Do medo. Sendo o medo um sentimento
espontâneo, como todos os outros sentimentos, motivado por causas concretas ou
puramente imaginárias, mas real e incomodativo, os escritores de histórias
infantis simbolizaram-no no papão e na bruxa má como seus provocadores, e
outros de histórias para adultos traduzem-no de muitas outras formas,
demonstrativas, tantas vezes, de uma sociedade dominada por prepotentes
simbólicos, que homens perversos reais se apressam a copiar, explorando esse
seu poder de aterrorizar – tantas vezes pelo extermínio. Mas o texto de Helena Matos trata de um tema dos nossos tempos largamente
dominados pelo pânico do futuro catastrófico causado pela imprevidência humana,
destruidora do ambiente – o que naturalmente assusta os nossos descendentes, se
não houver travagem na escalada ecológica destrutiva. É contra esse medo actualmente
vincado, de extinção da Terra, como habitat natural, causada pelo desvario
humano, e tema constante das notícias difundidas, a ponto de influenciar os
jovens nos seus pânicos de sobrevivência, que se insurge Helena Matos, com comentadores atentos e documentados, que formam o prazer da nossa leitura
- da crónica como dos comentários.
Educados no medo /premium
Crianças que não dormem com medo das
alterações climáticas. Jovens que não querem ter filhos para não comprometerem
o futuro do planeta... Quando é que esta lavagem ao cérebro vai parar?
HELENA MATOS Colunista do Observador
OBSERVADOR, 26 set
2021
«”Penso
demasiado nas catástrofes ambientais à minha volta”, explica a jovem de 16
anos. E os exemplos são vários: há cada vez mais plantas e animais em risco
de extinção, a subida do nível do mar continua a obrigar muitas pessoas a
abandonar as suas casas e os episódios meteorológicos extremos são cada vez
mais frequentes – inundações, furacões, tempestades ou mesmo a seca, que já é
apontada pela Organização das Nações Unidas como a próxima pandemia. “Já tive
ataques de ansiedade a pensar nisto”, diz a jovem. “Se hoje já acontece tanta
coisa devastadora, o que posso esperar do futuro?”, questiona.» — Este
testemunho consta de um artigo do PÚBLICO sobre
o que se designa como “ansiedade climática”.
Ao
ler estas declarações ou os dados que aparecem nuns estudos que citam outros
estudos que por sua vez referem outras declarações somos confrontados com um universo
de medo que se alimenta do medo: «Quase
seis em cada dez jovens estão muito ou extremamente preocupados com a crise
climática, diz um estudo feito em dez países, que “sugere pela primeira vez que
elevados níveis de angústia psicológica nos jovens estão ligados à inércia dos
Governos”. Jovens portugueses estão entre os mais preocupados.» (PÚBLICO);
«Quatro em cada 10 jovens receiam ter
filhos devido à crise climática» (VISÃO);
«Alterações climáticas. Mais de
metade dos jovens dizem que “o futuro é assustador” e que “a
humanidade está condenada”, conclui estudo» (EXPRESSO)….
Realmente há algo de muito assustador nisto mas não é o clima nem o
planeta mas sim o termos criado uma geração de crianças e jovens que olham para
o mundo com o fanatismo e a ignorância das seitas apocalípticas! As fogueiras
pagãs de um planeta em chamas substituíram os caldeirões infernais no
imaginário dos novos beatos!
Pode
argumentar-se que a presente “crise climática” é apenas mais um capítulo do manual
de desmoralização das sociedades liberais: nos
anos 70 do século passado também se acreditou estar o mundo a caminhar para uma
calamidade sem retorno, não porque a humanidade estivesse a destruir o clima
mas sim porque se estavam a esgotar os recursos naturais. Eram os
tempos em que não se questionavam os cenários catastróficos de relatórios como
“Os Limites do Crescimento” e em que os jovens activistas da época constituíam
comunidades alternativas para escaparem ao capitalismo e seu fim mais que
anunciado.
