O autor da crónica, NUNO GONÇALO POÇAS, pelo que por cá se passa, de manipulação governativa de vária ordem, no que toca a cozinhada interpares, que parece esconder propósitos de outros falhanços económicos, ou ausência de prestação de contas e quaisquer outros projectos a ter em “contos”, ou mais propriamente em segredos, o alarde vindo todo em torno da covid19, a mostrar interesse e afecto pelas vidas dos cidadãos, de que a lei de admissão possível da eutanásia, como lembra um comentador, revela quanto são falsos, esses.
Se ainda não for proibido perguntar /premium
Será que 400 mil novos pobres chegam
para percebermos o buraco em que nos metemos ou temos de esperar para que os
governos vejam os seus poderes redobrados e a miséria a crescer por todos os
lados?
NUNO GONÇALO POÇAS. Colunista do Observador. Advogado, autor de
"Presos Por Um Fio – Portugal e as FP-25 de Abril
OBSERVADOR, 06 jul
2021
Os
tempos estão mais para cumprir ordens do que para as questionar. Na
verdade, não estou absolutamente seguro de que uma sociedade como a nossa – e a
sociedade ocidental, em geral – tenha ainda capacidade para questionar seja o
que for de forma racional e não sentimental. Não estou certo de que sejamos,
enquanto colectivo, capazes de reagir para lá do sensacionalismo
provocado por órgãos de comunicação social também eles viciados em sentimentos,
em reacções instantâneas, em indignações fortes e breves, e por governos
afundados, aqui e por todo o lado, em corrupção, em nepotismo, em decadência
moral, e altamente ameaçados por movimentos políticos que prometem muito
músculo, muita força bruta e muita pureza. Sociedades
que vivem há décadas sem passar por uma grande contrariedade, um conflito, uma
dificuldade social ou económica vivida colectivamente, conjugadas com este
estado dos media e dos governos democráticos não podiam responder a uma
pandemia provocada por um vírus tão comum como tantos outros da forma como
tantos e tantos cientistas têm afirmado ao longo do último ano e meio:
aprendendo a viver com ele.
Viciados no risco zero, no permanentemente belo e jovem, mais preocupados com
icebergues do que com o vizinho do lado, parece que, por fim, aceitámos
tudo aquilo que os governos democráticos, ou assim descritos, nos propuseram
para defender a saúde pública, com base num único pressuposto: a ideia
infantil de que é possível eliminar o risco.
Imagine o leitor o mesmo cenário há 30 ou 40 anos: com a mancha sanitária e social que foi a SIDA, aquela
sociedade sobreviveu com normalidade e nunca ninguém foi proibido por qualquer
Estado de manter relações sexuais com quem lhe apetecesse e da forma que melhor
lhe soubesse. Mas
os tempos são outros. E mesmo que
sejam mais susceptíveis de criar cumpridores de ordens de governos que
nos convenceram de que nos estão a salvar, ainda
são tempos para fazer perguntas – pelo menos para
já não estamos proibidos de as fazer, ficamos apenas com a pouco saudável sensação de que uma
multidão de “crentes na ciência” (ao contrário dos “negacionistas”) fica com a breve mas furiosa necessidade de nos
queimar ali para os lados da Praça do Comércio num domingo soalheiro, se
garantida a distância social, como lhe chamam.
Morreram
mais de 17 mil pessoas em ano e meio e continuamos sem saber qual o perfil da
vítima da doença. Acima ou
abaixo da esperança média de vida? Com mais de duas doenças graves e em estado
terminal, ou não? Há um perfil de doente a proteger ou ainda estamos na
narrativa dos telejornais, que alertam a cada hora para a possibilidade de
morrermos todos para a semana?
Há um ano disseram-nos que nos íamos
fechar em casa por duas semanas para o SNS ter tempo de se fortalecer. O Governo já teve tempo suficiente, ou ainda precisa
de mais duas semanas? Os ventiladores que iam chegar naquelas duas semanas
sempre chegaram? Quanto custaram? De onde vieram? Estão a funcionar? Quantas
camas, quantos médicos, enfermeiros e auxiliares foram contratados a mais no
último ano e meio?
