Não, nada tem a ver, o sentido do verso
que me acudiu - que é de amor e saudade antecipada, na Cantiga pré
renascentista “Partindo-se”, atribuídos, metonimicamente, a uns olhos
masculinos, em jogo retórico de simplicidade e harmonia – nada tem isso a ver com
o sentido aterrador da expectativa de uma sociedade que, se já hoje é sujeita a
uma violência tenebrosa de intervencionismo informático, a uma escala global,
como o texto que segue exemplifica, o que se poderá esperar, com o
extraordinário desenvolvimento da Internet, e dos fios invisíveis que, sendo hoje
milagre jamais imaginado, que sociedade se está a preparar, já hoje de um
intervencionismo à escala global, num futuro de concepção cada vez mais irreal,
com os seus laivos milagreiros, de realização inimaginável?
Mas a fome e a violência no mundo, esses
não sofrem o milagre do apagão, sempre firmes, no seu posto, bem real.
Joe Biden ordena investigação a ataque
informático que parou centenas de empresas
O Presidente dos EUA ordenou que as
agências de segurança e inteligência do país descubram quem está por detrás do
ataque informático de sábado. Peritos dizem que russos podem ser os
responsáveis.
OBSERVADOR, 05 jul
2021
Joe Biden, o
presidente dos Estados Unidos da América, ordenou que as agências de
inteligência do país, como a NSA, a CIA, a CISA ou o FBI, iniciem uma investigação para descobrir quem está
por detrás do ataque informático que
afectou centenas de negócios no último sábado. Como avançou a Reuters, o líder dos EUA diz que, “inicialmente”,
pensava-se que o culpado podia ser “o governo russo”. Porém, refere também:
“Não temos certezas (…) Não sabemos”.
O
ataque informático utilizou o software comercial do grupo Kaseya, que tem sede nos Estados Unidos. No sábado, a empresa
de segurança informática Huntress Labs
alegou que o ataque tinha sido levado a cabo pelo grupo russo de piratas
informáticos [hackers] apelidado de REvil (também conhecido como Sodinokibi).
Apesar
de este ataque ter utilizado a tecnologia de software norte-americana, os
efeitos foram sentidos, principalmente, noutros países, devido aos clientes da
empresa. Na Suécia,
a maioria das 800 lojas da rede de supermercados Coop não puderam abrir
porque as caixas registadoras não estavam a funcionar. Houve também farmácias
e estações de comboios suecas afectados devido à disrupção dos serviços do
software da Kaseya.
No
início de junho, a agência de investigação federal norte-americana (FBI), já
tinha acusado este mesmo grupo de ter paralisado as operações da empresa de
venda de carnes brasileiras JBS.
Durante vários dias, as operações deste grupo na América do Norte e na
Austrália estiveram completamente paradas.
A 16
de junho, numa
cimeira em Genebra, Biden pediu a Vladimir Putin, o líder russo, que
parasse os hackers da Rússia e alertou que podia haver consequências caso os
ataques de ransomware (ataque informático que
toma o controlo do computador e exige um resgate) continuassem. Também no mês passado, Alejandro Mayorkas, secretário
do Departamento de Segurança interna (U.S. Department of Homeland Security),
disse em entrevista ao Observador que a Rússia “representa uma ameaça” à
cibersegurança dos aliados, o que inclui
Portugal.
“Este é um dos ataques
criminosos de ransomware de
maior alcance que a Sophos já viu”
Ross
McKerchar, vice-presidente da empresa da Sophos, uma empresa de cibersegurança britânica, disse esta segunda-feira “este é
um dos ataques criminosos de ransomware de
maior alcance que a Sophos já viu”.
“As vítimas estão localizadas numa variedade de lugares em todo o mundo; a
maioria nos Estados Unidos, Alemanha e Canadá, e ainda na
Austrália, Reino Unido e outras regiões”,
adiantou.
O
REvil tem
estado activo nas últimas semanas, incluindo no ataque à JBS, e actualmente é o
gang de ransomware dominante que a Sophos encontra nos casos de resposta
de ameaças geridas que resolve”,
revela a empresa.
Em
declarações enviadas às redacções, a empresa adianta que “alguns
ciberatacantes de ransomware bem-sucedidos
arrecadaram milhões de dólares em resgates” e
que este tipo de ataques pode “impactar muitas empresas ao mesmo tempo”,
criando perturbações na vida das pessoas. Esta
empresa alega também que o grupo REvil poderá estar por detrás do ataque deste
fim de semana.
SEGURANÇA
INFORMÁTICA TECNOLOGIA PIRATARIA
INFORMÁTICA INTERNET ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA MUNDO RÚSSIA
COMENTÁRIOS
Emilio Zola: Mais uma telenovela...acabam por contratar os
"piratas informáticos"
JB Dias: O Observador
levou um tempo até noticiar algo que ocorreu sábado passado ... o Joe também
não fazia ideia do que havia de dizer quando questionado sobre o tema. Será que
ficaram à espera que o homem conseguisse ordenar as ideias ...?
Henrique Pt: E preparem-se
pq é só o início. Os piratas podem ser privados mas estão ao mando do governo
russo. Possíveis sanções económicas vão ter este tipo de ataques como
retaliação. Russos e Chineses estão em vantagem numa ciberguerra. A Europa por
seu lado está totalmente refém e exposta.
Amando Marques: O Biden entregou
ao Putin uma lista de alvos que os EUA não iriam tolerar que fossem alvo de
ciber ataque pelos russos, tudo o que está fora dessa lista, prontos, o Biden
vai ter que gramar a bucha!!
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