Já aqui foi abordado o assunto trazido à
baila por Alberto Gonçalves, foi longa a
discussão embora tenha ficado incompleta, por omissão de vários comentários. Gostei
de ler, mas, como cidadã cumpridora de regras de cidadania, acho que os pais
dos bons alunos foram de uma arrogância que não teriam se vivessem noutro país
de “regras para serem cumpridas”. E nem mesmo Alberto Gonçalves se atreveria a prejudicar os filhos
dessa forma.
Ai, se os dois alunos de Famalicão fossem meus filhos.../premium
Estive duas horas a contemplar a
“documentação” orientadora da Cidadania e Desenvolvimento. Com a disposição
adequada (para a galhofa), vale a pena. Todos os textos são medonhos na forma e
no conteúdo
ALBERTO GONÇALVES,
Colunista do Observador
OBSERVADOR, 10 jul
2021, 00:12242
Conhecem
o caso de Artur
Mesquita Guimarães, o homem de
Famalicão que impediu os filhos de assistirem à disciplina de Cidadania
e Desenvolvimento e com isso
suscitou a fúria do ministério e a reprovação dos petizes? Eu também conheço, e
ainda não vi uma opinião acerca do assunto com a qual concorde sem reservas. É
claro que discordo da maioria de assanhados que acusa o sr. Artur de destruir o
futuro dos filhos, e que no limite reclama a remoção destes da família.
Diz-se que, acima de tudo, o crime do sr. Artur é ser um “intolerante” de
“direita”. Já os assanhados são evidentemente de esquerda, virtude que
os habilita a não tolerar nada, principalmente desvios à fé cega no Estado, e
muito principalmente se o Estado está nas mãos do PS.
Por
outro lado, julgo apressado o apoio incondicional de uma minoria à atitude
do sr. Artur. O sr. Artur tem alguma razão ao defender que a disciplina
em causa deveria ser facultativa, na presunção de que “a educação
no sistema público não pode seguir nem impor directrizes filosóficas,
estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas”. Porém, o sr. Artur esquece-se de um pormenor. Ao que
consta, os filhos dele são óptimos alunos. É possível que sejam igualmente
miúdos inteligentes. O que o faz acreditar que miúdos inteligentes engolirão
com facilidade a cartilha de infantilidades embrulhada nos belos conceitos da
“cidadania” e do “desenvolvimento”? O sr. Artur acha mesmo que um
adolescente com dois neurónios levará a sério um professor de meia-idade que
decida acrescentar novas letrinhas a LGBTQ@ÇX? O sr. Artur não confia no
discernimento dos rapazes que educou? O sr. Artur não percebe o potencial
humorístico e dialéctico de uma disciplina assim?
Ando
há vinte anos desejoso de utilizar a expressão “Ai, se fossem meus filhos…” Lá vai, então: ai, se fossem meus filhos… Se fossem
meus filhos, os pirralhos frequentariam às aulas de Cidadania e
Desenvolvimento. E todos os dias eu aguardaria ansioso a descrição da matéria
leccionada, a fim de jantar entre gargalhadas. É evidente que a escola não se
deveria envolver, com parcialidade, em temas “filosóficos, estéticos,
políticos, ideológicos ou religiosos” – e sexuais. Quando se envolve, e quando
os alunos e os pais dos alunos possuem conhecimentos e noção do ridículo
suficientes para desmontar aquilo, o resultado pode ser engraçadíssimo.
Estive duas horas a contemplar a
“documentação” orientadora da Cidadania e Desenvolvimento. Com a disposição
adequada (para a galhofa), vale a pena. Há tralha produzida pelo governo e
tralha produzida pelas escolas. Não me dei ao trabalho de distingui-las. Aliás,
as tralhas pareceram-me indistinguíveis. Todos os textos que espreitei
são medonhos (ou, lá está, cómicos) na forma e no conteúdo.
A
forma é o que se convencionou designar por “eduquês”, leia-se o que acontece
sempre que uma língua é violentamente atacada por rústicos com pretensões. Ele é as
“aprendizagens”. Ele é a “mobilização de competências”. Ele é a “flexibilidade
contextualizada”. Ele é o “elencar de conhecimentos”. Ele é a “integração de
matrizes”. Ele é a “formação cidadã”. Ele é o “espaço potenciador”. Ele é as
“áreas transversais e longitudinais”. Ele é a “transversalidade do currículo”.