As vacinas com que se estão a vacinar
milhões de pessoas foram aprovadas da mesma forma que todas as outras vacinas
que (e bem) tomamos, ou não? Se as vacinas, porventura, foram aprovadas sem
cumprir todos os protocolos por razões de “emergência sanitária”, conhecem-se
todos os efeitos secundários que as mesmas podem provocar, ou não, a médio e
longo prazo? Se sim, quais são? Se não, porque é que se está a obrigar o país
inteiro a tomar a vacina? Porque é que a ausência de risco zero da vacina é
aceitável e a ausência de risco zero da doença é intolerável? Porque é que se
diz que a vacina não é obrigatória se quem não a toma fica impedido de exercer
direitos e liberdades básicas, sabendo, por exemplo, que algumas partes do
globo não o fizeram? Porque é que a vacina oferece aos seus beneficiários um
certificado sanitário se depois continuam a ter de usar máscara, escafandro,
álcool gel, distância física e de fazer testes para ir tomar a bica? Porque é
que um vacinado tem de se isolar se está saudável e vacinado? Serve para quê,
afinal? Porque é que o CDC americano veio dizer explicitamente que todos os
vacinados podem fazer tudo em plena liberdade e nós não? Porque é que se fala
em vacinar populações a 100%, incluindo crianças e jovens, sem que se conheçam
os efeitos totais da vacinação? Alguém sabe ou perguntou qual é a percentagem
de mortos abaixo dos 18 anos que faça justificar o recurso a estas vacinas numa
camada da população que nem sequer pode escolher? E as 13 mil crianças que há
um ano se sabia que tinham ficado sem vacina contra o sarampo por causa
do lockdown? Já receberam a vacina respectiva ou essa deixou de ser
importante?
Porque é que nós sabemos praticamente
desde o primeiro dia que a doença era gravíssima em idosos, especialmente
aqueles que tinham outras complicações de saúde associadas, e o que fizemos foi
ficar a ver esses mesmos idosos a morrer nos lares e decidimos fechar populações
saudáveis em casa? Porque é
que deixámos morrer velhos nos lares, muitos deles ilegais, e ao mesmo tempo
permitimos que uma geração de crianças perdesse praticamente dois anos do seu
percurso escolar e do seu crescimento saudável? Já sabem quantos lares ilegais
há em Portugal? O que fizeram no último ano e meio para resolver o problema dos
cuidados oferecidos à velhice? Que planos sanitários foram criados para
prevenir eventuais focos da doença nos lares? A ministra da Saúde chegou a
dizer que os lares tinham de criar os seus próprios planos de resposta. O que
foi feito ao longo dos meses para evitar a desgraça que se viu?
Porque é que o vírus ia ver os jogos
da primeira liga de futebol (daí não haver público nos estádios portugueses há
ano e meio) e não ia aos concertos no Campo Pequeno? O vírus não gosta do Bruno Nogueira e adora bola?
Porque é que a variante delta não passa de Vila Franca nem vai a Tróia de barco
aos fins-de-semana, se afinal ela só gosta de andar na rua entre as 23h e as
5h, pela fresca? Porque é que os encontros na rua estiveram limitados a
determinado número de pessoas se podíamos ir ao supermercado todos ao mesmo
tempo? O vírus não vai às compras? Porque é que se exigem testes e medidas
de distanciamento para ir a casamentos, baptizados ou eventos culturais, se
acabamos todos ao molho nos autocarros, no metro e nos comboios? Já agora: a
oferta de transportes públicos aumentou para evitar ajuntamentos ou manteve-se
tudo na mesma ou pior, para andarmos todos mais aconchegados? E porque é que as
pessoas que acham que este tipo de medidas faz sentido são tidas como
cumpridoras e “crentes na ciência” e um tipo que as ache estapafúrdias é
considerado meliante, chalupa, anti-vacinas e primo do bruxo de Fafe? Porque é
que toda a gente aceita que as polícias acenem permanentemente com o bastão sem
legitimidade legal que sustente condutas como aqueles espancamentos a miúdos
que estavam na rua?
