quarta-feira, 7 de julho de 2021

Nota-se que se sente indignado


O autor da crónica, NUNO GONÇALO POÇAS, pelo que por cá se passa, de manipulação governativa de vária ordem, no que toca a cozinhada interpares, que parece esconder propósitos de outros falhanços económicos, ou ausência de prestação de contas e quaisquer outros projectos a ter em “contos”, ou mais propriamente em segredos, o alarde vindo todo em torno da covid19, a mostrar interesse e afecto pelas vidas dos cidadãos, de que a lei de admissão possível da eutanásia, como lembra um comentador,  revela quanto são falsos, esses.

Se ainda não for proibido perguntar /premium

Será que 400 mil novos pobres chegam para percebermos o buraco em que nos metemos ou temos de esperar para que os governos vejam os seus poderes redobrados e a miséria a crescer por todos os lados?

NUNO GONÇALO POÇAS. Colunista do Observador. Advogado, autor de "Presos Por Um Fio – Portugal e as FP-25 de Abril

OBSERVADOR, 06 jul 2021

Os tempos estão mais para cumprir ordens do que para as questionar. Na verdade, não estou absolutamente seguro de que uma sociedade como a nossa – e a sociedade ocidental, em geral – tenha ainda capacidade para questionar seja o que for de forma racional e não sentimental. Não estou certo de que sejamos, enquanto colectivo, capazes de reagir para lá do sensacionalismo provocado por órgãos de comunicação social também eles viciados em sentimentos, em reacções instantâneas, em indignações fortes e breves, e por governos afundados, aqui e por todo o lado, em corrupção, em nepotismo, em decadência moral, e altamente ameaçados por movimentos políticos que prometem muito músculo, muita força bruta e muita pureza. Sociedades que vivem há décadas sem passar por uma grande contrariedade, um conflito, uma dificuldade social ou económica vivida colectivamente, conjugadas com este estado dos media e dos governos democráticos não podiam responder a uma pandemia provocada por um vírus tão comum como tantos outros da forma como tantos e tantos cientistas têm afirmado ao longo do último ano e meio: aprendendo a viver com ele.

Viciados no risco zero, no permanentemente belo e jovem, mais preocupados com icebergues do que com o vizinho do lado, parece que, por fim, aceitámos tudo aquilo que os governos democráticos, ou assim descritos, nos propuseram para defender a saúde pública, com base num único pressuposto: a ideia infantil de que é possível eliminar o risco. Imagine o leitor o mesmo cenário há 30 ou 40 anos: com a mancha sanitária e social que foi a SIDA, aquela sociedade sobreviveu com normalidade e nunca ninguém foi proibido por qualquer Estado de manter relações sexuais com quem lhe apetecesse e da forma que melhor lhe soubesse. Mas os tempos são outros. E mesmo que sejam mais susceptíveis de criar cumpridores de ordens de governos que nos convenceram de que nos estão a salvar, ainda são tempos para fazer perguntas – pelo menos para já não estamos proibidos de as fazer, ficamos apenas com a pouco saudável sensação de que uma multidão de “crentes na ciência” (ao contrário dos “negacionistas”) fica com a breve mas furiosa necessidade de nos queimar ali para os lados da Praça do Comércio num domingo soalheiro, se garantida a distância social, como lhe chamam.

Morreram mais de 17 mil pessoas em ano e meio e continuamos sem saber qual o perfil da vítima da doença. Acima ou abaixo da esperança média de vida? Com mais de duas doenças graves e em estado terminal, ou não? Há um perfil de doente a proteger ou ainda estamos na narrativa dos telejornais, que alertam a cada hora para a possibilidade de morrermos todos para a semana?

Há um ano disseram-nos que nos íamos fechar em casa por duas semanas para o SNS ter tempo de se fortalecer. O Governo já teve tempo suficiente, ou ainda precisa de mais duas semanas? Os ventiladores que iam chegar naquelas duas semanas sempre chegaram? Quanto custaram? De onde vieram? Estão a funcionar? Quantas camas, quantos médicos, enfermeiros e auxiliares foram contratados a mais no último ano e meio?

