E outras menos. Mas o mundo pula e avança. Sempre a
chutar. Ou a disfarçar.
I - MUNDO / KIM JONG UN:
Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos na costa leste, confirma Seul
A informação foi confirmada pelas
autoridades da Coreia do Sul que afirmam não ter havido danos. Japão condena o
OBSERVADOR, 07:07
Kim Jong-un testou no fim de semana
mísseis de longo alcance
KCNA/EPA
A
Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos ao largo da sua costa oriental
esta quarta-feira, avança a AP com fonte do exército da Coreia do Sul, que está vigilante
com o novo cenário. O lançamento acontece dois dias depois de Pyongyang ter afirmado que testou com sucesso um novo tipo de míssil de
longo alcance durante o fim de semana.
A
informação foi avançada pelo Joint Chiefs of Staff (JCS) da Coreia do Sul em
comunicado, que dava conta de que os mísseis tinham sido lançados de uma
localização no centro da Coreia do Norte e que terão sido lançados em direcção
às águas da costa da península coreana.
O
Japão também terá confirmado o disparo
destes objectos que caíram nas águas entre o Japão e a península da Coreia, já
fora da Zona Económica Exclusiva japonesa, não tendo havido danos causados por
nenhum dos mísseis, segundo a guarda costeira do Japão. O
primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga chamou ao lançamento “ultrajante”,
citado pela BBC, dizendo que este
vem ameaçar a paz e a segurança na região — o governo japonês também se disse
“preocupado” esta segunda-feira em reacção aos testes norte-coreanos.
Não
é ainda claro o destino ao qual os mísseis se destinavam ou o seu alcance de
voo, mas o JCS disse que os seus militares mantinham “uma postura de prontidão
total em estreita cooperação com os EUA”.
A BBC relembra que os testes de mísseis
balísticos violam as resoluções das Nações Unidas, destinadas a pôr um travão
nas atividades nucleares do Norte, isto porque os mísseis balísticos são uma
ameaça maior pois podem transportar cargas maiores e mais potentes, têm maior
alcance e são mais rápidos. Os testes realizados pelo país no fim de semana não
violava as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
KIM JONG UN COREIA DO
NORTE MUNDO MÍSSEIS ARMAMENTO DEFESA JAPÃO ÁSIA COREIA DO SUL
II -MUNDO / COREIA DO
NORTE Pak Jong Chon é uma estrela em ascensão no exército
coreano. Foi nomeado quinto membro do presidium do politburo
Pak Jong Chon, responsável pelo
desenvolvimento de mísseis de curto alcance do exército norte-coreano, foi promovido por Kim Jong Un para o Partido dos
Trabalhadores da Coreia.
OBSERVADOR, 08 set 2021
Nos últimos anos, Pak foi promovido a
general do exército de quatro estrelas e liderou os militares como chefe do
estado-maior do exército
KCNA/EPA
Kim Jong Un, Presidente da Coreia do Norte, nomeou o general Pak Jong Chon, há muito tempo visto como uma estrela em ascensão no
exército do país, como quinto membro do presidium do politburo do Partido
dos Trabalhadores da Coreia (WPK).
A sua eleição para o cargo, num dos
órgãos de decisão mais poderosos do país, veio depois de ter recebido várias
críticas em Julho. O líder Kim Jong Un acusou-o, na altura, juntamente com
outros oficiais, de ter causado uma “grande crise” com lapsos na gestão da
pandemia do novo coronavírus.
Contudo,
estes lapsos nunca foram explicados e Yang Moo-jin, um professor da
Universidade de Estudos da Coreia do Norte, citado pela Reuters, explicou o porquê de, ainda assim, o general ter
sido nomeado para o cargo. A
seu ver, as aparentes críticas e reprimendas “podem ter sido uma espécie de
formalidade para mostrar às pessoas que o general estava a assumir a
responsabilidade pelos fracassos.” Deste modo, o professor acreditava que “a
sua posição seria provavelmente restabelecida a qualquer momento.” E assim foi.
