segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Também ouvi

 

Parte da entrevista com Rangel. De facto, falou muito da sua questão de homossexualidade, pois o entrevistador não lhe poupou a sua curiosidade repetidamente questionadora, talvez para o pôr em xeque, apesar de aquele afirmar a sua indiferença pelo facto, sabendo, no entanto, que essas indiscrições, sendo irrelevantes para a definição do carácter, não deixam de ser chamariz de maledicência coscuvilheira e desinteressante, na banalidade das questões pessoais. Como não ouvi a entrevista inteira, não sei se ela se debruçou sobre os problemas de uma futura governação a ter em conta. Mas A. Costa não está preocupado. Como escreveram alguns comentadores, o PS conhece o lema para contentar o seu povo: distribuir com indulgência e caridade as massas provindas de fora. Isso, mais do que um real desenvolvimento interno para uma solidez financeira efectiva, é o lema e a actuação que atrai o povo manso e obediente que somos. Um carácter sério como o de Passos Coelho, nesta altura da festa, seria repudiado, naturalmente. É pena.

E socialista Rangel é?/premium

Ultrapassada a questão da homossexualidade que nem o chega a ser, o que interessa é isto: Paulo Rangel quer liderar o PSD para defender outro modelo para Portugal ou para manter a direita no armário?

05 set 2021

Paulo Rangel entrou na corrida à liderança do PSD e tratou de desembaraçar-se de um assunto que podia desfocá-lo desse propósito: a sua homossexualidade. Por muita importância que o assunto pessoalmente tenha para Paulo Rangel, e até admitindo que a meio da sua campanha à chefia dos sociais-democratas o tema aparecesse vindo sabe-se lá de onde, cirurgicamente a tempo de se transformar num caso, a questão que se coloca neste momento não é a saída do armário da sexualidade de Paulo Rangel mas sim a do espaço político que ele representa e que tudo indica quer liderar: Portugal é hoje um país em que se tolera a não esquerda. Desde que esta não esquerda não tenha um discurso próprio, desde que não dê nas vistas, desde que aceite o estatuto de subalternidade ideológica e cumpra o papel que lhe está reservado: provar que Portugal é uma democracia com eleições livres embora não se tome muito a sério que outros além do PS as possam ganhar.

A leviandade fútil de Marcelo Rebelo de Sousa que o fez normalizar os afastamentos da PGR Joana Marques Vidal e do presidente do Tribunal de Contas Vítor Caldeira ou o regresso das 35 horas à função pública, a par do ódio de Rui Rio a Passos Coelho que o levou a preocupar-se mais em destruir o legado de Passos do que em fazer oposição, garantiram a António Costa um governo sem escrutínio nem oposição.

A pandemia fez o resto: desconfinamos agora num país em que o aparelho de Estado se tornou numa máquina de manutenção do poder socialista e em que se admite que enquanto houver dinheiro para distribuir o PS irá buscar votos.

Paulo Rangel quer romper com isto? E querendo acha que consegue romper o tecto mediático que transforma em extremista tudo aquilo que não repete a retórica do progressismo? Ou será que vai acabar como Carlos Moedas cuja competência é indiscutível e cujo curriculum me parece mais interessante que o de Rangel, a espatifar o seu capital político apresentando-se em cartazes que dizem que quer “Melhor Lisboa” por antítese a um Fernando Medina que garante “Mais Lisboa”? Enfim, se é para nos apresentar um socialismo um bocadinho mais decente que o actual mais vale Paulo Rangel manter-se nessa reserva de novos estrangeirados que são os eurodeputados.

A isto, que não é pouco, junta-se uma outra questão: que país se propõe Paulo Rangel governar? Ou mais propriamente em que medida será esse país governável? Afinal todos os dias pagamos um preço altíssimo pelo poder de António Costa: não só todas as reformas são adiadas como o que se conseguiu no passado é revertido para comprar o BE e o PCP. Da TAP às leis do trabalho; do ensino em que a ordem é desvalorizar os conteúdos à Segurança Social cuja sustentabilidade é um tabu, Portugal está refém das diversas clientelas e do jogo de cacete e cenoura que os governos de António Costa mantêm com essas clientelas.