Como se sabe nenhum daqueles
cenários de fome, miséria e destruição se confirmou (antes pelo contrário) e as
tão incensadas comunidades alternativas essas sim acabaram por inviabilidade ou
tragédia. Mas nada disso impede que
ciclicamente o discurso do derradeiro combate regresse. E sobretudo que regresse sem ser questionado. Cavalgar
a onda do que foi o aquecimento global, depois passou a alterações climáticas e
agora já vai em crise climática é a palavra de ordem para políticos e empresas.
Neste domínio a imaginação não tem limites e o ridículo ainda menos. (No capítulo do ridículo para já o prémio parece-me
ir para a Iberdrola,
empresa produtora de energia, que resolveu escrever a propósito da eco-ansiedade: “Um
estudo realizado pela empresa de tendências globais WGSN, revela que 90% dos
entrevistados em âmbito mundial afirmam que pensar na crise climática lhes
provoca incomodidade em relação ao seu futuro, um incómodo que, especialmente
nos mais jovens, se transforma em um activismo ecológico como o representado
pela icónica Greta Thunberg e que faz pensar em um futuro mais próspero para o
planeta.” Como é que a
Iberdrola vê um futuro mais próspero para o planeta ou para o que quer que seja
quando contempla a “icónica Greta” é que não vislumbro por mais que me esforce.
Mas também isso não interessa. O que interessa é que a empresa disse uma
coisa que fica bem!)
Tudo e o seu contrário é
apresentado como positivo desde que se apresente como visando salvar o planeta:
dá-se como adquirido que o nível dos mares vai subir mas simultaneamente
constrói-se como nunca à beira-mar.
Nunca se invocou tanto a ligação
à terra mas não só se despreza o mundo rural como se condena esse mundo rural a
sobreviver sob a tutela dos iluminados citadinos.
Nunca
se invocou tanto o clima mas nunca se subestimou tanto que ele existe: ao contrário
do que se pode concluir vendo as televisões, o bom tempo não é aquele que nos
permite ir à praia e as tempestades e os furacões, tal como as ondas de calor e
de frio, fazem parte do clima.
Durante o próximo mês e meio, até
à Conferência do Clima que vai ter lugar em Glasgow, veremos crescer esse
discurso do combate derradeiro para salvar o planeta. Já é perceptível como à medida que as notícias
sobre a Covid vão perdendo destaque crescem os títulos sobre a “ansiedade
climática”, a “eco-ansiedade” e a “crise climática”.
É já evidente que mediática e politicamente passaremos de uma pandemia para
outra. Voltarão os mesmos cenários de terror. A mesma culpabilização
pelo nosso comportamento pecaminoso. Os mesmos governos que não governam,
salvam os povos. Os mesmos políticos escondendo o estatismo crescente atrás do
unanimismo implícito aos combates ditos derradeiros. E, sobretudo, a mesma
incapacidade de perguntar as consequências de tudo aquilo que está a ser
apresentado como indispensável à salvação. Outrora das nossas almas. Agora do
planeta.
A recente polémica em torno do custo
da electricidade é um bom exemplo de como a pretexto de salvar o planeta nos
está a ser imposta uma agenda politica e ambientalmente questionável. Por exemplo, enquanto se fecham centrais
nucleares na Europa, quantas abrem na China? Ou
como pode um país como Portugal apressar-se a encerrar a central de Sines,
alegadamente para descarbonizar, e em seguida comprar electricidade a Marrocos
(sim, proveniente das centrais a carvão que ali foram inauguradas recentemente)? E o que se pretende exactamente com a recente
instituição do direito a um
“clima estável”, seja
isso o que for? A
falta de espírito crítico que rodeou a aprovação da Carta Portuguesa de
Direitos Humanos na Era Digital e do seu célebre artigo 6º que legaliza a
censura pode ter resultados ainda mais perigosos nas chamadas leis do clima.
