E o carrinho onde se vai e vem - e “eles”
também, os que vêm, quando vêm para nós, que os repelimos com altivez - deixa
de poluir, ou segue as pisadas dos vagões do comboio?
Mas não me parece que haja investidores
suficientes – para mais, inteligentes, como os seus vagões, para o nosso
apetite condutor por conta própria …
Consórcio liderado pela Medway investe
82 milhões de euros para fabricar vagões inteligentes em Portugal
Produção vai emitir menos 55% de CO2
uma vez que vai recorrer a energias renováveis e à incorporação de materiais
reciclados, além de exigir uma manutenção mais eficiente.
AGÊNCIA LUSA Texto
OBSERVADOR, 06 dez 2021
PA
Images via Getty Images
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Instalar
Um consórcio de 10 entidades, liderado pela Medway, vai investir 82 milhões de
euros para desenvolver em Portugal vagões inteligentes para transporte de
mercadorias por ferrovia, permitindo a criação de 65 postos de trabalho
diretos, foi esta segunda-feira anunciado.
“A Medway, através de um consórcio formado por
10 entidades, vai desenvolver uma estratégia para recuperar a indústria
ferroviária de fabrico de vagões em Portugal, com o intuito de devolver
capacidade produtiva ao país, com a criação de vagões inteligentes para
mercadorias“, lê-se num comunicado enviado pela antiga CP Carga.
Segundo
a Medway, este investimento vai permitir a criação de 65 postos de
trabalho diretos, na região do médio Tejo, colmatando o recente desafio de
gerar novos postos de trabalho para compensar o encerramento da Central Termoelétrica
do Pego, em Abrantes.
O
desenvolvimento dos chamados smart wagons (vagões inteligentes)
deverá reduzir em 55% as emissões de dióxido de carbono (CO2) durante o
processo produtivo, já que a produção vai recorrer a energias renováveis e
à incorporação de materiais reciclados, além de exigir uma manutenção mais
eficiente.
O
consórcio é composto por cinco empresas (Medway Maintenance & Repair,
Medway Terminals, Medway Operador Ferrviário de Mercadorias, Nomad Tech e
Evoleo Technologies), quatro entidades não empresariais do Sistema de
Investigação e Inovação (Instituto Superior Técnico, Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e
Engenharia Industrial e ISQ) e ainda a Plataforma Ferroviária Portuguesa.
Além do impacto no perfil de
especialização da economia portuguesa, este investimento também permitirá
recuperar a indústria ferroviária de Portugal e inverter a balança comercial do
país, substituindo importações por exportações”, referiu, citado no comunicado,
o diretor geral da Medway, Bruno Silva.
Já para o director executivo da Plataforma Ferroviária
Portuguesa, Paulo Duarte, este
investimento é “uma oportunidade irrecusável para demonstrar
a nossa capacidade produtiva industrial, aliada às tecnologias inovadoras e de
alto valor acrescentado e diferenciadoras no mercado ferroviário, mostrando os
resultados que é possível efetuar, num trabalho de equipa e de valorização
nacional, a partir do Cluster [plataforma agregadora de conhecimento
e competências] Ferroviário.”
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