Porque
é que, pela primeira vez desde que há sistemas de saúde, nós acreditámos que
tínhamos vindo ao mundo para salvar o SNS, em vez de acharmos que era o SNS,
pago com os nossos impostos e gerido por gente que nós elegemos, que tem o
dever de fazer tudo o possível para nos salvar a nós? Porque é que nós
toleramos canais públicos de denúncia de comportamentos alheios?
Porque
é que o discurso de defesa da Constituição foi abandonado, agora que falamos em
direitos e liberdades básicas e não em salários? Porque é que o Governo invoca,
em Junho e Julho de 2021, um pretenso “estado de calamidade”, quando o SNS está
muito abaixo dos níveis a que esteve em Janeiro, e quando em Janeiro até esteve
abaixo do que esteve no mesmo período de 2019? Qual é a calamidade, quando
desde Fevereiro a mortalidade global do país está dentro ou mesmo abaixo da
média dos últimos dez anos? Se não está a morrer mais gente do que é
normal, se os serviços de saúde não estão sequer perto dos seus períodos mais
críticos, que calamidade estamos nós a viver? Porque é que os infectados,
mesmo que sem sintomas, se tornaram mais importantes nas narrativas do Governo
e da comunicação social em vez dos mortos? Podem
dizer-nos qual é a taxa de positividade de Junho de 2021 e do mesmo período do
ano passado? Se estamos a fazer mais testes e se a percentagem de positivos é
menor que a de Junho de 2020, o que é que explica a “escalada da variante
delta”? Alguém sabe o que aconteceu à variante delta na Índia? Subiu, teve um
pico e desceu como todas as variantes ou já não há indianos?
Porque é que o Conselho Nacional de
Saúde Pública nunca mais reuniu? Isto é ou não é um problema de saúde pública?
E o CNSP não tinha de ser ouvido antes de ser decretado o estado de emergência?
Porque é que nomes como os de Jorge Torgal ou Fernando Nobre passaram a ser
tratados como ignorantes? Porque é que os médicos convertidos em pop
stars televisivas nos alertam mensalmente para o caos do SNS e para o fim
do mundo que aí vem? Será porque o SNS é de facto um caos, é-o há muitos anos,
e estão a aproveitar os tempos para reivindicar condições que até mereciam
antes, ou porque o SNS só entrou em colapso com a pandemia? Porque é que
milhões de consultas, milhares de cirurgias, de diagnósticos, tudo por fazer,
não têm interesse nenhum? Porque é que a saúde pública foi substituída por uma
política que trata uma só doença como a única de que é proibido morrer e ignora
todas as outras?
Será que 400 mil novos pobres chegam
para percebermos o buraco em que nos metemos ou temos de esperar mais uns
tempos para que os governos, este e outros, vejam por uma vez a sua
legitimidade reforçada, os seus poderes redobrados e a miséria a crescer por
todos os lados? Porque é que já aceitámos dividir a sociedade, por causa de uma
doença, entre bons e maus, entre puros e impuros? Porque é que aceitámos a
pobreza provocada de tantos? Porque é que nos calámos enquanto víamos tantos
velhos a morrer, muitos deles com falta de cuidados, até de água, para evitar
possíveis contágios? Porque é que aceitámos com naturalidade que profissionais
de saúde ou de lares fossem impedidos de entrar em casa pelas próprias famílias
com medo do vírus? Porque é que o que não aparece nas televisões pura e
simplesmente não existe? Que raio de mundo criámos nós em silêncio, em pânico,
com medo da própria sombra?
PANDEMIA SAÚDE GOVERNO POLÍTICA SERVIÇO
NACIONAL DE SAÚDE PAÍS CORONAVÍRUS SAÚDE PÚBLICA MINISTÉRIO DA
SAÚDE
COMENTÁRIOS
Anarquista Inconformado: Que é isso de 400 mil novos pobres, comparados com o
milhão de empobrecidos forçosamente em 2011, para enriquecer os banqueiros
privados e a sua tribo de saqueadores? Memória não tem senhor colunista, ou tem medo de
desmontar a croniqueta.
