domingo, 26 de dezembro de 2021

Natal em curtição


Graças a Alberto Gonçalves e ao seu poder de desmistificação / desmitificação...

Festas Felizes (um guia de obediência, perdão, segurança)

Posso vestir-me como quiser? Isso é que era bom. A dra. Graça impôs na DGS o “novo código de vestimenta”, que derrama para as habitações comuns. Consta de sobretudo e cachecol, e manta nas perninhas.

Alberto Gonçalves, Colunista do Observador

OBSERVADOR, 25 dez 2021, 00:1675

Posso festejar o Natal?

É evidente que pode. Mas se, após cumprir todas as regras que se seguem, continuar a achar que sobra alguma coisa parecida com uma festa, você tem um problema grave.

Posso festejar a Passagem de Ano?

Poder, pode. Mas pense melhor: em princípio, você vive em Portugal, o país do dr. Costa, do prof. Marcelo, da dra. Graça e do vice-almirante. É accionista compulsivo da TAP, da RTP e de portentos similares. Partilha uma dívida pública de luxo. Paga impostos de rico. Prepara-se para discutir com a Bulgária o primeiro lugar em nível de vida na UE, dependendo da orientação do gráfico. De brinde, é regularmente homenageado pelos senhores que mandam, que o obrigam a esconder a cara e o fecham em casa quando lhes apetece. Você tem razões para festejar todos os anos, todos os meses e todos os dias. Mas com cautela, claro.

Posso passar as festividades com a família?

Depende da interpretação da “lei”. E depende da família. O dr. Costa, que é quem decide, informou que passará o Natal com os parentes dele. Na falta de melhores esclarecimentos, o mais seguro é seguir o exemplo e comer com os parentes do dr. Costa. Afinal, você já pagou e repagou os repastos deles.

Posso participar em ajuntamentos na via pública?

Pode, desde que sejam de carácter político. O dr. Costa proíbe tudo excepto arruaças de campanha. Não há qualquer problema em se aglomerarem 10 ou 100 alminhas se, à aproximação da polícia, esconderem as cervejas e desatarem a gritar “vivas!” ao PS.

Posso participar em ajuntamentos na via privada?

Pode, embora dê jeito residir no Convento de Mafra ou similar, já que a DGS exige “espaços amplos”, característica incompatível com a sala de estar do T3 médio. Também se limita o convívio a pessoas da mesma “bolha familiar ou social”, pelo que encher a casa com desconhecidos está fora de questão. Questão de bolhas.

Posso ir a restaurantes?

Naturalmente. Contanto que exiba ao virologista de serviço ou ao ajudante de cozinha o certificado com duas ou três doses de vacinação, e desempenhe na presença do homem testes de despistagem da Covid, da tuberculose e do HIV. Também se aconselham análises rápidas à urina, de carácter facultativo.

Posso ir a discotecas e a bares?

Pode ir. Não pode é entrar porque estarão fechados. As pessoas que seguem a “ciência” descobriram anteontem que, em contexto de pândega, as vacinas, os certificados, os testes, as máscaras e os escafandros não protegem do contágio, logo do internamento, do ventilador e da morte certa.

Posso vacinar-me no período das festas?

Deve. Mas não pode: os centros de vacinação estarão fechados para descanso do pessoal, o qual tem direito aos festejos da época – isso se os festejos estivessem autorizados. O fundamental é perceber que a vacina, leia-se sempre a dose da vacina que a pessoa ainda não levou, é determinante para se regressar à normalidade e deixar para trás medidas tão cretinas quanto as medidas importantíssimas que aqui se enumeram.

Posso duvidar da eficácia da vacina e dos testes e das máscaras sem ser chamado de “negacionista”?

Não pode, seu chalupa. O negacionismo é um exclusivo das “autoridades”, que ridicularizam a vacina pedindo testes a vacinados, que ridicularizam os testes fechando os locais que os exigiam e que ridicularizam as máscaras ao forçar imposições que desprezam a sua sacrossanta relevância. A diferença é que ao negacionismo das autoridades chama-se “ciência”.

Posso testar-me?

Pode, e à bruta. Testar-se é, aliás, das raras actividades que não estão interditas ao cidadão comum. Caso este deseje mostrar-se virtuoso, é livre de passar a semana inteira a escarafunchar cotonetes nas narinas a fim de demolir “as cadeias de transmissão” e a nasofaringe.

