sábado, 25 de dezembro de 2021

A tempo, ainda

 

De colocar o texto de Jaime Nogueira Pinto, visto que o Dia de Natal deste ano ainda não terminou. Comecei a lê-lo, de manhã, entre os cozinhados, o almoço já foi - mais reduzido, por via da covid, mas sempre aquecendo o coração, com este espírito de família, os bons cozinhados, a graça dos presentes, o encanto dos mais novinhos, as velhas histórias e as velhas graças dos mais velhos, as intercomunicações dos mais novos... Gostei deste Natal, mau grado a ausência – não total – de alguns. Formulamos votos íntimos sobre o Natal do próximo ano, também amigo, e com saúde e sem covid.

Mas o texto de Jaime Nogueira Pinto é uma página para se ir analisando, com os quadros dos pintores referidos, à nossa frente, que o OBSERVADOR colocou. Uma longa página de estudo, no confronto das “Navidades”, desde as origens dos quadros, dentro das respectivas escolas, ou dos filósofos que igualmente formularam opiniões, sobre o extraordinário acontecimento bíblico, cuja simbologia descambou, é certo, um pouco, nestes nossos tempos  de exaltação de sentimentos e de sentidos.

Tal como a maioria dos lúcidos comentadores - com as excepções da regra – só podemos agradecer tão extraordinário trabalho de pesquisa, que merecia ser revelado nas nossas escolas. Em todas. 

20 Horas. Vamos lá escutar as notícias sobre a Covid, neste Dia de Natal 21. Mas releiamos o texto de JNP.

As imagens do Natal

Em pleno “período de festividades”, no meio dos enfeites e dos embrulhos, há uma tradição do Presépio, presente, desde Francisco de Assis, nos grandes mestres da Pintura e na nossa memória colectiva.

JAIME NOGUEIRA PINTO, Colunista do Observador

OBSERVADOR, 24 dez 2021, 00:3036

O Natal, como memória viva do nascimento de Cristo, da Encarnação de Deus, do Acontecimento que divide em dois a História e o calendário, foi um dos grandes temas da Arte ocidental. Terá sido em Greccio, uma cidadezinha do Lazio italiano no alto de uma colina, que, na noite de Natal de 1223, Francisco de Assis armou o primeiro presépio:

Gostaria que colocassem uma manjedoura com feno numa das cavernas da montanha, e trouxessem um boi e um burro, exactamente como em Belém. Na véspera de Natal subirei até lá e, todos juntos, rezaremos na gruta.”

Escrevia o Santo a Giovanni Velita, o senhor da terra.

Francisco de Assis queria voltar à pureza desse primeiro Natal, reencenando-o “exactamente como em Belém”, para que nós, cristãos, nós, Igreja (que, tal como Israel, continuávamos a “nada entender” e a não “conhecer o nosso Senhor”) saíssemos do conforto das nossas sobrelotadas hospedarias para contemplar o Menino “envolto em panos, numa manjedoura”; e para que puséssemos também os olhos no boi e no burro, ou na vaca e no burro, que os evangelistas não mencionavam mas que, no Antigo Testamento, o profeta Isaías plenamente justificava: “O boi conhece o seu dono, e o jumento, o estábulo do seu senhor; mas Israel, meu povo, nada entende” (Isaías 1,3)

Entre Pastores e Magos

Oitenta anos depois, talvez entre 1303 e 1306, Giotto retrataria, num fresco, uma das primeiras representações pictóricas do nascimento de Cristo: A Adoração dos Reis Magos. Na “Adoração” de Giotto, o presépio não é uma gruta, mas uma pequena construção de madeira, onde estão um S. José velho, com a idade a confirmar, simbolicamente, a castidade, e uma Virgem jovem, segurando o Menino Jesus. Um Anjo Guardião, de pé, faz o séquito e a segurança. Um dos Magos, o mais velho, está de joelhos e beija a perna do Menino, os outros dois, de pé, esperam a sua vez. Atrás, um servo atento ao camelo, segura-lhe a rédea, e entreve-se um outro camelo, também distraído da cena principal, a conferir a origem exótica, oriental, dos Reis. No azul do Céu, passa um cometa. Giotto tem uma outra Natività di Gesú na Cappella degli Scrovegni, em Pádua, integrada na História da Encarnação. É um pintor metafísico e dispõe ali a Sagrada Família de modo singular: a Virgem deitada com o Menino num leito diáfano, sob uma espécie de dossel, ajudada por uma mulher, e S. José sentado, em baixo, apartado. A vaca e o burro espreitam e as ovelhas estão prostradas no chão. Há dois pastores de costas a olhar para cima, para os anjos, em festa sobre o presépio.