Sapatão Machista: Desde que a Manuela, o Alegre, o Pacheco, e apêndices tiverem dinheiro para
cabeleireiros, barbeiros e lixeiras em armazém, está tudo bem. O problema é quando lhes são
retirados uns trocos passamos logo para um estado de espirais recessivas,
retrocessos civilizacionais, até lá com as desgraças dos outros podem eles bem.Manuel
Ferreira21: Desejo vincar a minha posição:
dos melhores artigos publicados no "Observador". Se for de leitura
reservada, solicito que libertem este artigo. Francisco Tavares de Almeida: Merecidíssima primeira posição
nos artigos de opinião. Quanto ao título, a palavra-chave é "ainda". Pedro Quadros : Dos melhores artigos sobre a
pandemia que tenho lido - questiona, promove a reflexão e a racionalidade. Manuel Ferreira21: Excelente artigo. Vou guardar.
Como é possível que uma sociedade que passou pelo cartesianismo, iluminismo,
positivismo e mesmo pela filosofia hermenêutica, tenha regressado aos tempos do
dogmatismo divino e dos Reis absolutos (Marcelo&Costa) da idade média. Nem
ciência, nem constituição, estamos lindos. Posso afirmar que vivemos tempos com
muito mofo Salazarento, mas ninguém se incomoda. Salazar na sua campa rasa do
Vimieiro ri-se desta pseudodemocracia. Luís Martins: Tanta pergunta para uma só resposta: incompetência e
irresponsabilidade. O PS colonizou o Estado e toda a Administração Pública, colocou nos cargos
de Direcção Geral indivíduos sem experiência e/ou formação específica, alguns
que ainda ontem usavam calções e piercing. Ana Santos: Muito bom! Confesso que fiquei
"confortada" ao ler este texto porque há com certeza muita gente com
as mesmas dúvidas e que muito gostariam de as ver discutidos, de forma
científica, franca e aberta nos nossos media. De momento não me parece que seja
possível. O medo do papão que os políticos querem perpetuar continua a
desgraçar os desfavorecidos e a tornar a sociedade completamente desprovida de
raciocínio critico. Obrigada pela coragem,
Harry Dean Stanton: “Sociedades que vivem há décadas sem passar
por uma grande contrariedade, um conflito, uma dificuldade social ou económica
vivida colectivamente…” Até os astronautas que passam meses seguidos na estação espacial chegam à
terra mais conscientes da vida na terra.
João Diogo: Excepcional crónica do melhor que li até hoje, cuidado, mais um
negacionista perigoso, o zé maria avençado já aí vem para te dar cabo do juízo. Jose Infante: Acabem com a censura.
Pontifex Maximus: Tenho dado por mim a pensar que
o problema actual do Ocidente (em sentido lato, incluindo as democracias das
Américas, da África, da Ásia e do Pacifico) foi a queda do muro de Berlim e do
comunismo. O muro levou-nos o sentido da necessidade e da urgência da democracia
e das liberdades fundamentais, o foco do inimigo dos nossos valores formatados
sobretudo no período clássico (greco-romano, com a criação das ciências e do
espírito científico) e iluminista e o empunhar de bandeiras absurdas pela
esquerda desde o último quartel do século XX, como a questão do género e das
raças e agora também da quase equiparação entre humanos e animais irracionais,
que são básicas e percepcionáveis por quem queira ver o óbvio; e mais, se até
agora os partidos da esquerda democrática socialista/ trabalhista / social
democrata, que em aliança com os da direita democrática conservadora /
democrata-cristã permitiram o inacreditável levantamento da Europa das cinzas a
que absurdamente os seus líderes dos anos 20 e 40 a levaram, o futuro
infelizmente já nada pode esperar de bom de uns e de outros, pelo que é uma
interrogação enorme e preocupante: estaremos condenados a voltar 100 anos na
escala do tempo e voltar a eleger profetas da desgraça pois outros não existem?
