domingo, 8 de setembro de 2024

Razões do colapso


Ocidental, previsto, afinal. JAIME NOGUEIRA PINTO explica. Comentadores também. O saber e a experiência – o receio e a decepção também – ajudando às justificações.

Sinais da Alemanha

No Domingo, 1 de Setembro, mais uma vitória da "extrema-direita" na Turíngia e na Saxónia. E mais "linhas vermelhas".

JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador

OBSERVADOR 7 set. 2024, 00:3351

Afinal talvez as ideias nacionalistas e conservadoras não sejam assim tão minoritárias. Pelo menos na Alemanha, pelo menos na Turíngia e na Saxónia, os dois Estados situados na ex-República Democrática Alemã, onde houve eleições no passado Domingo, 1 de Setembro.

O partido dito de extrema-direita AFD (Afirmativa pela Alemanha) teve 32,8% dos votos, ficando em primeiro lugar; depois ficou a CDU, Democracia Cristã, com 23,6%; a CDU é de centro-direita, mas em Portugal seria de direita; em terceiro lugar o novo partido, a Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), que merece comentário e explicação mais adiante, com 15,8%. Em quarto lugar, veio Die Linke (A Esquerda) que perdeu mais de metade dos votos, caindo para 13,1%.

A fechar ficaram os partidos actualmente no governo em Berlim: os sociais-democratas do SPD do Chanceler Scholz tiveram 6,1%, passando por pouco a barreira dos 5% necessária para ter direito a representação parlamentar; já os Verdes, com 3,2%, e os Liberais com 1,1% não entraram no parlamento local. Ou seja, nesta eleição estadual, a coligação no poder, mal passou dos 10% do voto popular.

Na Saxónia, os resultados não foram muito diferentes: a CDU ficou em primeiro, com 31,9%, seguida pela AFD com 30,6%. A BSW teve 11,8% e o SPD 7,3%.

A Esquerda (4,5%) e os Liberais (0,9%) não entraram. Os Verdes, inspiradores de uma política climática radical, conseguiram na Saxónia passar à tangente os 5%. Num episódio de campanha lamentável, em Dresden, Robert Habeck, vice-chanceler pelos Greens do actual governo, acusou a AFD e a BSW de “serem directamente pagos pela Rússia e por Pequim”.

O Fenómeno BSW

Comentando a acusação e considerando a possibilidade de agir criminalmente contra Habeck, Sahra Wagenknecht, foi dizendo que o vice-chanceler podia ser desculpado, considerando estar perturbado pelo desastre eleitoral do seu partido. Além disso, lembrou que Habeck deveria olhar para os seus telhados de vidro, já que os Verdes, segundo ela, são apoiados financeiramente por empresas de armamento. O que para um partido “verde”, defensor da pureza e limpeza do ambiente, não deixa de ser ou parecer anedótico.

De qualquer modo, Habeck, como ministro da Economia, tem dirigido a produção de armamento na Alemanha, onde empresas como a Rheinmetall multiplicaram a produção e as vendas, graças à guerra da Ucrânia. O fenómeno Wagenknecht é de certa forma extraordinário, mesmo nos tempos extraordinários que a Alemanha e a Europa estão a atravessar. O partido BSW – Bundnis Sahra Wagenknechtao qual, com grande originalidade, Sahra deu o seu nome, foi fundado no início deste ano e teve um grande sucesso que, olhando o mapa das votações, parece ter sido sobretudo à custa do partido de Extrema-Esquerda, Die Linke, a que Sahra pertencia.

Filha de um iraniano desaparecido e de uma “madre ragazza”, militante e quadro do antigo partido governante da RDA, estudiosa de Hegel e Marx e da relação filosófica entre ambos, Sahra foi membro do PDS – Partido do Socialismo Democrático – e aí defendeu posições de Esquerda radical, continuando a dizer-se comunista com o Die Linke, partido fundado pelo antigo político social-democrata Oskar Lafontaine, com quem Sahra veio a casar-se.

