sábado, 10 de julho de 2021

Magister dixit

 

A nós cabe interiorizar e agradecer. Pena que não haja multidão de seguidores, para elevarem espiritualmente – e materialmente – este nosso país, hoje pobremente agarrado, a resvalar para o charco – das dívidas, do parasitismo, da brincadeira e gozação, e ideais destrutivos...

O "regresso do fascismo" /premium

O regresso dos fascismos e dos regimes autoritários do século passado será pelo menos tão irreal como o regresso dos comunismos e dos totalitarismos de esquerda.

JAIME NOGUEIRA PINTO, Colunista do Observador

OBSERVADOR, 09 jul 2021

Há que tentar introduzir alguma factualidade histórica para que não acabemos vítimas das narrativas que descrevem a actual crise da democracia liberal europeia como produto de uma série de conspirações reaccionárias ou “fascistas”, ou até de uma grande conspiração das direitas, contra os “direitos humanos” e a “normalidade democrática”.

O regresso dos fascismos e dos regimes autoritários do século passado será pelo menos tão irreal como o regresso dos comunismos e dos totalitarismos de esquerda de então, mas tal não tem impedido alguns “democratas vigilantes” de entreverem o “regresso do fascismo” nos movimentos da nova direita radical ou populista ou até nas reivindicações e soluções governativas da direita conservadora.

Do outro lado está, evidentemente, não a ofensiva internacionalista e hiperindividualista dos novos “sonhos da razão” das modernas esquerdas radicais, a censura ou cancelamento de tudo o que os contradiga, ou sequer os malefícios do liberalismo globalizante e o abandono do povo ou da “gente vulgar” pelas “elites”, mas tão só a cândida e civilizada defesa dos “direitos humanos” e da “normalidade democrática” perante um mal vindo do nada. Porque, para os antifascistas encartados, “o fascismo e os fascistas” surgem sempre do nada para surpreender o bem e os bons.

Mas se há coisas que não mudam como, nas esquerdas, a pose de superioridade moral, a reivindicação do exclusivo da generosidade, da humanidade e da modernidade, a importação servil de agendas externas e o maniqueísmo –, outras há que vão mudando. Ou que mudaram o suficiente para que possa falar-se de um simples “regresso” do que quer que seja.

Comunismo, fascismo, nacionalismo conservador e autoritário eram todos críticos do liberalismo democrático e apresentavam soluções institucionais alternativas à democracia competitiva. Agora, nenhum dos polos, por mais extremado, as apresenta. As direitas, porque tendem a ter do seu lado o crescente descontentamento do povo e o voto popular; as esquerdas, porque encontraram no hiperliberalismo democrático e nas suas elites políticas, académicas, mediáticas, sociais e económicas excelentes aliados para a sua magistratura de influência e de pressão legislativa global. E se já tinham do seu lado “a verdade”, agora têm o dogma de fé e correspondentes seitas fanáticas, com iconoclastas e inquisidores e novas formas de apedrejamento, de aplicação de alcatrão e penas, de denúncia e de confissão pública.

O “fantasma do comunismo”

Os movimentos fascistas e fascizantes europeus e os regimes de autoritarismo nacional militares e civis do século XX, também não surgiram do nada para surpreenderem o bem e os bons. Responderam, não só ao “mal-estar da civilização” e à crise do liberalismo, mas sobretudo e muito concretamente à Revolução Soviética e ao “perigo comunista”.

Que era um perigo real. Lenine e os bolcheviques, depois do golpe ousado de Outubro, ganharam a guerra civil, recorrendo a uma violência e a um terror sem limites. Os comunistas tentaram outras revoluções na Europa – a fracassada dos espartaquistas em Berlim, as brevemente triunfantes da Baviera e da Hungria; e, em Itália, o ensaio de assalto ao poder dos socialistas e comunistas, a que os fascistas de Mussolini (o Partido fora fundado em 23 de Março de 1919) responderam com eficácia.

A conhecida e reconhecida crise do constitucionalismo liberal, a seguir à Grande Guerra, levaria ao triunfo de regimes ditatoriais e autoritários na Europa Ocidental e Central – e à ascensão de Hitler ao poder, na principal nação industrial europeia, em Janeiro de 1933. Depois, em 1936, na Guerra Civil de Espanha, defrontavam-se militarmente os radicalismos de esquerda e de direita.