As vacinas com que se estão a vacinar milhões de pessoas foram aprovadas da mesma forma que todas as outras vacinas que (e bem) tomamos, ou não? Se as vacinas, porventura, foram aprovadas sem cumprir todos os protocolos por razões de “emergência sanitária”, conhecem-se todos os efeitos secundários que as mesmas podem provocar, ou não, a médio e longo prazo? Se sim, quais são? Se não, porque é que se está a obrigar o país inteiro a tomar a vacina? Porque é que a ausência de risco zero da vacina é aceitável e a ausência de risco zero da doença é intolerável? Porque é que se diz que a vacina não é obrigatória se quem não a toma fica impedido de exercer direitos e liberdades básicas, sabendo, por exemplo, que algumas partes do globo não o fizeram? Porque é que a vacina oferece aos seus beneficiários um certificado sanitário se depois continuam a ter de usar máscara, escafandro, álcool gel, distância física e de fazer testes para ir tomar a bica? Porque é que um vacinado tem de se isolar se está saudável e vacinado? Serve para quê, afinal? Porque é que o CDC americano veio dizer explicitamente que todos os vacinados podem fazer tudo em plena liberdade e nós não? Porque é que se fala em vacinar populações a 100%, incluindo crianças e jovens, sem que se conheçam os efeitos totais da vacinação? Alguém sabe ou perguntou qual é a percentagem de mortos abaixo dos 18 anos que faça justificar o recurso a estas vacinas numa camada da população que nem sequer pode escolher? E as 13 mil crianças que há um ano se sabia que tinham ficado sem vacina contra o sarampo por causa do lockdown? Já receberam a vacina respectiva ou essa deixou de ser importante?

Porque é que nós sabemos praticamente desde o primeiro dia que a doença era gravíssima em idosos, especialmente aqueles que tinham outras complicações de saúde associadas, e o que fizemos foi ficar a ver esses mesmos idosos a morrer nos lares e decidimos fechar populações saudáveis em casa? Porque é que deixámos morrer velhos nos lares, muitos deles ilegais, e ao mesmo tempo permitimos que uma geração de crianças perdesse praticamente dois anos do seu percurso escolar e do seu crescimento saudável? Já sabem quantos lares ilegais há em Portugal? O que fizeram no último ano e meio para resolver o problema dos cuidados oferecidos à velhice? Que planos sanitários foram criados para prevenir eventuais focos da doença nos lares? A ministra da Saúde chegou a dizer que os lares tinham de criar os seus próprios planos de resposta. O que foi feito ao longo dos meses para evitar a desgraça que se viu?

Porque é que o vírus ia ver os jogos da primeira liga de futebol (daí não haver público nos estádios portugueses há ano e meio) e não ia aos concertos no Campo Pequeno? O vírus não gosta do Bruno Nogueira e adora bola? Porque é que a variante delta não passa de Vila Franca nem vai a Tróia de barco aos fins-de-semana, se afinal ela só gosta de andar na rua entre as 23h e as 5h, pela fresca? Porque é que os encontros na rua estiveram limitados a determinado número de pessoas se podíamos ir ao supermercado todos ao mesmo tempo? O vírus não vai às compras? Porque é que se exigem testes e medidas de distanciamento para ir a casamentos, baptizados ou eventos culturais, se acabamos todos ao molho nos autocarros, no metro e nos comboios? Já agora: a oferta de transportes públicos aumentou para evitar ajuntamentos ou manteve-se tudo na mesma ou pior, para andarmos todos mais aconchegados? E porque é que as pessoas que acham que este tipo de medidas faz sentido são tidas como cumpridoras e “crentes na ciência” e um tipo que as ache estapafúrdias é considerado meliante, chalupa, anti-vacinas e primo do bruxo de Fafe? Porque é que toda a gente aceita que as polícias acenem permanentemente com o bastão sem legitimidade legal que sustente condutas como aqueles espancamentos a miúdos que estavam na rua?

