De investir em conhecimento, ainda que
seja através da imprensa. Quem governa não tem tempo para ler. Já leu tudo. Não
aprende outras línguas.
"Em Portugal, tudo parece acontecer
em câmara lenta", diz economista dinamarquês Steen Jakobsen/premium
Economista dinamarquês Steen Jakobsen
suspeita que haja "algum interesse político escondido" em
"abrandar" o progresso no País. E alerta que a obsessão mundial com a
"economia verde" pode acabar mal.
ANA MARTINGO: Ilustração
OBSERVADOR, 29 set
2021
Portugal tem estado sob a protecção de
um “tio rico” – chamado Banco Central
Europeu – que assegura que os custos da dívida do Estado continuam baixos e
que existe alguma margem para suportar a despesa pública. Mas, alerta o
economista dinamarquês Steen Jakobsen, esse é um cenário que irá durar menos do
que se pensa – porque a pressão da inflação será tudo menos “transitória” e irá
forçar os bancos centrais a diminuir os estímulos monetários.
Em entrevista ao Observador, o chief
investment officer do influente Saxo Bank avisa que, a menos que queira ser
“eternamente o primo pobre”, com um PIB per capita de 77% da média europeia, o
país precisa de ir além dos “slogans políticos” e tomar medidas concretas para
transformar a economia. E nem é preciso inventar nada: “Por exemplo, se querem
aplicar um conjunto de medidas que comprovadamente fizeram dos países
escandinavos aquilo que são hoje, basta roubar as ideias. Ninguém leva a mal”.
“Em
Portugal, tudo parece acontecer em câmara lenta” e, à falta de uma boa
explicação para que assim continue a ser, o economista diz “suspeitar que possa
existir algum interesse político, escondido, interessado em ‘abrandar’ as
coisas”. E, quando se fala na chamada bazuca europeia, Steen Jakobsen lembra
que, “se um país quer ser socialmente mais justo, mais inclusivo, mais
ecológico, então tem de começar por aumentar o nível de produtividade na
economia. Só daí vêm os despojos que depois podem ser distribuídos”.
“É
um erro olhar para isto como um monte de capital que se aloca aqui e ali. Se
não forem investimentos que aumentem a produtividade a prazo, não ajudará
nada”, avisa.
“Portugal tende a só se mexer quando é encostado à
parede”
Numa entrevista no final de
2018, disse ao Observador que “Portugal
devia ter vergonha de não ser um país de topo mundial”. Entretanto, o
mundo foi assolado por uma violenta crise pandémica. Ao regressar ao país,
sente que alguma coisa está a mudar? Eu adoro Portugal, adoro as pessoas que
conheço cá, a gastronomia – e sempre que critico o país é porque continuo a
achar, sinceramente, que podiam estar muito, muito melhor do que estão. A
realidade é que Portugal continua a
ter pouco mais de 70% do PIB per capita em relação à média europeia [77%, em
2020]. Com uma História tão rica, boa capacidade de engenharia,
sistema de saúde relativamente bom… Mas continuam a insistir em fazer as coisas
em câmara lenta.
O que quer dizer com isso?
Quero
dizer que Portugal tende a só se mexer quando é encostado à parede. Espera-se
pelo colapso e depois, aí sim, avança-se para a solução. No caminho até ao
colapso, parece que tudo tem de ser feito com muito cuidado, com medidas
avulsas, porque há sempre um receio de incomodar alguém se se fizer alguma
coisa mais audaz. Por exemplo: foi preciso uma crise enorme para se perceber
que a primeira prioridade do país teria de ser alargar de forma drástica os
incentivos à inovação, àsstartups, criar condições para essas empresas nascerem
em Portugal.
E atrair
estrangeiras…
Claro
que sim, para ser um hub na Europa, como este país tem de ser. Depois as crises
melhoram, ciclicamente, mas há que lembrar que é preciso continuar a investir
nessas áreas, não pode ser uma coisa passageira. Se há um orçamento fixo anual
para a Defesa, porque é que não se define 1% do orçamento anual público para o
investimento nos sectores inovadores? Há tanta coisa que se pode fazer… Não se
pode abrandar, desta vez Portugal precisa de levar as coisas em diante, para
que elas dêem frutos.
“Desta vez”? A sua
percepção é de que o país “não leva as coisas em diante”?