Não questiono as alterações climáticas nem a possibilidade de elas
poderem ser influenciadas pela actividade humana. Mas também por isso acho
urgente que se recupere a racionalidade e nos libertemos desta onda de
histeria. Quanto aos adolescentes eco-ansiosos podem procurar informação sobre
a cruzada das crianças. Quem sabe, talvez esses exemplos de outras ansiedades
passadas os levem a dormir melhor. E ganhar juízo, coisa de que andamos
todos faltados.
PS. Podemos aproveitar este dia 26 de Setembro em que não
se pode reflectir sobre o que está a acontecer, para reflectir sobre o que
aconteceu a 18 de Junho? Indo directamente à reflexão sobre o acontecido há
três meses e uma semana, que obviamente nada compromete a reflexão a que hoje
estamos obrigados: a que velocidade seguia o carro em que viajava o ministro
Eduardo Cabrita quando no dia 18 de Junho atropelou mortalmente o operário Nuno
Santos?
JOVENS SOCIEDADE AMBIENTE CIÊNCIA EDUCAÇÃO
COMENTÁRIOS
Censurado sem razão: É curioso que quem polui são os Estados Unidos, a Europa e o malandrou do Bolsonaro.
A China, a Índia a Indonésia são os faróis que conduzirão a humanidade à
salvação. Já ninguém fala dos crimes ambientais perpetrados pela união
soviética. O mar
Aral, o maior lago interior do planeta desapareceu, mas ninguém sequer fala
nisto. O mundo
ocidental é que contribui para as alterações climáticas. Brilhante! Harry Dean Stanton: Dizem sempre o mesmo mas a
preocupação deles é os comentários?! E nem um para explicar à HM que foi precisamente
o desrespeito pelos limites ao crescimento que conduziu ao aquecimento global!
E já pensaram na gasolina que o Kosta gastou na campanha? Até parece que quer
ganhar as eleições! Inadmissível em Democracia! José Pinto de Sá > Harry Dean Stanton: Só por curiosidade, caro
comentador, a propósito dos "limites ao crescimento": já ouviu falar
no Malthus? Ou das profecias feitas em 1970 pelas grandes cabeças de que o
petróleo acabaria em 30 anos? José Pinto de Sá: Perfeito. Esta noite também
sonhei com as alterações climáticas. Que, se fosse viver para o Árctico,
sofreria uma alteração climática a que me adaptaria como esquimó. E que se
fosse viver para o Saara, teria de me tornar beduíno para sobreviver. E que se
fosse para a África tropical, sem antipalúdicos morreria num ápice. Até mesmo
se fosse para a Escandinávia ou para o nordeste do Brasil. O planeta está cheio
de climas diferentes e basta mudar de local para "sofrer uma alteração
climática". E depois há a evolução no tempo, das coisas. O Saara já foi
húmido e teve crocodilos. Diz que os europeus do norte passaram do vinho para a
cerveja por causa do mini-idade do Gelo. Nada com que não possa viver. A
actual lavagem ao cérebro assenta no terrorismo climático. Elvis Wayne: Mais uma vez, não posso deixar
de dar um grande obrigado! Agora, de cada vez que é necessário debater um
alterado do clima, um covideiro e restante súcia, basta abrir aspas e citar os
artigos da Helena de Matos, pois diz tudo e de forma perceptível até para as
mentes woke. Vossa
Eminência: Séculos e séculos
a educar pelo medo, moldando a sociedade disciplinar, e a Helena só agora
acordou para a eficácia da educação pelo medo?!...Enfim... TIM
DO Ó > Vossa Eminência: Neste momento, e por ironia,
são os liberais norte-americanos quem comanda a censura mundial. Censurado sem razão > TIM DO Ó: Os liberais americanos são comunista, senhor. Quem
mais poderia comandar a censura? Sabe o que acontece aos opositores nos países
socialistas? Tem tendência a beber água estragada. Liberdade e Democracia
Ensaio reformista e respectivas
conclusões. Esta juventude está perdida. Pobres de espirito, estacionados no século passado. TIM DO Ó > Liberdade e Democracia: A juventude mais "preparada"
de sempre é a juventude mais enganada de sempre pelos velhos matreiros
egoístas. E isso é muito evidente no endividamento dos países que os mais novos
