A de Maria João Avillez. Tem razão no que escreve sobre António Costa que também ouvi, no seu discurso de banha da cobra e julguei não ser possível tão redondo desplante. O redondo acudiu-me por conta do aspecto de solidez física acompanhando a solidez vocal do 1º ministro, explanando uma satisfação não de trabalho efectivo, mas de promessas resultantes dos bolsos cheios da nossa – sua, neste caso - impudência mendicante como destino irreparável nacional, caso ninguém mais se importe de atalhar. Mas ninguém se importa assim tanto, e mesmo que se se importasse, de nada valeria, por falta de quorum persuasivo. A chave do sucesso criou-a ele, com a determinação pouco honesta de assalto inicial, seguida do seu desenvolvimento, por manipulação contínua dos esquemas propícios à rotunda vitória de vitualhas bem assentes, por conta alheia.
Que quer António Costa? /premium
Há dias, António Costa, mostrou-nos que era capaz de
tudo. Podia-se pensar que temeria o penoso espectáculo da desfaçatez pública,
da exibição do seu sulfúrico uso do poder, do ridículo até, mas não.
MARIA JOÃO AVILLEZ
OBSERVADOR, 08 set
2021
1Talvez
seja melhor assentar nisto: os Portugueses estão bem e, quem sabe, felizes.
Estarão pelo menos longe da infelicidade activa onde os ficcionávamos. A
maior parte trabalha no Estado que nunca os despedirá nem lhes pedirá contas. Ninguém
os maça por aí além, pouco se lhes exige, trabalham poucochinho, não praticam a
ambição, não correm atrás do mérito. Talvez
porque tenham ficado contaminados pela pior herança do 25 de Abril – a suprema
cultura dos direitos versus a modéstia da prática dos deveres. E, ultimamente, não ouvem senão falar de imenso
dinheiro, estando certos que parte dele lhes irá cair no bolso. E como descrer,
quando se vê o tonitruante chefe da orquestra governativa a reger a sua
sinfonia do “País das Maravilhas” e para a qual até já tem a autorização para
ir ao banco para a levar à cena? (voltarei a isto).
Ao
pé desta “terra prometida” pelo socialismo a milhares de portugueses que pouco
pé tomam na política e que ancestralmente se conformam com um amanhã nem melhor
nem pior do que o hoje, que importância tem que o poder alastre até ao mais
clamoroso dos abusos? Que não se
prestem contas sobre nenhuma atitude, nenhuma escolha, nenhuma decisão? Ou que
elas sejam tão irresponsáveis quanto
fazer três novas faculdades de Medicina no país ou tão aterradoras quanto a
partir de agora “condenados por ódio possam ser expulsos de várias
profissões”? Ou que a Lei
do Digital contenha um artigo inconfundivelmente assassino? Não tem importância
nenhuma. Ou muito pouca. A vida segue, até já foi pior, houve um Verão de
praias e campos cheios e o país até acha que a pandemia o deixou de vez.
2Parece-me
isto tão verdade, quanto julgo, aliás, que uma grande maioria dos portugueses
desconhece o desnível entre o que se paga pelo trabalho em Portugal e no resto
da Europa – os sindicatos já não são o que foram. Quem, porém, nota esse fosso, pouco reage e pouco se
indigna, o Estado é um
porto de abrigo; e quem se
apercebe, se puder, foge a sete
pés. Foge: qual é o pais da UE onde se fica
obrigatoriamente em casa dos pais até aos vinte ou trinta e tal anos porque o
salário não “dá” para arrendar casa, investir no estudo, aprofundar o
conhecimento, casar, ter mais do que um filho e meio? Ou remunerações que
permitam enfim melhor vida do que uma letárgica cepa torta onde o fisco até os
cêntimos poupados leva? Fogem, sim.