Nos
últimos anos, Pak foi promovido a general do exército de quatro estrelas,
liderou os militares como chefe do estado-maior do exército e fez aparições
proeminentes ao lado do presidente norte coreano. Analistas e investigadores
como o professor Yang Moo-jin atribuíram sua ascensão, em parte, ao seu papel no
desenvolvimento de mísseis de curto alcance.
Pak
parece ter substituído Ri Pyong-chol, outro poderoso general que desempenhou um
papel importante no programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte. Já Rim
Kwang-il, que serviu como chefe da agência de inteligência militar, foi nomeado
para chefe do estado-maior do exército, substituindo Pak.
COREIA DO
NORTE MUNDO KIM JONG UNPOLÍTICA
Kim Jong Un convocado por tribunal
japonês sobre programa de repatriamento Depois do polémico programa de
repatriamento de estrangeiros da Coreia do Sul, Kim Jong Un foi convocado por um
tribunal japonês para depor. Os lesados pedem 769.000 euros por violação
de
direitos.
OBSERVADOR, 07 set
2021
Cerca de meio milhão de japoneses de
etnia coreana vivem no país, mas continuam a enfrentar discriminação na escola,
no trabalho e na vida quotidiana
KCNA/EPA
Um
tribunal japonês convocou o líder norte-coreano para responder a queixas de
japoneses de etnia coreana, que alegam ter sofrido violações de direitos
humanos após a adesão a um programa de reinstalação na Coreia do Norte.
O
líder norte-coreano, Kim Jong Un, não deve comparecer na audiência do tribunal,
marcada para 14 de outubro,
mas a decisão do juiz de o convocar é uma rara instância em que não foi
concedida imunidade a um dirigente estrangeiro, afirmou Kenji Fukuda, um
advogado que representa os cinco queixosos.
Os
lesados exigem 100 milhões de ienes (769.000 euros) cada um como compensação da
Coreia do Norte por violações dos direitos humanos, que dizem ter sofrido no
âmbito do programa de reinstalação.
Cerca
de 93.000 residentes de etnia coreana no Japão e membros das suas famílias
regressaram ao país há décadas perseguindo a promessa de uma vida melhor, já
que muitos enfrentaram discriminação no país nipónico como coreanos.
Eiko
Kwasaki, de 79
anos, uma coreana nascida e criada no Japão, tinha 17 anos quando deixou o
país, em 1960, um ano após a Coreia do Norte ter começado o programa de
repatriamento para compensar os trabalhadores mortos na Guerra da Coreia,
fazendo regressar os coreanos do estrangeiro.
O
programa continuou até 1984, acolhendo muitas pessoas com proveniência da
Coreia do Sul, mas o Governo japonês também aderiu, já que considerava os
coreanos como forasteiros, e ajudou a organizar o transporte para a Coreia do
Norte.
Kawasaki argumentou que esteve
confinada na Coreia do Norte durante 43 anos, até que foi capaz de desertar em
2003, deixando para trás os seus filhos adultos.
Pyongyang
teria prometido cuidados de saúde gratuitos, educação, empregos e outros
benefícios, segundo a queixosa, mas nada estava disponível e foi atribuída à
maior parte das pessoas trabalhos manuais em minas, florestas ou quintas.
“Se
fôssemos informados da verdade sobre a Coreia do Norte, nenhum de nós teria
ido”, garantiu hoje
em conferência de imprensa.
Kawasaki
e outros quatro desertores do programa apresentaram uma acção judicial em
agosto de 2018 contra o Governo da Coreia do Norte no tribunal distrital de
Tóquio, exigindo indemnizações.
O
tribunal, após três anos de discussões pré-julgamento, decidiu convocar Kim Jong
Un para a sua primeira audiência em 14 de outubro, disse Fukuda, o defensor dos
queixosos.
Fukuda
disse ainda que não espera a comparência de Kim Jong Un nem que conceda as
indemnizações mesmo que seja ordenado pelo tribunal, mas espera que o caso possa
estabelecer um precedente para futuras negociações entre o Japão e a Coreia do
Norte na procura da responsabilidade dos coreanos e na normalização dos laços
diplomáticos.
Embora legalmente impedida de pedir
responsabilidades ao Governo japonês por ter ajudado o programa, Kawasaki
espera poder ajudar milhares de participantes a regressar da Coreia do Norte.
