Caso de Israel, há muito. Mas esses apenas lutam pelo
seu espaço.
Não é o caso da Rússia, amante do espaço alheio – rígida, em
todo o caso, com os terrenos de antigas colónias, de países antigos, em
demonstração de generosidade “punhos de renda” – fora do seu alcance imediato, pelo menos o mais visível….
I - Israel aprova plano para duplicar número de colonos
nos Montes Golã
Os Montes Golã tomados por Israel à
Síria já têm cerca de 25.000 colonos e o investimento israelita de 280 milhões
de euros poderá colocar mais 23.000 colonos no local.
26 dez 2021
Os Montes Golã foram conquistados por
Israel à Síria durante a guerra de 1967 e anexados em 14 de dezembro de 1981
ATEF SAFADI/EPA
O Governo israelita aprovou, este
domingo, um plano para duplicar o número de colonos nos Montes Golã, uma área
estratégica tomada à Síria em 1967 e anexada há 40 anos.
O
Governo votou a favor de um plano de investimento sem precedentes nos Montes
Golã para aí duplicar a população israelita”, disse o primeiro-ministro, Naftali
Bennett num comunicado.
No
final de um Conselho de Ministros extraordinário, realizado nos Montes Golã, o Governo deu luz verde a este plano, cujo custo
ascenderá a mil milhões de shekels (cerca de 280 milhões de euros).
De
acordo com o plano, 7.300 unidades habitacionais serão construídas nos próximos
cinco anos, nos colonatos ali existentes, além de dois novos colonatos, Assif e Matar,
que poderão acolher 6.000 casas.
Este
projecto deverá ser capaz de adicionar um total de 23.000 residentes israelitas
à população atual das Colinas de Golã.
Cerca de 25.000 colonos israelitas vivem
agora nos Montes Golã, lado a lado com cerca de 23.000 drusos (membros de uma pequena comunidade religiosa autónoma,
que afirmam ser na sua maioria de origem síria, embora tenham o estatuto de
residentes em Israel).
O
plano também inclui investimentos em infraestruturas, sistemas médicos e
educacionais, bem como ajuda para agricultores e indústria.
Os
Montes Golã, conquistados por Israel à Síria durante a guerra de 1967, foram
anexados em 14 de dezembro de 1981 e constituem hoje um território estratégico
para os dois países, que ainda estão tecnicamente em guerra.
Em
março de 2019, o ex-Presidente dos EUA Donald Trump assinou uma ordem executiva
que reconhecia oficialmente a soberania de Israel sobre os Montes Golã, numa
decisão denunciada pela Síria como um “ataque flagrante” à sua soberania.
“Nem é preciso dizer que os Montes
Golã são israelitas”, disse este domingo Bennett, sublinhando a importância do
“reconhecimento de Trump e o facto de o Governo de Joe Biden (atual Presidente
dos EUA) ter garantido que não houve mudanças nesta política”.
Em
fevereiro, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken,
disse que os Montes
Golã eram “muito importantes para a segurança de Israel”, mas que “as questões
de legalidade (eram) de ordem diferente”.
Em junho de 2019, um novo colonato foi
inaugurado na parte anexa dos Montes Golã, com a designação em hebraico de a
Colina de Trump, em homenagem ao ex-Presidente norte-americano.
CONFLITOS MUNDO ISRAEL MÉDIO ORIENTE SÍRIA
COMENTÁRIO:
josé maria: A História é irónica...
II - Putin ameaça o Ocidente com as
exigências feitas sobre a Ucrânia. NATO tenta reunião com Moscovo
Vladimir
Putin quer ver a NATO impor limitações aos países da ex-URSS que não impõe à
Rússia e os Estados-membros não concordam. A NATO quer reunir com Moscovo a 12
de janeiro.
OBSERVADOR, 26 dez 2021
▲O Presidente russo ameaçou o
Ocidente com "medidas técnico-militares adequadas"
O Presidente russo, Vladimir
Putin, afirmou este
domingo que irá ponderar várias opções se o Ocidente não corresponder à sua
proposta de garantias de segurança que impede a expansão da NATO para a Ucrânia.
No início deste mês, a Rússia propôs
à NATO a assinatura de um acordo de garantias de segurança que previna a adesão
à organização de países provenientes da ex-União Soviética. Moscovo fez esta proposta num ambiente de
tensão sobre o aumento das tropas russas perto da fronteira da Ucrânia nas
últimas semanas, o que alimentou o medo ocidental de uma possível invasão.
Do
lado da NATO, o
secretário-geral Jens
Stoltenberg disse ter convocado
o Conselho da NATO/Rússia para 12 de janeiro e estar em contacto com Moscovo
nesse sentido, indicou este domingo um funcionário da Aliança Atlântica em
Bruxelas.
