quarta-feira, 14 de julho de 2021

Vem aí a China


Mas não nos devemos ralar. Um vídeo o comprova.

 

VÍDEO de Elsa Tomé enviado pela Paula para o meu email: friendupdates@facebookmail.com

Elsa Tomé nele escreveu:

«11 de julho às 16:48: Terra-do-Fogo, onde os Oceanos Pacífico e Atlântico se tocam mas não se misturam devido aos fenómenos da osmolaridade, salinidade e das diferentes temperaturas! Impressionante e lindo!!!»

 

Hilton de la Hunt comentou: «na Amazónia onde se "juntam" os rios Solimões e Negro acontece o mesmo»

Apressei-me a consultar a Internet para a decifração do fenómeno da Osmolaridade, de prestimosa explicação brasileira, para preencher a lacuna vocabular da minha fraqueza linguística e científica e assim esclarecer melhor o tal fenómeno observado, indicado por Elsa Tomé, de dois mares de duas tonalidades diferentes, uma mais cinzenta, outra mais azul, querendo penetrar-se respectivamente, mas visivelmente impotentes, “osmolaridade, salinidade e diferentes temperaturas” estando na origem de tão estranha visão, como justificou Elsa Tomé:

*

NOTAS DA INTERNET

Online

«Osmolaridade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Osmolaridade, também conhecida como concentração osmótica, é a medida de concentração de soluto, definida como o número de osmoles de soluto por litro de solução (Osm/L). Enquanto a molaridade é a quantidade de moles de soluto por unidade da solução, a osmolaridade é a quantidade de osmoles de todas as partículas (permeantes e impermeantes) de soluto dispersas por unidade de volume da solução.

Unidade

A unidade da Concentração Osmótica é o Osm/L ou Osmole/L. Esta não é uma unidade do SI.

Tipos de Solutos

Osmolaridade é diferente de Molaridade porque alguns compostos podem se dissociar quando estão em solução, enquanto outros não podem.

Compostos iônicos, como sais, podem se dissociar em seus íons constituintes quando em solução, de forma que não há uma relação um-pra-um (função) entre as duas medidas. Por exemplo, o cloreto de sódio se dissocia em Na+ e Cl-. Assim, para cada MOL de Cloreto de sódio, há dois Osmoles (2 Osm): um de sódio outro de cloro. No caso do Cloreto de Magnésio, MgCl2, que se dissocia em um cátion Mg+ e dois ânions CL-, cada MOL de MgCl2 tem 3 Osmoles (3 Osm).

Já os compostos não iônicos não se dissociam. Assim, 1 MOL de glicose tem 1 Osm.

Osmolaridade vs. Tonicidade

Osmolaridade e Tonicidade são conceitos relacionados mas distintos. Osmolaridade mede a concentração de solutos por unidade de volume de solução, independente da membrana semipermeável. O conceito de tonicidade, por sua vez, é atrelado à permeabilidade ou não da membrana aos solutos da solução. Uma membrana é dita semipermeável se ela permite a passagem de solvente e de alguns solutos, mas não todos. Os solutos que podem cruzar livremente a membrana semipermeável não exercem pressão osmótica, logo entram no cálculo da Concentração Osmolar (Osmolaridade), mas não da Tonicidade……………….»

*

“Amei” o vídeo, que me mostrou quanto os poetas têm razões de peso e de “ciência” para atribuir tantas vezes à Natureza o tal animismo que a equipara ao Homem, com a alma e racionalidade deste capaz de todas as investidas, e que afinal encontramos já naquela, como os dois oceanos comprovam, poderosamente, entrechocando-se em perfeito equilíbrio de forças.

Sim, o Homem não é mais do que o apuramento de uma força poderosa por Deus criada, na formação do mundo, figura de estilização pelo pensamento, de uma “alma” que a cada passo observamos na natureza, amante e vingativa, como vamos vendo. Como até já o sentiam e justificavam os poetas barrocos, ao equiparar metaforicamente os diversos seres, que o homem, afinal, imita, nas suas inconstâncias de ambição e derrotismo:

À fragilidade da vida humana
Francisco de Vasconcelos

Fénix Renascida


Esse baixel nas praias derrotado
Foi nas ondas narciso presumido;
Esse farol nos céus escurecido
Foi do monte libré, gala do prado.

Esse nácar em cinzas desatado
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse Estio em vesúvios incendido
Foi zéfiro suave, em doce agrado.

Se a nau, o Sol, a rosa, a Primavera
Estrago, eclipse, cinza, ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,

Olha, cego mortal, e considera
Que é rosa, Primavera, Sol, baixel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.

Assim a China, hoje. Poderosa, ameaçadora, insinuante. Dois mundos chocando-se, o oriental e o ocidental. Mas, tal como os dois oceanos retratados, briosos, em choque, vamos esperar que não haverá ultrapassagem das barreiras impostas pelo bom senso. Que parece existir na Natureza, como o comprova o belo vídeo …

 

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