Era um homem
timidamente sorridente - ou sorridentemente tímido – para todos os
efeitos, de uma ambiguidade simpática – que aparentava não quebrar um
prato. Não sei se quebrou os pratos do Zé. Os seus, deve tê-los preservado, que
a timidez nem sempre oferece solidez suficiente para partir loiça própria. Voltará,
pois, à loiça alheia, a ser eleito PR, de simpatia, essa, inquebrável, se aparentada com a reconhecida timidez.
Política /
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Pedro Duarte atira-se a Centeno e aos
"brilharetes estatísticos" que foram bons para a "sua carreira
política"
Quando se fala em Centeno para a
Presidência (com apoios que podem vir da direita), o ex-ministro é apontado
pelo Governo como responsável pela "estagnação" do país.
OBSERVADOR, 25 set. 2024, 17:24 4
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
Numa altura em que se movem peças, também à
direita, favoráveis a uma candidatura presidencial de Mário Centeno
no Parlamento, o ministro dos Assuntos Parlamentares disparou esta tarde, numa
declaração política, uma rajada contra o ex-ministro. Quando falava nos últimos
oito anos de “estagnação”, apontou diretamente aos custos que diz terem sido
consequência das ambições políticas de Centeno.
Foram “oito anos em que se sacrificou o
verdadeiro interesse dos portugueses em benefício de cativações e brilharetes
estatísticos que foram certamente muito relevantes para a carreira
política do então ministro das Finanças, mas saíram caros aos portugueses”,
descreveu Pedro Duarte no plenário da Assembleia da República.
O ministro considerou mesmo que “o
preço” de o país ter “a presidência do Eurogrupo, promovida pela frente de
esquerda unida, foi muito alto, saiu muito caro aos portugueses”. Para o
social-democrata, a gestão de Centeno nas Finanças “significou o travão a
fundo no investimento público e na aceleração máxima dos serviços públicos”.
Isso, sublinhou ainda, “prejudicou muito os portugueses.
Na parte do debate desta tarde que foi
dedicada às declarações políticas, o ministro aproveitou para um “diagnóstico” do
Estado, mas a partir da avaliação dos “oito anos de serviços mínimos com
impostos máximos”, de “estagnação” e “desinvestimento” que diz ter sido provocado
pela governação socialista. Pedro Duarte diz até que “em muitos desses anos
o país foi governado por uma frente de esquerda unida“.
Quanto ao papel do Governo que se seguiu
a esse, e que integra, o ministro avisa que “não se resolve em oito dias nem em
oito meses o que se estragou em oito anos”, avisando que o “Orçamento é uma ferramenta e um motor de
melhoria para a vida das pessoas”. Assim, e a dois dias de uma reunião
entre líderes do Governo e do PS sobre esse tema, Pedro Duarte deixou o “apelo”: “Deixem-nos governar e continuar a
melhorar a vida dos portugueses”.
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COMENTÁRIOS:
Domingas Coutinho: Mario Centeno
é um bluff. Sempre com aquele ar de sonso fez o trabalho sujo nas Finanças com
as cativações para fazer boa figura na apresentação das contas, levando essas
cativações a estagnação que agora a esquerda nomeadamente o PS, principal
responsável por isso tudo, dizer que tudo está mal e que tem de ser resolvido à
pressa. Boa argumentação de Pedro Duarte que fechou com chave de ouro: deixem o
Governo governar. E eu acrescento: senão vem outra vez o caos e a miséria
embrulhada em papel muito bonito.
Pertinaz: Quem é esse Centeno…???
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