Na época, havia, à direita, na direita nacionalista e conservadora, um forte pensamento antidemocrático. Ou, melhor, seguindo Zeev Sternhell, um pensamento anti-Luzes, crítico do núcleo duro de ideais da Ilustração – Progresso, Ciência, Razão, Democracia. Esta crítica fora formulada pela contra-revolução, de de Maistre e Burke a Donoso Cortés, mas também pela ala conservadora do liberalismo, com as reflexões de Alexis de Tocqueville. E tivera, na ficção e na filosofia, Dostoiévski e Nietzsche. Havia todo um clima cultural a que movimentos do tradicionalismo activista, como a Action Française, dariam forma e presença política.

Os ideais das Luzes tinham uma tradução nas utopias a que Octavio Paz chamaria “sonhos da razão”. Sonhos com algumas experiências práticas na América do século XIX e depois, já no século XX, amplamente concretizados em versão política e estatal nos realíssimos pesadelos da União Soviética de Estaline e da China de Mao. Não haverá hoje muitos negacionistas dos seus horrores, embora se repita a ladainha de que, ao contrário do que acontecia à direita, o ideal, o fim, era ali bom e eram generosos os seus executores, embora alguns pudessem ter-se transviado.

De qualquer forma, como a Primeira República fora imagem da democracia em Portugal ou “à portuguesa”, as duras e duradouras experiências de socialismo real, a realização dos “sonhos da razão” na União Soviética e seus satélites e na República Popular da China, foram a eloquente imagem do comunismo.

O comunismo não era, pois, um “fantasma”; um “fantasma” que Salazar teria inventado ou de que aqui “o fascismo” se servia ou para sufocar as liberdades públicas. O “fantasma do comunismo”, a realização do sonho comunista, era um realíssimo pesadelo. E um pesadelo em expansão.

A minha geração foi uma geração marcada pela Guerra Fria dos anos cinquenta, pelo fim dos impérios europeus e pela Guerra de África. Não tínhamos especial simpatia pelo regime salazarista (nem pela Oposição Democrática) mas éramos sensíveis ao perigo comunista, que, nesse tempo, esmagava os levantamentos operários e populares em Berlim e Budapeste. O comunismo era uma ameaça séria e os comunistas não perdoavam a Franco – e, por extensão, a Salazar – a derrota em Espanha.

E, em Espanha, a escolha não fora entre uns democratas liberais simpáticos e uns tenebrosos militares fascistas, apoiados por Mussolini e Hitler: fora entre uma coligação de direitas chefiado por Franco e os socialistas, anarquistas e comunistas que, a partir de Fevereiro de 1936, tinham começado a queimar igrejas e a matar “fascistas. E que depois fuzilariam mais de sete mil padres, bispos, freiras e religiosos. Tudo para corrigir o mundo e instaurar o melhor dos mundos, matando e oprimindo de passagem, acendendo um verdadeiro Inferno na Terra cheio de boas intenções, é certo, mas com uma retórica de sonho e em nome de um imorredoiro sonho… Já os outros, que também mataram, eram só maus, um perigo que inexplicavelmente irrompera entre gente encantadora que mais não fazia do que bater-se pelas amplas liberdades democráticas.

O que fica do que passa

É uma tendência e uma retórica que os “antifascistas” de hoje mantêm. E sem a grandeza, o risco e a entrega “ao povo e à causa” que tinham os seus antecessores.

Os antifascistas de hoje estão instalados no poder e, para o manterem, investem em startups de “sonhos da razão” cada vez mais sortidos e irrazoáveis, como quem manipula, ou pensa que manipula, crianças mimadas num hipermercado global. Crianças que insultam quem os contraria e que querem tudo: consumir todos os “géneros”, raças e espécies, desarrumar e deitar fora credos, tradições e realidades, espatifar fronteiras e deitar abaixo barreiras para poderem brincar aos desportos radicais. E as esquerdas moderadas no poderpara quem esta delirante Agenda é secundária vão-lhes dando tudo o que querem só para não terem de as ouvir ou para que não façam birras no meio da rua e, sobretudo, para que lhes deem os seus votos nas “coisas que realmente importam”. E as “coisas que realmente importam” para estas esquerdas moderadas (e para algumas direitas) são a manutenção do poder e “o andamento da economia” – como se as agendas sociais e culturais não pudessem comprometer as económicas e determinar a disrupção ou a continuidade das sociedades.

