sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Se bem me lembro

 

Era um homem timidamente sorridente - ou sorridentemente tímido –  para todos os efeitos, de uma ambiguidade simpática  – que aparentava não quebrar um prato. Não sei se quebrou os pratos do Zé. Os seus, deve tê-los preservado, que a timidez nem sempre oferece solidez suficiente para partir loiça própria. Voltará, pois, à loiça alheia, a ser eleito PR, de simpatia, essa, inquebrável, se aparentada com a reconhecida timidez.

Política /

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Pedro Duarte atira-se a Centeno e aos "brilharetes estatísticos" que foram bons para a "sua carreira política"

Quando se fala em Centeno para a Presidência (com apoios que podem vir da direita), o ex-ministro é apontado pelo Governo como responsável pela "estagnação" do país.

RITA TAVARES: Texto

MIGUEL VITERBO DIAS: Texto

OBSERVADOR, 25 set. 2024, 17:24 4 

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Numa altura em que se movem peças, também à direita, favoráveis a uma candidatura presidencial de Mário Centeno no Parlamento, o ministro dos Assuntos Parlamentares disparou esta tarde, numa declaração política, uma rajada contra o ex-ministro. Quando falava nos últimos oito anos de “estagnação”, apontou diretamente aos custos que diz terem sido consequência das ambições políticas de Centeno.

Foram “oito anos em que se sacrificou o verdadeiro interesse dos portugueses em benefício de cativações e brilharetes estatísticos que foram certamente muito relevantes para a carreira política do então ministro das Finanças, mas saíram caros aos portugueses”, descreveu Pedro Duarte no plenário da Assembleia da República.

O ministro considerou mesmo que “o preço” de o país ter “a presidência do Eurogrupo, promovida pela frente de esquerda unida, foi muito alto, saiu muito caro aos portugueses”. Para o social-democrata, a gestão de Centeno nas Finanças “significou o travão a fundo no investimento público e na aceleração máxima dos serviços públicos”. Isso, sublinhou ainda, “prejudicou muito os portugueses.

Na parte do debate desta tarde que foi dedicada às declarações políticas, o ministro aproveitou para um “diagnóstico” do Estado, mas a partir da avaliação dos “oito anos de serviços mínimos com impostos máximos”, de “estagnação” e “desinvestimento” que diz ter sido provocado pela governação socialista. Pedro Duarte diz até que “em muitos desses anos o país foi governado por uma frente de esquerda unida“.

Quanto ao papel do Governo que se seguiu a esse, e que integra, o ministro avisa que “não se resolve em oito dias nem em oito meses o que se estragou em oito anos”, avisando que o “Orçamento é uma ferramenta e um motor de melhoria para a vida das pessoas”. Assim, e a dois dias de uma reunião entre líderes do Governo e do PS sobre esse tema, Pedro Duarte deixou o “apelo”: “Deixem-nos governar e continuar a melhorar a vida dos portugueses”.

GOVERNO     POLÍTICA     ORÇAMENTO DO ESTADO     ECONOMIA     MÁRIO CENTENO     PAÍS     ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS     ELEIÇÕES

COMENTÁRIOS:

Domingas Coutinho: Mario Centeno é um bluff. Sempre com aquele ar de sonso fez o trabalho sujo nas Finanças com as cativações para fazer boa figura na apresentação das contas, levando essas cativações a estagnação que agora a esquerda nomeadamente o PS, principal responsável por isso tudo, dizer que tudo está mal e que tem de ser resolvido à pressa. Boa argumentação de Pedro Duarte que fechou com chave de ouro: deixem o Governo governar. E eu acrescento: senão vem outra vez o caos e a miséria embrulhada em papel muito bonito.

Pertinaz: Quem é esse Centeno…???

 

 

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