Portugal
atravessou tantas crises sucessivas, desde os anos 70, após a queda do regime
[Estado Novo]. Durante muito tempo, a desculpa foi essa – que a economia partia
de uma situação difícil, após a ditadura. Mas chega um momento em que isso
deixa de servir como desculpa, porque o país já tem óptimas condições de base
para ter resultados muito melhores do que tem – designadamente nas infra-estruturas,
graças aos fundos recebidos das entidades europeias, ao longo das décadas. Este
é um país que, ao longo da sua História, teve acesso a enormes mercados, tem
uma das línguas mais faladas em todo o mundo. Teria obrigação de estar muito
melhor.
A chamada “bazuca”
europeia pode ser uma oportunidade para dar a volta?
Pelo
que ouvi, o lema será promover uma recuperação mais “verde”, mais inclusiva…
Mas isso são apenas slogans. Falta
a acção – e a acção
é tomar medidas concretas para transformar a economia, e já falámos de algumas.
E nem precisam de inventar nada, nenhum país patenteou as medidas que tomou
para ter mais sucesso. Por exemplo, se querem aplicar um conjunto de medidas
que comprovadamente fizeram dos países escandinavos aquilo que são hoje, basta
“roubar” a ideia. Ninguém leva a mal. Do que me apercebo, apenas vejo um
esforço pouco coerente, medidas avulso. O
que me leva a suspeitar que existe algum interesse político escondido,
interessado em “abrandar” as coisas.
Juros baixos: “Portugal tem um tio rico que irá sempre
pagar as suas dívidas, o BCE”
Para já, porém, os mercados financeiros parecem estar tranquilos. Ou
será que é mais correcto dizer que estão anestesiados pela política monetária
dos bancos centrais?
Em Portugal, toda a estrutura de
taxas de juro está dependente da graça do BCE. E se, como eu acredito que irá acontecer, a inflação
se tornar um problema cada vez maior, então as taxas de juro terão de subir
mais rapidamente do que se pensa. E, aí, aquilo que o Estado tem de pagar em
juros da dívida anualmente vai aumentar, deixando menos espaço para o resto. Eu
acredito que, antes do final do ano, a Alemanha vai voltar a ter taxas de juro
positivas, e isso terá um efeito de arrastamento para países como Portugal – e
uma subida de alguns pontos-base pode ter um efeito enorme nos custos de
financiamento.
Recentemente a
agência de rating Moody’s subiu a notação da República Portuguesa…
O
que é que isso importa? Cada vez que há um rating prestes a sair, há sempre
algum jornalista português que me contacta para falar sobre aquilo que pode ser
decidido pela agência. E eu pergunto: “Qual é a relevância disso nesta altura?
Nenhuma. A única razão pela qual vocês têm taxas de juro baixas é porque têm
uma garantia implícita, por parte do BCE, na vossa dívida”. Isso significa
que neste momento Portugal tem um tio rico que irá sempre pagar as suas
dívidas. Mas chegará um momento em que, a menos que Portugal queira ser
eternamente o primo pobre, será preciso mostrar que se consegue ser produtivo
de forma duradoura. A prazo, não é possível continuar só a queixar-se da vida e
a falar de como o Benfica jogou ontem à noite
▲"Portugal
tem um tio rico que irá sempre pagar as suas dívidas, o BCE", diz o 'chief
investment officer' do Saxo Bank. FOTO: Hugo Amaral/OBSERVADOR
Em que outras
áreas teria de haver mudanças em Portugal, na sua leitura?
Penso
que era Jim Rogers, um conhecido investidor de hedge funds, que costumava dizer
que um extraterrestre que chegue à Terra e queira perceber quais são os países
mais ricos, basta-lhe olhar para a bolsa de valores de cada país. E uma coisa
que me choca é que em Portugal, quando se olha para a bolsa de valores, vê-se
uma empresa eléctrica, uma cadeia de retalho… Pouco mais. No total, é uma
bolsa onde as maiores empresas valem uns 20 mil milhões de euros – isto é
dinheiro do Rato Mickey, é uma piada… Na Dinamarca temos 5 milhões de
pessoas, metade de Portugal, e temos a maior empresa de sistemas eólicos,
algumas das maiores farmacêuticas do mundo, temos a Lego, que faz os brinquedos
mais populares do mundo… Tem de haver uma explicação para Portugal não ter nada
disso – e a dimensão do país não pode ser uma explicação.
Mas, voltando à
“bazuca”, está optimista de que será bem usada?