Porque é que, pela primeira vez desde que há sistemas de saúde, nós acreditámos que tínhamos vindo ao mundo para salvar o SNS, em vez de acharmos que era o SNS, pago com os nossos impostos e gerido por gente que nós elegemos, que tem o dever de fazer tudo o possível para nos salvar a nós? Porque é que nós toleramos canais públicos de denúncia de comportamentos alheios?

Porque é que o discurso de defesa da Constituição foi abandonado, agora que falamos em direitos e liberdades básicas e não em salários? Porque é que o Governo invoca, em Junho e Julho de 2021, um pretenso “estado de calamidade”, quando o SNS está muito abaixo dos níveis a que esteve em Janeiro, e quando em Janeiro até esteve abaixo do que esteve no mesmo período de 2019? Qual é a calamidade, quando desde Fevereiro a mortalidade global do país está dentro ou mesmo abaixo da média dos últimos dez anos? Se não está a morrer mais gente do que é normal, se os serviços de saúde não estão sequer perto dos seus períodos mais críticos, que calamidade estamos nós a viver? Porque é que os infectados, mesmo que sem sintomas, se tornaram mais importantes nas narrativas do Governo e da comunicação social em vez dos mortos? Podem dizer-nos qual é a taxa de positividade de Junho de 2021 e do mesmo período do ano passado? Se estamos a fazer mais testes e se a percentagem de positivos é menor que a de Junho de 2020, o que é que explica a “escalada da variante delta”? Alguém sabe o que aconteceu à variante delta na Índia? Subiu, teve um pico e desceu como todas as variantes ou já não há indianos?

Porque é que o Conselho Nacional de Saúde Pública nunca mais reuniu? Isto é ou não é um problema de saúde pública? E o CNSP não tinha de ser ouvido antes de ser decretado o estado de emergência? Porque é que nomes como os de Jorge Torgal ou Fernando Nobre passaram a ser tratados como ignorantes? Porque é que os médicos convertidos em pop stars televisivas nos alertam mensalmente para o caos do SNS e para o fim do mundo que aí vem? Será porque o SNS é de facto um caos, é-o há muitos anos, e estão a aproveitar os tempos para reivindicar condições que até mereciam antes, ou porque o SNS só entrou em colapso com a pandemia? Porque é que milhões de consultas, milhares de cirurgias, de diagnósticos, tudo por fazer, não têm interesse nenhum? Porque é que a saúde pública foi substituída por uma política que trata uma só doença como a única de que é proibido morrer e ignora todas as outras?

Será que 400 mil novos pobres chegam para percebermos o buraco em que nos metemos ou temos de esperar mais uns tempos para que os governos, este e outros, vejam por uma vez a sua legitimidade reforçada, os seus poderes redobrados e a miséria a crescer por todos os lados? Porque é que já aceitámos dividir a sociedade, por causa de uma doença, entre bons e maus, entre puros e impuros? Porque é que aceitámos a pobreza provocada de tantos? Porque é que nos calámos enquanto víamos tantos velhos a morrer, muitos deles com falta de cuidados, até de água, para evitar possíveis contágios? Porque é que aceitámos com naturalidade que profissionais de saúde ou de lares fossem impedidos de entrar em casa pelas próprias famílias com medo do vírus? Porque é que o que não aparece nas televisões pura e simplesmente não existe? Que raio de mundo criámos nós em silêncio, em pânico, com medo da própria sombra?

