quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

A pedra é precisa


Para o muro de A. Costa. Ou para a pedrada no charco que A. Costa nos atirou do seu muro. O certo é que o discurso dele é sempre muito positivo, muito revelador da sua reconstrução do país, até mesmo a económica, pois que jamais deixa os seus créditos por mãos alheias. Quer o poder e tê-lo-á, nem servimos senão para brincarmos no charco, tudo o resto é deferência e anuência. E passado, estamos acomodados, figuras várias por cá passaram e atiraram a sua pedrada, não vale a pena relembrar Mário Soares e os seus discursos monocórdicos de primeiro coveiro, vários foram esses, continuemos.

O muro do qual António Costa está refém

É errado pensar que o diálogo reformista entre PS e PSD implica um Bloco Central. Essa é uma falácia que permitiu aos radicais sequestrar os moderados. Tudo com a cumplicidade de Costa.

LUÍS ROSA

OBSERVADOR, 27 dez 2021

1O que temos conseguido demonstrar desde as últimas eleições legislativas não foi só ter acabado com o ‘arco da governação’, foi ter conseguido derrubar o último resquício do muro de Berlim”. A frase é de António Costa e foi repetida ad nauseam desde 2015 — e, apesar da queda do Governo pelas mãos do seus parceiros, ainda hoje é dita por Costa.

Deixando lado todo o contorcionismo histórico que a alusão ao muro de Berlim comporta na boca de António Costa, o que me interessa abordar é precisamente um outro muro que o líder do PS construiu com a sua geringonça: o muro que impede o diálogo entre os moderados porque ao promover uma aliança com as forças extremistas do PCP e do Bloco de Esquerda, deixou de ser possível aos socialistas dialogarem de forma estrutural com o PSD e outras forças da direita moderada como o CDS ou a Iniciativa Liberal.

É claro que tudo começou com a diabolização do Governo de Passos Coelho por parte de António Costa — e, consequentemente, do diálogo construtivo que se estabeleceu entre aquele Executivo e o PS de António José Seguro. Como bom político (ou politiqueiro), Costa viu ali uma boa oportunidade de atacar Seguro e conquistar apoios internos no PS. Daí que tenha rasgado todos os acordos feitos entre Passos Coelho e Seguro mal chegou ao poder no PS.

A geringonça foi só a oficialização da diabolização do diálogo entre as forças moderadas do PS e do PSD. Esse foi o muro construído por António Costa — e do qual está agora refém. Parece que só a maioria absoluta o salvará.

2Este ano, tivemos em forma de livro um bom exemplo desse diálogo vivo entre os moderados: “As Sete Estações da Democracia” (Dom Quixote) de Maria João Avillez. A autora ‘coloca’ Marcelo Rebelo de Sousa a falar sobre o seu quase irmão político António Guteres, Paulo Portas a analisar sem fel (bem pelo contrário) os mandatos presidenciais de Marcelo, Durão Barroso a mostrar como a direita deve assumir sem complexos o legado de Cavaco Silva, José Miguel Júdice num lúcido escrutínio de António Costa (“o oportunista-mor do reino” é todo um tratado) e Santana Lopes a abordar o seu ‘pai’ político Francisco Sá Carneiro.

Todos os retratos — nascidos de entrevistas conduzidas por Maria João Avillez — são úteis, sérios e muito informativos, nomeadamente para as gerações mais novas que não viveram os ciclos históricos analisados.

Os retratos que me interessam mais para o efeito deste artigo são aqueles feitos por dois socialistas — e que dão um tom claramente contracorrente à obra face ao muro erguido por António Costa. Refiro-me à análise sem preconceitos ideológicos de Francisco Assis sobre o legado político dos governos de Pedro Passos Coelho e à retrospetiva extraordinária que Sérgio Sousa Pinto faz da carreira política de Mário Soares — e não apenas dos últimos anos da sua vida que tanto jeito dão à extrema-esquerda.