Paulo Rangel acredita que é possível ir para eleições com um discurso de contraponto a este estado de coisas? Ou intui que a sua hora poderá chegar quando e se a inflação e novas políticas do BCE levem a Bruxelas a seguir o exemplo de Biden e concluir que não se pode continuar a espatifar o dinheiro dos contribuintes em países cujos governos e elites não cumprem o seu papel?

No gesto de Paulo Rangel vê-se a determinação de quem se quer desembaraçar de escolhos para não ser apanhado em falso. Mas, para usar a irritante linguagem destes tempos, da orientação sexual de Paulo Rangel já sabemos. O que falta (e acredite que isso é realmente importante) é saber qual é a sua orientação política.

PS. Temos de trocar umas ideias sobre o que é ser conservador. Vem isto a propósito da afirmação feita por Rui Pedro Antunes no artigo “A semana em que Rangel afastou os fantasmas que faltavam para avançar para o PSD“: “Em Portugal, mesmo sendo um país evoluído em matéria de direitos dos homossexuais, há ainda a ideia de que ser homossexual pode ser uma menos-valia no combate de um partido como o PSD, que ainda tem alguns sectores mais conservadores.” Na verdade nesta e noutras matérias os conservadores revelaram-se em Portugal (e não só) menos intolerantes que os autodenominados progressistas – e nem sequer precisamos de recuar ao caso da expulsão de Júlio Fogaça do PCP por ser homossexual. (A propósito a comissária política que o PCP colocou no Museu do Aljube vai incluir ou não o nome do antigo dirigente comunista nas pontes que se propõe fazer entre a resistência à Ditadura e os direitos LGBTI? Ou vai dizer que nunca teve oportunidade para se informar sobre a vida de Júlio Fogaça como fez quando interrogada sobre o Gulag?) Casos como o da reacção do PS à relação de Sá Carneiro com Snu Abecassis, o espancamento de homossexuais na Festa do Avante e sobretudo aquele aviltante “O senhor não sabe o que é gerar uma vida. Eu tenho uma filha. Sei o que é o sorriso de uma criança” proferido por Francisco Louçã num debate com Paulo Portas são testemunhos da intolerância de uma esquerda que debita slogans e cujos actos raramente são escrutinados.

PSD  POLÍTICA  PAULO RANGEL  HOMOSSEXUALIDADE

COMENTÁRIOS:

J. Saraiva: O Rangel foi inteligente em ter falado. Falou antes, que falassem dele. Porque assumido ele sempre foi, com os amigos e família. Li cerca de 10 comentários e não vou ler mais. Quando o Rangel disse que a homossexualidade era irrelevante em termos políticos, pensei claro. Pelos vistos não é assim tão claro, para muita gente infelizmente. Quanto ao Louçã.... a.s.c.o Quanto aos machos lusitanos que aqui andam a criticar o Rangel, votem na namorada da Mortágua.                 José Paulo C Castro: Eu tenho algum respeito pelo tempo em que nenhum político tinha de dizer com quem dormia. Nem o Rei revelava as amantes, nem o Presidente mostrava quem era a primeira-dama em campanha, nem o estado civil do primeiro-ministro era notícia para jornais e revistas (muito menos coisas pessoais como o estado de saúde de familiares próximos). Há algo profundamente errado no facto de figura pública se ter tornado figura de interesse público. Curiosamente, para sabermos se algumas dessas pessoas próximas receberam verbas do orçamento indevidamente, os media não acham interesse... A quem interessa isto? Ah, pois, o quarto poder... Cada vez mais o maior de todos.    Tiago Figueiredo > José Paulo C Castro: Houve um tempo em que este tipo de notícias ficava-se pelos tabloides e as alcoviteiras revistas "cor-de-rosa"... Tanto se promoveu o voyerismo cor-de-rosa e dos 'reality shows', que alastrou à comunicação social mais séria. Sexo vende e bisbilhotar a vida pessoal, emocional e sexual dos outros é frequentemente um escape para quem mal cuida e vive frustrado com a própria, embora haja outros motivos bem mais sórdidos e insidiosos para fazê-lo... A expansão deste fenómeno é um claro sinal do atraso social e civilizacional, a meu ver. Só não sugiro que seja um "retrocesso" relativamente a um tempo passado, porque a meu ver não é novidade, pelo menos não em Portugal. É a típica senhora à janela que os turistas fotografam ou, outro exemplo, as duas senhoras que, no prédio onde cresci, moravam no mesmo andar e passavam dias-a-fio no vão de escadas a sussurrar. Durante anos nunca entendi porque é que, sendo tão fiéis companheiras na bisbilhotice, uma não convidava a outra para fazerem-no dentro de casa, à porta fechada e mais confortavelmente sentadas a tomar um chá. Hoje acho que entendo. Intuitivamente, talvez, sabiam que seria como convidar uma cobra para dentro da sua própria intimidade. Não é novidade, apenas se revelou e massificou.         Sérgio Correia: No geral concordo com a cronista, mas não desta vez. Podia seguir a linha do politicamente correcto, e dizer que o que ele faz na vida privada dele é um problema dele. E é até certo ponto.