O que é que se repete com diferenças e o que é que é radicalmente diferente nesta evolução histórico-ideológica direita-esquerda, nas reacções que pairam hoje sobre o Ocidente euro-americano – todo ele institucionalmente democrático e liberal?

A primeira reacção, à direita, é contra o globalismo e o liberalismo económico pós-Guerra Fria, que gerou um enorme descontentamento nas classes trabalhadoras e médias, e que se manifesta, eleitoralmente, pelo nacionalismo populista, movimento que, nesse lado popular, e até cesarista, terá algumas semelhanças com os fascismos de há cem anos. No entanto, ao contrário do fascismo, não apresenta uma teoria alternativa à democracia competitiva para legitimação do poder, nem tem a ambição reformista, real ou retórica, de criar um “homem novo”. E é também, ou talvez sobretudo, uma reacção conservadora à imigração descontrolada e não-integrada, ao peso e aos critérios do Estado-providência e aos longínquos e alheados ditames das organizações supranacionais, à memória da opressão comunista e à presente ameaça das novas esquerdas e de tudo o que trazem por arrasto.

A segunda, a reacção à esquerda, reage à derrocada dos regimes comunistas e ao fim de um longo namoro com o “povo trabalhador”. Como que imunes às consequências históricas dos experimentalismos humanos e sociais do nazismo e do comunismo, estas esquerdas marcham burguesmente e em passo acelerado rumo à transformação da natureza humana, alheadas da “gente vulgar” e do “povo trabalhador” e centradas já só em minorias mais vistosas, mobilizáveis e vitimizáveis. Têm uma raiz hiperliberal e hiperindividualista e pretendem trabalhar por dentro as sociedades ocidentais, de modo a “libertá-las” de toda a pertença enraizada e de proximidade e de toda continuidade – religião, comunidade, família, nação ou a própria natureza das coisas, como a determinação fisiológica. E esta tentativa de disrupção faz-se em nome de novos “direitos humanos”.

Liberdade de escolha

Será a defesa de uma identidade nacional, de um conceito de comunidade e de família, de uma concepção do passado e da História, da liberdade de pensamento, expressão e credo e da protecção da vida e dos mais frágeis, o “regresso do fascismo”? Será a mera dicotomia globalismo/ nacionalismo, utopia/realismo “perigosamente antidemocrática”?

Assumir a História, sem exaltações encantadas, mas também sem rebaixamentos culposos, sem a reduzir à “Cruz e Espada”, mas também sem a limitar ao esclavagismo; ter um olhar crítico, informado e contextual sobre o tempo e os homens do passado, mas também sobre os contemporâneos, não é o regresso de coisa nenhuma. É a recusa da amálgama internacionalista, que ignora contextos, experiências, especificidades e realidades históricas e próximas; a recusa do fanatismo, da ignorância, da intolerância, da insensibilidade às pobrezas e às riquezas próprias; a resistência à imposição de um pensamento único, à manipulação e ao experimentalismo suicida – e ao alheamento “moderado” e acomodado que os vão permitindo. É a luta pelos valores permanentes e essenciais, os que importa salvaguardar dentro das formas políticas que, de acordo com o espírito do tempo, forem as mais convenientes e exequíveis. Sem procissões fúnebres a passados imaginários e sem hagiografias ou diabolizações, num mundo que, ao contrário do que nos querem fazer crer, não é nem nunca foi a preto e branco.

POLÍTICA  DITADURA    SOCIEDADE  DEMOCRACIA  EXTREMA DIREITA  EXTREMA ESQUERDA

COMENTÁRIOS:

Themudo Barata: Fantasticamente bem escrito, não posso concordar mais, mas um tipo de texto pouco "friendly" para quem mais precisa de o ler. A cultura histórico-politica do autor nunca deixa de me impressionar.           Simplesmente Maria: O imenso frémito na crosta terrestre faz correr a humanidade em busca de porto seguro e chama-se globalização. Proveitosa para uma esquerda que julga atingir através de um pensamento global o tão desejado poder que anteriores métodos primitivos deixaram fugir entre os dedos. O momento é histórico e cantam-se hossanas aos movimentos dispersos de igualdades, fraternidades e afins. Proveitosa também para todo o capital global cujo frémito é traduzido em consumidores. Um imponderável alterará necessariamente a ordem em marcha. é que não é possível começar no século XXI o século O. Ao Dr. Nogueira Pinto um obrigada sincero.             Nuno Fonseca: Um bom texto. Em dinâmica de fluidos a tensão não resulta de uma deformação do fluido, a qual existe em permanência, mas sim da variação da sua taxa de deformação. Na nossa vida a mudança existe em permanência, mas para evitar tensões exacerbadas temos ir com calma com a velocidade a que as mudanças são introduzidas.             Marta Várzeas: Texto excelente.          Luís Martins: Percebe-se porque foi o autor perseguido pelos fanáticos na UL. Poucos ousam ser assim, um livre-pensador. É preciso ser muito corajoso e amar mesmo a sua Pátria, a sua Gente e a sua História.              anastácio Jorge: O que vem aí e é bem pior que tudo isso é essa ideologia do género … ninguém é ninguém e tudo é direito … e quem não concorda é excomungado           Joao Perdigoto: Belo ensaio           Joaquim Rodrigues: Não me parece que tenha muita oportunidade falar do regresso dos totalitarismos (fascista ou comunista) quando, em Portugal, o que tem minado o nosso desenvolvimento económico e social são, precisamente, dois atributos clássicos dos “totalitarismos” que continuam a ser a marca do nosso “Sistema Político” actual. Na verdade, o assalto feito pelo Cunhal ao “Aparelho de Estado” no PREC, impediu que o ímpeto reformista do 25 de Abril destruísse dois dos pilares do Estado Novo, típicos dos Estados Totalitários do Pós 1ª Guerra Mundial, Estalinistas ou Fascistas, a saber: o Estatismo e o Centralismo. Após a derrota da Alemanha nazi, “Estatismo e Centralismo”, foram banidos de todos os Estados desenvolvidos da Europa Ocidental. Após a queda do muro de Berlim, o “Estatismo e Centralismo” têm vindo a ser desmantelados nos países de Leste, designadamente os que aderiram à EU, muitos dos quais já estão mais desenvolvidos que Portugal. Cunhal, o contraponto totalitário de Salazar, tendo como arquétipo o Estado Soviético, via no “Estatismo e Centralismo” herdados do Salazar a oportunidade de tomada e perpetuação do poder pelo controlo do “Aparelho de Estado”. Estatismo e Centralismo, mantêm-se assim, ainda hoje, como heranças intocáveis do Estado Novo e do PREC e estão a condenar Portugal ao lento, mas inexorável, definhamento, atraso e sub-desenvolvimento. Sem “Estatismo e Centralismo” os casos Sócrates, BES/NB; Berardo, Vieira nunca teriam sido possíveis.            Nuno Borges >Joaquim Rodrigues: O controle do aparelho de estado, e dos media, deu o poder aos comunistas que já se permitem ter um seu homem de mão no governo de Portugal, o Costa.         Pedra Nussapato: Acontece Sr JNP que há quem considere, a começar por muitos dos comentaristas que por aqui andam, que actualmente já vivemos em Portugal sob a alçada dos "comunismos e dos totalitarismos de esquerda de então". Portanto, há uma certa selectividade sobre os regressos que são ou não realistas, é conforme dá jeito. Maria Soares: Excelente ensaio!            Gil Lourenço: Excelente texto... o espelho da cs, da esquerda portuguesa e da IL...              Liberales Semper Erexitque: Este fulano agora está sempre aqui? E não é historiador? Nunca ouviu dizer que a História se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa? É claro que o novo fascista não diz que é fascista. E depois? Pensa como fascista, comporta-se como fascista, e tem outro nome? Olha o espertinho!         FFFF NNNN > Liberales Semper Erexitque: Os fascistas estão para a esquerda como os moinhos para o Dom Quixote. Mas o verdadeiro perigo são estes novos marxistas, (mal) disfarçados de justiceiros e democratas, que procuram à força toda destruir a nossa sociedade, a nossa cultura, tradições e história. Esses sim, devem ser combatidos.               