Não
sei. Sei apenas que o país tem obrigatoriamente de decidir ser produtivo –
tem essa obrigação. Todo e qualquer investimento que seja feito em Portugal
tem de começar com uma questão: “Isto vai ou não ser produtivo?”. Esse
dinheiro tem de ser aplicado de forma inteligente, fixando valores para as
startups e para a inovação, fixando e aumentando os valores gastos na educação
a cada ano, para melhorar as qualificações dos cidadãos. O resto, depois,
vem por acréscimo. Se um país quer ser socialmente mais justo, mais inclusivo,
mais ecológico, então tem de começar por aumentar o nível de produtividade na
economia. Só daí vêm os despojos que depois podem ser distribuídos. É um
erro olhar para isto como um monte de capital que se aloca aqui e ali. Se não
forem investimentos que aumentem a produtividade a prazo, não ajudará nada.
Há um grande
enfoque na habitação…
Certo,
desde que seja numa perspetiva de incentivar construtores privados a fazerem os
seus projectos com cláusulas que garantam o equilíbrio. Porque é que não fazem
como na Dinamarca, onde cada vez que um empreiteiro faz um x número de
casas para preços mais elevados tem, ao mesmo tempo, de se comprometer a
construir y casas de preços acessíveis? Porque é que não fazem
depender a autorização de construção desse compromisso? E porque é que o Estado
não cria, depois, programas de incentivo aos jovens em que lhes garante os
juros dos créditos à habitação?
ESG:“O mundo físico é demasiado
pequeno para as aspirações dos políticos”
Outra prioridade é a promoção de uma economia mais “verde” – a
preocupação com o meio-ambiente [environment] que é o E da sigla ESG, que agora
está em todo o lado. Escreveu recentemente que o ESG é o maior projeto político
global das últimas gerações e que está “condenado a falhar”. Porquê?
Compare-se
com a a moeda única, o euro, que era constantemente atacado até ao dia em que
um presidente do BCE disse que faria o que fosse necessário para o preservar.
Isso mostrou aos mercados, que antes duvidavam disso, que era muito grande o
capital político investido na continuidade da união monetária. Com o ESG é a
mesma coisa – tornou-se uma prioridade política de uma dimensão tão gigante que
os líderes políticos nunca vão olhar a meios para cumprir estas metas, sem
questionar se aquilo que estão a fazer é totalmente correcto. E há outro
problema: é que o mundo físico é demasiado pequeno para as aspirações dos
políticos.
Como assim?
Porque
as prioridades políticas estão a chocar com o mundo real e a criar
desequilíbrios. Basta ver os preços da electricidade em máximos históricos. Os
preços das casas estão em máximos históricos, porque não há oferta suficiente e
escasseia a mão-de-obra e os materiais para construir mais. As coisas têm
limites físicos e penso que estamos a chegar a esses limites – daí as pressões
relacionadas com a inflação. Esta questão do ESG tornou-se o novo euro: também
é demasiado importante para que os políticos permitam que ele falhe. Não
importa se está totalmente correcto, o que importa é que o capital político e o
investimento orçamental vão caminhar cada vez mais para estes temas.
O que significa
a sigla ESG? ….
Referiu as pressões inflacionistas. São “transitórias”, como dizem os
bancos centrais como a Fed e o BCE?
Claro
que não. Quem diz isso é porque lhe convém, porque dá jeito para a narrativa
que quer fazer valer. Como é que pode não haver inflação, sem que o mundo
físico cresça a um ritmo minimamente comparável [ao ritmo a que cresceu o
fornecimento de dinheiro, devido aos estímulos]? Não há excesso de capacidade
no sector mineiro, portanto não há forma de os preços não subirem. Antes de
2023 ou 2024 não vai haver normalização no segmento dos chips – e pode ser
ainda pior se Taiwan se envolver em questões com a China. E nos preços
da energia passa-se o mesmo: como houve quebra de investimento os preços só
tendem a subir ainda mais.
É uma tendência
impossível de contrariar?
É tudo a subir ao mesmo tempo – até os custos
laborais sobem, porque nos EUA, sobretudo, muitas pessoas não querem trabalhar
pois recebem mais ficando em casa do que indo trabalhar. Se isso não é um
problema, não sei o que é um problema. Repare, ainda nem começámos a sério
nesta caminhada e já está tudo em máximos históricos. Os preços dos metais
estão em recordes, os custos do transporte não param de subir… O que está a
acontecer é consequência do facto de os governos em todo o mundo terem
intervindo directamente em algumas partes da economia, sobretudo na gestão da
crise da Covid-19. Esta foi uma crise que levou os governos, apoiados pelos
bancos centrais, a transferir dinheiro directamente para as empresas e para os
consumidores – os layoffs, os apoios a fundo perdido às empresas…
Inflação apenas "transitória"?