A força ameaçadora da China comunista forçará o Ocidente a acordar? Claro que
até aos anos 70 do século XX ainda havia no Ocidente a força das religiões
cristãs, mas até isso acabou há meio século perante a cobarde rendição aos
diversos islamismos (ao contrário do que se poderia pensar, não só aos
fundamentalistas), o que para mim, que sou agnóstico ateu, me deixa sem
esperança pois eram a última barreira contra a fatal desagregação da nossa
civilização. Sim, estamos como no início da formação dos estados europeus,
ainda sob mas na antevisão da queda do império romano do ocidente perante as
hordas germanas (visogodos, se início) e asiáticas (hinos) que no século IV
começavam a penetrar as fronteiras. André Ondine: Daqui a uns anos, olharemos
para trás e veremos os anos Sócrates como anos saudáveis e toleráveis, em comparação
com os anos habilidosos. A pandemia não é desculpa. É importante lembrar que a
elaboração de orçamentos bonitos e consensuais à esquerda (todos eles alvo de
cativações violentas que tornaram a sua execução em exercícios de ficção) e as
suas execuções deficientes delapidaram o Estado Social e tornaram o Estado
ineficiente e ineficaz. A pandemia só veio agravar um Estado já decadente. Mas
serve para disfarçar os malefícios da governação habilidosa, pois serve como
desculpa para quem tem memória curta ou inquinada. Os anos habilidosos serão
vistos, quando forem vistos com objectividade e imparcialidade, como os anos da
delapidação do Estado Social, da decadência de valores e princípios básicos em
democracia, da desresponsabilização política, da arrogância militante. Há pior
herança que esta? Não há. Veremos isso brevemente. advoga diabo: Misturar inevitáveis
dificuldades económicas derivadas da pandemia, comuns a todo o globo e só
ultrapassáveis a médio prazo, com opções sociais como a eutanásia, que
corresponde a profundo acto de liberdade individual, resulta de profunda
má fé, e inconfessável objectivo do retorno a uma sociedade atrasada pela
alienação onde meia dúzia exploram todos os outros! Tiago Maymone: Só espero que se levantem cada
vez mais vozes assim. Estava a começar a achar que era um marciano… Elvis Wayne: Eutanásia, Censura, Compra da
Comunicação Social, Prisão Domiciliária Massiva, etc...Não sei bem porquê, mas
acho que já começo a ver para onde caminhamos. Heil Kosta! Supremo Líder da
União das Repúblicas Pelintras Portuguesas (URPP). Ricardo Grade: Apenas faltou dizer que em
dezembro de 2020 se propagandeava a liberdade de escolher como queríamos
morrer, a propósito da eutanásia, e em março de 2020, estávamos proibidos de
sair de casa, para não morrermos! Afinal, em que saco é que enfiaram a
dignidade humana e o seu livre arbítrio? Também ficou confinada pelo covid ou
somente pela pura hipocrisia dos portugueses?! Pedro: Provavelmente o melhor artigo que
li no último ano. Parabéns ao autor. O mundo que se está a criar é um mundo de
dejectos (para não ser malcriado) e por acólitos da religião socialismo, da
religião do politicamente correcto, da religião do progressismo, da religião do
ambientalismo e da religião dos medrosos.
Zé da Esquina: Excelente artigo! Francisco Correia: Há 100 anos também houve uma
pandemia, que se estima tenha morto cerca de 50 milhões de pessoas numa
população inferior a 2 mil milhões e a vida continuou. Hoje há uma pandemia, que matou
até ao momento cerca de 4 milhões de pessoas (a maioria idosa ou com problemas
de saúde prévios) numa população superior a 7 mil milhões, e nada mais importa
do que a covid (vide abertura dos noticiários). O autor acerta na mosca, quando
refere "Sociedades que vivem há décadas sem passar por uma grande
contrariedade, um conflito, uma dificuldade social ou económica vivida colectivamente...".