PANDEMIA  SAÚDE  GOVERNO  POLÍTICA  SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE  PAÍS  CORONAVÍRUS  SAÚDE PÚBLICA  MINISTÉRIO DA SAÚDE

COMENTÁRIOS

Anarquista Inconformado: Que é isso de 400 mil novos pobres, comparados com o milhão de empobrecidos forçosamente em 2011, para enriquecer os banqueiros privados e a sua tribo de saqueadores? Memória não tem senhor colunista, ou tem medo de desmontar a croniqueta.             Sapatão Machista: Desde que a Manuela, o Alegre, o Pacheco, e apêndices tiverem dinheiro para cabeleireiros, barbeiros e lixeiras em armazém, está tudo bem. O problema é quando lhes são retirados uns trocos passamos logo para um estado de espirais recessivas, retrocessos civilizacionais, até lá com as desgraças dos outros podem eles bem.Manuel Ferreira21: Desejo vincar a minha posição: dos melhores artigos publicados no "Observador". Se for de leitura reservada, solicito que libertem este artigo.           Francisco Tavares de Almeida: Merecidíssima primeira posição nos artigos de opinião. Quanto ao título, a palavra-chave é "ainda".     Pedro Quadros : Dos melhores artigos sobre a pandemia que tenho lido - questiona, promove a reflexão e a racionalidade.      Manuel Ferreira21: Excelente artigo. Vou guardar. Como é possível que uma sociedade que passou pelo cartesianismo, iluminismo, positivismo e mesmo pela filosofia hermenêutica, tenha regressado aos tempos do dogmatismo divino e dos Reis absolutos (Marcelo&Costa) da idade média. Nem ciência, nem constituição, estamos lindos. Posso afirmar que vivemos tempos com muito mofo Salazarento, mas ninguém se incomoda. Salazar na sua campa rasa do Vimieiro ri-se desta pseudodemocracia.        Luís Martins: Tanta pergunta para uma só resposta: incompetência e irresponsabilidade. O PS colonizou o Estado e toda a Administração Pública, colocou nos cargos de Direcção Geral indivíduos sem experiência e/ou formação específica, alguns que ainda ontem usavam calções e piercing.     Ana Santos: Muito bom! Confesso que fiquei "confortada" ao ler este texto porque há com certeza muita gente com as mesmas dúvidas e que muito gostariam de as ver discutidos, de forma científica, franca e aberta nos nossos media. De momento não me parece que seja possível. O medo do papão que os políticos querem perpetuar continua a desgraçar os desfavorecidos e a tornar a sociedade completamente desprovida de raciocínio critico. Obrigada pela coragem,         Harry Dean Stanton:  “Sociedades que vivem há décadas sem passar por uma grande contrariedade, um conflito, uma dificuldade social ou económica vivida colectivamente…” Até os astronautas que passam meses seguidos na estação espacial chegam à terra mais conscientes da vida na terra. 