A diferença aqui é que ele quer ser o líder do PSD que se diz ser de direita, que tem algumas bandeiras que definem a ideologia de direita, como é o caso dos valores familiares e católicos. A sexualidade que ele declara ter não é compatível com estes valores, logo para ser um líder de direita (um líder é aquele que com o exemplo serve de inspiração aos seus seguidores) o desqualifica como tal. O assustador aqui, é quem se diz de direita não ver uma incompatibilidade nisto.           Afonso D'Orey: Cara Helena desta vez não. Rangel acabou de fazer o seu harakiri político. As pessoas com problemas de identidade não geram confiança nos cidadãos que concentram todas as suas forças na luta pela sobrevivência e da sua família, Estas pessoas que se podem dar ao luxo de ter frescuras existenciais não são consideráveis fiáveis.           José Neto: Sempre lúcida, Helena Matos.            Pedro D.: Um político de direita "às direitas", isto é que os "tenha no sítio", não pode, não deve, ceder à patética pressão social politicamente correcta, hoje tão em voga, de revelar a sua orientação sexual qualquer que ela seja. Aquilo que tem de fazer perante insinuações, campanhas negras ou o que quer que seja, é dizer que a sua orientação sexual é uma questão que apenas a si diz respeito e a mais ninguém; e nunca, mas nunca, fazer qualquer revelação sobre a questão, como fez Rangel e outros, pois isso dá ao tema a relevância que, no discurso, dizem não querer dar, mas, na prática, acabam por dar pois até promovem entrevistas na TV para falarem do assunto. Portugal precisa cada vez mais de políticos "brutamontes" que "secundarizem" estas questões e, como bulldozers, cortem a direito, sem contemplações, fazendo aquilo que tem de ser feito que é rebentar, nem que seja a dinamite, com os vários empecilhos (e são muitos infelizmente) que travam o desenvolvimento do país. E não de florzinhas de estufa que, em vez de apresentarem soluções vigorosas para resolverem esses problemas, se preocupam com questões menores como a treta da sua orientação sexual e afins. A revelação da orientação sexual de Rangel não alterou em mim um milímetro que fosse sobre a ideia que sempre tive dele: um político fracote, frívolo e snob que não vale um caracol!              afonso moreira: Obrigado, Helena Matos. A censura que a comunicação social faz, afasta do povo português quaisquer ideias que possam perturbar a ideologia reinante. Alguém, com pensamento estruturado sobre o país e melhor que o Paulo Rangel, é Miguel Morgado. A seguir aos principais dirigentes que nos desgovernaram nas últimas décadas e são responsáveis pelo nosso atraso (veja-se o estado em que está todo o interior do país) é também a comunicação social; tenho dúvidas se não será a primeira responsável.         Maria Narciso: Obviamente que não o é, apenas serve de instrumento para abrir caminho a D. Sebastião.               Joaquim Moreira: Helena Matos é uma jornalista que me habituei a respeitar, apesar de nem sempre com ela concordar. Até porque temos o direito e o dever de ter a nossa própria opinião e não acreditar e muito menos seguir qualquer aldrabão. Mas não posso aceitar que diga o que não pode provar. A menos que o faça e eu cá estarei para aceitar. Estou a falar da afirmação: “a par do ódio de Rui Rio a Passos Coelho que o levou a preocupar-se mais em destruir o legado de Passos do que em fazer oposição, garantiram a António Costa um governo sem escrutínio nem oposição.” É falsa a primeira parte da afirmação, direi até que parece uma alucinação. O que garante a “a António Costa um governo sem escrutínio nem oposição”, é a Geringonça que foi criada e só é mantida, para derrubar e evitar a “direita unida”. Por isso, estou pouco preocupado em saber se Rangel é ou não é socialista. Estou muito mais preocupado com a direita, que, com este tipo de argumentos e o seu ideal, e, ainda, com o apoio da CS, contribui para que nada mude em Portugal!             Joaquim Rodrigues: O Partido Social-Democrata do que precisa é de um líder que afirme com clareza, como Sá Carneiro afirmou, as suas Prioridades Políticas, de “Libertação da Sociedade Civil”, da “Livre Iniciativa Privada”, do “Mercado e da Concorrência”, da “Liberalização da Economia”, da “Descentralização Política do Estado” e do desmame da Oligarquia Centralista da “Mama do OE”, das “Negociatas de Estado” e das “Rendas Monopolistas outorgadas pelo Estado” suportadas por “Taxas e Taxinhas” que todos pagamos agora, cada vez mais, com a chantagem da “emergência climática”. Quando assim for, seja homossexual ou não, então teremos um “Líder e um Partido” capazes de mobilizar o eleitorado do PSD, o eleitorado democrata do PS, traído pelo Costa ao aliar-se à extrema esquerda, e os actuais abstencionistas desiludidos com o “Sistema”. Quando isso acontecer, seja homossexual ou não, teremos um “Líder e um Partido “com a força necessária para fazer as “Grandes Reformas” de que o País necessita e que o Sá Carneiro se preparava para fazer quando foi assassinado.