Liberales Semper Erexitque > FFFF NNNN: Eles vão sobrar, sempre sobraram! Não se combatem como numa guerra, mas sim com ideias e tenacidade, expondo as suas tolices, não os deixando violar as leis em nome de ideais da moda, propondo alternativas razoáveis, e sobretudo sem medo deles.      Carminda Damiao: Excelente texto.           Carlos Quartel: A inquietude e a procura não assustam. O que pode assustar é o regresso das soluções milagrosas, defendidas por uns quantos com tanto ardor que não hesitam em segregar e ridicularizar. Quem neles não acredita e que estão mesmo dispostos a remover ou eliminar quem não "atingir" a mensagem. Enquanto a regra básica for a protecção efectiva do pluralismo de opiniões, a liberdade para as expressar e a convicção de que não há melhor método do que a vontade expressa das urnas, tudo está bem.         Nuno Borges > Carlos Quartel: Deixe que lhe ponham a mão no joelho, quando menos contar já estão mais acima. Deixe que lhe cobrem IMI, quando menos contar estará a pagar-lhes renda pela casa que comprou. E se lhes aprouver ainda o despejam dela.     Francisco J Mello: Excelente artigo de Jaime Nogueira Pinto. É que os mais jovens (e os menos letrados...) deveriam perceber a diferença entre o "paleio" e a dura realidade no que se refere ao século 20, já que estão diariamente a ser formatados pela "media".. A retórica abunda nas televisões (embora a situação esteja a melhorar), logo há que incentivar o debate de ideias. Mas não é debater um tema chamando um socialista e um BE,....para alegadamente cobrir o espectro ideológico..... .         Luís Neves: O "regresso do fascismo" pela mão da "esquerda".         Quinta Sinfonia: O texto é muito bom mas acima de tudo é melhor ainda porque nos convida a pensar sobre o tema. Contudo, há um tema que carece de esclarecimento adicional: “A segunda, a reacção à esquerda […] Têm uma raiz hiperliberal e hiperindividualista”. Este hiperliberal que se fere será seguramente nos costumes e afins, com o qual concordo em absoluto, já na vertente económica, não creio, não esquecer a vertente do apocalipse climático sempre anunciado e associado a esta esquerda que promove uma redução muito considerável no comércio mundial, e que JNP olimpicamente ignora, na minha opinião, a não referência a este tema é inexplicável…            Libertário Português: O fascismo já regressou e está no governo que temos.          Elvis Wayne: Outro dia ouvi dizer: "Se te falam muito da extrema-direita, é porque é tempo de prestar atenção à extrema-esquerda. Se te falam muito da extrema-esquerda, é porque é tempo de tomar atenção à extrema-direita". Nos média, na CS avençada e nas redes sociais, vemos o que quem está no poder quer. Quando todos gritam e se amofinam com "a Direita" é porque a verdadeira ameaça está à esquerda. Os fascistas já foram, mas a comunada está viva da silva. Parabéns pela Crónica! Rua com a súcia-lista!    Jorge Carvalho: Que despertar fantástico para a realidade me trouxe mais uma vez a erudição informada de Jaime Nogueira Pinto com esta síntese sublime de informação, conhecimento e saber que contribui para nos trazer mais acordados no meio da mixórdia que estamos a viver. Obrigado.          mário Unas: Caro Jaime Nogueira Pinto, tenho imenso gosto em ler as suas crónicas semanais. Nunca se canse de ser a voz que clama no deserto. A estratégia da “nova” esquerda é dividir-nos para reinar. Ontem foi assim, hoje é assim e amanhã não será diferente. Acontece, porém, que o alcance desta operação de divisão é agora maior e mais perigoso: Já não sobre classes ou grupos de indivíduos, mas dividir até à unidade é do que aqui se trata. Individualizar, destruindo em nós todo o género de laços afectivos e de razão que concorram com esta nova vaga de pensamento único. Transformar indivíduos em átomos sem núcleo. Livres mas escravos. Haja mais homens e mulheres por esse mundo fora com a sua coragem para reverter esta tentativa de suicídio da civilização ocidental.          advoga diabo: De facto não faz sentido chamar fascistas a Salvini, Le Pen, Wilders, Abascal, Orban,Trump ou Bolsonaro, afinal as circunstâncias são outras e o "o homem é ele e as suas circunstâncias"! O mesmo relativamente aos não comunistas Putin, Xi, ou Maduro. Mas, para além erro de tentar compensar uma mal com outro, a verdadeira questão vai muito para lá da semântica, é tratar-se de ditadores, e, nesse aspecto essencial, são sucedâneos de Mussolini, Hitler, Estaline ou Mao, pelo que a qualificação assenta-lhes como uma luva!           