E
quem fica vai vivendo a vidinha pendurado no único e último seguro de vida, o
obeso, envelhecido, inoperante e incumpridor Estado português. Uma gigantesca bolha superlotada de funcionários que
“desfuncionam “ – filas, atrasos, incumprimentos, burocracia, corrupção – em vez de servir. E
mesmo sendo a inoperância estatal directamente proporcional ao número dos seus
funcionários públicos, paciência, os Portugueses não se importam. Pelo contrário:
é ali que reside a sua desencorajante maior ambição. E por isso ouvem com
júbilo o hino do “Estado social” sem lhes passar pela cabeça a prosaica
pergunta de quem o pagará e como. Tanto faz, logo se verá. E agora que o
futebol voltou aos estádios e que as televisões generosa e abundantemente
depositam nos lares portugueses mais debates sobre bola, não há razões para
grandes queixumes. Até a
pandemia “parece” que está a acabar, é só esperar mais um bocadinho que o
Almirante, novo santo padroeiro português, acabe a sua tarefa. Aliás, o tão audível aplauso nacional para alguém que
se limitou a cumprir eficazmente um programa – os Portugueses normalmente
não cumprem nem programas, nem prazos – chegou a ser embaraçante. Tão
embaraçante que levou até um aprumado militar a ter de nos explicar que “não
irá para a política”. (Sr. Almirante, com todo o meu enorme respeito, não era
preciso tanto, ficaríamos assustadíssimos com a ideia).
3De
modo que é isto: país pobre,
velho, acomodado, onde se nasce pouco, se ambiciona menos e se sonha nada. Já não foi assim, um dia talvez volte a não ser. Ate
lá – se houver “lá” – é difícil lidar com semelhante estado de coisas. E se
repararmos, são mesmo todas as coisas: a
Educação à cabeça – a mais
grave das questões nacionais -, a
Justiça, sempre a tropeçar em atrasos, incapacidades e abusos – a lesiva ineficiência da administração pública; a banalidade da corrupção vigente; a despudorada protecção
de um sector da população – o funcionalismo público – versus a fria indiferença
face ao outro e, a propósito, note-se apenas a quantidade de gente que entrou
para os quadros da Educação e a quantidade de alunos que saíram ou não
entraram? E por aí fora.
Não, caro leitor, nada disto é exagero, fado ou fatalismo. É uma cansada constatação.
Por
exemplo: experimente ler a nova versão da História do país nos actuais manuais
escolares; experimente pedir uma licença ao Estado seja para o que for;
experimente entrar numa repartição e sair de lá sem o terem mandado para mais
três ou quatro outras repartições, chegando a casa sem o problema resolvido;
experimente tratar de um assunto que o obrigue a mergulhar no pavoroso universo
da Justiça; experimente apresentar um novo projecto às “autoridades” e veja a
trama de burocracia onde o enredarão, e o tempo e o dinheiro que perderá. Experimente ir a um centro de saúde, ou marcar
telefonicamente uma consulta ou entender-se com as novas regras da ADSE… e veja
o que lhe acontece. E, já agora, experimente alertar o Primeiro-Ministro para a
indecência dos nossos impostos ou convencer um membro do Governo de que os
criadores de riqueza, os grandes, pequenos e médios empresários, os grandes,
pequenos e médios exportadores não comem crianças a hora nenhuma, amam Portugal
e não são corruptos. Não
consegue nem uma coisa nem outra, pois não? E se lhes pedir que lhe expliquem
porque adoram distribuir dinheiro e detestam produzir riqueza, ou como vão
fornecer sustentabilidade à segurança social, não lhe responderão, pois não? Ou
que ao menos uma vez por outra troquem a ideologia pelo interesse nacional,
também não vai lá, pois não?
Ou
seja, no fim deste triste enunciado, em vez de me chamar fatalista ou
reaccionária (e sou ambas as coisas, graças a Deus) é capaz de me dar razão.