João Diogo: Excepcional crónica do melhor que li até hoje, cuidado, mais um negacionista perigoso, o zé maria avençado já aí vem para te dar cabo do juízo.           Jose Infante: Acabem com a censura.            Pontifex Maximus: Tenho dado por mim a pensar que o problema actual do Ocidente (em sentido lato, incluindo as democracias das Américas, da África, da Ásia e do Pacifico) foi a queda do muro de Berlim e do comunismo. O muro levou-nos o sentido da necessidade e da urgência da democracia e das liberdades fundamentais, o foco do inimigo dos nossos valores formatados sobretudo no período clássico (greco-romano, com a criação das ciências e do espírito científico) e iluminista e o empunhar de bandeiras absurdas pela esquerda desde o último quartel do século XX, como a questão do género e das raças e agora também da quase equiparação entre humanos e animais irracionais, que são básicas e percepcionáveis por quem queira ver o óbvio; e mais, se até agora os partidos da esquerda democrática socialista/ trabalhista / social democrata, que em aliança com os da direita democrática conservadora / democrata-cristã permitiram o inacreditável levantamento da Europa das cinzas a que absurdamente os seus líderes dos anos 20 e 40 a levaram, o futuro infelizmente já nada pode esperar de bom de uns e de outros, pelo que é uma interrogação enorme e preocupante: estaremos condenados a voltar 100 anos na escala do tempo e voltar a eleger profetas da desgraça pois outros não existem? A força ameaçadora da China comunista forçará o Ocidente a acordar? Claro que até aos anos 70 do século XX ainda havia no Ocidente a força das religiões cristãs, mas até isso acabou há meio século perante a cobarde rendição aos diversos islamismos (ao contrário do que se poderia pensar, não só aos fundamentalistas), o que para mim, que sou agnóstico ateu, me deixa sem esperança pois eram a última barreira contra a fatal desagregação da nossa civilização. Sim, estamos como no início da formação dos estados europeus, ainda sob mas na antevisão da queda do império romano do ocidente perante as hordas germanas (visogodos, se início) e asiáticas (hinos) que no século IV começavam a penetrar as fronteiras.           André Ondine: Daqui a uns anos, olharemos para trás e veremos os anos Sócrates como anos saudáveis e toleráveis, em comparação com os anos habilidosos. A pandemia não é desculpa. É importante lembrar que a elaboração de orçamentos bonitos e consensuais à esquerda (todos eles alvo de cativações violentas que tornaram a sua execução em exercícios de ficção) e as suas execuções deficientes delapidaram o Estado Social e tornaram o Estado ineficiente e ineficaz. A pandemia só veio agravar um Estado já decadente. Mas serve para disfarçar os malefícios da governação habilidosa, pois serve como desculpa para quem tem memória curta ou inquinada. Os anos habilidosos serão vistos, quando forem vistos com objectividade e imparcialidade, como os anos da delapidação do Estado Social, da decadência de valores e princípios básicos em democracia, da desresponsabilização política, da arrogância militante. Há pior herança que esta? Não há. Veremos isso brevemente.            advoga diabo: Misturar inevitáveis dificuldades económicas derivadas da pandemia, comuns a todo o globo e só ultrapassáveis a médio prazo, com opções sociais como a eutanásia, que corresponde a profundo acto de liberdade individual,  resulta de profunda má fé, e inconfessável objectivo do retorno a uma sociedade atrasada pela alienação onde meia dúzia exploram todos os outros!               Tiago Maymone: Só espero que se levantem cada vez mais vozes assim. Estava a começar a achar que era um marciano…              Elvis Wayne: Eutanásia, Censura, Compra da Comunicação Social, Prisão Domiciliária Massiva, etc...Não sei bem porquê, mas acho que já começo a ver para onde caminhamos. Heil Kosta! Supremo Líder da União das Repúblicas Pelintras Portuguesas (URPP).           Ricardo Grade: Apenas faltou dizer que em dezembro de 2020 se propagandeava a liberdade de escolher como queríamos morrer, a propósito da eutanásia, e em março de 2020, estávamos proibidos de sair de casa, para não morrermos! Afinal, em que saco é que enfiaram a dignidade humana e o seu livre arbítrio? Também ficou confinada pelo covid ou somente pela pura hipocrisia dos portugueses?!     Pedro: Provavelmente o melhor artigo que li no último ano. Parabéns ao autor. O mundo que se está a criar é um mundo de dejectos (para não ser malcriado) e por acólitos da religião socialismo, da religião do politicamente correcto, da religião do progressismo, da religião do ambientalismo e da religião dos medrosos.       