quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Uma voz que volta


A de Maria João Avillez. Tem razão no que escreve sobre António Costa que também ouvi, no seu discurso de banha da cobra e julguei não ser possível tão redondo desplante. O redondo acudiu-me por conta do aspecto de solidez física acompanhando a solidez vocal do 1º ministro, explanando uma satisfação não de trabalho efectivo, mas de promessas resultantes dos bolsos cheios da nossa – sua, neste caso - impudência mendicante como destino irreparável nacional, caso ninguém mais se importe de atalhar. Mas ninguém se importa assim tanto, e mesmo que se se importasse, de nada valeria, por falta de quorum persuasivo. A chave do sucesso criou-a ele, com a determinação pouco honesta de assalto inicial, seguida do seu desenvolvimento, por manipulação contínua dos esquemas propícios à rotunda vitória de vitualhas bem assentes, por conta alheia.

Que quer António Costa? /premium

Há dias, António Costa, mostrou-nos que era capaz de tudo. Podia-se pensar que temeria o penoso espectáculo da desfaçatez pública, da exibição do seu sulfúrico uso do poder, do ridículo até, mas não.

MARIA JOÃO AVILLEZ

OBSERVADOR, 08 set 2021

1Talvez seja melhor assentar nisto: os Portugueses estão bem e, quem sabe, felizes. Estarão pelo menos longe da infelicidade activa onde os ficcionávamos. A maior parte trabalha no Estado que nunca os despedirá nem lhes pedirá contas. Ninguém os maça por aí além, pouco se lhes exige, trabalham poucochinho, não praticam a ambição, não correm atrás do mérito. Talvez porque tenham ficado contaminados pela pior herança do 25 de Abril – a suprema cultura dos direitos versus a modéstia da prática dos deveres. E, ultimamente, não ouvem senão falar de imenso dinheiro, estando certos que parte dele lhes irá cair no bolso. E como descrer, quando se vê o tonitruante chefe da orquestra governativa a reger a sua sinfonia do “País das Maravilhas” e para a qual até já tem a autorização para ir ao banco para a levar à cena? (voltarei a isto).

Ao pé desta “terra prometida” pelo socialismo a milhares de portugueses que pouco pé tomam na política e que ancestralmente se conformam com um amanhã nem melhor nem pior do que o hoje, que importância tem que o poder alastre até ao mais clamoroso dos abusos? Que não se prestem contas sobre nenhuma atitude, nenhuma escolha, nenhuma decisão? Ou que elas sejam tão irresponsáveis quanto fazer três novas faculdades de Medicina no país ou tão aterradoras quanto a partir de agora “condenados por ódio possam ser expulsos de várias profissões”? Ou que a Lei do Digital contenha um artigo inconfundivelmente assassino? Não tem importância nenhuma. Ou muito pouca. A vida segue, até já foi pior, houve um Verão de praias e campos cheios e o país até acha que a pandemia o deixou de vez.

2Parece-me isto tão verdade, quanto julgo, aliás, que uma grande maioria dos portugueses desconhece o desnível entre o que se paga pelo trabalho em Portugal e no resto da Europa – os sindicatos já não são o que foram. Quem, porém, nota esse fosso, pouco reage e pouco se indigna, o Estado é um porto de abrigo; e quem se apercebe, se puder, foge a sete pés. Foge: qual é o pais da UE onde se fica obrigatoriamente em casa dos pais até aos vinte ou trinta e tal anos porque o salário não “dá” para arrendar casa, investir no estudo, aprofundar o conhecimento, casar, ter mais do que um filho e meio? Ou remunerações que permitam enfim melhor vida do que uma letárgica cepa torta onde o fisco até os cêntimos poupados leva? Fogem, sim.

E quem fica vai vivendo a vidinha pendurado no único e último seguro de vida, o obeso, envelhecido, inoperante e incumpridor Estado português. Uma gigantesca bolha superlotada de funcionários que “desfuncionam “ – filas, atrasos, incumprimentos, burocracia, corrupção em vez de servir. E mesmo sendo a inoperância estatal directamente proporcional ao número dos seus funcionários públicos, paciência, os Portugueses não se importam. Pelo contrário: é ali que reside a sua desencorajante maior ambição. E por isso ouvem com júbilo o hino do “Estado social” sem lhes passar pela cabeça a prosaica pergunta de quem o pagará e como. Tanto faz, logo se verá. E agora que o futebol voltou aos estádios e que as televisões generosa e abundantemente depositam nos lares portugueses mais debates sobre bola, não há razões para grandes queixumes. Até a pandemia “parece” que está a acabar, é só esperar mais um bocadinho que o Almirante, novo santo padroeiro português, acabe a sua tarefa. Aliás, o tão audível aplauso nacional para alguém que se limitou a cumprir eficazmente um programa – os Portugueses normalmente não cumprem nem programas, nem prazos – chegou a ser embaraçante. Tão embaraçante que levou até um aprumado militar a ter de nos explicar que “não irá para a política”. (Sr. Almirante, com todo o meu enorme respeito, não era preciso tanto, ficaríamos assustadíssimos com a ideia).