Natività di Gesú, de Giotto

Num fresco encomendado por Cosme de Médicis, entre 1438 e 1445, para o Convento de S. Marcos, em Florença, Fra Angelico (1395-1455), outro pintor religioso do Quattrocento, acrescenta Santa Catarina de Alexandria e S. Pedro à sua Adoração do Menino. Ao fundo, emergindo das portas entreabertas do Presépio, estão o burro e o boi e, no telhado, os eternos anjos, em oração.

Anjos que Piero della Francesca, por volta de 1470, pinta já mais humanos e maduros, a tocar e a cantar para uma Virgem séria, ajoelhada, de manto azul, contemplando um menino-boneco num chão de areia. Há três homens ao fundo, que ficamos sem saber se são os reis do Oriente ou S. José e dois dos Magos. Os animais estão atrás dos anjos e o chão é árido, com tímidas plantas. Ao fundo, vêem-se uns montes e as torres de uma cidade. O presépio lembra um pré-fabricado: Della Francesca introduz a perspectiva e dá-nos as figuras hieráticas em vestes polícromas, como figurantes recortados, arrancados a um futurismo neoclássico.

Poucos anos depois de Piero della  Francesca, Leonardo da Vinci pinta A Adoração dos Magos. A “Adoração” de Leonardo é uma obra inacabada, que dispõe a Virgem e o Menino ao centro, e não de lado, como era então costume. Ao fundo, há ruínas e agrupam-se figuras mais esboçadas do que pintadas. O Menino Jesus abençoa um dos Magos. O quadro, talvez por estar incompleto, evoca também a ruína do mundo e do tempo, o fim do mundo antigo e pagão que a vinda do Menino traz.

Natividade Mística, de Botticelli, de 1500, mantém a centralidade do Menino Deus. O presépio destaca-se de um fundo de árvores frondosas e é pródigo em anjos. Há anjos no telhado do presépio, serafins que recebem, cá em baixo, os Magos e que encaminham os pastores, e outros que pairam no céu, dançando de roda, num conjunto ambíguo, que parece misturar a alegria do Natal com a tensão da Grande Tribulação.

Natividade Mística, de Botticelli

Botticelli pintou esta Natividade em tempos atribulados, depois da invasão da Itália pelos franceses e da passagem por Florença do governo de Savonarola. Savonarola procedera a todo um programa de cancelamento cultural, banindo obras de arte e artistas contrários à austeridade puritana que queria impor em Florença. Em 7 de Fevereiro, de 1497, no último dia do Carnaval, promoveu na cidade uma monumental “Fogueira das Vaidades”, destinada a queimar objectos de pecado: de espelhos e perfumes a livros de Ovídio e Boccaccio, ou a pinturas de Lorenzo de Credi e de Botticelli. Mas o zelo fundamentalista do austero e piedoso Savonarola tinha tudo para indispor o Papa Bórgia, Alexandre VI (e os patrícios florentinos do Frade-Tirano, já saudosos de algum colorido mais humano e menos austero); um ano depois da queima, Savonarola cai em desgraça. O Papa convoca-o a Roma, para que se explique, e o frade recusa, desculpa-se e mantém a sua república popular democrática. Acaba excomungado, afastado do poder e condenado à morte, depois de uma ordália falhada. É enforcado e queimado, com dois seguidores, na Piazza della Signoria, conforme registado numa pintura anónima, que alguns atribuem a Francesco Rosselli.

