anti-católico, desprezam-no.
O que é impressionante no seu duelo
com Bossuet, numa França submetida ao absolutismo do poder real, é o vigor e a
continuidade da polémica, aqui e ali interrompida pela autoridade política ou
eclesiástica, mas sempre rica em argumentos e em paixão. E, sobretudo, em seriedade e procura da verdade.
O que vemos hoje é a afirmação progressiva de um espírito sectário,
que procura atribuir a posições puramente ideológicas a qualidade de verdades
científicas indiscutíveis, demonizando a contradição e os contraditores para
calar qualquer polémica.
Bossuet, que poderia ter
recorrido à autoridade eclesiástica e temporal para calar o adversário, foi bem
menos absolutista e intolerante e bem menos lesto em usar a arma censória do
que hoje o são os virtuosos portadores da liberdade e da tolerância, que não
toleram a polémica e cancelam tudo o que possa pôr em causa as suas certezas.
HISTÓRIA
CULTURA FILOSOFIA
Luis Dominguez: A profunda ignorância e subsequentemente o fanatismo
são os condimentos da nova esquerda pequeno burguesa de fachada socialista,
mais parecidos com a intolerância dos nazis. Liberales Semper Erexitque: Em
verdade em verdade vos digo que este é o mais trafulha dos colunistas que por
aqui andam. E isso mostra bem que se pode ser culto e inteligente também à direita,
e ao mesmo tempo um grandessíssimo demagogo. Já agora, antes que alguma
cabeça-de-santola da extrema-direita me venha acusar de o querer calar, digo já
que não quero. João
Alves > Liberales Semper Erexitque: Deixe-se de contorcionismos de inspiração marxista
essencialista e leia Por um populismo de esquerda, de Chantal Mouffe,
que teoriza a destruição da formação hegemónica neoliberal, vulgo sociedade
ocidental liberal, para a construção de uma formação hegemónica que radicaliza
a democracia, sendo o sujeito histórico revolucionário o que é denominado por
minorias oprimidas. Liberales
Semper Erexitque > João Alves:
Está-me a dizer que as esquerdas radicais
não suportam a liberdade e querem destruir a democracia? Sempre quiseram,
sempre quiseram! Idem para a direita de Jaime Nogueira Pinto. Vai ter a lata de
me dizer que alguém que considera António de Oliveira Salazar "o maior
português de sempre" é um democrata? Manuel Arriaga: O
que há mais a dizer? Este brilhante texto deveria chegar a todos os portugueses
sem excepção! Joaquim Almeida:
Hoje mesmo, um Tribunal de Relação brasileiro, talvez pela primeira vez
na história das redes sociais, condenou uma conhecida plataforma a reabrir um canal
conservador que, há uns dois meses, havia encerrado por mera censura de
opinião. Bom sinal precursor... Magnífica
lição. Obrigado. V.
Oliveira: Como habitualmente, um texto denso e
esclarecedor. Muito JNP. Filipe
Fernandes: Um texto magnífico. josé maria: Pouco falta para JNP aqui vir dizer que Salazar foi um
ditador porreirinho, ou quiçá um democrata mitigado... Já faltou mais, já faltou mais... Alfredo Vieira >
josé maria: Falta
mais do que para tu dizeres alguma coisa fundamentada e inteligente, por isso
estamos todos descansados...
Liberales Semper Erexitque > josé maria: Ele
não precisa de fazer esses números, pois para ele Salazar foi "o maior
português de sempre". Há muitos anos houve uma "eleição"
televisiva, e foi Jaime Nogueira Pinto quem defendeu Salazar como sendo "o
maior português de sempre". Salazar ganhou, já agora. Você nunca consegue
acertar uma? Carminda Damiao: Excelente texto. Não deixe de escrever. Elvis Wayne: Magistral
crónica. Algo para relembrar e preservar para o futuro "cancelado"
que aguarda o nosso Portugalinho. Alberto Porto: Excelente análise! Obrigado Francisco Tavares de Almeida: Mais um excelente texto. A cultura histórica e o estilo
narrativo ajudam-nos o entendimento do presente. Gil Lourenço
: Outro Grande
Texto, tal como o de Rui Ramos. Só por estes dois grandes autores o Observador
já vale a pena! Se vale!
advoga diabo: É do mais
básico a velha técnica de tentar esconder os inconfessáveis objectivos próprios
acusando os antagonistas de os terem. Por estes dias de derrota após derrota do
movimento iliberal global, Salvini, Trump, Le Pen, Wilders, Abascal, etc., e o
seguinte, Bolsonaro, sente-se o desespero no ar! Sabem a sua única hipótese de
sucesso ser manter o povo adormecido ou devastado pela guerra. Não o
conseguirão! Gil
Lourenço > advoga diabo: Sente-se
o teu desespero... VICTORIA ARRENEGA: Crónica excelente como é habitual. Eu diria que não
estamos nada longe de Bossuet: Um nova Criação não à imagem bíblica tradicional
em que Deus criou o Homem à Sua imagem e semelhança, mas agora a criação woke
defendida e divulgada pela novilíngua. Diogo Tovar: Excelente análise, obrigado JNP. Paulo Cardoso: BRA-VÍ-SSI-MO!!! Como sempre. Américo Silva: A universidade destinou-se, na sua fundação, a preparar
quadros funcionais para a administração central monárquica dos países da
vanguarda europeia. O projeto foi coroado de sucesso, com a afirmação do poder
real até ao esgar absolutista de um rei D. José, um criminoso psicopata. A
universidade nunca foi um centro de sabedoria, no sentido de procura e
descoberta da verdade. Todavia, algumas vezes isso aconteceu como efeito
colateral. Para compreender o seu papel no momento presente, facilita que se
tenha presente esta circunstância. Deste princípio passou a um estádio
corporativo que a associou aos movimentos sociais mais importantes, como a
revolução francesa, o Maio de 68, ou a cultura woke. A universidade é um instrumento social corporativo que
funciona como iniciação aos grupos de poder. O curso de direito é uma iniciação
ao poder judicial, o curso de arquitectura é uma iniciação aos privilégios dos
arquitectos, o curso de economia é uma iniciação às vantagens dos economistas,
e assim sucessivamente. Aprende-se a linguagem usada por esses grupos, o seu
mecanismo de funcionamento, e é-se introduzido ao grupo, conhecem-se as pessoas
e os seus tiques, de modo a ser exposto ao recrutamento para um lugar
hierarquicamente mais ou menos elevado nessas organizações. A verdade,
sabedoria e ciência, no sentido clássico das palavras, são elementos apenas
importantes no sentido que possam trazer vantagens para o grupo. Não são objectivo
em si próprias. Daqui decorrem todas as distorções do pensamento universitário,
o comportamento acrítico de alunos e professores, umas vezes com danos
importantes, outras vezes apenas bizarro.
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