3De modo que é isto: país pobre, velho, acomodado, onde se nasce pouco, se ambiciona menos e se sonha nada. Já não foi assim, um dia talvez volte a não ser. Ate lá – se houver “lá” – é difícil lidar com semelhante estado de coisas. E se repararmos, são mesmo todas as coisas: a Educação à cabeçaa mais grave das questões nacionais -, a Justiça, sempre a tropeçar em atrasos, incapacidades e abusosa lesiva ineficiência da administração pública; a banalidade da corrupção vigente; a despudorada protecção de um sector da população – o funcionalismo público – versus a fria indiferença face ao outro e, a propósito, note-se apenas a quantidade de gente que entrou para os quadros da Educação e a quantidade de alunos que saíram ou não entraram? E por aí fora. Não, caro leitor, nada disto é exagero, fado ou fatalismo. É uma cansada constatação.

Por exemplo: experimente ler a nova versão da História do país nos actuais manuais escolares; experimente pedir uma licença ao Estado seja para o que for; experimente entrar numa repartição e sair de lá sem o terem mandado para mais três ou quatro outras repartições, chegando a casa sem o problema resolvido; experimente tratar de um assunto que o obrigue a mergulhar no pavoroso universo da Justiça; experimente apresentar um novo projecto às “autoridades” e veja a trama de burocracia onde o enredarão, e o tempo e o dinheiro que perderá. Experimente ir a um centro de saúde, ou marcar telefonicamente uma consulta ou entender-se com as novas regras da ADSE… e veja o que lhe acontece. E, já agora, experimente alertar o Primeiro-Ministro para a indecência dos nossos impostos ou convencer um membro do Governo de que os criadores de riqueza, os grandes, pequenos e médios empresários, os grandes, pequenos e médios exportadores não comem crianças a hora nenhuma, amam Portugal e não são corruptos. Não consegue nem uma coisa nem outra, pois não? E se lhes pedir que lhe expliquem porque adoram distribuir dinheiro e detestam produzir riqueza, ou como vão fornecer sustentabilidade à segurança social, não lhe responderão, pois não? Ou que ao menos uma vez por outra troquem a ideologia pelo interesse nacional, também não vai lá, pois não?

Ou seja, no fim deste triste enunciado, em vez de me chamar fatalista ou reaccionária (e sou ambas as coisas, graças a Deus) é capaz de me dar razão.

4Foi neste quadro desolador que há dias, a Sul, António Costa, nos mostrou que era capaz de tudo. Podia-se pensar que temeria o penoso espectáculo da desfaçatez pública, da exibição do seu sulfúrico uso do poder, do ridículo até, mas não. Ou sequer das consequências que pudessem advir de tão politicamente vazio “one man show (mas é a tal coisa, os Portugueses não se importaram por aí além: que tinham eles a ver com aquele entediante Te Deum interno?).

É isso, sim: ainda evocarei aqui hoje o congresso socialista, tal a impressão deixada.

5Ao princípio pareceu-me aquilo uma reunião de veraneantes, a cem metros da toalha de praia de cada um. Um congresso naquele mês e naquele lugar nem podia ser sério, nem a sério. Nem politicamente competitivo nas ideias, nas escolhas, no debate, nas intervenções. Depois houve a meticulosa encenação – do palco aos gestos, passando pelas palavras, actos e omissões – e a encenação alertou-me para o lugar que a alta comédia ali teria. A do poder. Do poder e do seu jogo que pode ser cruel ou magnânimo, mas ali me pareceu um poder sobretudo feio: nem dignidade nem distinção para aquele quarteto supostamente sucessor do chefe. Uma armadilha. Sentados involuntariamente à mesma mesa só faltou meter as duas senhoras e os dois cavalheiros numa gaiola de vidro para que a sua também involuntária exposição se tornasse ainda mais desconcertante e infelizmente (para eles) risível. Sucessores?

E finalmente, last but not the least… a política. Onde esteve, quem a serviu, que nos anunciaram com ela, que bom uso ali lhe deram em nome do país que governam? Exit política (não se pode chamar política à permanente exaltação do país das maravilhas com algumas vagas intenções governativas pelo meio). Os promotores preferiram-lhe uma constrangedora auto celebração norte-coreana. Sintomaticamente, ninguém estranhou, ou se importou, ou se envergonhou.