Zé da Esquina: Excelente artigo!           Francisco Correia: Há 100 anos também houve uma pandemia, que se estima tenha morto cerca de 50 milhões de pessoas numa população inferior a 2 mil milhões e a vida continuou. Hoje há uma pandemia, que matou até ao momento cerca de 4 milhões de pessoas (a maioria idosa ou com problemas de saúde prévios) numa população superior a 7 mil milhões, e nada mais importa do que a covid (vide abertura dos noticiários). O autor acerta na mosca, quando refere "Sociedades que vivem há décadas sem passar por uma grande contrariedade, um conflito, uma dificuldade social ou económica vivida colectivamente...". A sociedade ocidental está a ficar como aqueles miúdos criados com todos o conforto, sem nenhuma contrariedade e portanto sem educação. À primeira contrariedade, fazem uma fita (choram baba e ranho), tentando fazer crer que será o fim do mundo, caso a sua vontade não seja satisfeita.           José Paulo C Castro: Tenho para mim que a actual pandemia serviu para a criação de um fenómeno que andava a ser ensaiado há uma década, pelo menos: a ascensão dos media como forma definitiva de controlo político.Não é à toa que, junto com as restrições, surgiram as leis da 'censura digital' e se tornou a população confinada dependente do acesso a canais de informação controlados. Da mesma forma, foram afastados e calados opositores, rotulados de "negacionistas" ou afins, preenchendo o espaço mediático com substitutos alinhados com os media dominantes. Esta ascensão do quarto poder a poder superior precisa de uma população manipulável e sensível ao 'sensacionalismo institucional'. A pandemia serviu de ocasião para provar isso. Porquê esse teste agora ? Talvez porque as últimas crises financeiras deixaram tudo à beira de uma inflação mundial crescente e convém ter a população convencida que tudo se deveu a um factor externo e que não decorre das tendências anteriores.                Português indignado: Excelente artigo. Este Governo tem sido desastroso, só sabe governar intoxicando as pessoas com medo e mais medo. Só a covid importa, e as outras doenças ? Milhares de portugueses podiam estar vivos hoje ( doentes não covid) se não fosse o preconceito ideológico desta ministra da saúde ( que criatura irritante e esganiçada...) e do arrogante do primeiro ministro. Desde o inicio da pandemia que deviam ter recorrido logo aos hospitais privados e sociais, para evitar atrasos enormes nas cirurgias, consultas de especialidade e actos médicos em doentes com outras doenças. Vão ter de viver com isso o resto da vida deles, sabendo que muitos portugueses os consideram uns irresponsáveis e culpados da morte de muitos cidadãos, mortes evitáveis, mas o preconceito ideológico e o frete aos comunistas e extrema esquerda para conseguirem se manter no poder falou mais alto !!!!        Joaquim Moreira: Este conjunto de interrogações, responde a esta e a muitas outras questões. Desde logo, a de haver quem considere que temos uma excelente ministra da saúde (e não foi pelo mesmo que considera excelente o seu ministro da administração interna). Mas também à velha questão de que não temos líder da oposição. Na verdade, estas interrogações sobre o comportamento da sociedade dão-nos uma visão quase perfeita da realidade! Que, quase já só tem uma qualidade para registar, que é a de ainda não ser proibido perguntar! Mas tirando esta qualidade, que é muito pouco normal, o resto é uma espécie de eco da CS. Que faz a cabeça da sociedade duma maneira tal, que parece (se não for mesmo) uma extensão do desgoverno a que está sujeito Portugal. Portanto, e numa declaração final: vai ser muito difícil conseguir mudar esta sociedade nacional, vítima duma enorme anestesia geral!        Manuel Ferreira21 > Joaquim Moreira: É inadmissível que Rui Rio dê cobertura à inconstitucionalidade(meu entendimento) do recolher obrigatório e o grupo parlamentar não peça ao TC para confirmar a constitucionalidade. Não vou perdoar.         bento guerra. Teremos de aguardar que a fila aumente, porque enquanto houver porta-moedas "bazucal" ,l á vamos ,cantando e rindo              Manuel F .: Questões muito pertinentes Artigo muito lúcido. O que alem disto tudo me preocupa é ver uma alta percentagem de pessoas vacinadas  com a segunda dose a serem infetadas pelo Covid. E verificar que em 18 meses os chamados especialistas nada sabiam sobre o assunto……………………………………..

Filhos Freitas: Resumo incrível que nos devia a todos levar à reflexão. Quanto mais tempo  vamos andar nisto? É que depois da Delta vem a ípsilon e por aí em diante... Protejam-se os mais vulneráveis e deixem-se os restantes viver.

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