Posso exigir teste negativo e certificado de vacinação aos meus familiares?

Então não pode? A medida até tem um efeito higiénico: os que aceitarem tamanha vergonha provam que são tão idiotas quanto você; os que recusarem vêem-se livres de vez de frequentar a casa de um idiota.

Posso exigir que os meus convidados tirem os sapatos à entrada?

Sim, ora essa! É o seu nariz que sentirá o cheiro – ou sentiria, caso não estivesse estrafegado à conta de sucessivos testes.

Posso vestir-me como quiser?

Isso é que era bom. A dra. Graça impôs na DGS o “novo código de vestimenta” (sic), que derrama para as habitações comuns. Surpreendentemente, não é a camisa-de-forças. Consta de sobretudo e cachecol, a que acresce gorro, peúgas grossas e manta nas perninhas. Isto por causa da necessidade de ventilação: há que abrir as janelas e assegurar correntes de ar incompatíveis com a Covid e compatíveis com a pneumonia.

Posso comer e beber?

Se insistir muito. O ideal seria não o fazer nunca, e por dois motivos. O primeiro é a tendência para o vírus se alojar no tecido adiposo e, em jargão clínico, lixar os gordos. O segundo motivo é a ingestão de alimentos ser um exercício complicado de realizar com máscara, já que exige rapidez (levante a máscara apenas por um instante e baixe-a de repente, a tempo de a sujar com aletria) e distância (a DGS recomenda mesas separadas, presumivelmente uma por comensal).

Posso ir trabalhar?

Pode, mas apenas em teletrabalho, ou seja, trabalhe a ver televisão. Se não integrar a administração pública, aproveite os reclames e reze para um dia destes não receber um telesalário.

Posso andar sem máscara na rua?

Para já, sim. Os “especialistas” aguardam a eventual mudança de opinião do dr. Costa para emitir um parecer.

Posso ir a concertos, jogos da bola, casamentos ou funerais?

Desde que pague ou o convidem, sim. Leve certificado, teste negativo, resultado da colonoscopia e, sendo um enterro, o testamento vital.

Posso trocar prendas depois do Natal?

Pode, lá para o fim de Janeiro. Ou, preferencialmente, nos inícios de Junho. Segundo diversos especialistas televisivos, incluindo o dr. Portas, a Ómicron aproveita-se dos saldos para se infiltrar no intervalo entre o preço anterior e o preço com desconto.

Posso recear a Ómicron?

É imperativo que a receie, ouviu? Se, de acordo com recentes estudos, a nova variante do vírus raramente provoca mais que uma constipação, é fundamental que pelo menos provoque medo. Esqueça os estudos, realizados por choninhas que passam o tempo em laboratórios, e atente nos “especialistas” que não saem das televisões. Eles não falham.

Posso aguardar por mais restrições?

Pode, e com entusiasmo se faz favor. A dra. Graça explica com uma espécie de analogia: “Estamos a fazer uma maratona numa cordilheira, mais do que uma maratona são várias maratonas que não sabemos quando acaba. Temos de estar muito atentos aos sinais, às novas variantes e ao aumento de novos casos.” Embora a direcção da DGS não se distinga nos domínios do português e da saúde pública, é exímia a negociar alucinogénios de categoria. Além disso, há eleições daqui a um mês, e o eleitorado agradece enxovalhos.

Posso invocar a Constituição para ignorar esta palhaçada e viver dignamente?

Você é parvo ou faz-se? A Constituição servia para atacar o governo do Passos Coelho sempre que este perturbava os funcionários públicos e outras ofensas assim vitais. Hoje, se é que ainda não faleceu, a Constituição não serve para nada, muito menos para garantir a liberdade dos cidadãos e picuinhices do género.

Posso esperar que, conforme previsto, a palhaçada acabe a 10 de Janeiro?

Você é de facto ignorante. Há dois anos que sabemos que isto são só duas ou três semanas.

Posso achar que nenhuma das “regras” acima é susceptível de ser respeitada por um adulto que não sofra de perturbações mentais?

Não pode, sua anta negacionista. As “regras”, a “lei” ou a “ciência”, conforme o que quiserem chamar às eructações do dr. Costa, são para se cumprir, apreciar e, manda a cortesia, agradecer. Não faltava mais nada, do que questionarmos uma sumidade que diz “eurossóis”.