6Aqui chegados, só sobra uma pergunta: que quer António Costa? Fazer o quê com o poder que tem? Que entendimento tem do seu uso, para que quer ele que ele lhe sirva?

Achará, porventura, o líder do PS que nos trouxe política? Que nos seduziu ou convenceu politicamente ali? Que nos disse para além da contínua escalpelização do Plano de Resiliência e Recuperação e da sua previsivelmente desgraçada aplicação ou dos sempre reeditados elogios ao comportamento das autoridades estatais da saúde na pandemia? Pouco. E por isso inquietou-nos.

Como já nos inquietara, quando aqui há tempos, diante da presidente da UE exibira um europeísmo de oportunidade com a sua pressa de ir ao banco. Que europeísta é ele, afinal, com os louvados pergaminhos que lhe atribuem? É o Primeiro-Ministro um dos “mestres-de-obras” de uma Europa unida, politicamente forte, com voz audível e influência real ou permitimo-nos desconfiar que o chefe do Governo português e o país são prioritariamente uns pedintes europeus?

P.S.: Há um bom par de anos, Vasco Pulido Valente costumava dizer que “o mundo estava perigoso”. Não sei se seria capaz de adjectivar hoje o perigo em que vivemos.

POLÍTICA   ANTÓNIO COSTA

COMENTÁRIOS:

Clarisse Seca: Mas que tédio, esse tal de congresso. Nenhuma ideia útil para o país. Ai o desenvolvimento, a competitividade, o trabalhar a sério em prol de um futuro melhor! É só isso que esse PS tem para oferecer? Estamos roubados! Mas é verdade, dei-me ao trabalho de desligar a TV. logo ao ver as cenas.        Mario Guimaraes: Eu percebo a sua crítica. Mas pense que estamos numa pandemia com a crise que isso acarretou. O  PS errou muito e deve ser criticado mas não me parece a tragédia que diz acontecer. É necessário uma alternativa? é. Os supostos sucessores nunca trabalharam fora do partido? Não, e isso é um erro. Só espero que o PSD crie condições para tentar ascender ao poder. As democracias funcionam pela alternância.       anastácio Jorge: Um