De Bosch a Grão Vasco

No painel central do tríptico da Adoração dos Magos de Bosch há um ou dois dos enigmas a que nos habituou o autor do Jardim das Delícias e do Carro de Feno, no esoterismo da sua terrível simbologia: a Virgem Maria está ao lado direito da cena, tendo nos braços um minúsculo Menino, e os Magos já não são os três caucasianos: além do rei calvo, ajoelhado, e de um outro, de pé, há um rei negro, jovem, grande, imponente, vestido de branco, com uma pequena escrava atrás, também negra. Entretanto, à porta, semi-nu, espreita o Anti-Cristo, outra novidade. A gruta é uma velha cabana e há pastores empoleirados numa árvore, à espreita, e em cima do telhado de colmo. Ao fundo, para lá do muro, há uma cidade mítica, sob o azul do céu; mais perto, dois exércitos parecem prontos a enfrentar-se, um homem puxa um burro, um casal contempla uma casa à beira do rio. Nas imagens laterais do tríptico, ficam, à esquerda, S. Pedro e o doador, e à direita, Santa Inês e a doadora.

Adoração dos Reis Magos, de Grão Vasco

O rei negro, Baltazar, que aparece claramente em Bosch e em Dürer, vai ter uma representação original na Adoração dos Reis Magos, de Vasco Fernandes, o “Grão-Vasco” de Viseu, o grande nome da pintura portuguesa quinhentista. Na Adoração de Grão-Vasco, Baltazar é um índio do Brasil, semi-vestido à europeia mas com um toucado de penas. O painel deve ter sido pintado na Capela Mor da Sé de Viseu, entre 1501 e 1506, e é notável como o pintor integrou, no terceto visitante, o então exótico personagem. A moeda de ouro que o Menino português segura na mão é símbolo das riquezas da Expansão. As viagens de longo curso dos Portugueses estavam a trazer para a Europa a notícia de novas terras, novos produtos e novas gentes. Era uma revolução que também se reflectia na representação das cenas tradicionais da Vida Cristã, integrando um novo mundo, a descobrir, a explorar e a evangelizar.

Adoração dos Magos, de Dürer

Na belíssima Adoração dos Magos de Dürer, a Virgem, vestida de azul, tem ar de senhora importante, segura nos braços um Menino loiro e gordo e recebe os três Reis do Oriente: um deles velho, ajoelhado, o outro alto, com um ar nórdico, e o último um jovem negro, Baltazar. O presépio surge entre ruínas. No topo de uma colina, ergue-se uma cidade.

Muitos outros artistas do Quatrocento e do Cinquecento – Mantegna, Giorgione, Tintoretto – representaram a entrada de Deus na História, o mistério da Encarnação; a alegria do Natal, sempre, de alguma forma, ensombrada e iluminada pela tragédia da Crucificação e a Glória da Ressurreição.

Pieter Bruegel, o Velho (1525-1569), é símbolo de um certo “Renascimento Nórdico”. Nasceu em Breda, no Brabante, andou por Roma, voltou a Antuérpia. Vindo depois do fantasmagórico Jerónimo Bosch, Bruegel, o Velho, começa por ter reminiscências do surrealismo apavorante do Jardim das Delícias e tem uma Adoração dos Magos com figuras que, excluindo a Virgem e Cristo, podiam ser arrancadas a Bosch. Mas assume depois um estilo único, com os Caçadores na Neve. A sua grande versão do Natal é o Censo em Belém: na neve – que não caía na Judeia, mas no Norte da Europa – S. José conduz a Virgem no burro, os três perdidos na pintura e na multidão de uma aprazível cidadezinha dos Países Baixos.

A Luz de Caravaggio

Na Contra-reforma pós-tridentina, Caravaggio surpreende pelo intenso realismo e pela violência expressiva da luz. Foragido, marginal, extremo, excêntrico, Caravaggio tudo pintou – dos mais crus temas bíblicos (as decapitações de Holofernes e Golias, por Judite e David) a cenas evangélicas e a deuses e demónios pagãos. Para a sua Natividade, não escolheu os Magos, mas os Pastores, iniciando uma escola de “Natività povera”, que progrediria no Seccento e no Settecento. A Igreja perdera parte do seu poder temporal e as consequências da Reforma e da Contra-Reforma também a chamariam a ser mais “igreja dos pobres”, mais evangélica. Caravaggio tem uma outra pintura de Natal, famosamente roubada, em que a Virgem é uma mulher jovem e bela que medita sobre o Menino deitado, e José, ao contrário do seu S. José velho de A Adoração do Pastores, é loiro, novo e está de costas. S. Lourenço aparece à esquerda e S. Francisco de Assis à direita, e há um anjo a descer a pique sobre o presépio.