COMENTÁRIOS:

Liberal Assinante do Local: Censurado pelo comunossauro: Rir ainda é o melhor remédio. Um bem-haja a Alberto Gonçalves deste cidadão que fez durante o Natal em relação às recomendações da DGS o mesmo do que o presidente da assembleia da república fez outrora em relação ao segredo de justiça.            Tiddly Winks: Todos os pontos na mouche.  Infelizmente, texto que só será apreciado pela pequena parte da população Portuguesa que não é carneiro covideiro.           Maria da Conceição Gaivão: Obrigada por nos fazer rir no meio desta loucura cada vez mais opressiva!             José Ramos: Ainda me estou a rir ao fim de um quarto de hora. E a espirrar,  mas deve ser dos 15 testes que fiz hoje. Boas entradas AG e pessoas com sentido de humor, nitidamente "negacionistas".                    Filipe Costa: "Eurossois" é meio caminho para pedir mais euros à UE.            Rita Salgado: Brilhante! Falta ainda mencionar que as televisões passaram a entreter-se com a estatísticas de testagem!! Importantíssimo! Já não interessam os mortos, hospitalizados ou em UCI. O que importa agora são o número de testagens e de "infectados"!! Bom ano novo AG! Que continue por aqui com as suas crónicas !                Rosa Teixeira: Brilhante.               Plasticina Jack: O Natal é quando o Dr. Alberto Gonçalves quiser. Aproveito para dizer o quanto magnifico, fabuloso e lindo que é este escriba.           Jorge Serôdio: Excelente. Verdade nua e crua.          PEDRO LOPES RIBEIRO: muitíssimo bem escrito. uma perfeita caricatura dos nossos governantes de desenho animado...             Frederico Barahona Fragoso: Posso me rir deste artigo? Pode, desde que chore!!! Todos os dias!!! Obrigado AG...Boas Festas!!!