caminham alegremente para pagar (a boa vida dos mais velhos que empenharam o
futuro dos mais novos românticos). TIM DO Ó: Não, Helena Matos. A lavagem ao cérebro não vai parar. Porque por detrás
dela está o poder tremendo dos grandes "filantropos" e das suas
milionárias fundações: os liberais multimilionários e capitalistas selvagens
dos mercados e da globalização. Bill Gates e os outros grandes poderosos de
Silicon Valley e afins, como George Soros. Têm mais dinheiro e poder do que os
Estados e por isso querem acabar com os países e as suas sociedades, economias
(endividando-os) cultura e passado (História) para criarem um grande governo
mundial todo poderoso e perigoso que controlará toda a população mundial mansa
a seu belo prazer. O admirável mundo novo controlador de Orwell. Isto
tudo com a ajuda da esquerda radical ingénua, que são as suas marionetas
idiotas úteis. É a guerra dos muito ricos liberais contra o povo. E estão a
ganhar, conseguindo habilmente e extraordinariamente a ajuda da extrema-
esquerda, que financiam para ajudar a dar cabo das sociedades e conquistarem o
poder absoluto global.
Manuel Ferreira21: Excelente artigo. Concordo, vamos ver como reage essa gente quando subir a
conta da electricidade e outras. Joao Pedro Ferreira: Artigos de opinião que começam
sobre os impactos da crise climática no crescimento dos jovens e acabam sobre a
velocidade a que o carro do Sr Cabrita ia, com o consequente atropelamento de
um civil inocente, deixam o leitor confuso. E hoje vivemos uma confusão de opiniões
muito pouco claras sem perceber qual o objectivo dos jornalistas.
Se o objectivo é
falar sobre as incoerências da existência humana, que já agora sempre
existiram, desde Adão e Eva, é importante que se faça essa nota introdutória e
assim o leitor decide se continua a leitura ou não. Se o objectivo é falar sobre
temas concretos, parece-me que o jornalismo fará um melhor serviço se falar de
cada tema, criticando-o mas apresentando soluções. Implícito também no texto um
certo negacionismo perante um assunto (mais um) cientificamente demonstrado. Mas
enfim hoje até jovens, utilizando as redes sociais, falam com propriedade e
colocam em causa temas que cientistas e investigadores demoraram anos a
aprender. The
Real Donald Trump > Joao Pedro Ferreira: O meu comentário
foi apagado, mas torno a colocar porque no meu entender não viola qualquer das
regras de publicação de comentários (a não ser a de algum desesperado radical
do clima. Aqui vai: "O único negacionismo que eu vejo é na sua cabeça. Em
lado nenhum deste texto a autora refere que as alterações climáticas ou a
influência do ser humano nas mesmas são mentira. O que a autora refere é que, e
eu estou de acordo, se está a entrar numa onda de histeria sem necessidade
nenhuma disso. Deixo-lhe um conselho: vá escrever nas caixas de comentários
do Publico, por lá é que artigos de opinião sobre o desastre do clima, o fim da
humanidade e demais radicalismos histéricos são louvados, insultando mesmo quem
ousar sequer mostrar alguma relutância em aceitar a histeria deste "desastre"
em que vivemos. Quanto ao carro do Sr Cabrita, em que houve uma vítima
envolvida (essa pessoa, coitada, já não tem que ter medo das alterações climáticas)
está escrito em post-scriptum, um aparte que acho muito bem que seja feito,
porque o resto da imprensa vai andando muda e surda." Liberal Assinante do Local: Está certa Helena
Matos ao apontar o carácter religioso do movimento conhecido como
"ambientalismo". A Greta Thunberg, por exemplo, foi dado o papel de
santa. A santa não comete pecados, logo a santa viaja para a América de
veleiro. Já dos pecadores espera-se que se arrependam dos seus pecados e que se
juntem à igreja salvífica do mundo, muito naturalmente, abdicando dos seus bens
materiais - o espírito salvífico compensá-los-á amplamente da privação.