3Começando por Assis e por um ponto prévio claro: deve ser a primeira análise honesta de um socialista sobre o Governo de Passos Coelho. Em primeiro lugar, porque, apesar de contextualizar a crise financeira de 2009/2010 como mundial, não deixa de assumir a responsabilidade própria de José Sócrates na chamada da troika. E, por outro lado, porque recusa os dogmas que António Costa tentou vender ao país como bom “oportunista-mor”: que Passos destruiu (ou tentou destruir) o Estado Social, que Passos só queria que o Diabo chegasse para ir mais longe que a troika, que o crescimento económico se iniciou em 2016 (e não em 2014)…

Enfim, Assis rejeita de forma clara a “demonização absoluta” de Passos Coelho e do seu legado. Porquê? Porque “não serve ninguém”.

Ou seja, a radicalização de um partido que sempre foi moderado como o PS não serve o país porque corta pontes e canais de comunicação com os adversários políticos. Mas serve quem quer destruir o rival para acumular poder — e impedir que a alternativa democrática óbvia ao PS se reconstitua e se posicione para quando o ciclo político mudar.

4Para os jovens do PS que andam no Twitter entusiasmados com as políticas identitárias e com a radicalização da linguagem política promovida por António Costa, que adorariam ver Pedro Nuno Santos e João Galamba a imitarem Catarina Martins e Mariana Mortágua e que pensam que ser liberal ou conservador é sinónimo do fim do Estado Social e de colocar crucifixos nas escolas e nas repartições públicas — para esses jovens impressionáveis será muito estranho ouvir Sérgio Sousa Pinto a definir Mário Soares com uma palavra simples mas poderosa: “liberdade”.

Será mesmo muito estranho para aqueles jovens perceber que Soares lutou contra Salazar mas também se opôs a Álvaro Cunhal e ao PCP e a todos os partidos (UDP, LCI/PSR e outros grupúsculos semelhantes) que vieram dar origem ao atual Bloco de Esquerda.

E é precisamente esse o lado mais interessante da abordagem de Sousa Pinto: recordar que foi Soares quem impediu no Verão Quente de 74/75 que os comunistas e a extrema-esquerda militar mudassem a roupagem da ditadura para um vermelho vivo com foice e o martelo amarelo. Precisamente por isso, Soares é sinónimo de democracia, de pluralismo e de tolerância.

Esse exercício não é apenas histórico ou retrospetivo. Pelo contrário, e como Sousa Pinto tem dito de forma consistente nos últimos anos, há aqui uma forte ligação ao presente político. Não só pela Geringonça e o seu presente momento de auto-destruição mas também porque alguns dos comentadores atuais mais influentes do espaço público têm precisamente origem nesse pensamento extremista.

Por outro lado, Sousa Pinto recorda que Soares percebeu desde o início que a democracia só faria sentido se fosse aliada e promotora da prosperidade económica de um povo que, apesar dos avanços económicos do marcelismo, viveu os primeiro dias de liberdade em 1974 em pobreza e iliteracia generalizada e com baixos índices socio-económicos. E foi por essa prosperidade que Soares lutou, defendendo a economia de mercado contra a economia planificada e dirigista que a extrema-esquerda sempre defendeu.

Tudo isto junto serve para Sousa Pinto denunciar uma “aldrabice histórica”: a de que o PS é agora um “verdadeiro partido de esquerda” quando “foi justamente contra” o PCP e as forças que deram origem ao BE que o “PS afirmou a sua fortíssima identidade de partido socialista e democrático”.

Mas também leva o socialista, o que não é de somenos, a recordar o “patriotismo” demonstrado pelo PSD em 1984 quando se aliou ao PS de Soares para constituir o Governo de Bloco Central que aplicou o segundo resgate da democracia.