Tem um Doutoramento em microeconomia e em 2021 publicou um livro, Die Selbstgerechten (Os Hipócritas), que é um ataque em forma à Esquerda liberal, onde critica a hipocrisia dos progressistas da Nova Esquerda que, ao mesmo tempo que exaltam “a diversidade, o liberalismo e a tolerância”, fazem uma guerra aberta à fé, à nação e à pátria, que consideram “sinais de atraso”.

Critica também a “política de identidade” da Esquerda Liberal, que se foca na defesa “de cada vez mais pequenas e bizarras minorias, cada uma das quais foi encontrando uma identidade numa peculiaridade que a distingue da maioria da sociedade, e da qual vai derivar uma queixa de vitimização”. Sahra é uma crítica radical da imigração descontrolada, e defende princípios de igualdade e solidariedade social, mas também de independência e identidade nacional. Critica também a política de aliança militar com a Ucrânia que pode arrastar um conflito com a Rússia, e as sanções que cortaram as relações russo-alemãs com grave prejuízo para a economia do país.

Uma Economia Estagnada

O sucesso do modelo económico alemão assentava numa economia de pequenas e médias empresas, paralela à capacidade de produção industrial e de exportação de produtos de alta qualidade – como automóveis. Mas a quebra no crescimento da economia mundial na pandemia e pós-pandemia, afectou a procura externa, logo o sector exportação; por outro lado a concorrência chinesa, por exemplo nos carros eléctricos, também afectou a indústria automóvel alemã, que representa 800 mil empregos e 5% do PNB. Também a quebra das relações com a Rússia em termos energéticos tem prejudicado a indústria alemã, que representa 20% do PNB. E alguns sectores como a aviação – já que a Lufthansa, à semelhança de outras companhias europeias não pode sobrevoar a Rússia, por medidas de resposta de Moscovo às sanções da EU.

E a Alemanha sofre dos problemas gerais da Europa em termos de crise demográfica, o que explica também alguma permissividade migratória, que contribui para a cólera popular, e os votos na direita e na esquerda identitárias da AFD e da BSW.

Um sinal substantivo e simbólico da crise da economia alemã, a situação na Volkswagen que, pela primeira vez na sua longa história (a companhia foi fundada em 1937) parece considerar o encerramento de fábricas na Alemanha.

Esta possibilidade foi mencionada numa informação do CEO da companhia, Oliver Blume, depois de chamar a atenção para a crise geral e para a “séria situação” da indústria automóvel europeia – sendo a situação da Volkswagen particularmente crítica. E a crise, sublinha-se, permanece apesar de uma série de medidas de redução de custos.

As medidas anunciadas provocaram reacções dos sindicatos e do governo da Baixa Saxónia (há três Saxónias na Alemanha – a Saxónia Anhalt, a Baixa Saxónia, e a Saxónia tout court que foi a eleições), que detém 20% das acções da Volkswagen. A companhia emprega quase 700 mil pessoas em todo o mundo, das quais 300 mil na Alemanha. Além da marca inicial, do “carro do povo” hitleriano, tem no segmento alto a Audi, a Porsche e as mais modestas Seat e Skoda.

Porque é que isto se passa assim? Porque é que afinal na Alemanha, ou melhor na Alemanha de Leste, os nacionalistas e os conservadores não são minorias reaccionáriascomo em Portugalnas concepções de família, ou mesmo nas opiniões sobre as eleições americanas?