A Adoração do Pastores, de Caravaggio

Ao longo do século XVII, Guido Reni, Murillo, George de La Tour, Gerard van Honthorst e muitos outros, mais ou menos ilustres, foram pintando presépios e natividades. O processo de produção destas pinturas sagradas começava, geralmente, com uma encomenda, de um príncipe, de um mosteiro, de uma comunidade, de um burguês. A Encarnação, era, para todos, um tema central e a tradição variava entre a “Adoração dos Magos” e a “Adoração dos Pastores”, ou então abarcava todo o conjunto: um intenso microcosmo, irmanando magos e pastores, todos os homens e toda a criação, no intenso momento em que o divino irrompe na História e se juntam céu e terra, transcendência e humanidade, eternidade e vida quotidiana, Criador e mundo criado.

A interpretação de fundo é quase sempre ortodoxa, canónica; mas como é da mistura da divindade com a humanidade que se trata e o encontro se repete e renova no tempo, há na arrumação, nos cenários, nas vestes e nas atitudes, peculiaridades e originalidades, segundo o espírito do tempo e o génio do intérprete. Os pintores religiosos, tardo-medievais, como Giotto e Fra Angelico, são mais estáticos e simbólicos nas figuras; figuras a que a revolução do Renascimento traz humanidade e realismo, dando mais força às cores e encorajando a audácia. Caravaggio que, para Simon Schama, foi o artista que “produziu a pintura mais intensa da Cristandade”, representa esse limite.

As festividades da descrença

Depois da Revolução Francesa, enquanto na Literatura, de Dickens a Tolstoi, a Encarnação e o Natal continuam vivos, a grande pintura parece abandonar o Natal. No quadro de Gauguin de 1896Te tamari no atua (“o Filho de Deus”), Maria, com o Filho nos braços, e José, sentado ao seu lado, com um estábulo e duas vacas ao fundo, são relegados para segundo plano por uma jovem taitiana adormecida, espojada em primeiro plano com um gato aos pés. Nos “séculos da descrença”, Gustave Moreau e George Rouault aparecem talvez como os últimos pintores europeus a manter uma temática espiritual cristã explícita. Cristo e sua Mãe Estudando as Escrituras de Henry Tanner, do princípio do século XX, fora como que uma despedida. Matisse pintaria ainda, em 1952, Nuit de Noel, um vitral encomendado, todo ele estrelas; e Dali, centrado na cruz, teria por único devaneio natalício os cartões de Boas-Festas. Tal como Andy Warhol que, longe já de burros, vacas, pastores, magos e anjos – e mais longe ainda da Virgem e do Menino-Deus –, inauguraria, nos seus cartões, o fim da era das imagens e o princípio da era dos enfeites: das árvores, dos elfos, dos arlequins, das bailarinas, das bolas e da ocasional estrelaEra essa, já claramente ultrapassada pelos embrulhos de coisa nenhuma e as anémonas ou alforrecas festivas que agora decoram as nossas inclusivas ruas.

Entre Auschwitz e os Goulags, a crença num Deus bom e todo-poderoso, num Deus infinitamente misericordioso, capaz de nos conceder o livre arbítrio e de se fazer Homem para nos resgatar e nos mostrar o caminho sem nunca se impor, foi sendo progressivamente apresentada como um atentado à lógica.

Agora a hegemonia cultural da “lógica” não se abate só contra a Fé cristã: luta contra a própria matriz cristã e até contra a narrativa e a mitologia do cristianismo.

Com as imagens (que valiam mil palavras) já  devidamente canceladas e substituídas, Helena Dali, Comissária para a Igualdade na Comissão Europeia, viu chegada a a hora de banir a palavra que valia mil imagens, oferecendo em troca aos nativos um inofensivo embrulho de coisa nenhuma: por que não abolir a palavra Natal, substituindo-a por “período de festividades”?

