Da questão, mas da sua oportunidade, como bem expõe o comentador ANTÓNIO
ROCHA PINTO, cujo comentário reponho: «””””
«Não
tem a ver com a substância, mas com a oportunidade, o local e a pessoa. Um
ministro não pode dizer tudo como os malucos só para ganhar pontos na
competição do populismo».
Por que é que foi importante ter-se
levantado a questão de Olivença?
Esta questão de Olivença veio apenas
mostrar que com a falta de conhecimento se ataca quem afirma o que está desde
sempre afirmado pelo nosso país.
BRUNO BOBONE Presidente do Grupo Pinto
Basto
OBSERVADOR, 20 set. 2024, 00:163
Na semana passada, na resposta a
uma pergunta de um jornalista, Nuno Melo afirmou a posição que Portugal mantém
sobre aquele território.
Neste Portugal politiqueiro deste
primeiro quarto do século XXI, tudo se apressou a tentar aproveitar a
referência em questão para criticar o representante do CDS no governo, com a
perspetiva de ganhar um ponto nas redes sociais, sempre à custa dos deslizes
potenciais dos rivais políticos.
Oposição, críticos e jornalistas,
numa azáfama de loucos, começaram a ridicularizar as palavras referidas, sem
qualquer consciência daquilo que representa denegrir uma posição internacional
mantida por todos os governos de Portugal, até ao presente, relativamente a uma
questão de direito internacional.
Não
importa se a questão é ou não pertinente, nem se é ou não oportuno levantá-la.
A questão foi levantada por um
jornalista e nenhum membro de um governo, ou representante ou líder político em
Portugal poderá responder de outra forma a essa questão.
Ora,
aquilo que percebemos de tudo o que se passou entretanto, para além do enorme
mérito de esta discussão ter trazido a público uma história de que a maioria
dos portugueses pouco conhecimento teriam, é que as nossas elites, neste caso
alguns jornalistas e comentadores – que nos dias de hoje também nascem como
coelhos, sem que saibamos de onde lhes vem a competência – e políticos
essencialmente de esquerda, acham que para ganhar um “gosto” nas suas redes
sociais ou mais um potencial voto, podem utilizar a imagem internacional do
nosso país como qualquer arma de arremesso.
A falta de conhecimento que foi
demonstrado em toda esta discussão apenas me levou a confirmar a pouca
preparação que muitos dos intervenientes têm para o lugar que ocupam.
A
declaração de Pedro Nuno Santos sobre a questão, sempre muito convencido de que
aquilo que vale no seu currículo é a velocidade com que toma as decisões e
nunca o acerto das mesmas – e que já o levou a tomar decisões pelo conselho de
administração da TAP por WhatsApp e a pagar meio milhão de euros a quem nem
sequer deveria ter sido despedida -, veio mostrar uma vez mais a fragilidade, a
impreparação e a incompetência de quem apenas tem a capacidade de ser rápido,
sem nunca se preocupar com aquilo que essa rapidez prejudica o país e todos os
seus concidadãos.
Estamos a assistir em todo o mundo a uma diminuição de competência
por parte dos líderes que se propõem a governar-nos.
Podemos
vê-lo acontecer por toda a parte e até nos países que consideramos ser os
líderes do Mundo.
Deixámos de acreditar que quem estuda,
quem se prepara e quem pensa com profundidade nos temas da vida, devem ser
aqueles que nos devem guiar nos nossos destinos.
Acreditamos
que a democracia veio permitir aos espontâneos ocupar os lugares que costumavam
ser dos especialistas – ao ponto de o México estar a eleger juízes do povo sem
qualquer preparação académica para o desempenho de uma das mais importantes
funções de qualquer sociedade.
Pois esta questão de Olivença quanto
a mim veio apenas mostrar que com a falta de conhecimento se ataca quem afirma
o que está desde sempre afirmado pelo nosso país e que se acredita que o valor
está na velocidade com que se ataca e não na verdadeira procura das soluções
que melhor se adequam ao país e aos seus cidadãos.
Sempre
que se falar de Olivença e enquanto Portugal mantiver a sua reclamação de
direito internacional sobre esse território, a resposta de todos nós terá
sempre de ser: Olivença é
nossa!
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COMENTÁRIOS
Ed 7: Exactamente
Carlos
Henrique Cunha Simões Soares: Vivemos tempos difíceis onde a
afirmação do patriotismo e do Direito é motivo de censura fácil por uma certa
esquerda idiota.
António Rocha
Pinto: Não tem a ver com a
substância, mas com o a oportunidade, o local e a pessoa. Um ministro não pode
dizer tudo como os malucos só para ganhar pontos na competição do populismo.
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