A economia é sempre o lado sensível nestas crises e consequências económico-sociais dos entusiasmos globalizantes e de uma economia capitalista financeira que atingiu vastas zonas do emprego industrial não especializado, na Europa e nos Estados Unidos, que criou milhões de desempregados ou empregados precários com baixos salários, perda de estatuto social e ociosidade forçada. O que semeou revolta e protesto. Mas também o entusiasmo das elites euro americanas pela ordem internacional liberal, a cruzada neoconservadora para a impor urbi et orbi, levaram à dissidência e reacção de outras elites e outros quadros.  E do povo. E como os partidos tradicionais, intimidados pela correcção política académico-mediática, deixaram cair os valores de orientação da tradição cristã europeia, trocando-os pelas cláusulas do liberal-chick e do progressismo decadente, os novos partidos e os novos líderes nacionais populistas, melhores ou piores que sejam, tiveram um novo espaço.

Linhas Vermelhas

Estas são as questões de fundo, na Alemanha e na Europa. Certo que na Alemanha, o detonador foi a onda migratória de 2015; mas a crise económica europeia, a decadência política, a subordinação aos interesses da administração Biden, o receio de uma escalada do conflito russo-ucraniano, tudo isso está aí a explicar um voto de rejeição e protesto que dá a dois partidos novos – a AFD e a BSK – no seu conjunto, quase metade do voto popular. Apesar de toda a propaganda contra.

Para variar, o Chanceler Olaf Scholz, cuja coligação SPD-Verdes-Liberais andou pelos 10% dos votos populares nas eleições de Domingo, teve a originalíssima reacção de recomendar às forças políticas que “fizessem governos estáveis”, sem “os extremistas da extrema-direita”. Estes extremistas já são, nestes Estados da Turíngia e da Saxónia, 30 a 33% dos eleitores. E se lhes somarmos os eleitores da BSW, cujos princípios em imigração e política exterior são próximos, vão quase aos 50%.

É certo que Sahra Wagenknecht tem dito que o seu partido não pode juntar-se com a AFD; mas no fundo o espírito e os programas aproximam-se em coisas importantes. E nestas coisas importantes – imigração, guerra – o BSW também está muito longe dos partidos do sistema, pelo que fazer um governo estável com eles não vai ser fácil.

ALEMANHA     EUROPA     MUNDO4

COMENTÁRIOS (de 55)