Alberto Vaz: "Invocar a Constituição para ignorar esta palhaçada...?...Você é parvo ou faz-se?..." Não suporto este depravado,  mas pronto ADOREI!            josé maria: E não é que até achei piada a este texto do Alberto? Só gostava de saber que texto é que escreveria se os deuses  ficassem doidos e o nomeassem Primeiro-Ministro...Como é que o Alberto geriria a pandemia ? Tipo Jair Bolsonaro mas muito mais à lagardère?            Tiago Vasconcelos: AG tem piada. Porém, esta obsessão contra as medidas de confinamento é um tanto tonta e tem ajudado a converter um dos melhores cronistas de direita da nossa imprensa num personagem repetitivo, confrangedor, e esvaziado de ideias sobre o que escrever. Não me admiraria que este jornal venha a considerá-lo um embaraço tal como aconteceu com a Sábado e o DN.          josé maria > Tiago Vasconcelos: Se fosse em realidade meramente virtual, eu gostaria muito de ver o Alberto Gonçalves substituir a Marta Temido, desde Março de 2020...           Paulo Narciso > josé maria: Até um chimpanzé teria feito melhor que a tremido.           Liberal Assinante do Local > Tiago Vasconcelos: Olhe que ele tem ideias, podem é não ser as suas, caro Tiago Vasconcelos!          Laurentino Cerdeira: Muito bom e bem esquematizado! Obrigado e Boas Festas!          Paulo Almeida > Alberto Gonçalves: Caro Alberto,  O que o ser humano precisa é que se ultrapasse a linha do politicamente correcto. Ouvir o George Carlin uma vez por dia... Fazia-lhe melhor que uma maçã.  A opinião dos outros não nos diz respeito. E é certo que comentários são também liberdade de expressão. E vai sempre haver povo que não tendo vocabulário ou ideias próprias recorrem ao degredo. É a sina deles. O caminho deles. Um dia alguns até se tornarão pessoas porreiras. Outros políticos.  Um Abraço, saúde e que nunca lhe apareçam filtros, pois exprimir o que vai na alma sabe bem e dá saúde. Até sábado (ou um ideias feitas!)  P. S. : as suas crónicas têm o record de comentários em moderação. É bom sinal! No entanto qualquer dia o Observador despacha-o, pois vão ter que ter um recurso ao fim-de-semana só para isto. Joaquim Moreira: Na verdade, com menos ou mais acutilância estas crónicas são a prova de que há muita ignorância! Que é aproveitada pela ciência para lixar a nossa paciência! Com a total conivência de quem exerce o poder, e por uma questão de conveniência! Quando tudo isto um dia acabar, espero que seja possível meditar sobre a gravidade do estado em que se encontra a sociedade. Depois de afectada por um vírus que, começando por ser mortal, acabou a provar que esta sociedade sofre duma doença divinal. Percebeu que afinal, cada um de nós é um simples mortal! Que para morrer, basta ter nascido e estar a viver! Mas apanhou um susto tal, que tudo o que diz aqui Alberto Gonçalves não é pura e simples ironia, é tradução duma realidade, que até parece inverdade!         PENSADOR: Artigo precioso quer no conteúdo quer também na forma! AG é demasiado para mentes tacanhas e acéfalas que "comem" tudo o que lhes impingem goela adentro! Continue AG! Precisamos de si!         Dr. Feelgood: Desta vez não consigo  - e semsigo !  - domá-lo, como disse um jovem que se afiambrou a uma dama em hora de ponta no Metropolitano ao qual ela se insurgiu nos termos de " seu mal educado, não tem vergonha ? " Nos idos tempos do PREC em curso a.k.a 1980. Esta blague em blog sobre as paradas das paródias dos acéfalos avençados deste local, é de ir às lágrimas e uma verdadeira prenda de Natal. Que contes muitos, ó Gonçalvista !          Zé Telhado: Muito bom! 😂 Magnífico retrato da situação atual!        Manuel Martins: AG  é para mim,  e apesar de considerar que assume por vezes posições de extremismo e arrogância,  uma lufada de ar fresco , num universo de comentadores e comunicação social globalmente dependente e manietada, quer ideologicamente quer politicamente.  O humor e inteligência que usa nos seus textos são raros no panorama nacional.         Manuel Duarte: Se no início não concordava com este senhor por falta de informação sobre a pandemia, neste momento tendo mais a concordar. Esta democracia proíbe agora ajuntamentos com mais de dez pessoas, a ditadura proibia ajuntamentos com mais de três pessoas, a diferença entre democracia e ditadura é abismal. Hipoteticamente falando, algumas pessoas correm o risco de no futuro passarem a viver na clandestinidade. (A um familiar meu que foi a uma consulta no hospital, foi-lhe dito que se não se vacinasse na próxima vez não seria atendido) Ao que chegámos!         Pedra Nussapato: Querida mãe Ciência, graças às vacinas e acesso facilitado a testes que nos providenciaste, este ano pude passar o Natal com toda a família, tal como acontecia antes da pandemia. Se puderes, fala com o Pai Natal para ver se consegue liberar o dr Alberto Scrooge das suas restrições fictícias e demagógicas, que é para ver se ele volta novamente a ser feliz. Obrigado!          Plasticina Jack > Pedra Nussapato: O Sr. Alberto é uma pessoa muito feliz. Além disso, é bonito, gracioso e magnifico!            João Afonso: "Posso invocar a Constituição para ignorar esta palhaçada e viver dignamente? Você é parvo ou faz-se? A Constituição servia para atacar o governo do Passos Coelho sempre que este perturbava os funcionários públicos e outras ofensas assim vitais. Hoje, se é que ainda não faleceu, a Constituição não serve para nada, muito menos para garantir a liberdade dos cidadãos e picuinhices do género." Para quem anda confuso, esta é a primeira diferença entre esquerda e direita, a saber, a Liberdade e o respeito que ela lhes merece. Já sobre os "eurossóis", não concordo nada que goze com deficientes!!          