“O Espírito sopra onde quer”

No Natal de 1940, Jean-Paul Sartre, internado no Stalag XIID, perto de Trèves, escreveu uma peça de teatro para os 4500 prisioneiros que ali estavam, como ele. Sartre, que não era de enfeites nem de embrulhos, defendeu sempre que o lado místico, cristão, da peça em nada o traía: era apenas uma expressão da “mitologia do Cristianismo” e da “narrativa da Natividade cristã”; uma forma (combinada com os padres também ali de detidos) de unir cristãos e descrentes na noite de Natal.

A peça chamava-se Barionaou le fils du tonnerre e nela Sartre pinta Maria e José no momento em que contemplam o filho, um filho que é também Deus encarnado.  É uma reflecção sobre o Mistério da Natividade e também sobre o mistério da vida, da vida que nos cai do céu e nos braços e que nos remete, inevitavelmente, para o sagrado; a vida que começa, a vida sempre nova, única, surpreendente e irrepetível, a vida que é nossa e independente de nós, a vida que tocamos, mas que nos transcende:

“…Noutros momentos, Maria só pode permanecer em silêncio e pensar: ‘Deus está aqui’; e invade-a um religioso temor face a este Deus mudo, face a esta criança…porque todas as mães ficam assim, em êxtase, por momentos, diante deste fruto das suas entranhas, da sua carne, e sentem-se como que exiladas perante esta nova vida feita com as suas vidas. E nenhuma outra mulher teve Deus assim, só para si. Um Deus pequenino que se pode envolver nos braços e encher de beijos, um Deus tão cálido, que sorri e que respira, um Deus que se pode tocar e que vive… e é nesses momentos que eu pintaria Maria, se eu fosse pintor (…) E José, José? Eu não o pintaria. Mostraria apenas como que uma sombra ao fundo, de olhos brilhantes, pois não sei que dizer sobre José. E o próprio José não sabe o que dizer sobre ele … Ele adora e sente-se feliz por adorar. b”

Estas palavras de Sarte, filósofo existencialista e ateu, só seriam surpreendentes se não soubéssemos, com S. João, que “O Espírito sopra onde quer”. Não foi esta Virgem Maria e este S. José e este mesmo Menino que, ao longo dos séculos, os grandes pintores foram redescobrindo e repintando, para nosso renovado encanto, surpresa e salvação?

Um Santo Natal, junto ao presépio.

COMENTÁRIOS:

josé maria: Jaime Nogueira Pinto, simpatizante do Chega e mentor do segregacionista racial André Ventura, a falar de Francisco de Assis, parece-me uma enorme heresia...          Antonio Castro: Artigo muito interessante !

Simplesmente Maria: Ao artigo de Jaime Nogueira Pinto escrevi um comentário assim "Notável!.Obrigada". Este comentário está em moderação, o que não deixa de ser notável.        Joaquim Almeida > Simplesmente Maria: Arbitrariedades cá da casa, não é? A mim até um simples "Bom dia" já me rejeitaram, mais de uma vez..           Francisco Figueiredo: agradeço-lhe, sobretudo a parte final.           José Miranda: É um privilégio ler Jaime Nogueira Pinto! Desejo-lhe muitos anos de vida, para trazer cultura e valores a esta sociedade decrépita.         Rogerio Russo: Em termos religiosos não vou além da aceitação da Criação. Muito obrigado pela bela e magnífica lição de erudição e pela humanidade e pela esperança que pretende dar-nos. Bem Haja!  Que belo presente de Natal!           maria ribeiro: Fascista é uma categoria política sobre a qual há uma vasta bibliografia. Entre nós, quando se quer insultar alguém, chamam-lhe Faxista, o que não é a mesma coisa, trocar o cs pelo x faz toda a diferença.           maria ribeiro: O solstício já foi a 25 (trata-se da variação do eixo da Terra) era o dia do Sol Invictos, do nascimento de Osíris e de Mitra. Yeshua não se sabe, alguns biblistas apontam para Setembro/Outubro. Belém é inverosímil, certamente foi em Nazaré, pequeno povoado sem sinagoga (sem escola) perto de Séforis onde José deve ter trabalhado como Tecton.  O Presépio data de  1223 quando Francisco o montou na gruta de Greccio, com animais "de carne e osso". Já antes se dramatizavam cenas bíblicas nas igrejas. O Pai Natal (Ded Moroz) é um troll entre os samis da Carélia e Lapónia. Foi recolhido no poema épico Kerala, de Elis Lonnrot, uma espécie de Lusíadas finlandês.          Pobre Portugal: Parabéns pelo texto. Hoje, é o pai natal da coca cola o nosso "espírito de Natal". Com a aprovação de todos.       