4Foi
neste quadro desolador que há dias, a Sul, António Costa, nos mostrou que era
capaz de tudo. Podia-se
pensar que temeria o penoso espectáculo da desfaçatez pública, da exibição do
seu sulfúrico uso do poder, do ridículo até, mas não. Ou sequer das
consequências que pudessem advir de tão politicamente vazio “one man show (mas
é a tal coisa, os Portugueses não se importaram por aí além: que tinham eles a
ver com aquele entediante Te Deum interno?).
É
isso, sim: ainda evocarei aqui hoje o congresso socialista, tal a impressão
deixada.
5Ao princípio pareceu-me aquilo uma reunião de
veraneantes, a cem metros da toalha de praia de cada um. Um
congresso naquele mês e naquele lugar nem podia ser sério, nem a sério. Nem politicamente competitivo nas ideias, nas
escolhas, no debate, nas intervenções. Depois houve a meticulosa encenação – do
palco aos gestos, passando pelas palavras, actos e omissões – e a encenação alertou-me para o lugar que a alta
comédia ali teria. A do poder.
Do poder e do seu jogo que pode ser cruel ou magnânimo, mas ali me pareceu um poder
sobretudo feio: nem dignidade nem distinção para aquele quarteto supostamente
sucessor do chefe. Uma armadilha. Sentados involuntariamente à mesma mesa só
faltou meter as duas senhoras e os dois cavalheiros numa gaiola de vidro para
que a sua também involuntária exposição se tornasse ainda mais desconcertante e
infelizmente (para eles) risível. Sucessores?
E
finalmente, last but not the least… a política. Onde esteve, quem a serviu, que nos anunciaram com
ela, que bom uso ali lhe deram em nome do país que governam? Exit política (não
se pode chamar política à permanente exaltação do país das maravilhas com
algumas vagas intenções governativas pelo meio). Os promotores preferiram-lhe uma constrangedora auto celebração
norte-coreana. Sintomaticamente, ninguém estranhou, ou se importou, ou se
envergonhou.
6Aqui
chegados, só sobra uma pergunta: que
quer António Costa? Fazer o quê com o poder que tem? Que entendimento tem do
seu uso, para que quer ele que ele lhe sirva?
Achará, porventura, o líder do PS que
nos trouxe política? Que nos seduziu ou convenceu politicamente ali? Que nos
disse para além da contínua escalpelização do Plano de Resiliência e
Recuperação e da sua previsivelmente desgraçada aplicação ou dos sempre
reeditados elogios ao comportamento das autoridades estatais da saúde na
pandemia? Pouco. E por isso inquietou-nos.
Como
já nos inquietara, quando aqui há tempos, diante da presidente da UE exibira um
europeísmo de oportunidade com a sua pressa de ir ao banco. Que europeísta é
ele, afinal, com os louvados pergaminhos que lhe atribuem? É o
Primeiro-Ministro um dos “mestres-de-obras” de uma Europa unida, politicamente
forte, com voz audível e influência real ou permitimo-nos desconfiar que o
chefe do Governo português e o país são prioritariamente uns pedintes europeus?
P.S.: Há um bom par de anos, Vasco Pulido Valente costumava dizer que “o mundo
estava perigoso”. Não sei se seria capaz de adjectivar hoje o perigo em que
vivemos.
COMENTÁRIOS:
Clarisse Seca: Mas que tédio, esse tal de congresso.
Nenhuma ideia útil para o país. Ai o desenvolvimento, a competitividade, o
trabalhar a sério em prol de um futuro melhor! É só isso que esse PS tem para
oferecer? Estamos roubados! Mas é verdade, dei-me ao trabalho de desligar a TV.
logo ao ver as cenas. Mario
Guimaraes: Eu
percebo a sua crítica. Mas pense que estamos numa pandemia com a crise que isso
acarretou. O PS errou muito e deve ser criticado mas não me parece a
tragédia que diz acontecer. É necessário uma alternativa? é. Os supostos
sucessores nunca trabalharam fora do partido? Não, e isso é um erro. Só espero
que o PSD crie condições para tentar ascender ao poder. As democracias
funcionam pela alternância. anastácio Jorge: Um
Francisco Pinto: Retrato de um País com um povo aparentemente
resignado, velho, triste, que aceita ir para o matadouro, devagar, devagarinho,
liderado pelo poucochinho, e vai sem resmungo. Mas há outra
forma de ver as coisas. O funcionalismo público tem um número, são 750 mil.