Manuel Gamito: Perfeito!!!!           advoga diabo: Uma ficção irresponsável de mau gosto. Tem aplauso de quem merece!          Apontador dos FRO€$: Ter um povo como o português, manso, submisso, acrítico, resignado, obediente é o sonho de qualquer ditador. Está-se a assistir a uma psicose das massas, alienadas (quais “zombies”) da realidade que as rodeia, indiferentes aos avanços graduais mas totalitários dos tiranetes que nos governam. É este o país que desejamos deixar aos nossos filhos e netos? Será que queremos ser lembrados por eles no futuro como cobardes? Não conseguem ver a distopia nisto tudo? Isto é Orwell ou Huxley a acontecer aqui e agora. Como é possível em tão pouco tempo termos passado das 2 semanas para “achatar a curva” até à segregação e discriminação de pessoas? Isto abre um precedente grave. O que poderá vir a seguir? Campos de Concentração? Um sistema de Crédito Social como na China? Se continuarmos nesta dissonância cognitiva a obedecer acefalamente passaremos rapidamente de uma democracia “com falhas” para uma ditadura plena. A censura já aí está. O controlo dos “media” também. E do Estado de Direito, a avaliar pelos atropelos à Constituição, já pouco resta.         Tiddly Winks > Apontador dos FRO€$: Já há campos de concentração na Austrália. Já se está a instituir o sistema de crédito social da China. Já existe discriminação contra os não vacinados. A democracia já era…           JP Miranda: Tal como numa qualquer ditadura tentar brincar e rirmos do absurdo, da tirania e da prepotência e assim, de algum modo, conservar alguma sanidade e lucidez para resistir e um dia ripostar a esta cambada de déspotas paranóicos histéricos. Obrigado Alberto Gonçalves.         Plasticina Jack: Queria dizer aqui o quanto o Sr. Gonçalves, que escreve este brilhante texto, é esbelto, garboso, inteligente e muito simpático.         Alberico Lopes: Como de costume, brilhante, Alberto! Dr. José Cigarrão: Está tudo às claras. Todo um recondicionamento (quando não um atropelo) dos direitos, liberdades e garantias individuais à pala da maior farsa das nossas vidas. Já nada tem a ver com saúde.       João Ribeiro: óptima leitura para uma manhã de 25 de Dezembro, a relativização de todas as patacoadas que as "entidades oficiais" nos impingem é fundamental. Então a Dra. Graça já ultrapassou os limites do aturável....mas agora não convém estragar mais ninguém, pois não?         Alice Pinto: Que haja alguém que se atreva a nos abrir os olhos. Já chega de ajoelhar         JB Dias: Com humor se vão expondo muitas verdades que o frenesim noticioso e a espuma dos dias de alguma forma vão encobrindo... PS: para que conste aqui declaro que escrevo estas não inanidades por prazer e sentido cívico, que vivo à minha conta e não à de infelizes e/ou ignorantes que podem em consequência continuar a sê-lo em paz, que não aceitei ser inoculado com um preparado experimental, não aprovado, e cujos efeitos secundários de médio e longo prazo são desconhecidos e que tento o mais que posso ignorar as ditas "regras anti contágio", o que parece funcionar dado até a esta data ninguém me ter contagiado e não ter eu contagiado ninguém. Continuo saudável e na real mas confesso que me vai já faltando a paciência ...         Andrade QB: O aproveitamento da pandemia para reforçar o poder instalado (governo e pés de microfone, diga-se, jornalistas, como ouvi classificar muito bem ontem) é um facto, mas só possível pelo  egoísmo reinante. O que é verdadeiramente desanimador é que essa manipulação só é possível pela malvadez humana  que nunca se coibiu de atirar para o altar do sacrifício fosse a quem fosse na esperança de isso lhes dar jeito, nem que seja de queimar jovens na fogueira para que chova. É esta malvadez latente que faz com que toda a gente esteja de acordo que quem garante a papinha ao almoço seja forçado a ir trabalhar seja ele o agricultor, o operário da fábrica de enchidos ou os empregados das mercearias. Já os restaurantes, coisa de privilegiados e de gente estranha que não está em casa com o ordenado ou pensão a cair no Banco todos os meses,  e esses terríveis antros de devassa em que só a sua pronúncia faz subir a tensão aos milhões de velhos, podem ir pelo esgoto perante o aplauso da turba ao deus justiceiro Costa. O deus Costa, sabe disso, conhece isso e aproveita isso, chega ter ouvido ontem a sua proclamação  de que não são meia dúzia de eleitores descontentes que o travam na sua missão de proteção do seu rebanho. A ele é suficiente a fidelidade do rebanho.       Jose Costa: Muito bom e com piada. O tema já cansa mas a loucura que vivemos e a seita que apoia este estado de coisas justifica mais um artigo. Dia 30 vamos ver se ACosta é premiado ou penalizado.        Luis Santos: Feliz natal,Alberto Gonçalves. Como sempre um artigo cinco estrelas.         Carlos Matos: Excelente !       H Esteves: A qualidade dos governos é o espelho da qualidade da media dos povos governados.      S Belo: Excelente e divertido, apesar de o tema ser, obviamente, enfadonho.

 

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