5O que Assis e Sousa Pinto nos dizem é que o pior erro de António Costa e da sua Gerigonça foi precisamente a radicalização política. O regresso do “lado certo da história” e da ideia de que a direita é sinónimo de ideias maléficas que visam destruir as conquistas sociais da democracia.

Assis e Sousa Pinto estão à frente do seu tempo em termos de partidários — o que, em política, nem sempre é positivo. Os dois já têm razão hoje quando dizem que o modelo económico está esgotado e que “ou mudamos ou acabaremos numa Suécia fiscal implantada numa Albânia económica.” E por isso mesmo defendem (como muitos outros na sociedade civil) um diálogo reformista entre as forças moderadas.

Enfatize-se que tal não significa um Bloco Central. Implica, sim, uma interação entre PS e PSD (e outras forças moderadas) que permita construir soluções estruturais que contribuam para uma nova fase de prosperidade que nos faça crescer claramente acima da média europeia. Só assim o centro-esquerda e o centro-direita deixarão de estar sequestrados pelos radicais.

O problema é que o PS só lhes dará razão daqui a uns anos e só depois de António Costa e do seu natural sucessor Pedro Nuno Santos se esgotarem politicamente.

Na realidade, Maria João Avillez acabou por fazer um exercício premonitório. Por muito que ainda possa demorar a chegar, o país necessita como pão para a boca de um diálogo construtivo entre as forças moderadas. Só assim é que o centro político se conseguirá reinventar.

6Uma última palavra sobre Maria João Avillez. Carlos Gaspar retrata-a muito justamente como a cronista da democracia” devido à qualidade, relevância e consistência do seu trabalho desde 1974/75. Acompanhou (e em lugar privilegiado) o período revolucionário. Conheceu de perto os pais fundadores da democracia (Mário Soares, Sá Carneiro e Freitas do Amaral), além de Álvaro Cunhal. Relatou como poucos as diferentes fases de desenvolvimento do regime democrático e escreveu os três livros mais importantes sobre a vida política de Soares baseados em entrevistas/conversas que qualquer estudante de jornalismo deveria ler com toda a atenção.

Teve, e tem, todo este sucesso com uma prática jornalística muito pouco comum em Portugal. Assumindo perante as fontes a sua visão sobre o país mas sem nunca ceder um milímetro na sua independência e imparcialidade. Num país em que as diferentes gerações jornalísticas continuam a ver como um problema que os jornais assumam de forma transparente pensamentos e visões ideológicas claras perante os leitores, isso não é coisa pouca.

E é o melhor elogio que se pode fazer ao trabalho de Maria João Avillez.

Um Bom Ano Novo com saúde e sucesso para todos os leitores.

CRISE POLÍTICA    ANTÓNIO COSTA   PS   PSD

COMENTÁRIOS:

PSD

Maria Narciso: Se os portugueses  derem uma maioria absoluta, o PS não  fica refém de ninguém  e teremos uma governação  estável  por 4 anos .         Apontador dos FRO€$: A 30 de Janeiro estará em jogo o nosso futuro colectivo. “Aqueles que renunciam à liberdade em troca de promessas de segurança acabarão sem uma nem outra” – Voltaire. Portanto a questão é: devemos continuar a permitir o fascismo sanitário vigente traduzido na segregação de pessoas através do certificado N A Z I e na violação grosseira de vários dos artigos vertidos na Constituição da República Portuguesa?          Fernando Regio : A realidade é que o tipo de reformas que são necessárias em Portugal não são do interesse nem do PS e nem do PSD, têm máquinas demasiado encrostadas. Então vai-se brincando ao progressismo das alterações climáticas, cor da pele, ou aquele humanismo primário em que todos ajudam o próximo, género de mãos dadas a cantar o kumbaia. O verdadeiro humanismo não é dar de comer a quem tem fome hoje, amanhã vai ter fome outra vez, é educar para que tenha a ideia de que conseguir                          cursos para ter a sua comida quando tem fome é o verdadeiro e único valor.            João Afonso: A responsabilidade de António Costa na radicalização e no extremismo do regime democrático, é imensa, contudo não está sozinho na sala. Convém lembrar que o PR amparou o governo geringonço até ao limite da indignidade, e se Costa foi a "mãe" da IL e do Chega,  o actual líder do PSD foi o "pai". Numa democracia de gente digna, a Geringonça deveria ter sido denunciada e alvo de oposição contrastante, a bem do regime e da liberdade. Pelos vistos, a "oposição" optou por ficar calada (porque os portugueses não gostam de quem diz mal !!!) à espera que o desgaste trabalhasse sozinho. Para se ter o poder, não basta esperar que ele nos caia no colo, é preciso lutar por ele, pois só assim é merecido.           Manuel Rodrigues: O oportunista mor da  Nação  está a chegar a um beco sem saída. Inviabiliza a ligação à  esquerda , agride a  direita,  Resta o impasse , a estagnação, até novo veredicto popular. Os portugueses podem não ter literacia bastante, mas não são  tolos. Calmamente esperemos por   30  de Janeiro de 2022            João Afonso > Manuel Rodrigues: Não foram esses mesmos portugueses (a maioria que votou) que, pelo seu voto, reafirmaram a Geringonça em 2019? E não são tolos! São o quê, então?

Carlos Oliveira: Muito assertivo.            Maria Tubucci: Tudo certo, mas... Uma personagem egocêntrica e manipuladora que constrói 1º um muro à direita depois um muro à esquerda, basicamente, um muro todo à volta, ficando dentro de um poço. Alguma vez Costa poderá ser a solução para os problemas que criou? Acho que não, até porque o país nunca lhe interessou só o poder, e a politiquice rasteira, para fazer a consolidação do poder socialista na máquina do estado. Com este ps com ideias irracionais de distribuir o que não há, o empobrecimento continuará, os melhores imigrarão deixando Portugal cada vez mais pobre.          Miguel Eanes: Na Alemanha, pais que muitos da direita gostam de dar como exemplo, o último governo de Merkel, foi um bloco central, coligação da CDU com o SPD, ou seja o PSD e PS. Só em Portugal é que não pode ser porque é assim e assado. Com gente desta nunca sairemos da cepa torta e nunca haverá reformas.          José Miranda > Miguel Eanes: Com gente que compara a situação política da Alemanha no tempo de Ângela Merkel, com um bloco central em Portugal, é que nunca sairemos da cepa torta...             Hel_Marques Marques > Miguel Eanes: Será que existe na Alemanha actual algum partido comunista de inspiração soviética? Repare que não estou a inventar nada. E será que os alemães alguma vez tiveram essa realidade de serem lacaios da URSS? ………………

FME: No outro dia falei com o meu amigo dinossauro comunista cunhalista, que me disse que o comunismo defende hoje o modelo social-democrata dos países nórdicos. Evidentemente torci o nariz, mas ele insistiu que a ideologia comunista evoluiu. Comunismo Social-Democrata. Bem, já no outro dia as pequenas do BE também vieram com a mesma ideia da social-democracia. Se tal vier a confirmar-se, ou seja, a transformação do comunismo em social-democracia, o PSD passará a situar-se na extrema-direita, e o PS na direita moderada.  O que acontece é que não nos podemos guiar pelas politiquices do século passado. A política mudou, o mundo mudou. Talvez a mudança maior que a sociedade digital nos trouxe foi a bipolarização de tudo, incluindo da idiotice. Um filme deste Natal na Netflix “Não Olhem Para Cima” com um elenco recheado de bons atores faz precisamente uma sátira a esta bipolarização. Costa bipolarizou a política  portuguesa através de dois blocos: o bloco da esquerda e o bloco da direita. Voltar atrás vai ser difícil. O Chega será o grande travão ao bloco de direita, já que Rio e a IL excluem-no do bloco de direita. Mas será que o vão mesmo excluir se a maioria de deputados na AR for de direita incluindo o Chega?........