“Penso
que o Governo japonês também deveria assumir a responsabilidade”, vincou.
O
pai de Kawasaki estava entre as centenas de milhares de coreanos levados para o
Japão, muitos deles forçados, para trabalhar em minas e fábricas antes e
durante a II Guerra Mundial.
O
Japão colonizou a península coreana entre 1910 e 1945, um passado que ainda
limita as relações entre o país nipónico e os dois vizinhos.
Hoje,
cerca de meio milhão de japoneses de etnia coreana vivem no país, mas continuam
a enfrentar discriminação na escola, no trabalho e na vida quotidiana.
“Demorámos
tanto tempo a chegar até aqui. Finalmente, é tempo de justiça”, finalizou
Kawasaki.
III- MUNDO / COREIA DO
NORTE - Estados Unidos mostram preocupação sobre situação alimentar
na Coreia do Norte
Com todas as medidas de contenção aplicadas na Coreia
do Norte e com a instabilidade provocada pelo ambiente de hostilidade para com
os EUA, o país enfrenta grave situação alimentar.
Kim Jong Un alertou sobre a situação "tensa" no que diz
respeito à falta de alimentos admitindo que o país enfrenta a "pior crise
de sempre".
YONHAP/EPA
A vice-secretária de Estado
norte-americana disse esta sexta-feira que a Coreia do Norte enfrenta uma grave
situação alimentar resultante da pandemia de Covid-19 e reiterou os pedidos
para o regresso de Pyongyang às negociações com Washington.
Recentemente, o líder norte-coreano, Kim Jong
Un alertou sobre a situação “tensa” no que diz respeito à
falta de alimentos admitindo que o país enfrenta a “pior crise de sempre”.
Mesmo
assim, Pyongyang insiste que apenas admite negociações caso Washington venha a
abandonar atitudes de hostilidade.
“Todos
sentimos que a população da República Democrática Popular da Coreia [Coreia do
Norte] enfrenta grandes dificuldades devido à pandemia” disse Wendy Sherman em Seul referindo-se à segurança alimentar dos norte-coreanos.
“Só esperamos o melhor para as pessoas da
República Democrática Popular da Coreia”, disse ainda a vice secretária de
Estado norte-americana.
Sherman falou aos jornalistas depois de um encontro com as
autoridades da Coreia do Sul, em Seul, tendo as duas partes reafirmado que
vão manter os esforços diplomáticos no sentido de convencer a Coreia do Norte a
regressar às conversações sobre o programa nuclear de Pyongyang.
“Esperemos
avanços construtivos por parte da República Democrática Popular da Coreia”,
sublinhou referindo-se sempre ao nome oficial da Coreia do Norte.
As
conversações entre Washington e Pyongyang conheceram poucos avanços desde 2019,
depois do fracasso da segunda cimeira entre o líder norte-coreano e o então
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devido às sanções dos Estados
Unidos contra o regime da Coreia do Norte.
Desde
2019 que Kim Jong Un ameaça construir novas armas caso os Estados Unidos “não
levantem as políticas de hostilidade”.
Em
declarações recentes, o líder da Coreia do Norte apelou para os 26 milhões de
norte-coreanos para estarem preparados para restrições prolongadas devido à
pandemia de Covid-19 indicando que o país ainda não está preparado para reabrir
as fronteiras.
Depois
de Seul, Sherman vai visitar a Mongólia e a República Popular da China
tratando-se da primeira visita de um alto responsáv el da nova Administração
norte-americana a Pequim.
Wendy Sherman disse que
vai discutir a situação da Coreia do Norte durante os encontros com as
autoridades da República Popular da China no próximo domingo.
“A
Administração Biden já disse que as nossas relações com a China são
complicadas. Há aspectos que são competitivos, há desafios e aspectos em que
podemos cooperar”, afirmou Sherman.
“A desnuclearização da Coreia do
Norte é certamente uma área de cooperação”,
sublinhou a vice-secretária de Estado norte-americana.
COREIA DO
NORTE MUNDO ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA KIM JONG UN JOE BIDEN ALIMENTAÇÃO CORONAVÍRUS SAÚDE PÚBLICASAÚDE
Nenhum comentário:
Postar um comentário