Ele é preciso ser bruto para achar que tamanho massacre é digerível por seres
humanos.
Quanto
ao conteúdo, não desmerece a forma. Os “domínios” (cof, cof) são a conversa fiada que se imagina,
previamente condicionada à ortodoxia “correcta” que se imagina: Consumo (em excesso é mau), Desenvolvimento
Sustentável (em excesso é bom), Direitos Humanos (contra o “discurso do
ódio”), Igualdade de Género (contra os “estereótipos”), Ambiente (atenção
às “alterações climáticas”), Sexualidade (com ênfase, eu fique ceguinho, nos “afectos”),
Interculturalidade (o que quer que isso seja), etc. A coisa está “ao nível” da indigência intelectual de um
António Guterres, de dois “pivots” de noticiário ou de três Pequenas Gretas. No fundo, não é grave. É abusivo que indivíduos que não
sabem português sonhem impingir semelhantes lérias a catraios. É caricato. É
parolo. Mas não é grave – na circunstância, repito, de os alunos terem
cabecinha e pais capazes de converter palermices no divertimento que as
palermices pedem. Admito que
crianças social e mentalmente permeáveis acabem por ceder às palermices e
tomá-las por verdades universais. E qual é o problema? Os futuros militantes do
PS e do BE não caem do céu.
Bem espremido, os grandes prejudicados
desta história são os professores forçados a leccionar a disciplina, que em
geral a recebem com o entusiasmo com que uma lesma recebe sal. A cargo do professor certo, a disciplina até pode ser
útil. A lengalenga oficial informa que a Cidadania e Desenvolvimento visa
“preparar os alunos para a vida, para serem cidadãos democráticos,
participativos e humanistas”. Um docente
esclarecido aproveitaria a deixa para notar a avalanche
ditatorial, discriminatória e desumana que, além da pobreza garantida, o
governo despejou em cima de nós a vago pretexto da Covid. É óbvio que o referido docente não iria longe. A
questão é: quem, excepto filiados da “situação” e, desculpem a redundância,
matarruanos comuns, vai longe neste país? Se os rapazes de Famalicão fossem
meus filhos, ria-me com eles da nossa radical indigência durante mais dois ou
três anos. E depois largava-os no aeroporto.
COMENTÁRIOS
José Montargil: Segundo várias opiniões as tais aulas são praticamente dadas para
endoutrinar as crianças, se bem que tal seja discutível. O melhor é a
frequência das tais aulas serem facultativas. Vão os alunos cujos pais o
entendam e julguem útil. Os outros ficam a brincar no recreio. Vando Andrade: É uma perseguição ideológica
aos pais, apenas própria de ditaduras socialistas e das mais sanguinárias. Nem
o Maduro seria capaz de tentar destruir a vida de duas crianças por motivos
políticos. Felizmente ainda há tribunais, que mais uma vez vão dar razão aos
pais e os alunos vão continuar tranquilos a sua vida académica de excelência. Francisco Correia: O Estado deve limitar-se a
ensinar. A educação compete aos pais. Pena o Estado ser tão incompetente a ensinar, pois o
que não faltam é jovens com o 9° ano, que nem a tabuada sabem. josé maria: O TAFB não deu acolhimento ao
argumento de objecção de consciência esgrimido pelos pais para impedirem os
filhos de frequentar a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. O tribunal
diz que “não se consegue perceber em que é que a violação de consciência
ocorre”, já que os pais “não indicam uma matéria concreta que colida com um seu
princípio ou convicção”. Por isso, o tribunal não deu provimento à pretensão
dos pais de ser reconhecido aos filhos o direito provisório à não frequência
daquela disciplina ou, em alternativa, à não marcação de faltas injustificadas. Vando Andrade > josé maria: Que é que interessa a fundamentação? O que interessa é
que o tribunal deu razão aos pais e obrigou a escola a reverter o chumbo e a
passar os alunos de ano. José
Paulo C Castro > josé maria: Ou seja, o tribunal quer que o pai diga concretamente
a que tema faz ele objecção. O pai objecta a que alguns daqueles temas sejam
ensinados aos filhos, como parece óbvio, mas indicou que objecta à frequência
daquela disciplina. Toda ela. Não sendo temas do ensino elementar (o único que
é obrigatório) compete aos pais escolher o género de ensino dos filhos, segundo
a Constituição. Logo, o pai só tem de indicar que objecta à inclusão dos seus
filhos na obrigatoriedade daquela disciplina. Ele não tem de especificar temas
ou subtemas: o tribunal só tem de dizer se ele pode ou não objectar e exercer o
seu direito de escolha do género de educação a dar ao filho. O tribunal fugiu
em frente e disse que o pai é que tem de indicar o tema da objecção. Vai ser um
diálogo de surdos... O que está em causa, e o tribunal vai ter de decidir isso,
é se aquela disciplina e os seus temas pertencem, no seu conjunto, ao ensino
elementar (que é obrigatório) ou não pertencem e terá de admitir que um pai
exerça o seu direito de objecção à mesma. Não a partes da mesma! Lendo a sentença, parece que o tribunal
queria admitir um direito de objecção circunscrito a pessoas com algumas
convicções mas que não se aplicariam a outras que não as tivessem. Não é isso
que está em causa mas sim até onde o Estado pode impor a obrigatoriedade. J.C. Maya: Não se esqueçam de que estamos
a falar de crianças dos 6 aos 8 anos. É pena que só tenham sido aqueles pais que tiveram a
coragem de enfrentar o politicamente correcto neste pobre país com dificuldade
em se democratizar. Esperava eu que outros fizessem o que estes fizeram porque se fosse no meu
caso também o teria feito. Tenho uma filha que há muitos anos passou estes anos
escolares e naquela altura esta disciplina não existia como agora.
A pouco e pouco o marxismo
cultural vai-se impondo subtilmente em todas as esferas da sociedade. Quando
acordarem, já será tarde, e depois é que vão ser elas! Maria Augusta: O socialismo-bancarrota e a
comunada-jurássico-genocida-alucinada transformaram a Escola num aviário de
canhoto-fascistas e portanto há que lhes dar a ração teórica e o alcorão
canhoto-alucinado para que as criancinhas não se desviem por maus caminhos de
começarem a pensar pelas suas cabeças e desatarem a ter sentido crítico. Há que
ser um bom-canhoto-fascista, uma "cidadã" e um "cidadão"
(como dizem os alucinados) cheio de certezas sobre a virtudes do canhotismo
"woke". advoga
diabo: Ai, se os dois
alunos de Famalicão fossem meus filhos eu tinha duas hipóteses, ou era
irresponsável como os pais deles foram, ou, como 99,99...9% dos outros pais,
cumpria uma lei que apela ao civismo e desenvolvimento, algo que, como a
esmagadora dos progenitores deste país comprova, só pode ser desprezado por
razões patológicas. Luís
Marques > advoga diabo: Claro, quem não come a cartilha do PS, só pode ser
doente ... Na saudosa URSS é que sabiam tratar da situação, havia por lá uns
hospitais psiquiátricos para essa gente. Luís Abrantes: Tendo a concordar… O melhor é
deixar os miúdos assistir a imbecilidades e ter o cuidado de enquadrar e
explicar as situações… josé
maria: Ai, se os dois alunos
de Famalicão fossem meus filhos... Faria o quê ? Proibia-os de serem homossexuais,
bissexuais ou transgéneros ? Obrigava-os a uma "terapia" de
reconversão sexual ? Luís
Abrantes > josé maria: Só debita palermices… josé maria > Luís Abrantes:
Também penso o mesmo, mas,
mesmo assim, tem uma coluna de opinião, com fiéis acólitos, do mesmo nível
intelectual... Rogerio
Serrao: O número de
faltas a uma disciplina, deveria implicar nota zero ou um nessa disciplina...
não deveria implicar o chumbo de ano. Onde pára a tão propalada
"proporcionalidade", que quando descartada por alguns, custa-lhes os
seus cargos? Por não proporcional mas ainda assim defendido em tribunal pelo
ministério da educação, devem ser retiradas consequências políticas, apenas
assim, haverá a possibilidade de repor a proporcionalidade e a justiça. Andrade QB: Verdade que os mártires beneficiaram sempre pouco dos
seus gestos e não são medalhas póstumas, ou até santificações, que os
compensarão disso, mas a verdade é que o seu reconhecimento resulta da
consciência de quem beneficiou do seu sacrifício. Este pai e estes filhos terão
calculados os riscos em não se submeterem à ditadura ideológica Woke, outros
antes deles também terão pensado nos riscos da insubmissão a outros ditadores e
acabaram, muitos deles, torturados e mortos. Talvez que devamos agradecer a
estes pais e filhos, a resistência à ditadura Woke. Como se constata, a ideologia
Woke já não é para rir. João
Costa: Nota prévia: Não
sou Secretário de Estado! É evidente que esta disciplina não faz sentido! É
ainda mais evidente que, a existir, ela deveria ter um carácter facultativo /
opcional e não "contar" para a transição ou retenção do aluno (tal
como a disciplina de Moral). No Estado Novo, havia uma disciplina deste género,
mas estávamos numa ditadura (será que já estamos outra vez e ninguém nos
avisou? Nota final: Nos anos não terminais de ciclo, 5.º, 7.º e 8.º anos, um
aluno pode transitar com 4, 5, 6, 7, 8 negativas.... ? Se não for às aulas de
Cidadania, aí "Ai Jesus!" que a criança, que até tem cinco a
Português, a Matemática, a Geografia..., não merece passar. Alguidar de Henares: O Alberto tem razão. Cabe a nós
país desfazer os em casa a catrafazada de estupidezes com que lhes enchem a
cabeça nas aulas de Cidadania ou de lavagem ao cérebro. Henrique Frazão: A existência dessa disciplina
representa o cúmulo da decadência da civilização ocidental. Eu não acho piada
nenhuma. Jose Castro: Quando se retira valor e força à doutrinação Católica
que deve ser dada, aparecem logo doutrinas satânicas a tomar-lhe o lugar. A
natureza abomina vácuos. Liberal
Assinante do Local > Jose Castro:
Eu quando frequentei escolas
não fui sujeito a nenhuma doutrinação que não fosse a doutrinação por conta
própria e espontânea dos professores, e tive-os de todas formas, feitios e credos.
Satanás não compareceu que não sob a forma de alguns maus professores, lamento
imenso desiludi-lo. Jose
CastroLiberal Assinante do Local: Satanás consegue passar
despercebido, ou sob nomes diferentes, durante muito tempo. Mas quanto tempo
durou esse vácuo niilista “adoutrinário”? 10-20 anos? Boa sorte a manter uma
civilização nesse estado de coisas durante qualquer período de tempo
significativo. Observadora Fascista: A existência desta disciplina e
o seu carácter obrigatório por si só demonstra a falência das ideologias de
esquerda. Como adultos inteligentes, bem formados e com capacidade para pensar,
sem terem necessidade de o estado ou os jornalistas lhes formarem o pensamento
e as suas crenças, não votam na esquerda, há a necessidade de doutrinar antes
que pensem. Mesmo assim, não garantem o seu futuro, já que haverá um dia em que
começarão a pensar e, aí está, os que são verdadeiramente inteligentes,
deixarão automaticamente de seguir a cartilha mais tarde ou mais cedo, daí a
necessidade de os apanhar a todos, já que a percentagem de idiotas incapazes de
pensar por si próprios, afinal não é assim tão grande. Embora sejam sempre
demasiados, como demonstram os resultados de todas as eleições neste pais e,
consequentemente, também os resultados económicos. Bate Fundo: Só a ideologia cega é que faz
que escreva artigos deste género!! O autor, se fosse o pai dos filhos de
Famalicão, deixava os filhos frequentar a polémica disciplina. Mas como alguém
levantou o véu e por acaso temos um governo de esquerda na tutela da educação, vamos
lá opinar e criticar!! Não há nada nesta disciplina que os alunos não devam
ouvir!! Depois cabe aos pais filtrar e discutir estes temas com os seus
filhos!! Mas o grande problema, é os pais não discutem estes temas!! Sentam-se
no sofá a ver novelas, futebol e debates, deixam os filhos com os telemóveis e
PlayStation e não há conversa!! E as disciplinas de história? Se calhar também
há temas que eu não quero que ensinem aos meus filhos na escola! Gil Lourenço > Bate Fundo: O grande problema seu é achar que o estado se deve
meter em tudo e que deve discutir tudo! Como se o estado fosse uma entidade
inócua e imparcial. Bate
Fundo > Gil Lourenço: O que estamos a discutir, é prática comum em muitos
países da Europa, sobretudo nórdicos!! É, por isso, que o desenvolvimento
económico e social é maior nestes países!! Não existe esta mentalidade tacanha
que o Estado não tem que estar presente em tudo, excepto quando preciso dele, e
que não deve regular ou impor alguns temas de base na nossa educação,
simplesmente porque são ideias de um partido de que não gosto, ou porque acho
que vão abordar alguns temas que possam ser contrários aos meus gostos e
convicções, como por exemplo touradas! Gil Lourenço > Bate Fundo: Se quiser debater o que está em causa do atraso em
relação aos países nórdicos (porque não fala dos de leste?) não é certamente
nisso, mas nas políticas económicas, na fiscalidade, nas leis laborais etc... E
esse atraso vê-se na esquerda e extrema-esquerda portuguesa. Portanto não
desvie o assunto...
Ashley Albuquerque > Bate Fundo: O desenvolvimento económico é maior nos países
nórdicos porque têm regimes socialistas democratas, não regimes socialistas
comunistas. O resto é conversa. Bate Fundo > Gil Lourenço:
O primeiro grupo de temas
obrigatórios inclui direitos humanos, igualdade de género, interculturalidade
(diversidade cultural e religiosa), desenvolvimento sustentável, educação
ambiental e saúde. O segundo grupo inclui sexualidade, media, instituições e
participação democrática, literacia financeira e educação para o consumo,
segurança rodoviária e risco. O terceiro grupo contempla empreendedorismo,
defesa e paz, bem-estar animal ou voluntariado, por exemplo. Diga-me o que aqui
está que a escola não pode abordar para não ferir a susceptibilidade das pobres
criancinhas? Liberal
Assinante do Local > Bate Fundo:
A sua confusão, que sem ser
superada nunca lhe permitirá ver um boi à frente dos olhos para lhe poder bater
fundo, resulta de que a escola não é a mamã nem o papá das "pobres
criancinhas", como se pretendeu que acontecesse na URSS, e depois disso
nos países fascistas. É evidente que os "temas" que refere são
largamente de índole moral. Ao menos a disciplina opcional promovida pela ICAR
chamava-se religião e moral católica, ninguém ia ao engano. A sua preciosa
"cidadania" é em bom rigor religião e moral comunista, polvilhada com
regras de trânsito. Gil
Lourenço > Bate Fundo: A questão não é apenas os temas mas o seu
desenvolvimento, ou então é muito ingénuo.... Direitos humanos dá para tudo a
mais alguma coisa, agora até UE veio um tipo dizer que o aborto deve ser um
direito humano impedindo a objecção de consciência. Média, instituições de
participação democrática, etc... umas tretas e amálgamas que só retiram horas
aos alunos. A sexualidade é dada em ciências da Natureza, o ambiente em
Geografia, as instituições democráticas em História... O que é a defesa da Paz?
Bem-estar animal dado por quem? Espero que seja por um veterinário e não por
uma professora activista que não gosta de touradas. Voluntariado é voluntário,
já existem muitas instituições na sociedade civil, larguem as escolas.
Interculturalidade é a multiculturalidade e deixa de ser uma evidência quando
passa a ser activismo político em que muita gente acha que devemos abdicar da
"superioridade" da cultura ocidental e branca. Depois lá vem o
"racismo estrutural" para dizer que os brancos são todos racistas e
que o colonialismo fez de nós portugueses racistas, etc., etc.. Não bata mais
no fundo e a escola que se dedique apenas ensinar disciplinas científicas e
História e línguas etc...
Alguidar de Henares > Bate Fundo: Pura lavagem ao cérebro. Eu cá digo aos meus filhos
que tudo isto são patranhices.
Fernando Pité > Bate Fundo: No 2º ano do curso de Economia, em Politica Económica,
tive uma cadeira anual, dada por um, excelente assistente, sobre economia
marxista e pós-marxista, de que não estou arrependido, até que me "abriu
os olhos" para a realidade histórica da economia e redistribuição da
riqueza, interna e externa .
Bate FundoGil Lourenço: Não se esqueça que a escola não pode ser feita à
medida de alguns!! Se há quem tenha país que consiga falar de alguns temas com
os seus filhos, são muitos os que não conseguem. Gil LourençoBate Fundo: Se a escola não pode ser feita à medida de uns também
não tem que ser feita à medida dos outros e ser impingida por esses outros... E
deixe de ser paternalista com os pais dos outros ou os filhos dos outros. Já se
discute muita coisa em várias disciplinas. Aquilo que você acha não será aquilo
que outros acham, portanto opcional pelo menos é a medida mais correcta.
Superioridade moral de uns em relação aos outros não!
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