Sá Carneiro não foi assassinado por ser Heterossexual Católico a viver com a sua “amante”, ou por ser de esquerda ou de direita. Sá Carneiro foi assassinado por querer desbancar da mesa do orçamento de Estado a “oligarquia centralista”. A “Oligarquia Centralista” tem-se servido, umas vezes do PS, outras vezes do PSD e do CDS, conforme a conjuntura e conforme os “lacaios” que consegue pôr na liderança de cada um dos partidos conforme, em cada momento, mais garantias lhe dão quanto aos privilégios montados à volta do Estado, dos poderes de Estado e do Orçamento de Estado que o nosso Regime “Estatista” e “Centralista” permite e facilita. A “Oligarquia Centralista” adorou o Sócrates que, nas suas negociatas, juntou ex- cunhalistas como o Mário Lino e ex- salazaristas, como o Ricardo Salgado. A “Oligarquia”, tal como não confiava em Passos Coelho, também não confia em Rui Rio e continua a desgastá-lo, aproveitando a sua inabilidade política, à espera da melhor oportunidade de poder correr com ele da liderança do PSD. Mas só o quer fazer quando tiver garantias de que consegue pôr, no lugar de Rui Rio, um “lacaio” da sua confiança, seja homossexual ou não, e de que não vai para lá alguém em quem não confie e que não controle. Como a aposta que fizeram no “Moedas” para substituir o Rui Rio saiu completamente frustrada (o homem tem-se revelado um completo flop) já optaram por manter o Costa na Governação por mais uns tempos, como aliás o próprio Costa já fez questão de anunciar na campanha de preparação do Congresso e no próprio Congresso. O grande sonho da “Oligarquia Centralista” é ter dois “lacaios” à frente dos dois principais partidos, sejam eles homossexuais ou não, para fazer crer aos “indígenas” que vivem na melhor das democracias, com “alternância democrática” e tudo. O grande temor da Oligarquia é que, para a liderança do PSD, vá para lá alguém em quem não confiem e que não controlem, como aconteceu com o Passos Coelho. Por isso passaram a alimentar o “chega”. O “chega” foi o “ovo de Colombo” que a “Oligarquia” descobriu para manter o “Sistema”. A curto prazo o “chega” é o balão de oxigénio de que o Costa precisa para sobreviver. Entretanto ganham tempo para arranjar um outro “Moedas qualquer”, para a liderança do PSD, homossexual ou não, usando o Rui Rio como trampolim. A médio/longo prazo o “chega” vai ser o instrumento de chantagem ao PSD para “forçar” a execução de certo tipo de políticas e “controlar danos” caso aconteça outra surpresa como a que aconteceu, no passado, com a vitória do Passos Coelho que eles não controlavam. Mas, não deixa de ser sintomático que ande por aí muito "político querido da nossa Comunicação Social", com décadas de vida política, que nunca teve a coragem de publicamente assumir a sua homossexualidade e que nunca foram sequer questionados, quanto ao assunto, por essa mesma Comunicação Social. Só neste jornal o Sr. Paulo Rangel já teve direito a duas "caixas", num só dia, quanto à sua homossexualidade, enquanto outros, nem a uma "caixa" tiveram direito, durante décadas, ao menos a questioná-los sobre o assunto. Dois pesos e duas medidas? Vamos estar atentos ao comportamento da Comunicação Social em relação ao Sr. Paulo Rangel para sabermos se é mais um “putativo” líder para “trucidar” ou se é o “lacaio” de que a “oligarquia centralista” andava à procura.            