Francisco Pinto: Retrato de um País com um povo aparentemente resignado, velho, triste, que aceita ir para o matadouro, devagar, devagarinho, liderado pelo poucochinho, e vai sem resmungo. Mas há outra forma de ver as coisas. O funcionalismo público tem um número, são 750 mil. Parece que estão longe, muito longe dos restantes 4,5 milhões de activos, que têm de suportar a permanente incerteza sobre o futuro dos seus empregos, que têm de entregar ao Estado seis meses do seu salário, e que quando precisam dos Serviços Públicos são mal servidos. Haja um político que olhe para esta imensidão de gente e que lhes prometa pôr a economia a crescer, e verá a cronista que o cenário actual muda de um dia para o outro. Podem os socialistas comprar o CS, podem os comunistas paralisar a rua, podem os bloquistas despejar ódio às paletes, que nada parará este país profundo e amordaçado. Só falta um líder!          Francisco Correia: Costa aprendeu com Sócrates e leva a hipocrisia política a um patamar nunca visto em Portugal. Não se discutem medidas de criação de riqueza, apenas se discutem medidas de distribuição do dinheiro enviado pelos repugnantes. Os portugueses foram enganados em 2009 com Sócrates e vão querer ser enganados em 2023 com Costa. A factura aparecerá na segunda metade da década (quando a bazuka acabar e o BCE fechar a torneira) e fará parecer o período da Troika (2011-2015) um passeio no parque, pois a dívida (e os compromissos entretanto assumidos) será, nessa altura, muito superior à que era em 2011.           A. Carnide > Francisco Correia: Resumo eloquente da ilusão em que Portugal alegremente entrou. Vamos acordar aos gritos 😵            Clarisse Seca > Francisco Correia: O pior é que muitos Portugueses são cegos, surdos e mudos. Vão na cantiga dos FPs, mergulhados que estão no egoísmo de terem uma cunha, um cartão PS ou algum amigo que o nomeia para mais burocracia...  Onde está o pensamento crítico dos Portugueses? Onde há direitos, também tem que haver deveres. e falar verdade? estará fora de moda com esse PS e clientelas?             Antonio Mello: Muito bom! Gostava de a ver a entrevistar o PM. A entrevista feita por Miguel S. Tavares foi muito…fofinha ! O costume! Pareciam amigos numa conversa descontraída! Pobre país         Amigo do Camolas: Tenho um palpite que Costa já não quer nada, Costa já convenceu as pessoas que é uma excelente ideia comprar agora, pagar depois. Mas as pessoas ainda não entenderam que comprar socialismo agora significa que teremos que pagar por ele para sempre.          Mario Pires: O PM é o mais despudorado dos políticos que por aqui andam! Aprendeu com o amigo Sócrates e, pelo andar da carruagem, ainda o ultrapassará em "qualidade"! Triste país este que caminha a passos largos para ser um dos mais pobres da Europa! Mas os tugas, pelos vistos, adoram! E os OCS, com as TV's à cabeça, ajudam, limpando dos ecrãs os escândalos e negociatas desta gentalha rosa e distribuem novelas, futebol e música pimba, com umas chamadas de valor acrescentado para enriquecer o povinho...          klaus muller: Já repararam que, com tanto anúncio de investimentos futuros (e estes anúncios já vêm de há vários anos), K.osta ou é um grande aldrabão ou é o primeiro ministro mais desobedecido de sempre da nossa História. É impressionante que a maioria da nossa CS nunca tenha reparado nisso!...          Maria da Graça Pimentel: Excelente artigo! Parabéns MJA          Miguel Sanches: E é isto o esplendor da democracia. Para quem acredita, obviamente, e se deixa enganar. Os mais de 760 mil milhões de euros de dívida total não vos diz  nada?Vade retro Satana!         Mlle Pa zagouche: O que quer Costa, é fácil. Escapar enquanto isto não dá indisfarçavelmente para o torto.          Clarisse Seca > Mlle Pazagouche: Um carguito na Europa seria bom. Afinal também Constâncio lá chegou com a sua conversa fiada e a banca do avesso. A ver vamos se os "repugnantes" não abrirem o olho.          josé maria: A Maria João Avillez ainda não percebeu que, com todos os seus acertos e desacertos, com todas as suas virtudes e defeitos, António Costa, a seguir a António Guterres, é o melhor PM português de sempre ? É assim tão difícil perceber o óbvio ? Alguma vez em Portugal um governo disponibilizou um tão gigantesco apoio de dinheiros públicos aos trabalhadores e empresários, no período economicamente dramático da pandemia ? António Costa e Mário Centeno, com o apoio parlamentar do BE, PCP e PAN, deram cabo da direita portuguesa. Ou a colunista tem alguma dúvida de que o dia 26 de Setembro vai ser mais uma derrota para a direita nacional?          Filipe Filipe: O Grande Lider quer ser transformado numa divindade.          A. Carnide: Abençoadas clarividência e capacidade de a comunicar de forma brilhante 👌 voando sobre um ninho de cucos: Excelente artigo. A pergunta é pura retórica. Que querem todos os vendedores da banha da cobra? Comprem, levem para casa, esfreguem as costas que a dor passa. Se não passar a culpa foi sua que não esfregou como devia. Leve lá mais uma lata de pomada e repita o tratamento. Latas de banha é o que não falta.          