O
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avisou
Putin, numa videochamada no início de dezembro, que a Rússia iria enfrentar
“graves consequências” se atacasse a Ucrânia.
Por
sua vez, a Rússia negou a intenção de lançar uma invasão e acusou a Ucrânia
de traçar planos para tentar retomar o controlo dos territórios mantidos pelos
rebeldes e apoiados por Moscovo, o que a Ucrânia rejeitou.
No sábado, mais de 10.000 soldados
russos voltaram às suas bases após exercícios de um mês no sul da Rússia,
especialmente perto da fronteira com a Ucrânia, numa escalada de tensão.
Putin
exortou o Ocidente a agir rapidamente para atender às suas exigências, avisando
que Moscovo terá de tomar “medidas técnico-militares adequadas” se o Ocidente
continuar seu curso “agressivo” no “limiar” do país.
Instado
a especificar qual seria a resposta de Moscovo, Putin afirmou, em declarações
na televisão estatal russa, que “poderá
ser diversa”. “Dependerá
das propostas que os nossos especialistas militares me enviarem”, acrescentou.
Os Estados Unidos e os seus aliados
recusaram-se a oferecer à Rússia o tipo de garantia sobre a Ucrânia que Putin
deseja, citando o princípio da NATO de que a adesão está aberta a qualquer país
qualificado. Concordaram, no entanto, iniciar negociações sobre segurança com a
Rússia no próximo mês para discutir as suas preocupações.
Putin
adiantou que as negociações com os Estados Unidos terão lugar em Genebra. Paralelamente, também estão
previstas negociações entre a Rússia e a NATO e são esperadas discussões mais
amplas sob a égide da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.
Nas
suas declarações na televisão este domingo, Putin disse que a Rússia apresentou a
sua proposta na esperança de uma resposta construtiva do Ocidente.
Não fizemos isso apenas para vê-lo
bloqueado… mas com o propósito de chegar a um resultado diplomático negociado
que seria fixado em documentos juridicamente vinculativos”, acrescentou o líder
russo.
A
Rússia anexou a Península da Crimeia da Ucrânia em 2014 e logo depois deu seu
apoio a uma rebelião separatista no leste do país. Ao longo de mais de sete
anos, o conflito matou mais de 14.000 pessoas e devastou o coração industrial
da Ucrânia, conhecido como Donbas.
Secretário-geral da NATO anuncia
reunião com a Rússia para 12 de janeiro
Nos
últimos meses, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, ofereceu-se várias vezes a Moscovo para retomar o
diálogo no órgão de cooperação criado em 2002, actualmente suspenso devido ao
conflito na Ucrânia. No entanto, as autoridades russas ainda não responderam à
intenção de Stoltenberg.
Para
a reunião, a NATO “está em contacto com a Rússia”, limitou-se a
indicar o funcionário da Aliança Atlântica, indicou a fonte, sob anonimato.
Nos
últimos sete anos, a NATO tem denunciado frequentemente a anexação da península
da Crimeia ucraniana pela Rússia, em março de 2014, exigindo respeito pela
soberania territorial da Ucrânia.
A
Rússia e o Ocidente acusam-se mutuamente de provocações e têm vindo a
fortalecer as respetivas capacidades militares nas fronteiras comuns.
Em meados deste mês, a Rússia
apresentou dois tratados, um para os Estados Unidos e outro para a NATO,
resumindo as suas exigências para uma redução da escalada. Os textos
proíbem o alargamento da NATO, em particular à Ucrânia, e limitam a cooperação
militar ocidental na Europa de Leste e na ex-URSS, sem impor medidas
semelhantes à Rússia.
A
reunião de 12 de janeiro será a primeira proposta por Stoltenberg desde o
anúncio das exigências russas. Para o mesmo dia está também agendada uma
reunião do Comité Militar da NATO, que reúne os Chefes do Estado-Maior de
Defesa dos 30 Estados membros.
Quinta-feira
passada, Stoltenberg reafirmou o seu apoio à Ucrânia e a sua determinação em
proteger todos os aliados da NATO contra as acções da Rússia, afirmando ainda
que está aberto ao diálogo com o Presidente russo, Vladimir Putin.
NATO MUNDO RÚSSIA UCRÂNIA
EUROPA DIPLOMACIA
CONFLITOS
COMENTÁRIOS:
N Antunes: Já não há paciência. Estas tácticas
não são diplomáticas e lembram sempre situações pré bélicas.
Sioux Boumerang: A rússia deu o seu apoio a
separatistas ucranianos , vá lá lusa vocês conseguem, agora é só dizer também
que a europa e os americanos apoiam os terroristas todos na síria , inclusive
o isis , vá lá lusa vocês conseguem , será? LOL !
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