josé maria: A direita está tão fraquinha que até mete dó... Só há quatro pessoas nesse espaço político mal frequentado que ainda têm algum gabarito: Jaime Nogueira Pinto, Miguel Poiares Maduro, Cecília Meireles e Paulo Rangel. José Pacheco Pereira deve ser o único social-democrata do PSD e a sua elevação intelectual mão merece discussão, é sempre um prazer lê-lo ou escutá-lo. Não é, notoriamente, um homem de direita, muito pelo contrário. O resto, da direita portuguesa, é um total deserto de ideias          Xuxaland Mouse > josé maria: Pacheco Pereira é tão social democrata como eu comunista. O mesmo encostou-se ao PSD apenas para garantir a subvenção vitalícia, fingindo-se de cavaquista ferrenho anos a fio. Depois de garantir as regalias de deputado, a sua costela de extrema-esquerda voltou ao de cima e ainda não parou de denegrir o PSD. É um ser mesquinho, como bom esquerdóide.         António Sennfelt: Que todos leiam com olhos de ler este magnífico artigo de Helena Matos, particularmente o seu segundo parágrafo!            Alfaiate Tuga: Interessa pouco defender outro modelo para Portugal se não o conseguir implementar...e a curto prazo (pelo menos 5 anos), o PSD não vai chegar ao governo. Porquê? Porque quem tem a chave do cofre é o PS e o cofre está cheio (a Europa continua a enchê-lo), portanto enquanto o PS tiver dinheiro para pagar pensões e salários da FP (juntos já são 3.750 milhões mais respectivos dependentes ) o PSD não passa dos 35% e o PS se precisar monta outra geringonça e o poder está garantido . Quando o cofre secar (se a Europa o deixar secar), então sim a direita poderá chegar ao poder para administrador de insolvência. Quanto ao Rangel, o único que poderá conseguir a curto prazo é tirar o maior partido da oposição da absoluta irrelevância.              jorge espinha: Os nossos políticos "à direita" estão desfasados do país. Falam para elite bem pensante de Lisboa e Porto. Elite que não conta para nada porque é incapaz de pensar o futuro. Há um eleitorado em Portugal que não é representado, o eleitorado que paga impostos e ou trabalha no sector privado. As PMEs são o maior empregador em Portugal e não têm lugar à mesa onde se sentam os Bavas e Granadeiros. Estou farto da direita castrada do comentariado e vejo com tristeza que essa direita será a dominante (se já não é) no Observador. A direita que não se preocupa com os direitos perdidos à conta da pandemia, que é contra a tourada e a caça e que entra em histerismos a propósito do Chega. Quem nos governa e destrói o princípio da separação de poderes, quem faz o assalto ao poder a prioridade em vez de governar, quem é hegemónico na comunicação social e cultura não é o idiota do ventura, é a esquerda.

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