Francisco Tavares de Almeida: Nem sei como louvar este artigo. Estilo, conteúdo,  abordagem de grandes questões com a clara sinceridade pessoal. Tudo excelente. Ensinou-me a vida em geral e o 25 de Abril em particular, que, por muito má que uma situação se apresente, é sempre susceptível de piorar. E esta situação ainda terá de piorar. António Costa assegurou ao PS o suficiente domínio sobre o Estado, a comunicação social e outros institutos menores que de facto impedem qualquer alternativa ao PS de governar com alguma eficácia. Repetiu o que o partido Democrático de Afonso Costa conseguiu na 1ª República e, tal como nesse caso, a saída não serão eleições mas uma catarse. Portugal já comprometeu o módico de independência a que um pequeno país periférico pode aspirar. Por isso não será possível um Vice-Almirante marchar de Braga sobre Lisboa nem existe o equivalente aos cadetes de Sidónio que foram os tenentes e capitães do 28 de Maio. Mas podemos esperar uma intervenção estrangeira, que terá a legitimidade dos credores e os apoios internos que não faltaram a Felipe II e a Junot. E que, tal como todas ao longo da história e em todas as latitudes, com o tempo se revelará insuportável.          Alexandre Areias: Concordo inteiramente com muito deste artigo mas discordo completamente da ideia de que a maioria dos portugueses seja assim ou que se reveja neste tipo de governação ou esteja docemente anestesiada. O que eu acho que se passa é que num país onde a sociedade civil é tradicionalmente débil e sem voz (especialmente agora que os media estão devidamente controlados e alinhados com o faz-de-conta "oficial") a única opinião que se vê reflectida e disseminada é aquela duma minoria dominante e instalada. Por outro lado, não se esqueçam que o PS domina o país completamente com apenas 20-25% dos votos. Isto porque, o outro grande problema do momento é não termos uma oposição minimamente credível e a fazer trabalho de fiscalização e de escrutínio. como seria de esperar, particularmente quando o nível de governação é tão pobre como actual (imaginem só qual seria o ambiente nos media e entre a oposição se o governo fosse do PSD e o António Costa se chamasse Passos Coelho?). Mas não se esqueçam também que apesar dos anos crise económica e social profunda, agravada por um programa de austeridade rigorosíssimo, e com a oposição e os media a berrar todos os dias, o António Costa perdeu as eleições em 2015 para o Passos Coelho Domingas Coutinho: António Costa, como alguém já disse, é um segundo José Sócrates em termos de pantominice e de mania das grandezas. E o resultado vai ser nova bancarrota. Tem razão quando diz que a maioria dos portugueses ou são funcionários públicos no activo ou funcionários públicos reformados para quem toda a miséria presente e vindoura lhes passa ao lado. O que os preocupa, melhor, ocupa é esperar pelo ordenado ao fim do mês e no caso dos primeiros com honrosas excepções que as há sempre, a progressão automática quer tenham mérito quer não tenham.            Pontifex Maximus: A maior parte dos portugueses trabalha para o Estado? Santo Deus, ao que o militantismo fanático leva as pessoas… E não, não sou de esquerda mas da direita. Embora da verdadeira, do primado do indivíduo e da liberdade, de Aristoteles, John Lock etc. Quinta Sinfonia > Pontifex Maximus: A maior parte dos portugueses depende do estado - empregados públicos, desempregados, reformados, beneficiados de prestações sociais, etc etc,  assim está melhor 🙂      Maria Rodrigues > Quinta Sinfonia: Estudo de mercado socialista: Clientes-alvo: Pessoas directamente dependentes do Orçamento de Estado - Pensionistas: 3.6 milhões - Funcionários Públicos: 0.7 milhões - Subsídio desemprego: 0.2 milhões  Tudo somado dá à volta de 4.5 milhões, quase metade dos 9.6 milhões de eleitores registados. Mais as respectivas famílias, claro.        Sérgio Correia > Maria Rodrigues: Esses são os que recebem os trocos. A parte de leão vai para estes: - Empresas dos amigos e respectivas famílias, que tem um programa de investimento sempre disponível , uns lugares para os amigos, umas isenções de impostos e ajustes directos.- Empresas, institutos, instituições, fundações e mais não sei o quê, que não estando sob alçada directa do estado, estão parcial ou totalmente dependentes do estado. É onde estão bons tachos pois não existem os limites e regras salariais da função pública.          Joaquim Moreira: O "que quer António Costa" é muito fácil de perceber! Depois de o ter assaltado, quer manter a tudo custo o exercício do poder. Enquanto houver dinheiro para distribuir aos que o querem manter. Começou por distribuir o que havia nos "cofres cheios" quando chegou ao poder. Agora, quer distribuir a "bazooka" que está quase pra vir. Mas sabe muito bem, que mesmo com as cativações, o dinheiro não chega para tantas distribuições. Por isso, já se está a preparar para zarpar. Para outros voos ou "missões" de acordo com as suas ambições! Mas sejamos claros, tem tido o apoio directo e indirecto de muitas aparentes oposições. Que, ao não perceberem que a verdadeira oposição não é nada fácil de fazer, continuam a atacar quem não o devia ser. A Geringonça e a sua forma de funcionar, não é nada fácil de derrotar. Sobretudo enquanto o ainda Presidente, não começar a preparar a marca que vai querer deixar. E o tempo está cada vez mais a encurtar. E o futuro não pode esperar. Se a tal marca quer deixar! E eu, pessoalmente, já estou cansado de esperar!             Carlitos Sousa: Ouvir primeiro a entrevista de António Costa na TVI, onde "quer" tudo de bom para o país, promete "tudo", e pinta a sua governação como a supra maravilha do Universo....... ler depois este excelente artigo desmontando o  país das maravilhas de Costa ! E é tudo verdade. Temos um perigoso malabarista que deixa o zé saloio crente nas suas habilidades, enquanto se diverte até com os 4 fantoches colocados ao seu lado para dar mais veracidade ao tabu. Vivemos mesmo um tempo perigoso, caminhando confiantes para o atoleiro.

…………………………..

Nenhum comentário: