No Youtube gastei horas a rever esses simpáticos
pinguins, de uma doçura e beleza a merecer o nosso cuidado com o que lançamos
no mar e nas praias… e que chegam aos mares gélidos da Antárctida, que gente
corajosa visita e fotografa, para nos favorecer no conhecimento do mundo,
aprendendo nós a respeitá-lo… se tivermos consciência para isso.
I - Estudo revela presença de
microplásticos em pinguins da Antárctida há mais de 15 anos
Estudo demonstra a presença de
microplásticos, há mais de 15 anos, em toda e qualquer espécie de pinguim na
Antárctida. A persistência deste material no meio ambiente é o mais
preocupante.
Estudo
permitiu verificar a presença generalizada de microplásticos em "todas as
espécies, colónias e anos do estudo".
Christian Aslund /
Greenpeace HANDOUT/EPA
OBSERVADOR,
Um
estudo internacional demonstrou a presença de microplásticos, como poliéster e
polietileno, entre outras que gente corajosa fotografa. partículas de origem antropogénica, há mais
de 15 anos, em pinguins na Antárctida, revelou esta terça-feira a Universidade
de Coimbra (UC).
As
análises realizadas no âmbito deste estudo liderado por cientistas da Faculdade
de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) permitiram
verificar a presença generalizada de microplásticos (partículas com menos de
cinco milímetros) — em “todas as espécies, colónias e anos do estudo”.
Na
investigação, na qual participaram também especialistas da Universidade de
Nova de Lisboa, do Museo Nacional de Ciencias Naturales (Espanha) e do British
Antarctic Survey (Reino Unido), foram utilizadas amostras de fezes de três espécies de pinguins — pinguim
Adelie (Pygoscelis adeliae), pinguim de barbicha (Pygoscelis antarcticus) e pinguim
gentoo (Pygoscelis papua) — recolhidas
entre 2006 e 2016.
Além
das partículas de plástico, foram encontradas, “em quantidades semelhantes,
outras partículas processadas, na maioria fibras, que, apesar de serem de
origem natural (celuloses), são produzidas artificialmente e podem ter
compostos, como tintas, que podem persistir no ambiente”, sublinha a UC,
numa nota enviada à agência Lusa.
Já
publicado na revista Science of the Total Environment, este trabalho, segundo
os autores, citados pela UC, “demonstra que os microplásticos estão cada vez mais
difundidos nos ecossistemas marinhos, identificados agora na Antártida, o
que é preocupante dada a sua persistência no meio ambiente e a sua
acumulação nas cadeias alimentares“.
Joana
Fragão, autora
principal do estudo e investigadora do Departamento de Ciências da Vida da
FCTUC e do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), salienta que “o mais
impressionante dos resultados foi verificar que os micro plásticos estavam
presentes na dieta das três espécies de pinguins, em vários locais e nos vários
anos do estudo (2006, 2007, 2008, 2012, 2013, 2014 e 2016), o que demonstra que
estas partículas se encontram já bem difundidas no ecossistema marinho Antárctico”.
Por
seu lado, Filipa Bessa, co-autora da investigação e especialista em poluição
por micro plásticos da UC, afirma que, agora que se sabe “que várias espécies
de pinguins de regiões remotas como a Antárctida ingerem micro plásticos, mas
que não existe um foco específico para a origem destas partículas, o próximo
passo é também avaliar os efeitos destas partículas nestes ambientes”.
Os
resultados obtidos, frisa José Xavier, autor sénior do artigo científico, “vão
certamente ser muito úteis para abrir novas áreas de investigação
nesta temática e avançar com políticas para reduzir o impacto da poluição por
plásticos no Oceano Antárctico no contexto do Tratado
da Antárctida”.
Ou
seja, concluem os três cientistas da FCTUC, “são necessários
mais estudos para entender melhor a dinâmica espaciotemporal, destino e efeito
dos micro plásticos nesses ecossistemas, e controlar a contaminação por
plásticos na Antárctida”.
POLUIÇÃO AMBIENTE CIÊNCIA PLÁSTICO TECNOLOGIA ANIMAIS NATUREZA ANTÁRTIDA MUNDO
II - MUNDO / MÉXICO: Misteriosa
espuma no mar obriga praias a fechar no México
A causa do aparecimento da espuma
ainda não é conhecida, mas pensa-se que estará relacionada com a agitação das
ondas do mar e com a decomposição de algas. A costa ficou interdita a banhos.
OBSERVADOR, 21 jul
2021
FOTO: A espuma desloca-se para a frente e para
trás com a força do mar
Um
manto de espuma branca com cerca de 20 centímetros de altura apareceu no fim de
semana passada nas praias de
Coatzacoalcos, na costa de Veracruz, no México.
A
praia adjacente aos bairros de Puerto México, Petroquímica e Playa Sol foi fechada ao público e as autoridades recolheram
amostras da água para investigar o fenómeno, conta o Mexico News
Daily.
David
Esponda Cruz, chefe da Protecção Civil de Coatzacoalcos, garantiu, segundo o jornal El
Sol de México, que a
espuma não é tóxica, mas recomenda às pessoas para não entrarem no mar “até que
a situação esteja esclarecida”.
As causas para o aparecimento da
espuma não são conhecidas. O episódio
pode estar ligado à “agitação das ondas” em “áreas onde existe uma alta
concentração de matéria orgânica, o que provoca um florescimento local de
colónias de micro algas que, ao romperem-se, formam a espuma”, explica Saúl Miranda, coordenador do Centro de
Proteção Civil de Estudos e Previsões Meteorológicas de Veracruz.
A paisagem branca pode também ter
nascido da decomposição de algumas algas, um acontecimento “comum e natural”,
descreve o mesmo especialista, que pode durar dias ou desaparecer e reaparecer
“em cinco, dez, vinte anos. É aleatório”.
MÉXICO AMÉRICA MUNDO NATUREZA AMBIENTE CIÊNCIA PRAIA LAZER LIFESTYLE
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