Naturalmente que os dirigentes da igreja não são tão estúpidos que realmente
acreditem nas tretas com que evangelizam os pobres de espírito, e assim deles
não se espera realmente nenhuma privação, bem pelo contrário. Tenham medo desta
igreja, e não do "fim do mundo". Muito medo. Pedro Pedreiro: Há um cientista
americano, ex conselheiro de Obama, cujo grupo de investigação concluiu que a
maior parte das alterações climáticas tem a ver com a actividade do Sol.
Publicou um
artigo ou mesmo um livro dedicado ao assunto. Adivinhem, já lhe
chamam de negacionista. José Paulo C Castro > Pedro Pedreiro: Não é difícil
provar isso. O registo da temperatura contido nos blocos de gelo da Groenlândia
prova que, no passado até há 10 mil anos, houve alterações ou oscilações de
temperatura iguais ou maiores do que a registada nos últimos 150 anos. Sem
intervenção humana com combustíveis fósseis... Aliás, a
tendência deste último século parece ser o retorno ao normal depois de uma
súbita descida no final da Idade Média, em tudo igual à actual subida mas de
sentido contrário. Quem olha as coisas naquela escala vê que não há crise
nenhuma nem clima estável possível. Andam a lutar por uma utopia e a querer
criar uma culpa falsa. A actividade humana é muito irrelevante face à do Sol e
não explica o aumento da radiação deste. Basta olhar para aquele gráfico para
perceber que o foco nos últimos 150 anos é enganador. A inquisição
chegou à ciência por causa do financiamento estatal desta: a ciência tornou-se
uma ferramenta política e as fogueiras são o resultado. Elvis
WaynePedro Pedreiro: O Sol tem um
ciclo de actividade de 11 anos. O último máximo foi ( se não me engano) em
2013, logo em 2024 preparem-se para o pânico generalizado nos mídia. jorge espinha: Quem recusa a
opção nuclear não é sério em relação à descarbonização. Vamos ver o quão verdes
estarão os Europeus quando se confrontarem com as contas de electricidade e com
a perca de competitividade da economia graças ao aumento dos custos
energéticos. O carros eléctricos necessitam de electricidade que provém de
centrais eléctricas, isto aumentará a procura da electricidade, a promoção de
bombas de calor em substituição de caldeiras aumentará em muito a procura de
electricidade. Com o fecho das centrais de carvão, com o nuclear em suspenso ou
retracção, sem que se tenha resolvido o problema da acumulação da energia
produzida pelo solar e vento, com a exclusão do “fracking”, …Não sei se a
Europa não estará a esperar intervenção divina. advoga diabo: A diferença entre
quem olha para o presente como se não houvesse amanhã, e quem age também em
função do respeito pelas gerações vindouras é responsabilidade, sensibilidade e
bom senso! Hipo
Tanso: Helena
Matos, sempre Helena Matos. Um dos pilares do Observador. Maria Clotilde Osório: Muito
bom. Como em todas as matérias o desconhecimento gera medo. A solução está na
leitura, aquisição de conhecimento e uso da massa cinzenta. Depois de entender
os problemas, há que enfrentá-los. Os problemas ambientais existem e devem
levar à procura científica de formas de os minorar. O desconhecimento do
público em geral e da comunicação social em particular faz com que se ignorem
os avanços que se estão a fazer na Europa, nomeadamente em França, no que
respeita às novas centrais nucleares e ao uso da fissão nuclear. As
preocupações de quem vive num mundo onde não precisa de se preocupar com a
sobrevivência no dia-a-dia faz com que se possa entreter a pensar em "produtos
vegan" para os cabelos, viajar em barco à vela e deslocar-se numa
bicicleta eléctrica (que tem bateria de lítio e tem de ser carregada e
que, até ao produto final, foi responsável por uma quantidade de emissões de
gases com efeito de estufa). E já agora ... em deprimir com medo de ter
problemas na vida
Eduardo Lopes: Bom dia! Uns dizem que precisam de criar porcos e
vacas, outros dizem que o mau cheiro é insuportável, outros dizem que as vacas
produzem muito metano, outros dizem que os carros poluem, outros são loucos por
corridas. Como é sabido é difícil de agradar a gregos e a troianos. Contudo, é
certo que se começou a mudança muito tarde, porque as empresas petrolíferas
ainda tinham muito petróleo para sugar em muitos países e era quase de borla.