Rui Lima: Muito do voto é de medo pelo fim do nosso modo de vida e de dor pela perda do que tinham ao verem-se substituídos por outro povo , os sistemas de saúde em toda a Europa estão em colapso porque nenhum sistema social é sustentável com fronteiras abertas , bem explicado por  David Friedman numa entrevista numa frase . Arturo Pérez-Reverte um dos grandes escritores espanhóis que não será de direita fez um grande artigo sobre o fim da nossa civilização  e a Islamização da a Europa .Num texto publi­cado pela imprensa espa­nhola e tra­du­zido pela pri­meira vez para o fran­cês foi editado no Le Figaro no passado dia 2 , espero que em Portugal algum jornal o faça. Começa assim: « Estou no ter­raço de um café numa cidade do Norte de Itá­lia e, no espaço de meia hora, vejo pas­sar uma dúzia de mulhe­res muçul­ma­nas, com o rosto coberto, excepto os olhos. Alguns segu­ram as cri­an­ças pela mão, outros car­re­gam ces­tos de com­pras e, ao olhar para elas, penso na fria ine­vi­ta­bi­li­dade da his­tó­ria, no facto de a trans­for­ma­ção geo­po­lí­tica do Medi­ter­râ­neo hoje pas­sar por bar­cos impro­vi­sa­dos e de as ondas de migran­tes serem um fac­tor irre­ver­sí­vel da civi­li­za­ção. “E termina: “No entanto, não vive­rei o sufi­ci­ente para poder res­pon­der a uma per­gunta: ao trans­for­mar a Europa e apro­priar-se gra­du­al­mente dela, os muçul­ma­nos  pode­rão esca­par à misé­ria que dei­xa­ram para trás?  E aque­les que fogem do rigor islâ­mico e das suas con­se­quên­cias, para onde irão refu­giar-se quando toda a Europa se tor­nar uma mes­quita? “                  Ed 7: Está a acontecer, desde há décadas, uma traição à Europa e ao Ocidente. É por demais visível que várias forças globalistas concebem, financiam e executam um plano de enfraquecimento geral dos princípios e fundamentos da Civilização Europeia e Ocidental. Tudo está integrado e controlado por esses sectores: os meios de comunicação social, as agências de publicidade, o próprio processo constitucional e eleitoral. Portugal é um exemplo disto, há pelo menos 50 anos que os grupos socialistas-maçónicos põem e dispõem do país como se fosse uma reserva de caça. Ainda se mantém na lei fundamental uma sinistra referência ao socialismo. E até parece que não existe uma Resolução do Parlamento Europeu de 2 de Abril de 2009 a equiparar e condenar os regimes totalitários, nomeadamente o Comunismo e o Nazismo, ambos de base socialista. Nem se vislumbrou qualquer comemoração do “Black Ribbon Day” (23 de Agosto) em solidariedade com as vítimas dessas ideologias. No entanto, haja esperança, apesar de desenvolverem esforços para que vençam os seus sinistros propósitos, esses sectores vem com desespero o aumento vertiginoso de quem já não acredita na sua mensagem. Já se sente o vento da mudança. A derrota dos sectores socialistas maçónicos vai ser inevitável e total. E vão ter que enfrentar tribunais internacionais onde não vão poder por e dispor. Deus escreve direito por linhas tortas.                 Rui Lima > Manuel Gonçalves: Em poucos anos - não precisamos de séculos - está a acontecer uma brutal alteração na Europa como nunca na história. \ De hoje, num jornal  francês, passou a ser a normalidade,os casos são muitos  até que haja polícias que cheguem  para todos proteger , ou todos se calarem por medo. Esta a viver escondida com proteção de polícia, que fez de mal apenas disse isto . Excelente comentário, mas não são só os socialistas, são também os sociais democratas liberais, em Portugal representados pela AD!               Maria Cordes: Há um complot subterrâneo para minar a Europa, em todas as suas vertentes.O cidadão comum, cada vez mais ineducado, pelo arraso na escola da literacia, cidadania e valores, como o existente em Potugal, nas últimas décadas, o empobrecimento da população, a perda de identidade, pela entrada de hordas não assimiláveis e a atribuição da nacionalidade, a eito, e ainda , o facto de grande parte dessa entrada, pertencer à cultura islâmica, com a progressão de mesquitas e madrassas, discursos de ódios, pela calada, são o caldo em que a Europa se está a dissolver., com grande gáudio de uma esquerda frustrada e psicologicamente traumatizada. Do outro lado maçons e senhores do poder, de que praticamente, tudo ignoramos. Tem sido trigo limpo, pela passividade, astenia e mesmo colaboracionismo dos governantes anestesiados.              