"Como
é que pode não haver inflação, sem que o mundo físico cresça a um ritmo
minimamente comparável ao ritmo a que cresceu o fornecimento de dinheiro? Não
há forma de os preços não subirem".
Nunca tinha sido feito, desta forma, com esta escala?
Nunca.
As últimas crises que tivemos foram financeiras, embora pudessem ter uma
componente de crise imobiliária. Desta vez, devido às implicações práticas de
fechar as economias, tornou-se necessário compensar as pessoas por não poderem
ter as suas actividades normais. Além de superar a crise pandémica, os governos
estão, ao mesmo, a tentar
resolver três desafios de escala geracional: a desigualdade –
que é um grande problema em Portugal –, a transformação “verde” e a necessidade de construir infraestruturas
melhores. Cada um destes desafios, por si só,
teria sido um desafio gigante para alguém superar numa ou duas décadas. Estamos a
enfrentar os três ao mesmo tempo. Os planos de recuperação e resiliência vão
todos no mesmo sentido: grandes
investimentos em combate às alterações climáticas e às desigualdades sociais. Nos EUA também está a fazer-se o mesmo.
Além das questões climáticas e das questões sociais, o E e o S. O que
pensa acerca do G dessa sigla, as práticas sãs na administração das empresas?
As
pessoas tendem a achar que esse último é o menos importante, eu acho que é o
mais importante de todos – veja o Facebook, que todos os dias viola todos os
tipos de princípios de gestão empresarial sã. Sabem que o Instagram faz mal às
crianças e jovens e não fazem nada quanto a isso. Acredito que um dia haverá um
estigma tão grande associado a alguém que usa o Facebook como vai haver em
relação a quem conduzir um automóvel movido a combustíveis de origem fóssil.
Mas porque é que tudo isto surgiu agora, o ESG?
Porque
as evidências da urgência climática tornaram-se mais óbvias. Mas parte da
resposta a essa pergunta também está relacionada com os factores
demográficos, a idade dos eleitores – veja que os Verdes na Alemanha começaram
por ser um partido de protesto, agora vão ser uma força decisiva. O
eleitorado é cada vez mais composto por pessoas que cresceram a ouvir o seu
governo a dizer que o país está em crise – Portugal é um excelente exemplo disso
– e isso está a fazer com que se mudem as prioridades.
É uma questão de justiça inter-geracional?
O
grande fosso que temos nas nossas sociedades não é entre ricos e pobres, é
entre as novas gerações e a minha geração, os baby boomers. Porque hoje é praticamente impossível para alguém
que entre no seu primeiro emprego comprar uma casa, minimamente perto das
cidades. E mesmo que até tenham um salário decente, mesmo assim não conseguem
um empréstimo para uma casa porque não têm entrada para dar ao banco. Depois
ouvimos dizer que os jovens gostam é de partilhar tudo, que não precisam de
carros e casas porque partilham tudo. Não sei se é bem assim… Eu penso que
ninguém quer partilhar nada se não precisar de o fazer. Se toda a gente pudesse
facilmente ter a sua casa, o seu próprio carro, quase todos iriam querer isso.
“Os veículos eléctricos que temos hoje não são
a solução”
Há pouco dizia que esta
transição, designadamente a climática, poderia não estar a ser bem feita mas
que isso não seria importante porque os líderes políticos iam avançar na mesma.
Como assim, não estar a ser bem-feita?
Estamos
a ir demasiado rápido e há muitas evidências de que estamos a fazê-lo de forma
errada, em muitos aspectos. Os veículos eléctricos que temos hoje não são a
solução – não há infraestrutura para este sistema de baterias. As casas, os
apartamentos, não estão construídos a pensar nisso… E a maioria desses híbridos
apenas vão buscar uma pequena percentagem do consumo à energia eléctrica, a
maior parte é a combustão normal. Só são vendidos porque o Estado dá um
incentivo fiscal, embora na realidade sejam o pior de dois mundos – ficam mais
pesados por terem os dois sistemas mas praticamente só usam a combustão normal.