Parece que estão longe, muito longe dos restantes 4,5 milhões de activos, que
têm de suportar a permanente incerteza sobre o futuro dos seus empregos, que
têm de entregar ao Estado seis meses do seu salário, e que quando precisam dos
Serviços Públicos são mal servidos. Haja um político que olhe para esta
imensidão de gente e que lhes prometa pôr a economia a crescer, e verá a
cronista que o cenário actual muda de um dia para o outro. Podem os socialistas
comprar o CS, podem os comunistas paralisar a rua, podem os bloquistas despejar
ódio às paletes, que nada parará este país profundo e amordaçado. Só falta um
líder! Francisco
Correia: Costa
aprendeu com Sócrates e leva a hipocrisia política a um patamar nunca visto em
Portugal. Não se discutem medidas de criação de riqueza, apenas
se discutem medidas de distribuição do dinheiro enviado pelos repugnantes.
Os portugueses
foram enganados em 2009 com Sócrates e vão
querer ser enganados em 2023 com Costa. A factura
aparecerá na segunda metade da década (quando a bazuka acabar e o BCE fechar a
torneira) e fará parecer o período da Troika (2011-2015) um passeio no parque,
pois a dívida (e os compromissos entretanto assumidos) será, nessa altura,
muito superior à que era em 2011. A. Carnide > Francisco Correia: Resumo eloquente
da ilusão em que Portugal alegremente entrou. Vamos acordar aos gritos 😵 Clarisse Seca > Francisco Correia: O
pior é que muitos Portugueses são cegos, surdos e mudos. Vão na cantiga dos FPs,
mergulhados que estão no egoísmo de terem uma cunha, um cartão PS ou algum amigo
que o nomeia para mais burocracia... Onde está o pensamento crítico dos
Portugueses? Onde há direitos, também tem que haver deveres. e falar verdade?
estará fora de moda com esse PS e clientelas? Antonio Mello: Muito bom! Gostava
de a ver a entrevistar o PM. A entrevista feita por Miguel S. Tavares foi
muito…fofinha ! O costume! Pareciam amigos numa conversa descontraída! Pobre
país Amigo do
Camolas: Tenho
um palpite que Costa já não quer nada, Costa já convenceu as pessoas que é uma
excelente ideia comprar agora, pagar depois. Mas as pessoas ainda não
entenderam que comprar socialismo agora significa que teremos que pagar por ele
para sempre. Mario Pires:
O PM é o mais
despudorado dos políticos que por aqui andam! Aprendeu com o amigo Sócrates e,
pelo andar da carruagem, ainda o ultrapassará em "qualidade"! Triste
país este que caminha a passos largos para ser um dos mais pobres da Europa!
Mas os tugas, pelos vistos, adoram! E os OCS, com as TV's à cabeça, ajudam,
limpando dos ecrãs os escândalos e negociatas desta gentalha rosa e distribuem
novelas, futebol e música pimba, com umas chamadas de valor acrescentado para
enriquecer o povinho... klaus muller:
Já repararam que,
com tanto anúncio de investimentos futuros (e estes anúncios já vêm de há
vários anos), K.osta ou é um grande aldrabão ou é o primeiro ministro mais
desobedecido de sempre da nossa História. É impressionante que a
maioria da nossa CS nunca tenha reparado nisso!... Maria da Graça Pimentel:
Excelente
artigo! Parabéns MJA Miguel
Sanches: E é
isto o esplendor da democracia. Para quem acredita, obviamente, e se deixa
enganar. Os mais de 760 mil milhões de euros de dívida total não vos diz nada?Vade
retro Satana! Mlle Pa zagouche:
O
que quer Costa, é fácil. Escapar enquanto isto não dá indisfarçavelmente para o
torto. Clarisse Seca
> Mlle Pazagouche: Um carguito na
Europa seria bom. Afinal também Constâncio lá chegou com a sua conversa fiada e
a banca do avesso. A ver vamos se os "repugnantes" não abrirem o
olho. josé maria: A Maria João
Avillez ainda não percebeu que, com todos os seus acertos e desacertos, com
todas as suas virtudes e defeitos, António Costa, a seguir a António Guterres,
é o melhor PM português de sempre ? É assim tão difícil perceber o óbvio ?