Rui Lima > Manuel Gonçalves: Caro Manuel coisas reais a realidade do dia a dia ver para crer o que acon­tece em muitas par­tes da Europa fácil de ver em Paris, Génova e Mar­se­lha….onde em largas áreas existe uma civilização de há muitos séculos lá o poder político pior que não existir está agachado os chamados territórios perdidos. Discutir o sexo dos anjos quando os  valores em que acreditávamo-nos  estão a arderl              Vitor Batista: . “Quantas mulhe­res devem ser mor­tas pelos tali­bãs para que o mundo reco­nheça o apartheid de género como um crime? Por ter denun­ci­ado o obs­cu­ran­tismo dos tali­bãs, por ter defen­dido as suas "irmãs" a atleta afegã Mar­zieh Hamidi, de 21 anos, foi vítima desde domingo de uma enxur­rada de ame­a­ças de morte.  Per­se­guida por men­sa­gens de ódio a França, o país dos Direi­tos Huma­nos" onde se refu­gi­ara há três anos, deve agora viver escon­dida, sob pro­tec­ção poli­cial…”                 Tim do AEd 7: Jaime Nogueira Pinto a explicar as eleições na Alemanha com mestria e clareza.              bento guerra: O sinal é a VW.vai fechar fábricas, a eco-estupidez europeia.              Maria Nunes: JNP, obrigada por mais um excelente e esclarecedor artigo.               Sérgio Rodrigues: Não percebo porque é que o “Novo assinante” não é banido do Observador.             Tim do A > Rui Lima: Territórios perdidos. Eu diria já colónias dos muçulmanos na Europa. A situação está a inverter-se face ao que existia até meados do século XX.               João Floriano: Excelente informação sobre o que aconteceu na Alemanha na passada semana. Pergunto como vai o governo de Olaf Scholz aguentar-se depois de uma derrota tão evidente? Alemanha e frança são dois bons casos de estudo sobre a democracia e o partidarismo na Europa. A percepção que se tem é que mesmo perante a objectividade dos números de votos, os partidos tradicionais se agarram como lapas ao poder e perturbam o bom funcionamento da democracia, pois os democratas são eles e não os que o povo escolheu. Foi assim em França com o RN, é agora assim na Alemanha embora as eleições tivessem sido para diferentes órgãos de soberania. O que a Alemanha prova igualmente é que não é só o centro que está em apuros. A esquerda tradicional  com as suas causas fracturantes  também já  não convence ninguém. Daí o tal fenómeno BSW. Por cá vai-se martelando no centrão, com as consequências e os resultados que estamos  a ver. A extrema-esquerda portuguesa está pelas ruas da amargura e não seria admiração se acontecesse algo parecido com o BSW. O problema está nas caras novas porque o mais provável será termos os do costume.                João Floriano > Maria Cordes: Excelente também o seu comentário, à semelhança do de Rui Lima. Começa a ser criminosa a passividade e  a indiferença com que os políticos no poleiro encaram este problema tão sério para  a sobrevivência dos europeus e do seu bem-estar, assim como dos que nos procuram para trabalhar e não para nos atacar.          Nuno Borges: A queda da Europa é também o fim da democracia. A democracia contém em si as sementes da sua queda.                 Tim do A: Mais um excelente e esclarecedor artigo de Jaime Nogueira Pinto.                Tim do A > Rui Lima: Muito bom comentário.             José B Dias > Rui Lima: Subscrevo!                Ronin kaishakunin > Rui Lima: O último parágrafo responde nas próprias perguntas às inquietações, se é que foram perguntas, mas sim respostas que o próprio, Arturo Pérez-Reverte, de forma retórica escreve. É da história do Islão actual, depois da constituição dos Estados árabes que por exemplo o UK ajudou a constituir, em parte contra os turcos na altura e depois com os USA, até por fim com os Neocons e destruição de muitos dos estados laicos, em nome da democracia em que eles próprios não acreditam. Agora e no futuro as perguntas aí estão, respondidas, afinal o Islão não é uma religião é uma ditadura política em nome de Alá de alguns, sobre a maioria dos crentes, miseráveis sempre, mas crentes que o digam os monarcas da Arábia Saudita e Marrocos ou os teocratas do Irão, ora desde a Idade Média que assim é.           GateKeeper >  Manuel Gonçalves: Meu caro MG, seria melhor estudar mais a fundo a História conhecida da Humanidade. Assim evitaria esta tipologia tão "corriqueira" e "à la mode" situacionista-globalista do Mundo. O tempo e 'os modos' actuais são incompatíveis com a sua análise "super estrutural" da(s) sociedade(s). Até porque, na verdade, o Poder nem está nas mãos de quem o apregoa aos 4 (?...) Ventos. Como já deveria saber, o verdadeiro poder "esconde-se" nas oligarquias do virtual/artificial dos ecrãs ; as/os "fake leaders actuais" são e continuarão a ser meros "serviçais bem remunerados" do efectivo Poder que jaz nas mãos dos ditos. Deixe lá as utopias em Paz e "desça à nossa Terra", sff.

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