Eu não sou contra o ESG, só digo que é preciso ter
noção de que “lá fora” há um mundo real e temos de ponderar bem o que fazemos,
como fazemos e as tecnologias em que apostamos.
O governo português tem feito uma
aposta no hidrogénio. Talvez a resposta esteja no hidrogénio. Talvez seja a
fusão nuclear, que também está a ter resultados muito promissores. Mas é
preciso investir de forma diversificada, não podemos sentar-nos num trono de
reis a dizer que é isto ou aquilo que vai funcionar. Porque temos de garantir
que as coisas podem funcionar mesmo quando não as subsidiamos.
O que é a teoria do "efeito
cobra"? Corre-se um risco de
criar um “efeito cobra”, como estuda a teoria económica?
O
perigo é esse. Esquecemo-nos de que, quando estamos a descarbonizar a
economia, estamos a metalizá-la, porque aumentamos a necessidade de todo o tipo
de metais, baterias, cabos, etc.
E as energias renováveis que temos hoje não são a solução – pelo que
percebi, estas turbinas eólicas que estão em todo o lado… quando o vento sopra
muito forte eles têm de as desligar porque a rede não aguenta. Mas as pessoas que têm o poder, os políticos, dizem que
essas são as soluções. Criámos um sistema em que estamos a canalizar
quantidades cada vez maiores de dinheiro para uma pequena parte da economia –
isso cria desequilíbrios. E, tendo em conta o capital político ali investido, o
problema é que à medida que as dificuldades surgirem a reação dos políticos vai
ser injetar ainda mais dinheiro.
ENTREVISTA OBSERVADOR ECONOMIA MERCADOS
FINANCEIROS FUNDOS
COMUNITÁRIOS UNIÃO
EUROPEIA EUROPA MUNDO POLÍTICA INVESTIMENTO SUSTENTABILIDADE AMBIENTE CIÊNCIA DESIGUALDADE SOCIEDADE STARTUPS EMPREENDEDORISMO
COMENTÁRIOS:
Diogo Montalvao: Aconselho toda a gente a ler esta entrevista, pois contém nela reflexões
muitointeressantes sobre coisas que tomamos como certas e adquiridas. Farto-me
de dizer o mesmo sobre alguns temas, mas
a propaganda política é tal que se torna difícil evocar razoabilidade nas
discussões. Para quem não concordar, continua a ser um bom conjunto de
reflexões que só poderão fortalecer as suas convicções originais. FME:
Este economista dinamarquês é
semelhante a um osteopata com uma marreta. Portugal obviamente que precisa de um tratamento no
esqueleto, mas não se cura com umas simples massagens com as mãos, precisa de
umas porradas bem dadas aqui e ali. Uma dessas porradas no L5-S1 é precisamente para
desfazer o nó do lobby da pobreza que alimenta o eleitorado das esquerdas.
Outra porrada é no disco para os lados do L4 para descomplexar de vez o país
com a iniciativa privada e aproveitar a maior força produtiva do país na criação
de riqueza. O economista Steen Jakobsen, directo e frontal, que nos deu um grande raspanete,
em vez de ser entendido como uma lufada de ar fresco, será agora um alvo a
abater das esquerdas e da comunicação social comprada. Joaquim Albano Duarte: Excelente artigo! Finalmente
alguém sem medo de ser politicamente incorrecto. Cisca Impllit: Por favor, conselheiros dinamarqueses
no gabinete do pm. A tralha socialística & rios emigrem para os fiordes! Hugo c: Chame se o ministro do Ambiente, mais o de Economia,
se calhar até todo o Parlamento. Vamos convidar este senhor para fazer um discurso de 10
minutos na Assembleia da República. O convidado esquece-se de que o Estado se entende
Totalitário, dinamizador, intervencionista, Criador. Alguém lhe diz que em Portugal,
existem partidos que demonizam o Capital? Que manipulam o verbo? Anibal Augusto Milhais: O governo português tem feito
uma aposta no hidrogénio. Talvez a resposta esteja no hidrogénio. Talvez seja a
fusão nuclear, que também está a ter resultados muito promissores. Mas é
preciso investir de forma diversificada, não podemos sentar-nos num trono de
reis a dizer que é isto ou aquilo que vai funcionar. Porque temos de garantir que
as coisas podem funcionar mesmo quando não as subsidiamos. Não percebes nada do que
devias... The Third Industrial Revolution pode ser que aprendas qualquer coisa.
