Para o muro de A. Costa. Ou para a pedrada no charco que A. Costa nos atirou do seu muro. O certo é que o discurso dele é sempre muito positivo, muito revelador da
sua reconstrução do país, até mesmo a económica, pois que jamais deixa os seus
créditos por mãos alheias. Quer o poder e tê-lo-á, nem servimos senão para
brincarmos no charco, tudo o resto é deferência e anuência. E passado, estamos
acomodados, figuras várias por cá passaram e atiraram a sua pedrada, não vale a
pena relembrar Mário Soares e os seus discursos monocórdicos de primeiro
coveiro, vários foram esses, continuemos.
O muro
do qual António Costa está refém
É errado pensar que o diálogo
reformista entre PS e PSD implica um Bloco Central. Essa é uma falácia que
permitiu aos radicais sequestrar os moderados. Tudo com a cumplicidade de
Costa.
LUÍS ROSA
OBSERVADOR, 27 dez
2021
1“O que
temos conseguido demonstrar desde as últimas eleições legislativas não foi só
ter acabado com o ‘arco da governação’, foi ter conseguido derrubar o último
resquício do muro de Berlim”. A frase é
de António Costa e foi repetida ad nauseam desde 2015 — e, apesar da
queda do Governo pelas mãos do seus parceiros, ainda hoje é dita por Costa.
Deixando
lado todo o contorcionismo histórico que a alusão ao muro de Berlim
comporta na boca de António Costa, o que me interessa abordar é precisamente um
outro muro que o líder do PS construiu com a sua geringonça: o muro que impede
o diálogo entre os moderados porque ao promover uma aliança com as forças
extremistas do PCP e do Bloco de Esquerda, deixou de ser possível aos
socialistas dialogarem de forma estrutural com o PSD e outras forças da direita
moderada como o CDS ou a Iniciativa Liberal.
É claro
que tudo começou com a diabolização do Governo de Passos Coelho por
parte de António Costa — e, consequentemente, do diálogo construtivo que se
estabeleceu entre aquele Executivo e o PS de António José Seguro. Como bom
político (ou politiqueiro), Costa viu ali uma boa oportunidade de atacar Seguro
e conquistar apoios internos no PS. Daí que tenha rasgado todos os acordos
feitos entre Passos Coelho e Seguro mal chegou ao poder no PS.
A
geringonça foi só a oficialização da diabolização do diálogo entre as forças
moderadas do PS e do PSD. Esse foi o muro construído por António Costa — e do
qual está agora refém. Parece que só a maioria absoluta o salvará.
2Este ano, tivemos em forma de livro um bom exemplo
desse diálogo vivo entre os moderados: “As Sete Estações da Democracia” (Dom
Quixote) de Maria João Avillez. A
autora ‘coloca’ Marcelo Rebelo de Sousa a falar sobre o seu quase irmão
político António Guteres, Paulo Portas a analisar sem fel (bem pelo contrário)
os mandatos presidenciais de Marcelo, Durão Barroso a mostrar como a direita
deve assumir sem complexos o legado de Cavaco Silva, José Miguel Júdice num
lúcido escrutínio de António Costa (“o oportunista-mor do reino” é todo um
tratado) e Santana Lopes a abordar o seu ‘pai’ político Francisco Sá Carneiro.
Todos
os retratos — nascidos de entrevistas conduzidas por Maria João Avillez — são
úteis, sérios e muito informativos, nomeadamente para as gerações mais novas
que não viveram os ciclos históricos analisados.
Os retratos que me interessam mais
para o efeito deste artigo são aqueles feitos por dois socialistas — e que dão
um tom claramente contracorrente à obra face ao muro erguido por António Costa. Refiro-me à análise sem preconceitos ideológicos
de Francisco Assis sobre o legado político dos governos de Pedro Passos Coelho
e à retrospetiva extraordinária que Sérgio Sousa Pinto faz da carreira política
de Mário Soares — e não apenas dos últimos anos da sua vida que tanto jeito dão
à extrema-esquerda.
3Começando
por Assis e
por um ponto prévio claro: deve ser a primeira análise honesta de um
socialista sobre o Governo de Passos Coelho. Em primeiro lugar, porque,
apesar de contextualizar a crise financeira de 2009/2010 como mundial, não
deixa de assumir a responsabilidade própria de José Sócrates na chamada da
troika. E, por outro lado, porque recusa os dogmas que António Costa tentou
vender ao país como bom “oportunista-mor”: que Passos destruiu (ou tentou destruir) o Estado Social,
que Passos só queria que o Diabo chegasse para ir mais longe que a troika, que
o crescimento económico se iniciou em 2016 (e não em 2014)…
Enfim,
Assis rejeita de forma clara a “demonização absoluta” de Passos Coelho e do
seu legado. Porquê? Porque “não serve ninguém”.
Ou seja, a radicalização de um partido
que sempre foi moderado como o PS não serve o país porque corta pontes e canais
de comunicação com os adversários políticos. Mas serve quem quer destruir o
rival para acumular poder — e impedir que a alternativa democrática óbvia ao PS
se reconstitua e se posicione para quando o ciclo político mudar.
4Para os
jovens do PS que andam no Twitter entusiasmados com as políticas identitárias e
com a radicalização da linguagem política promovida por António Costa, que
adorariam ver Pedro Nuno Santos e João Galamba a imitarem Catarina Martins e
Mariana Mortágua e que pensam que ser liberal ou conservador é sinónimo do fim
do Estado Social e de colocar crucifixos nas escolas e nas repartições públicas
— para esses jovens impressionáveis será muito estranho ouvir Sérgio Sousa
Pinto a definir Mário Soares com uma palavra simples mas
poderosa: “liberdade”.
Será mesmo muito estranho para aqueles
jovens perceber que Soares lutou contra Salazar mas também se opôs a Álvaro
Cunhal e ao PCP e a todos os partidos (UDP, LCI/PSR e outros grupúsculos
semelhantes) que vieram dar origem ao atual Bloco de Esquerda.
E é precisamente esse o lado mais
interessante da abordagem de Sousa Pinto: recordar que foi Soares quem impediu
no Verão Quente de 74/75 que os comunistas e a extrema-esquerda militar
mudassem a roupagem da ditadura para um vermelho vivo com foice e o martelo
amarelo. Precisamente por isso, Soares é sinónimo de democracia, de pluralismo
e de tolerância.
Esse
exercício não é apenas histórico ou retrospetivo. Pelo contrário, e como Sousa
Pinto tem dito de forma consistente nos últimos anos, há aqui uma forte
ligação ao presente político. Não só pela Geringonça e o seu presente momento
de auto-destruição mas também porque alguns dos comentadores atuais mais
influentes do espaço público têm precisamente origem nesse pensamento
extremista.
Por
outro lado, Sousa Pinto recorda que Soares percebeu desde o início que a
democracia só faria sentido se fosse aliada e promotora da prosperidade
económica de um povo que, apesar dos avanços económicos do marcelismo, viveu os
primeiro dias de liberdade em 1974 em pobreza e iliteracia generalizada e com
baixos índices socio-económicos. E foi por essa prosperidade que Soares lutou,
defendendo a economia de mercado contra a economia planificada e
dirigista que a extrema-esquerda sempre defendeu.
Tudo
isto junto serve para Sousa Pinto denunciar uma “aldrabice histórica”: a de que
o PS é agora um “verdadeiro partido de esquerda” quando “foi justamente contra”
o PCP e as forças que deram origem ao BE que o “PS afirmou a sua fortíssima
identidade de partido socialista e democrático”.
Mas
também leva o socialista, o que não é de somenos, a recordar o “patriotismo”
demonstrado pelo PSD em 1984 quando se aliou ao PS de Soares para constituir o
Governo de Bloco Central que aplicou o segundo resgate da democracia.
5O
que Assis e Sousa Pinto nos dizem é que o pior erro de António Costa e da sua
Gerigonça foi precisamente a radicalização política. O regresso do “lado certo da história” e da ideia
de que a direita é sinónimo de ideias maléficas que visam destruir as
conquistas sociais da democracia.
Assis e Sousa Pinto estão à frente do
seu tempo em termos de partidários — o que, em política, nem sempre é positivo.
Os dois já têm razão hoje quando dizem que o modelo económico está esgotado e
que “ou mudamos ou acabaremos numa Suécia fiscal implantada numa Albânia
económica.” E por isso mesmo defendem (como muitos outros na sociedade civil)
um diálogo reformista entre as forças moderadas.
Enfatize-se
que tal não significa um Bloco Central. Implica,
sim, uma interação entre PS e PSD (e outras forças moderadas) que permita
construir soluções estruturais que contribuam para uma nova fase de prosperidade
que nos faça crescer claramente acima da média europeia. Só assim o
centro-esquerda e o centro-direita deixarão de estar sequestrados pelos
radicais.
O
problema é que o PS só lhes dará razão daqui a uns anos e só depois de António
Costa e do seu natural sucessor Pedro Nuno Santos se esgotarem politicamente.
Na
realidade, Maria João Avillez acabou por fazer um exercício premonitório.
Por muito que ainda possa demorar a chegar, o país necessita como pão para a
boca de um diálogo construtivo entre as forças moderadas. Só assim é que o
centro político se conseguirá reinventar.
6Uma
última palavra sobre Maria João
Avillez. Carlos
Gaspar retrata-a muito justamente como a “cronista
da democracia” devido à
qualidade, relevância e consistência do seu trabalho desde 1974/75. Acompanhou
(e em lugar privilegiado) o período revolucionário. Conheceu de perto os pais
fundadores da democracia (Mário Soares, Sá Carneiro e Freitas do Amaral), além
de Álvaro Cunhal. Relatou como poucos as diferentes fases de desenvolvimento do
regime democrático e escreveu os três livros mais importantes sobre a vida
política de Soares baseados em entrevistas/conversas que qualquer estudante de
jornalismo deveria ler com toda a atenção.
Teve,
e tem, todo este sucesso com uma prática jornalística muito pouco comum em
Portugal. Assumindo perante as fontes a sua visão sobre o país mas sem nunca
ceder um milímetro na sua independência e imparcialidade. Num país em que
as diferentes gerações jornalísticas continuam a ver como um problema que os
jornais assumam de forma transparente pensamentos e visões ideológicas claras
perante os leitores, isso não é coisa pouca.
E é
o melhor elogio que se pode fazer ao trabalho de Maria João Avillez.
Um
Bom Ano Novo com saúde e sucesso para todos os leitores.
CRISE POLÍTICA ANTÓNIO COSTA PS PSD
COMENTÁRIOS:
Maria Narciso: Se os portugueses derem uma maioria absoluta, o
PS não fica refém de ninguém e teremos uma governação
estável por 4 anos . Apontador dos FRO€$: A 30 de Janeiro estará em jogo
o nosso futuro colectivo. “Aqueles que renunciam à liberdade em troca de
promessas de segurança acabarão sem uma nem outra” – Voltaire. Portanto a
questão é: devemos continuar a permitir o fascismo sanitário vigente traduzido
na segregação de pessoas através do certificado N A Z I e na violação grosseira
de vários dos artigos vertidos na Constituição da República Portuguesa? Fernando Regio :
A realidade é que
o tipo de reformas que são necessárias em Portugal não são do interesse nem do
PS e nem do PSD, têm máquinas demasiado encrostadas. Então vai-se brincando ao
progressismo das alterações climáticas, cor da pele, ou aquele humanismo
primário em que todos ajudam o próximo, género de mãos dadas a cantar o
kumbaia. O verdadeiro humanismo não é dar de comer a quem tem fome hoje, amanhã
vai ter fome outra vez, é educar para que tenha a ideia de que conseguir cursos para ter a sua
comida quando tem fome é o verdadeiro e único valor. João Afonso: A responsabilidade de António
Costa na radicalização e no extremismo do regime democrático, é imensa, contudo
não está sozinho na sala. Convém lembrar que o PR amparou
o governo geringonço até ao limite da indignidade, e se Costa foi a "mãe" da IL e do
Chega, o actual líder do PSD foi o "pai". Numa democracia de
gente digna, a Geringonça deveria ter sido denunciada e alvo de oposição contrastante, a
bem do regime e da liberdade. Pelos vistos, a "oposição" optou por
ficar calada (porque os portugueses não gostam de quem diz mal !!!) à espera
que o desgaste trabalhasse sozinho. Para se ter o poder, não basta esperar que
ele nos caia no colo, é preciso lutar por ele, pois só assim é merecido. Manuel Rodrigues: O oportunista mor da
Nação está a chegar a um beco sem saída. Inviabiliza a ligação à
esquerda , agride a direita, Resta o impasse , a estagnação,
até novo veredicto popular. Os portugueses podem não ter literacia bastante,
mas não são tolos. Calmamente esperemos por 30 de
Janeiro de 2022 João
Afonso > Manuel
Rodrigues: Não foram esses mesmos portugueses (a maioria que
votou) que, pelo seu voto, reafirmaram a Geringonça em 2019? E não são tolos!
São o quê, então?
Carlos Oliveira: Muito assertivo.
Maria Tubucci: Tudo certo, mas... Uma personagem egocêntrica e
manipuladora que constrói 1º um muro à direita depois um muro à esquerda,
basicamente, um muro todo à volta, ficando dentro de um poço. Alguma vez Costa poderá ser a
solução para os problemas que criou? Acho que não, até porque o país nunca lhe interessou
só o poder, e a politiquice rasteira, para fazer a consolidação do poder
socialista na máquina do estado. Com este ps com ideias irracionais de distribuir o que
não há, o empobrecimento continuará, os melhores imigrarão deixando Portugal
cada vez mais pobre.
Miguel Eanes: Na Alemanha, pais que muitos da
direita gostam de dar como exemplo, o último governo de Merkel, foi um bloco
central, coligação da CDU com o SPD, ou seja o PSD e PS. Só em Portugal é que
não pode ser porque é assim e assado. Com gente desta nunca sairemos da cepa torta e nunca
haverá reformas.
José Miranda > Miguel Eanes: Com gente que compara a
situação política da Alemanha no tempo de Ângela Merkel, com um bloco central
em Portugal, é que nunca sairemos da cepa torta... Hel_Marques Marques > Miguel Eanes: Será que existe na Alemanha
actual algum partido comunista de inspiração soviética? Repare que não estou a
inventar nada. E será que os alemães alguma vez tiveram essa realidade de serem
lacaios da URSS? ………………
FME: No outro dia falei com o meu amigo
dinossauro comunista cunhalista, que me disse que o comunismo defende hoje o
modelo social-democrata dos países nórdicos. Evidentemente torci o nariz, mas
ele insistiu que a ideologia comunista evoluiu. Comunismo Social-Democrata.
Bem, já no outro dia as pequenas do BE também vieram com a mesma ideia da
social-democracia. Se tal vier a confirmar-se, ou seja, a transformação do
comunismo em social-democracia, o PSD passará a situar-se na extrema-direita, e
o PS na direita moderada. O que
acontece é que não nos podemos guiar pelas politiquices do século passado. A
política mudou, o mundo mudou. Talvez a mudança maior que a sociedade digital
nos trouxe foi a bipolarização de tudo, incluindo da idiotice. Um filme deste
Natal na Netflix “Não Olhem Para Cima” com um elenco recheado de bons atores
faz precisamente uma sátira a esta bipolarização. Costa bipolarizou a política portuguesa através de dois blocos: o
bloco da esquerda e o bloco da direita. Voltar atrás vai ser difícil. O Chega
será o grande travão ao bloco de direita, já que Rio e a IL excluem-no do bloco
de direita. Mas será que o vão mesmo excluir se a maioria de deputados na AR
for de direita incluindo o Chega?........
João Floriano > Quinta
Sinfonia: O CHEGA vai sempre viabilizar
um governo onde o PS e a esquerda não estejam. Portanto não será por
André Ventura que Rui Rio não forma governo. Vamos a ver e já agora
ouvir a entrevista de Rui Rio na CNN. Parece-me que é hoje. Tenha uma noite
descansada. Quinta
Sinfonia > João
Floriano: Mas isso então é desacreditar
tudo o que o André Ventura tem dito: -“Ventura recusa 'geringonça' de direita. Chega só
viabiliza PSD se estiver no Governo” - “Líder do Chega apresentou moção onde recusa a
repetição da solução dos Açores na Assembleia da República, rejeita a
moderação, promete lutar pelos 15% e critica "lavar de roupa suja" no
partido.” Parece que afinal eu dou mais crédito às palavras de AV que você 🙂 Uma noite descansada para si
também e se não voltarmos a dialogar, desejo-lhe um excelente ano, excepto
politicamente falando
FernandoC: Mais uma vez, um texto excelente. Votos de Próspero Ano Novo. Ahmed Gany: Esperem pela convulsão no dia
30 de Janeiro! Alberico
Lopes: Excelente texto,
Luís Rosa! João
Ramos: Tudo com a
cumplicidade de Costa e já agora de Marcelo, é salutar não esquecer para que
não haja enganos… Filipe Paes de Vasconcellos: A saída do Impasse! Portugal está num Impasse (que saudades
de Sá Carneiro!) do qual não se vislumbra qualquer saída nos próximos 5 anos.
A única solução que me
pareceria capaz de alterar este panorama político, e derrubar o muro de que
fala era, fosse qual fosse o resultado das próximas eleições de 30 de janeiro,
a constituição de um governo de unidade nacional, à semelhança do governo
italiano, presidido por uma personalidade como António Horta Osório.
Os recursos vindos da União
Europeia seriam geridos de forma profissional e não partidária e, o
presidente da República marcaria indelevelmente de forma positiva o seu mandato. Alberico Lopes > Filipe Paes
de Vasconcellos: Desculpe,
Filipe! O seu comentário peca por um pecado grave: quando, no final, escreve
que "o presidente da República marcaria...." está mesmo a acreditar
que o ACTUAL PR, o PR das selfies e dos abraços, e do mergulho no fim do ano,
tem sequer esteca para alguma atitude capaz de influenciar qualquer política
que ajude o País a sair do beco em que se encontra? Não! O actual PR
deixou-se enredar na politiquice rasteira do Dr. Costa e como tal ficou sem
qualquer possibilidade de poder intervir! Aliás, ninguém me tira da cabeça que
o dr. Costa já lhe terá feito ver que "quem tem telhados de vidro tem que
ter cuidado com as telhas que podem ser quebradas"! E refiro-me, claro, às
ligações perigosas de Marcelo com os seus "compagnons" Salgados e companhia!
E ainda: veja esta nomeação do vice-almirante para a chefia da Armada, que o PR
vai concretizar hoje, e que demonstra bem a falta de senso de Marcelo! Algum
dia se viu um chefe de um ramo das Forças Armadas ser saneado pelo min.da
defesa e, ao contrário do que afirmou o PR, afirmar taxativamente que não sai
por vontade própria? Só espero que nenhum membro de qualquer ramo vá assistir a
este espectáculo deprimente e indecoroso! David Pinheiro > Filipe Paes
de Vasconcellos: Ninguém quer um governo tecnocrata. Infelizmente... Filipe Paes de Vasconcellos >
Alberico
Lopes: É
para mim evidente que Marcelo, desde o caso de Tancos ficou refém do Costa. No entanto, pode ser, ainda tenho esperança que lhe dê
um golpe de asa, demonstrando assim ser independente e tê-los no sítio. José Paulo C Castro > Alberico
Lopes: As
forças armadas passaram, com este governo e PR, pelos maiores enxovalhos
possíveis, desde o caso dos comandos, ao de Tancos, a culminar nesta demissão
por pressão mediática. Hoje
em dia, a imagem da instituição está muito afetada e o governo aproveita para a
diminuir ainda mais.
Elvis Wayne > José Paulo C
Castro: É
bom que assim seja. Ao menos assim a tropa sempre se deixa de ilusões. O regime
abrileiro está cada vez mais anquilosado e incrustado, parece o Estado Novo nos
seus anos finais. Se nada for feito, aquela matilha só sai do poleiro à lei da
bala e se tal infeliz desfecho for inevitável, convém que a tropa não esteja
"enamorada" com a esquerda. João Alves > Alberico
Lopes: Uma correção. O Sousa de Belém
se há coisa em que é mestre é na politiquice rasteira e pacóvia de que o
Costa é um aprendiz medíocre.
José Miranda > Elvis Wayne: Portugal não será uma Venezuela, porque está na Europa.
PNS, um dos muitos infiltrados
do BE no PS, e que aparentemente domina o partido, tem todo o estilo do
Maduro. Ele e o BE sonham com um regime ditatorial, em que a maioria vive na
miséria, todos dependem do Estado e eles mandam em tudo. Américo Silva: A extensão do artigo demonstra
as dificuldades do cronista com a tese. Rui Rio seria uma excelente alternativa
a Costa, o pior é que votamos em partidos, e no PSD Rui Rio está em
minoria. Elvis
Wayne > Américo
Silva: Votar na dupla Kosta/Rio? Jamé! bento guerra: Poder, tachos, empregos, votos,
manteiga aos estrangeiros que mandam ,conversa ilusória para os eleitores mais
pobres e menos letrados ou preguiçosos mentais. E muita sorte. Domingas Coutinho: Excelente e corajoso artigo.
Escalpeliza com clareza e isenção o que tem sido o papel de António Costa e o
perigo que as suas escolhas representam para a Democracia em contraste com o
legado de Mário Soares. As ideias lúcidas de Francisco Assis e Sérgio Sousa
Pinto são aqui bem ressaltadas. Subscrevo o elogio a Maria Joao Avilez como
jornalista que passou connosco todos estes anos e que teve o privilégio de
entrevistar os grandes intervenientes na nossa História do pós 25 de Abril.
Obrigada e bom ano. António
Lamas: Grande texto
do Luís Rosa. O "livrinho" da MJA devia ser o companheiro de
travesseiro do Costa e do Rio Rio. João Ramos > António
Lamas: E de Marcelo… Carlos
Quartel: Pouco
acrescenta ao que já todos sabemos. Não vinca, com a intensidade que merece, a
monstruosidade da geringonça, trazendo para a área do poder os inimigos jurados
da democracia pluralista e em liberdade. Esse é o pecado, indesculpável, cometido por Costa, que
se viu num beco sem saída, depois de defenestrar Seguro. PC e BE não enganaram, nem tentaram enganar ninguém,
viram uma oportunidade influenciar a vida no país e aproveitaram-na. Tomam
isso por seu dever, implantar o seu sistema e qualquer caminho é válido. Na
ausência de força militar, de capacidade para mobilizar massas para a
revolução, esta foi a via que Costa lhes ofereceu, aterrorizado com a hipótese
de terminar aí a sua carreira política. O gesto foi tão grave, que estaríamos agora a cantar a
internacional nas escolas e quartéis, não fora a posição geográfica a
integração e a dependência da Europa. Como bem viu Mário Soares, que
tudo fez para acelerar essa integração, sabendo dos perigos internos dos sonhos
de maoístas e leninistas de vários tons. Foi o pai da liberdade, mas criou no
seu seio o ovo da serpente ..... Vitor Batista:
Caro Luis Rosa, o progresso de um País
mede-se pela escolha dos seus líderes, e quando Portugal escolhe Kosta
certamente que não será preciso dizer mais nada! Como em tudo na vida cada um tem aquilo que merece,
fruto das suas escolhas.
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