A sociedade ocidental está a ficar como aqueles miúdos criados com todos o
conforto, sem nenhuma contrariedade e portanto sem educação. À primeira
contrariedade, fazem uma fita (choram baba e ranho), tentando fazer crer que
será o fim do mundo, caso a sua vontade não seja satisfeita. José Paulo C Castro: Tenho para mim que a actual
pandemia serviu para a criação de um fenómeno que andava a ser ensaiado há uma
década, pelo menos: a ascensão dos media como forma definitiva de controlo
político.Não é à toa que, junto com as restrições, surgiram as leis da 'censura
digital' e se tornou a população confinada dependente do acesso a canais de
informação controlados. Da mesma forma, foram afastados e calados opositores,
rotulados de "negacionistas" ou afins, preenchendo o espaço mediático
com substitutos alinhados com os media dominantes. Esta ascensão do quarto poder a
poder superior precisa de uma população manipulável e sensível ao
'sensacionalismo institucional'. A pandemia serviu de ocasião para provar isso.
Porquê esse
teste agora ? Talvez porque as últimas crises financeiras deixaram tudo à beira
de uma inflação mundial crescente e convém ter a população convencida que tudo
se deveu a um factor externo e que não decorre das tendências anteriores. Português indignado: Excelente artigo. Este Governo
tem sido desastroso, só sabe governar intoxicando as pessoas com medo e mais
medo. Só a covid importa, e as outras doenças ? Milhares de portugueses podiam
estar vivos hoje ( doentes não covid) se não fosse o preconceito ideológico
desta ministra da saúde ( que criatura irritante e esganiçada...) e do
arrogante do primeiro ministro. Desde o inicio da pandemia que deviam ter
recorrido logo aos hospitais privados e sociais, para evitar atrasos enormes
nas cirurgias, consultas de especialidade e actos médicos em doentes com outras
doenças. Vão ter de viver com isso o resto da vida deles, sabendo que muitos
portugueses os consideram uns irresponsáveis e culpados da morte de muitos cidadãos,
mortes evitáveis, mas o preconceito ideológico e o frete aos comunistas e
extrema esquerda para conseguirem se manter no poder falou mais alto !!!! Joaquim Moreira: Este conjunto de interrogações,
responde a esta e a muitas outras questões. Desde logo, a de haver quem
considere que temos uma excelente ministra da saúde (e não foi pelo mesmo que
considera excelente o seu ministro da administração interna). Mas também à
velha questão de que não temos líder da oposição. Na verdade, estas
interrogações sobre o comportamento da sociedade dão-nos uma visão quase
perfeita da realidade! Que, quase já só tem uma qualidade para registar, que
é a de ainda não ser proibido perguntar! Mas tirando esta qualidade, que é
muito pouco normal, o resto é uma espécie de eco da CS. Que faz a cabeça da
sociedade duma maneira tal, que parece (se não for mesmo) uma extensão do
desgoverno a que está sujeito Portugal. Portanto, e numa declaração final: vai
ser muito difícil conseguir mudar esta sociedade nacional, vítima duma enorme
anestesia geral! Manuel
Ferreira21 > Joaquim Moreira: É inadmissível que Rui Rio dê
cobertura à inconstitucionalidade(meu entendimento) do recolher obrigatório e o
grupo parlamentar não peça ao TC para confirmar a constitucionalidade. Não vou
perdoar. bento
guerra. Teremos de
aguardar que a fila aumente, porque enquanto houver porta-moedas
"bazucal" ,l á vamos ,cantando e rindo Manuel F .: Questões muito pertinentes Artigo
muito lúcido. O que alem disto tudo me preocupa é ver uma alta percentagem de
pessoas vacinadas com a segunda dose a serem infetadas pelo Covid.
E verificar que
em 18 meses os chamados especialistas nada sabiam sobre o assunto……………………………………..
Filhos Freitas: Resumo incrível que nos devia a todos levar à reflexão.
Quanto mais tempo vamos andar nisto? É
que depois da Delta vem a ípsilon e por aí em diante... Protejam-se os mais
vulneráveis e deixem-se os restantes viver.
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