 Riaz Carmali: Como Muçulmano Praticante, quero desejar a todos os irmãos e irmãs de Fé Cristã um Feliz Natal, repleto de Paz, Amor, Solidariedade e União Familiar. Jesus e a sua mãe, Abençoada Virgem  ocupam um lugar importante no Islão, não como divinos mas como humanos excepcionais DEUS OMNIPOTENTE, criou Jesus no Ventre da Nobre Virgem, tendo ele já nascido Profeta. O 19° Capítulo do Alcorão chama-se "Maryam", em Português, "Maria". Embora o Alcorão narre a história de Jesus em várias Passagens, deixo aqui, num espírito de irmandade humana, alguns Versículos do Capítulo 19 do Alcorão, Versículos 16 a 36: 16 E menciona Maria no Livro, a qual se separou de sua família, indo para um local que dava para o leste. 17 E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito (O Anjo Gabriel), que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito. 18 Disse-lhe ela: Guardo-me de ti no CLEMENTE, se é que temes a DEUS. 19 Explicou-lhe: Sou tão-somente o Mensageiro do teu SENHOR, para agraciar-te com um filho imaculado. 20 Disse-lhe: Como poderei ter um filho, se nenhum homem me tocou e jamais deixei de ser casta? 21 Disse-lhe: Assim será, porque teu SENHOR disse: "Isso ME é fácil! E faremos disso um sinal para os humanos, e será uma prova de NOSSA Misericórdia." E foi uma ordem inexorável. 22 E quando concebeu, retirou-se, com um rebento a um lugar afastado. 23 As dores do parto a constrangeram a refugiar-se junto a uma tamareira. Disse: Oxalá eu tivesse morrido antes disto, ficando completamente esquecida. 24 Porém, chamou-a uma voz, junto a ela: Não te atormentes, porque teu SENHOR fez correr um riacho a teus pés! 25 E sacode o tronco da tamareira, de onde cairão sobre ti tâmaras maduras e frescas. 26 Come, pois, bebe e consola-te. E se vires algum humano, fá-lo saber que fizeste um voto de jejum ao CLEMENTE, e que hoje não poderás falar com pessoa alguma. 27 Regressou ao seu povo levando-o (o filho) nos braços. E lhes disseram: Ó Maria, eis que fizeste algo extraordinário! 28 Ó irmã de Aarão, teu pai jamais foi um homem do mal, nem tua mãe uma mulher sem castidade! 29 Então ela lhes indicou que interrogassem o menino. Disseram: Como falaremos a uma criança que ainda está no berço? 30 Ele lhes disse: Sou o servo de DEUS, O QUAL me concedeu o Livro e me designou como profeta. 31 Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me encomendou a oração e a paga do zakat enquanto eu viver. 32 E me fez piedoso para com a minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde. 33 A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado. 34 Este é Jesus, filho de Maria; é a pura verdade, da qual duvidam. 35 É inadmissível que DEUS tenha tido um filho. Glorificado seja ELE! quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja!, e é. 36 (Jesus disse): E DEUS É O meu SENHOR e o VOSSO. Adorai-O, pois! Esta é a senda recta. E todos os Louvores são apenas para DEUS, O SENHOR de todos os Mundos, O ÚNICO VERDADEIRAMENTE REAL. 