Alguma vez em Portugal um governo disponibilizou um tão gigantesco apoio de
dinheiros públicos aos trabalhadores e empresários, no período economicamente
dramático da pandemia ? António Costa e Mário Centeno, com o apoio parlamentar
do BE, PCP e PAN, deram cabo da direita portuguesa. Ou a colunista tem alguma
dúvida de que o dia 26 de Setembro vai ser mais uma derrota para a direita
nacional? Filipe Filipe:
O
Grande Lider quer ser transformado numa divindade. A. Carnide: Abençoadas
clarividência e capacidade de a comunicar de forma brilhante 👌 voando sobre um
ninho de cucos: Excelente artigo. A pergunta é pura retórica. Que
querem todos os vendedores da banha da cobra? Comprem, levem para casa,
esfreguem as costas que a dor passa. Se não passar a culpa foi sua que não
esfregou como devia. Leve lá mais uma lata de pomada e repita o tratamento.
Latas de banha é o que não falta. Francisco Tavares de Almeida: Nem sei como
louvar este artigo. Estilo, conteúdo, abordagem de grandes questões com a clara
sinceridade pessoal. Tudo excelente. Ensinou-me a vida em geral e o 25 de
Abril em particular, que, por muito má que uma situação se apresente, é sempre
susceptível de piorar. E esta situação ainda terá de piorar. António Costa
assegurou ao PS o suficiente domínio sobre o Estado, a comunicação social e
outros institutos menores que de facto impedem qualquer alternativa ao PS de
governar com alguma eficácia. Repetiu o que o partido Democrático de Afonso
Costa conseguiu na 1ª República e, tal como nesse caso, a saída não serão
eleições mas uma catarse. Portugal já comprometeu o módico de
independência a que um pequeno país periférico pode aspirar. Por isso não será
possível um Vice-Almirante marchar de Braga sobre Lisboa nem existe o
equivalente aos cadetes de Sidónio que foram os tenentes e capitães do 28 de
Maio. Mas podemos esperar uma intervenção estrangeira, que terá a legitimidade
dos credores e os apoios internos que não faltaram a Felipe II e a Junot. E
que, tal como todas ao longo da história e em todas as latitudes, com o tempo
se revelará insuportável.
