quarta-feira, 21 de julho de 2021

Poluição, o grande problema


No Youtube gastei horas a rever esses simpáticos pinguins, de uma doçura e beleza a merecer o nosso cuidado com o que lançamos no mar e nas praias… e que chegam aos mares gélidos da Antárctida, que gente corajosa visita e fotografa, para nos favorecer no conhecimento do mundo, aprendendo nós a respeitá-lo… se tivermos consciência para isso.

I - Estudo revela presença de microplásticos em pinguins da Antárctida há mais de 15 anos

Estudo demonstra a presença de microplásticos, há mais de 15 anos, em toda e qualquer espécie de pinguim na Antárctida. A persistência deste material no meio ambiente é o mais preocupante.

Estudo permitiu verificar a presença generalizada de microplásticos em "todas as espécies, colónias e anos do estudo".

Christian Aslund / Greenpeace HANDOUT/EPA

OBSERVADOR,

Um estudo internacional demonstrou a presença de microplásticos, como poliéster e polietileno, entre outras que gente corajosa fotografa.   partículas de origem antropogénica, há mais de 15 anos, em pinguins na Antárctida, revelou esta terça-feira a Universidade de Coimbra (UC).

As análises realizadas no âmbito deste estudo liderado por cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) permitiram verificar a presença generalizada de microplásticos (partículas com menos de cinco milímetros) — em “todas as espécies, colónias e anos do estudo”.

Na investigação, na qual participaram também especialistas da Universidade de Nova de Lisboa, do Museo Nacional de Ciencias Naturales (Espanha) e do British Antarctic Survey (Reino Unido), foram utilizadas amostras de fezes de três espécies de pinguinspinguim Adelie (Pygoscelis adeliae), pinguim de barbicha (Pygoscelis antarcticus) e pinguim gentoo (Pygoscelis papua)recolhidas entre 2006 e 2016.

Além das partículas de plástico, foram encontradas, “em quantidades semelhantes, outras partículas processadas, na maioria fibras, que, apesar de serem de origem natural (celuloses), são produzidas artificialmente e podem ter compostos, como tintas, que podem persistir no ambiente”, sublinha a UC, numa nota enviada à agência Lusa.

Já publicado na revista Science of the Total Environment, este trabalho, segundo os autores, citados pela UC, “demonstra que os microplásticos estão cada vez mais difundidos nos ecossistemas marinhos, identificados agora na Antártida, o que é preocupante dada a sua persistência no meio ambiente e a sua acumulação nas cadeias alimentares“.

Joana Fragão, autora principal do estudo e investigadora do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC e do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), salienta que “o mais impressionante dos resultados foi verificar que os micro plásticos estavam presentes na dieta das três espécies de pinguins, em vários locais e nos vários anos do estudo (2006, 2007, 2008, 2012, 2013, 2014 e 2016), o que demonstra que estas partículas se encontram já bem difundidas no ecossistema marinho Antárctico”.

Por seu lado, Filipa Bessa, co-autora da investigação e especialista em poluição por micro plásticos da UC, afirma que, agora que se sabe “que várias espécies de pinguins de regiões remotas como a Antárctida ingerem micro plásticos, mas que não existe um foco específico para a origem destas partículas, o próximo passo é também avaliar os efeitos destas partículas nestes ambientes”.

Os resultados obtidos, frisa José Xavier, autor sénior do artigo científico, “vão certamente ser muito úteis para abrir novas áreas de investigação nesta temática e avançar com políticas para reduzir o impacto da poluição por plásticos no Oceano Antárctico no contexto do Tratado da Antárctida”.

Ou seja, concluem os três cientistas da FCTUC, “são necessários mais estudos para entender melhor a dinâmica espaciotemporal, destino e efeito dos micro plásticos nesses ecossistemas, e controlar a contaminação por plásticos na Antárctida”.

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II - MUNDO / MÉXICO: Misteriosa espuma no mar obriga praias a fechar no México

A causa do aparecimento da espuma ainda não é conhecida, mas pensa-se que estará relacionada com a agitação das ondas do mar e com a decomposição de algas. A costa ficou interdita a banhos.

OBSERVADOR, 21 jul 2021

FOTO: A espuma desloca-se para a frente e para trás com a força do mar

Um manto de espuma branca com cerca de 20 centímetros de altura apareceu no fim de semana passada nas praias de Coatzacoalcos, na costa de Veracruz, no México.

A praia adjacente aos bairros de Puerto México, Petroquímica e Playa Sol foi fechada ao público e as autoridades recolheram amostras da água para investigar o fenómeno, conta o Mexico News Daily.

David Esponda Cruz, chefe da Protecção Civil de Coatzacoalcos, garantiu, segundo o jornal El Sol de México, que a espuma não é tóxica, mas recomenda às pessoas para não entrarem no mar “até que a situação esteja esclarecida”.

As causas para o aparecimento da espuma não são conhecidas. O episódio pode estar ligado à “agitação das ondas” em “áreas onde existe uma alta concentração de matéria orgânica, o que provoca um florescimento local de colónias de micro algas que, ao romperem-se, formam a espuma”, explica Saúl Miranda, coordenador do Centro de Proteção Civil de Estudos e Previsões Meteorológicas de Veracruz.

A paisagem branca pode também ter nascido da decomposição de algumas algas, um acontecimento “comum e natural”, descreve o mesmo especialista, que pode durar dias ou desaparecer e reaparecer “em cinco, dez, vinte anos. É aleatório”.

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