Elvis Wayne: De facto hoje Jaime Nogueira Pinto brinda-nos com mais um excelente texto. O tema em si é festivo e a abordagem é sublime. Diverti-me também com aquela tacada ao "politicamente correto". O presépio é de facto um dos melhores e mais ternos símbolos do Natal. Sempre me enterneceu aquela imagem de proximidade e felicidade entre José, Maria, o Menino e os restantes presentes naquela ocasião. Contrasta (infelizmente) bastante com a actualidade. É uma pena a Natividade, já não servir de inspiração aos artistas modernos. Vivemos de facto em "séculos de descrença", por isso desejo ao autor e restantes leitores que se mantenham firmes na crença em Cristo. Um Santo Natal para todos!          advoga diabo Nestes dias ditos de geral fraternidade, onde como nunca se exibe tanta ferocidade na interacção, p.e., no trânsito durante a fobia consumista, e aparte religiosidades, cria sempre grande perplexidade textos como este de alguém a léguas de qualquer conceito objectivo de Humanismo!         bento guerra > advoga diabo: A esse "alguém"  dá você canelada ferozmente "fraterna"          Gil Lourenço > advoga diabo: O teu humanismo já a gente o conhece! Mais de 100 milhões de mortos!         Maria Augusta > advoga diabo: Sabes o significado de "fobia"? Sabes, camarada? Educa-te, bem precisas. Esse conceito "objectivo" de humanismo e já agora também subjectivo é algo que não fazes a mais pequena ideia do que é, cego que estás  de fanatismo xuxo-comuna. As melhoras.              Paulo Cardoso: Sublime, como sempre. Feliz Natal Jaime Nogueira Pinto.          Winter Is Here: A minha filha bem cedo desenvolveu um afecto marcadamente singular em relação ao presépio. A atenção dela sempre foi disputada pelos embrulhos sob a árvore e o presépio. Se em relação aos embrulhos tinha uma atenção mais festiva já em relação ao presépio era uma atenção reverencial. A partir dos 4 começou a coleccionar figuras da Sagrada Família e a construí-las com todo o tipo de materiais e técnicas. Sempre que passa por barracas de artesãos com figuras, compra. Na feira de Natal em Alvalade encontrou uma sagrada família montada numa vespa. Dorme com uma figura da Sagrada Família à cabeceira. Por esta razão, não lamento nada a ausência de presépios no espaço público. Ele está no lugar certo. Feliz e Santo Natal para todos          António Pais: Muito Obrigado pelo excelente artigo de Natal, afinal muitos festejam e poucos já conhecem o seu significado! Votos de Boas Festas!         Américo Silva: Festas felizes, com alegria de viver, dinheiro suficiente, e saúde para desfrutar, para todos os cronistas, funcionários e patrões do Observador, comentadores e leitores, tal como para as suas famílias e os que lhes são queridos.           bento guerra:  As barbas do velho lapão são mais atraentes do que as palhinhas com um bébé, mesmo salvador da Humanidade          Luís Rodrigues:  Belíssimo artigo. Recordo que o último ano em que as luzes de natal na baixa de Lisboa incluíram motivos vagamente natalícios (silhuetas de anjos) foi 2006. Depois as formas dominantes limitaram-se a uns sinos e estrelas, tendo cristalizado nos últimos anos em caixas e embrulhos enlaçados. Nas novas “festividades” o que se está a celebrar é um qualquer grande centro comercial.         Maria da Graça de Dias > Luís Rodrigues: Observação pertinente. As actuais decorações são efectivamente o espírito do "negócio" a elas implícito!...          Maria Nunes: Magnífica crónica. Obrigada e votos de um Santo Natal.           FernandoC: Feliz Natal.            Ahmed Gany: O Presépio tem um forte concorrente que se chama Pai Natal.  Daí, o termo "festividades", num mundo cada vez mais arco-íris.           Joaquim Almeida > Ahmed Gany: E numa Comissão bestamente discriminatória.            Maria Correia: Belíssimo. Muito obrigada e Santo Natal                    Andre Vidigal: Muito interessante este olhar sobre os vários presépios, fantástico.           João Angolano: As representações do presépio com a utilização de um rei negro muitos séculos atrás têm uma forte simbologia e o significado de mensagem universal              João Angolano: São as vítimas do wokismo            Vitor Batista: Votos de bom natal ao grande Jaime Nogueira Pinto e a todos os leitores do observador. 

 

 

 

 

 

 

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