João Floriano > Quinta Sinfonia: O CHEGA vai sempre viabilizar um governo onde o PS e a esquerda não estejam. Portanto não será por  André Ventura que  Rui Rio não forma governo.  Vamos a ver e já agora ouvir a entrevista de Rui Rio na CNN. Parece-me que é hoje. Tenha uma noite descansada.           Quinta Sinfonia > João Floriano: Mas isso então é desacreditar tudo o que o André Ventura tem dito:  -“Ventura recusa 'geringonça' de direita. Chega só viabiliza PSD se estiver no Governo” - “Líder do Chega apresentou moção onde recusa a repetição da solução dos Açores na Assembleia da República, rejeita a moderação, promete lutar pelos 15% e critica "lavar de roupa suja" no partido.” Parece que afinal eu dou mais crédito às palavras de AV que você 🙂 Uma noite descansada para si também e se não voltarmos a dialogar, desejo-lhe um excelente ano, excepto politicamente falando               FernandoC: Mais uma vez, um texto excelente. Votos de Próspero Ano Novo.          Ahmed Gany: Esperem pela convulsão no dia 30 de Janeiro!           Alberico Lopes: Excelente texto, Luís Rosa!              João Ramos: Tudo com a cumplicidade de Costa e já agora de Marcelo, é salutar não esquecer para que não haja enganos…              Filipe Paes de Vasconcellos: A saída do Impasse! Portugal está num Impasse (que saudades de Sá Carneiro!) do qual não se vislumbra qualquer saída nos próximos 5 anos. A única solução que me pareceria capaz de alterar este panorama político, e derrubar o muro de que fala era, fosse qual fosse o resultado das próximas eleições de 30 de janeiro, a constituição de um governo de unidade nacional, à semelhança do governo italiano, presidido por uma personalidade como António Horta Osório. Os recursos vindos da União Europeia seriam geridos de forma profissional e não partidária e, o presidente da República marcaria indelevelmente de forma positiva o seu mandato.            Alberico Lopes > Filipe Paes de Vasconcellos: Desculpe, Filipe! O seu comentário peca por um pecado grave: quando, no final, escreve que "o presidente da República marcaria...." está mesmo a acreditar que o ACTUAL PR, o PR das selfies e dos abraços, e do mergulho no fim do ano, tem sequer esteca para alguma atitude capaz de influenciar qualquer política que ajude o País a sair do beco em que se encontra? Não! O actual  PR deixou-se enredar na politiquice rasteira do Dr. Costa e como tal ficou sem qualquer possibilidade de poder intervir! Aliás, ninguém me tira da cabeça que o dr. Costa já lhe terá feito ver que "quem tem telhados de vidro tem que ter cuidado com as telhas que podem ser quebradas"! E refiro-me, claro, às ligações perigosas de Marcelo com os seus "compagnons" Salgados e companhia! E ainda: veja esta nomeação do vice-almirante para a chefia da Armada, que o PR vai concretizar hoje, e que demonstra bem a falta de senso de Marcelo! Algum dia se viu um chefe de um ramo das Forças Armadas ser saneado pelo min.da defesa e, ao contrário do que afirmou o PR, afirmar taxativamente que não sai por vontade própria? Só espero que nenhum membro de qualquer ramo vá assistir a este espectáculo deprimente e indecoroso!         David Pinheiro > Filipe Paes de Vasconcellos: Ninguém quer um governo tecnocrata. Infelizmente...           Filipe Paes de Vasconcellos > Alberico Lopes: É para mim evidente que Marcelo, desde o caso de Tancos ficou refém do Costa. No entanto, pode ser, ainda tenho esperança que lhe dê um golpe de asa, demonstrando assim ser independente e tê-los no sítio.            José Paulo C Castro > Alberico Lopes: As forças armadas passaram, com este governo e PR, pelos maiores enxovalhos possíveis, desde o caso dos comandos, ao de Tancos, a culminar nesta demissão por pressão mediática.  