Agora, como dizem alguns entendidos os poços não são rentáveis, e vêm à pressa
com esta das alterações climáticas e que tem que passar tudo para as
renováveis. Normalmente todo o investimento e principalmente o privado tem o
escopo o lucro e retorno rápido, razão pela qual isto tem que ser tão agressivo
para a mudança para os eléctricos entre outras energias. Na situação do COVID,
lançou-se o medo, e todos tomaram a vacina, neste caso aumenta-se o preço dos
combustíveis e /ou pagas de um lado ou pagas do outro. Certamente, que ninguém
com uma capacidade média de pensar, acredita que os ricos que tem 20 carros
desportivos, dois ou mais iates, jactos, motas de água e, até naves espaciais
para fazer viagens ao fim de semana ao espaço está preocupada com o ambiente? a
única preocupação que o move é meter os pobres a andar de bicicleta e a pé,
para eles terem oxigénio para respirar enquanto não descobrem outro lugar para
viver. Porque se isto está tão mau, porque não se proíbem alguns desportos
poluentes? Porque manda quem passa o cheque. Vasco Alves: Deixe as pessoas
sentir medo, porque o medo racionalizado pode alterar vidas no bom sentido. A
nossa geração cresceu com o medo das guerras nucleares, e conseguimos
evitá-las, cresceu com o medo da SIDA, e conseguimos (a maioria das pessoas)
evitá-la, e crescemos todos com alguns medos. Portanto, é necessário que as
novas gerações sintam também medo, que o racionalizem, e que resolvam melhor
alguns problemas, motivados também por ele. Ashley Albuquerque > Vasco Alves:
Penso que não leu
o artigo com atenção. A autora não nega a pertinência das preocupações
climáticas e refere-o explicitamente. Crítica a agenda mediática
sensacionalista em torno dessa questão e critica alguma hipocrisia jovem que
sentada numa "coffee shop" urbana a beber um café de 6 euros em copo
reciclável, calçada com ténis de 100 ou duzentos euros, posta no seu i-phone de
600 ou 1000 euros o seu desagrado pelo estado do mundo e a sua ânsia por
valores mais espirituais, menos materialistas e mais ecológicos... Coronavirus corona > Vasco Alves: Os talibãs dizem o mesmo: o medo é uma
coisa boa. Os fanáticos tendem a ver méritos no medo. Só uma nota: vivi o tempo
da Guerra Fria na minha juventude. Num país que era a fronteira dessa mesma
guerra. E nem eu nem os meus amigos deixávamos de dormir, de brincar ou de nos
divertir por causa do perigo nuclear. As reivindicações dos jovens eram por
liberdade. Por isso o que diz é treta. Ao defender o medo está a ser um
fanático. Antonio
Mello: Muito
bom e o eterno conflito geracional sempre presente, agora em torno do clima e
para onde vamos todos… A informação/ media continuam a ser os grandes
influencers que escolhem os grandes temas e focos de notícias e o que é ou não
notícia. O vulcão das Canárias é há uma semana o grande tema nacional… Já nem
podem entrar em erupção hoje em dia! Ridículo e caricato. A natureza,
felizmente terá sempre razão num mundo cada vez mais estupidificante…
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