Justino Cigarrilhas >Anibal
Augusto Milhais: Para burro só te faltam as orelhas. JS M: O dinamarquês acertou em cheio! As maçonarias que
controlam os órgãos de soberania e por isso mandam no pais não lhes interessa
que nada mude. Em Portugal é assim há muito tempo. E o socialismo, seja de
esquerda ou de direita é a doutrina ideal para manter as populações pobres e
dependentes do estado. Karoshi: Em entrevista ao Observador, o chief investment officer do influente Saxo Bank... Um banqueiro de topo no activo a dar as
"lições" que mais convêm ao grupo onde trabalha. Nem uma palavra
sobre o sistema financeiro onde se insere... Antes pelo contrário > Karoshi: Com o país a dever mais de 745 mil milhões, entre as
dívidas do Estado, das Empresas e dos Particulares, depois de a UE ter
despejado aqui 90 milhões por dia a fundo perdido entre 1986 e 2006 - isto sem
contar o que nos emprestou e continua a emprestar - e sabendo-se pelos gráficos
do Banco de Portugal que o principal "emprestador" é precisamente o
sistema financeiro, é preciso lata para um parasita como tu vir
falar de "inserções no sistema financeiro", pois os da tua laia são
não apenas a causa mas os principais beneficiários do endividamento!!! Alberto Rei > Karoshi: Segundo o Carocha, falta legitimidade a este senhor
para falar da situação portuguesa. - Mas ele está certo ! - Não interessa, é chief
investment officer de um influente banco, portanto convém ao grupo onde
trabalha, pronto, não vale, aliás não fala nada do sistema onde se insere !?.
Portanto, o homem pode ter
razão, mas como trabalha num banco e não falou do sistema financeiro do lugar
dele, pode ter razão, mas não vale. Oh man ! Karoshi > Antes pelo contrário: Seu aldrabão de m#"rd@! A
pôr um zero à direita de um valor para tentar impressionar... Mas não é nada que não se
espera de um militante do Chega. Vocês não querem nada com a realidade e
preferem os chamados "factos alternativos". Acho é que ficaste ressabiado
com os meus comentários sobre o mais recente ataque do tio Ventiras aos
ciganos. Temos pena!
Karoshi >Alberto Rei: Este senhor é um dos chefes do sistema que detém o
monopólio de criação de moeda e que nos suga sem necessidade 7000 milhões de
euros por ano. E não se submeteu a qualquer sufrágio para obter tal poder nem mesmo na
Dinamarca. Então porque é que haveria de acreditar que ele está interessado no bem
estar de qualquer população que seja? Ele está é sobretudo interessado em fortalecer a
posição dele e do sistema que lhe paga os "almoços". Monica Cardoso: Devíamos mesmo ter vergonha,
muita vergonha... Luis
Oliveira: Em Portugal
ser político tornou - se uma profissão de carreira. Quem começa nessas andanças
não muda mais o seu rumo profissional. E na política, para se ir subindo, é
necessário prometer tachos e cargos aos seus pares em troca de apoio
partidário. Uma vez alcançado o topo - lugares elegíveis, é necessário comprar
clientelas, o que torna Portugal numa mercearia paga com votos. As clientelas
estão há muito identificadas: funcionários públicos, empresas públicas,
pensionistas. No fim, uma vez eleito o carreirista político, mostra não ter
competências técnicas para o cargo; assim se nota, vezes sem conta, gente
incompetente e inábil, que roda à vez, ministérios como o da economia, saúde,
educação, justiça. Quem se der conta, perceberá que pouco é feito a cada
legislatura. Podemos concluir portanto, que enquanto assim for, Portugal não terá a
mínima chance de se aproximar da média da riqueza europeia. Ou o sistema
político muda, ou estamos condenados a ser os indigentes do continente europeu. maldekstre estas kaptilo: A desgraça de Portugal são os
portugueses, pois são eles que querem abrandar o crescimento e desenvolvimento
do país. Essa é a única explicação plausível para continuarem a votar em
qualquer partido de esquerda e a participarem em qualquer organização de
esquerda. Anibal Augusto Milhais > maldekstre estas kaptilo: A desgraça de Portugal são os
portugueses, pois são eles que querem abrandar o crescimento e desenvolvimento
do país. Essa é a única explicação plausível para continuarem a votar em
qualquer partido de direita e a participarem em qualquer organização de
direita. Panfleto do tempo do PREC. Manuel Cardozo: É tão verdadeiro que até dói...
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