Hoje em dia, a imagem da instituição está muito afetada e o governo aproveita para a diminuir ainda mais.            Elvis Wayne > José Paulo C Castro: É bom que assim seja. Ao menos assim a tropa sempre se deixa de ilusões. O regime abrileiro está cada vez mais anquilosado e incrustado, parece o Estado Novo nos seus anos finais. Se nada for feito, aquela matilha só sai do poleiro à lei da bala e se tal infeliz desfecho for inevitável, convém que a tropa não esteja "enamorada" com a esquerda.          João Alves > Alberico Lopes: Uma correção. O Sousa de Belém se há coisa em que é mestre é na politiquice rasteira  e pacóvia de que o Costa é um aprendiz medíocre.             José Miranda > Elvis Wayne: Portugal não será uma Venezuela, porque está na Europa. PNS, um dos muitos infiltrados  do BE no PS, e que aparentemente domina o partido, tem todo o estilo do Maduro. Ele e o BE sonham com um regime ditatorial, em que a maioria vive na miséria, todos dependem do Estado e eles mandam em tudo.          Américo Silva: A extensão do artigo demonstra as dificuldades do cronista com a tese. Rui Rio seria uma excelente alternativa a Costa, o pior é que votamos em partidos, e no PSD Rui Rio está em minoria.            Elvis Wayne > Américo Silva: Votar na dupla Kosta/Rio? Jamé!              bento guerra: Poder, tachos, empregos, votos, manteiga aos estrangeiros que mandam ,conversa ilusória para os eleitores mais pobres e menos letrados ou preguiçosos mentais. E muita sorte.           Domingas Coutinho: Excelente e corajoso artigo. Escalpeliza com clareza e isenção o que tem sido o papel de António Costa e o perigo que as suas escolhas representam para a Democracia em contraste com o legado de Mário Soares. As ideias lúcidas de Francisco Assis e Sérgio Sousa Pinto são aqui bem ressaltadas. Subscrevo o elogio a Maria Joao Avilez como jornalista que passou connosco todos estes anos e que teve o privilégio de entrevistar os grandes intervenientes na nossa História do pós 25 de Abril. Obrigada e bom ano.         António Lamas: Grande texto do  Luís Rosa. O "livrinho" da MJA devia ser o companheiro de travesseiro do  Costa e do Rio Rio.           João Ramos > António Lamas: E de Marcelo…         Carlos Quartel: Pouco acrescenta ao que já todos sabemos. Não vinca, com a intensidade que merece, a monstruosidade da geringonça, trazendo para a área do poder os inimigos jurados da democracia pluralista e em liberdade. Esse é o pecado, indesculpável, cometido por Costa, que se viu num beco sem saída, depois de defenestrar Seguro. PC e BE não enganaram, nem tentaram enganar ninguém, viram uma oportunidade influenciar a vida no país e aproveitaram-na. Tomam isso por seu dever, implantar o seu sistema e qualquer caminho é válido. Na ausência de força militar, de capacidade para mobilizar massas para a revolução, esta foi a via que Costa lhes ofereceu, aterrorizado com a hipótese de terminar aí a sua carreira política. O gesto foi tão grave, que estaríamos agora a cantar a internacional nas escolas e quartéis, não fora a posição geográfica a integração e a dependência  da Europa. Como bem viu Mário Soares, que tudo fez para acelerar essa integração, sabendo dos perigos internos dos sonhos de maoístas e leninistas de vários tons. Foi o pai da liberdade, mas criou no seu seio o ovo da serpente .....           Vitor Batista: Caro Luis Rosa, o progresso de um País mede-se pela escolha dos seus líderes, e quando Portugal escolhe Kosta certamente que não será preciso dizer mais nada! Como em tudo na vida cada um tem aquilo que merece, fruto das suas escolhas. 

 

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