sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Segue-se o bitcoin das malfeitorias permitidas



E a crónica em vários andamentos, de Salles da Fonseca, sobre o estranho de uma progressão histórica e social, a nível mundial a partir da segunda guerra do passado século, e sob o influxo de um avanço tecnológico de uma acuidade implacável, acompanhado por conceitos de liberdade e igualdade raiando a irracionalidade - pois que nem na restante natureza viva se observam - chegou ao seu fim, com fotos de autêntico horror, cabeças e membros decepados, espalhados no chão do ódio, é certo que dos exterminadores islâmicos, ambiciosos de difusão mundial do seu insaciável culto. Em Moçambique, de um povo ordeiro que se ia pouco a pouco desenvolvendo, e de quem não esquecemos esses pedidos dos criados ou empregados que a tantos de nós suplicavam que os trouxéssemos também, no atropelo do mísero “retorno”, talvez cientes do resultado dessa independência que os beneméritos da doutrina unilateralmente fraterna lhes prometiam, seria esse que as fotos de Salles da Fonseca exemplificam. Sim, abandonámo-los às prepotências dos seus novos governantes, nós próprios abandonados às prepotências, embora mais contidas, dos nossos. E o resultado tem-se visto, em Angola, em Moçambique, nos desequilíbrios sócio-económicos e nos atropelos da irracionalidade e da perfídia.
Na nossa orientação democrática, de que Salles da Fonseca extrai as lições de uma malignidade à solta, num balanço de profunda indignação, apelando para a responsabilidade dos homens – inutilmente, é verdade, de tal modo a cegueira nos afronta, fruto de um crescendo de ignorância – meditemos no mal que estamos a causar às gerações futuras, que têm perdido valores e consciência humana, cada vez mais debruçados sobre as suas maquinetas manipuladoras, numa insensibilidade e desumanização graduais, que não são menos responsáveis pela sua infelicidade próxima - e tão presente já. 
É preciso arrepiar caminho. Já.

 HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO,  31.01.19

- Já disse, não há tempo a perder, quero tudo e já!
Quem assim pensa não tem tempo para avaliar se os meios são legítimos para alcançar o objectivo e muito menos tempo tem para saber se os procedimentos são éticos. E não tem tempo para analisar a questão ética porque a ignora propositadamente ou – pior ainda - porque a desconhece em absoluto.
Então, para ter tudo imediatamente, há que ter os meios de pagamento para o efeito e, das duas, uma: ou os herda ou os cria.
A herança pode, contudo, não ser suficiente para o financiamento das ambições (que podem ser desmedidas) e, portanto, lá vai o ambicioso ter que criar mais riqueza.
A criação (de riqueza) é, contudo, confundida amiúde com posse (da dita riqueza) sendo que esta segunda pode resultar da produção propriamente dita ou do roubo, tendo este a ver com a posse de algo por meio ilegítimo.
Então, estamos numa de que quem tudo quer de imediato e não olha a meios para alcançar fins, não hesita em recorrer a todos os expedientes para satisfazer as ambições. Daí, à trafulhice, não dista muito ou não dista mesmo nada.
E o que é que está a dar lucros que se vejam?
Tem tudo a ver com o risco: quanto mais arriscado um negócio, maiores perspectivas de lucro ele apresenta. E se o risco passar para as bandas da ilegalidade, então as margens são ainda mais altas.
A tentação é grande e há muito quem se sinta tentado.
Mas há «coisas» que por aí andam, de que muita gente fala às claras, mas que também me fazem muita confusão. Refiro-me ao «bitcoin» cuja publicidade nos entra pelos e-mails a oferecer lucros chorudos num piscar de olhos.
Moeda virtual, quem a emite e quem lhe garante um valor? E o valor que alguém lhe atribui, como é calculado?
Eis um tema sobre que eu gostaria de ouvir o «Banco de Portugal» a transmitir uma ou outra informação e, no seu silêncio, que fale o «Banco Central Europeu» ou, mais sofisticado ainda nos dias que correm, o «Banco de Inglaterra».
Aos gananciosos não lhes chega o «narcodólar» e inventaram agora uma nova moeda falsa.
E é neste mundo que vivemos - não há dúvida, o maligno anda mesmo à solta.
Quem quiser, que se arrisque mas se tudo der para o torto, que não se queixe pois o risco é a alma do negócio, muito mais do que o segredo.
(continua)

1 comentário
Adriano Lima 31.01.2019 :
 O maligno é uma constante da realidade humana, em tudo e mais alguma coisa. O homem vai fazendo evoluir continuamente as suas técnicas em tudo e mais alguma coisa, mas o "maligno" está-lhe impregnado na mente ao mesmo tempo que lhe anestesia o coração. O maligno não tem nada de metafísico, está mesmo em nós, na nossa natureza. Fico à espera de mais dados sobre o bitcoin, que parece ser novo estratagema do dito cujo.

 HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO,  01.02.19
 Dos temas que abordei neste conjunto de crónicas relativas à liberdade do Maligno
. ascensão da China,
. invasão muçulmana da Europa e correspondente «revivalismo» sunita,
. tensão totalitária na Turquia e na Venezuela,
. bitcoin e narcodólar,
façamos um caldinho do revivalismo sunita, da tentação totalitária e do narcodólar e vejamos no que dá:

Imagens bem recentes, que me chegaram há muito poucos dias, relativas aos ataques terroristas muçulmanos na Província de Cabo Delgado no extremo norte de Moçambique.

Alguém fica com dúvidas de que o maligno anda por ali à solta?
Com que objectivo e instigado por quem? Aceitam-se pistas.
Fevereiro de 2019
FIM
COMENTÁRIO:
 Anónimo  01.02.2019:
   Horror !


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