Alexandre Areias: Concordo inteiramente
com muito deste artigo mas discordo completamente da ideia de que a maioria dos
portugueses seja assim ou que se reveja neste tipo de governação ou esteja
docemente anestesiada. O que eu acho que se passa é que num país onde a sociedade
civil é tradicionalmente débil e sem voz (especialmente agora que os media
estão devidamente controlados e alinhados com o faz-de-conta
"oficial") a única opinião que se vê reflectida e disseminada é
aquela duma minoria dominante e instalada. Por outro lado, não se esqueçam que
o PS domina o país completamente com apenas 20-25% dos votos. Isto porque, o
outro grande problema do momento é não termos uma oposição minimamente credível
e a fazer trabalho de fiscalização e de escrutínio. como seria de esperar,
particularmente quando o nível de governação é tão pobre como actual (imaginem
só qual seria o ambiente nos media e entre a oposição se o governo fosse do PSD
e o António Costa se chamasse Passos Coelho?). Mas não se esqueçam também que
apesar dos anos crise económica e social profunda, agravada por um programa de
austeridade rigorosíssimo, e com a oposição e os media a berrar todos os dias,
o António Costa perdeu as eleições em 2015 para o Passos Coelho Domingas
Coutinho: António
Costa, como alguém já disse, é um segundo José Sócrates em termos de
pantominice e de mania das grandezas. E o resultado vai ser nova bancarrota. Tem
razão quando diz que a maioria dos portugueses ou são funcionários públicos no
activo ou funcionários públicos reformados para quem toda a miséria presente e
vindoura lhes passa ao lado. O que os preocupa, melhor, ocupa é esperar pelo
ordenado ao fim do mês e no caso dos primeiros com honrosas excepções que as há
sempre, a progressão automática quer tenham mérito quer não tenham. Pontifex Maximus: A maior parte dos
portugueses trabalha para o Estado? Santo Deus, ao que o militantismo fanático
leva as pessoas… E não, não sou de esquerda mas da direita. Embora da
verdadeira, do primado do indivíduo e da liberdade, de Aristoteles, John Lock
etc. Quinta
Sinfonia > Pontifex Maximus: A maior parte dos
portugueses depende do estado - empregados públicos, desempregados, reformados,
beneficiados de prestações sociais, etc etc, assim está melhor 🙂 Maria
Rodrigues > Quinta Sinfonia: Estudo de mercado
socialista: Clientes-alvo: Pessoas directamente dependentes do
Orçamento de Estado - Pensionistas: 3.6 milhões - Funcionários
Públicos: 0.7 milhões - Subsídio desemprego: 0.2 milhões Tudo somado dá à volta de 4.5 milhões, quase metade
dos 9.6 milhões de eleitores registados. Mais as respectivas famílias, claro. Sérgio Correia > Maria Rodrigues: Esses são os que
recebem os trocos. A parte de leão vai para estes: - Empresas dos amigos e respectivas famílias, que tem um
programa de investimento sempre disponível , uns lugares para os amigos, umas
isenções de impostos e ajustes directos.- Empresas, institutos, instituições,
fundações e mais não sei o quê, que não estando sob alçada directa do estado,
estão parcial ou totalmente dependentes do estado. É onde estão bons tachos
pois não existem os limites e regras salariais da função pública. Joaquim Moreira: O "que quer
António Costa" é muito fácil de perceber! Depois de o ter assaltado, quer
manter a tudo custo o exercício do poder. Enquanto houver dinheiro para
distribuir aos que o querem manter. Começou por distribuir o que havia nos
"cofres cheios" quando chegou ao poder. Agora, quer distribuir a
"bazooka" que está quase pra vir. Mas sabe muito bem, que mesmo com
as cativações, o dinheiro não chega para tantas distribuições. Por isso, já se
está a preparar para zarpar. Para outros voos ou "missões" de acordo
com as suas ambições! Mas sejamos claros, tem tido o apoio directo e indirecto
de muitas aparentes oposições. Que, ao não perceberem que a verdadeira oposição
não é nada fácil de fazer, continuam a atacar quem não o devia ser. A
Geringonça e a sua forma de funcionar, não é nada fácil de derrotar. Sobretudo
enquanto o ainda Presidente, não começar a preparar a marca que vai querer
deixar. E o tempo está cada vez mais a encurtar. E o futuro não pode esperar.
Se a tal marca quer deixar! E eu, pessoalmente, já estou cansado de esperar! Carlitos Sousa: Ouvir primeiro a
entrevista de António Costa na TVI, onde "quer" tudo de bom para o
país, promete "tudo", e pinta a sua governação como a supra maravilha
do Universo....... ler depois este excelente artigo desmontando o país das maravilhas de Costa ! E é tudo verdade.
Temos um perigoso malabarista que deixa o zé saloio crente nas suas
habilidades, enquanto se diverte até com os 4 fantoches colocados ao seu lado
para dar mais veracidade ao tabu. Vivemos mesmo um tempo perigoso, caminhando
confiantes para o atoleiro.
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