Bruno Dagnino > advoga diabo: Lá está a esquerda a baralhar para dar de novo... Das personagens de "direita" que apelidou de ditadores apenas um está no poder, os outros ou o perderam nas urnas ou  nunca o tiveram, já os que apelidou de "não comunistas", comunistas portanto, estão todos no poder há décadas... É o que se chama desonestidade intelectual.            FFFF NNNN > Bruno Dagnino: Desonestidade intelectual, também vulgarmente conhecida por esquerda.              Gil Lourençoadvoga diabo: Mas tu estás sempre a defender os comunistas...    Mario Areias: Mais um excelente texto.            António Louro: Excelente.         Manuel Ferreira21: Mais um excelente texto.            Filipe Paes de Vasconcellos: Que excelente texto de Ciência Política! Este pequeno ensaio seria de enorme importância que fosse desenvolvido pelo seu autor e lido, analisado, e discutido por todos os alunos do ensino secundário. Muito obrigado Jaime Nogueira Pinto.  Manuel Barradas > Filipe Paes de Vasconcellos Talvez começar pelo ensino universitário.           José Carvalho > Filipe Paes de Vasconcellos: Eu sugiro que se comece pelos professores universitários. De forma recorrente, fazem parte da linha da frente de qualquer iniciativa para experiências sociais desastrosas. Quando passei por eles quiseram lavar-me o cérebro!             Américo Silva: Inadvertidamente e sem sobressaltos, o mundo criado nos séculos próximos passados, está a chegar ao fim, e quanto maior a mudança, mais despercebida passa. O indivíduo está a passar de ser singular, a célula dum colectivo orgânico, seja à esquerda, seja à direita, no ocidente e na china, mais avançados, ou noutro lugar qualquer. O homossexual não encontrou a liberdade, integrou-se num grupo social de interesses, tal como a mulher, o deficiente, o nativo, o ecologista, o islamista, o sionista, o vegetariano e outros. Cada um interage dentro do seu grupo, pode fazer-se um estudo da lista de números de telemóvel de cada um, e da frequência da sua utilização, e com o estado no sentido lato, directamente pela autoridade nacional tributária, administrativa, de saúde e outras, e indirectamente, de forma imperial transnacional, pelo Facebook, pela comunicação social, pelo desporto, pela OMS, pela Nato, pela Cia, pelos partidos locais nos pequenos países. Cada ser humano fica assim impedido de comunicar com outro ser humano, sem ser através de meios monitorizados, modulados e controlados externamente, passa a ser um elemento celular dum corpo maior. Está impedido de se relacionar com o conjugue, com os filhos, com os vizinhos, com os colegas, sem a intervenção obsessiva do estado, da união europeia, da comunicação social, da justiça, do Twitter, da federação. É uma célula viva, mas está progressivamente a deixar de ser um ser vivo. Integra-se num órgão composto de células, as mulheres, os negros, os japoneses, os LGBT, as vítimas disto e daquilo, e a democracia deixa de fazer sentido, é um equilíbrio entre estes diferentes órgãos, a indústria automóvel e os ecologistas, os sionistas e os islamitas, os homossexuais e as feministas, os europeus nativos e os imigrantes, os especuladores e os lesados da banca. A dicotomia esquerda direita passa a ser Der fliegende Holländer, presente e inalcançável, a flutuar na bruma.                Rui Lima: Não há regresso ao passado mas há uma cavalgada de neomarxistas contra as sociedades ocidentais com a destruição dos seus valores e da sua história . A tomada das universidades por essa seita faz temer o pior , em vários estados americanos é a Matemática que está em causa sobre o pretexto que os bons alunos humilham os maus , há 2 caminhos ou todos passam a ser bons ou não há mais espaço para os Poincarés .         Rui Roque: O mundo é mesmo preto e branco, os cinzentos são as subjectividades necessárias para calar os descontentes e manter "os de sempre" no poder. Apenas os motivados, os coerentes e os revolucionários podem salvar a Europa, criando sim, o Homem-novo, porque este "Homem-velho" parece mais um carneiro a caminho do matadouro do que um merecedor da confiança alheia.         Jose Castro: Como vamos sair deste pesadelo então? Já não temos muito tempo, caminhamos a passos rápidos na substituição demográfica e suicídio civilizacional. Gil Lourenço > Jose Castro: Nem mais... Resta resistir.

   

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