quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Mas soube bem o feriado


Engraçado,

A missa

Em Goa, lembrando

- Dos livros

Da sua tradição

Por lá –

O que se passou

Cá, há

Trezentos e oitenta e um

Anos

- Mais um dia,

Com este

Que começou

Pouco há

Arrumadas as lembranças

Saudosistas

Dos tempos

Fascistas

De alguns que tentam

Rememorar

Um passado

Mal sentido,

Ou de sentido

Diluído.

Ido.

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Extraído da Internet:

01.12.2021

1 - Pelo segundo ano consecutivo, em virtude das restrições impostas pela pandemia Covid-19, as c foram mais curtas, sem os habituais discursos das personalidades presentes na Praça dos Restauradores, em Lisboa. As cerimónias são organizadas pela Câmara Municipal de Lisboa e Sociedade Histórica da Independência de Portugal.

GALERIA: Praça dos Restauradores.


2 - «A Bandeira Nacional e a Bandeira da Restauração da Independência, foram içadas ao som do Hino Nacional, e do Hino da Restauração da Independência, na presença do Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, e do presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.

A cerimónia terminou com a deslocação do Presidente da República à coroa de flores junto ao obelisco nos Restauradores.»

3 - Um dos conflitos mais sangrentos da História de Portugal

No dia 1 de Dezembro de 1640, um grupo de nobres e letrados portugueses, conspirados, punha fim ao domínio espanhol que subjugava Portugal há 60 anos.

A Guerra da Restauração, um dos conflitos mais sangrentos da nossa História, só terminaria a 13 de fevereiro de 1668, com a assinatura do Tratado de Lisboa.

Com a Independência de Portugal, ascende ao poder o Duque de Bragança, aclamado sob o nome de Dom João IV.

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O texto e a foto de HENRIQUE SALLES DA FONSECA no  A BEM DA NAÇÃO, 01.12.21 e os Comentários dos seus amigos:

 

1º DE DEZEMBRO DE 1640

HENRIQUE SALLES DA FONSECA

 A BEM DA NAÇÃO, 01.12.21

FOTO E TEXTO: 1º de Dezembro de 2021 - Missa em português na Basílica do Bom Jesus na Cidade Velha de Goa em comemoração do 1º de Dezembro de 1640

 

COMENTÁRIOS:

 Anónimo  01.12.2021  15:37: É gratificante e emocionante a imagem que nos proporcionas. Não necessita de palavras. É bom que o teu blog relembre a Restauração, especialmente quando na década passada, por alguns anos, quando “Portugal estava submetido a um regime de protetorado exercido pela chamada Troika” (para utilizar uma expressão do Prof. Adriano Moreira), o respetivo feriado foi proscrito.

A religiosidade da imagem ligada a este dia fez-me lembrar um episódio que se passou comigo quando vivia em Madrid. Se me autorizas, conto-o rapidamente. Com relativa frequência, por motivos profissionais, tinha de me deslocar a Barcelona e era certo e sabido que haveria um catalão que lá me diria que Portugal havia recuperado a independência graças à revolta da Catalunha, também em 1640, que levou à deslocação de tropas espanholas para aquela região. De tantas vezes que ouvi isso, que decidi preparar uma resposta. Então, perante a evocação da revolução catalã, passei a dizer algo como isto: Uma manhã de dezembro e 40 fidalgos bastaram a Portugal; para vós nem o apoio de França nem a bênção do cardeal Richelieu foram suficientes”. (É claro que Portugal também beneficiou do apoio francês e foram necessários muitíssimos dias até que víssemos reconhecida a nossa independência por Espanha, mas estes diálogos de ocasião não necessitam de tanto rigor histórico).

Mas não é que uma vez um catalão retorquiu dizendo que a bênção do Cardeal tinha deixado de ser eficaz por se ter aliado a príncipes protestantes e a sultões turcos para combater o Sacro Império Romano?! Surpreendido com a observação, repliquei que o fez para enfraquecer os Habsburgos e engrandecer a França, tudo por razão de Estado, como ele dizia. Mas esperava que Richelieu não tivesse de prestar muitas contas no dia do Juízo Final. Não houve tréplica, mas, cautelarmente, passei a eliminar o Cardeal nas minhas respostas standards seguintes. Sabes, Henrique, não há um único 1º de dezembro que não me recorde das minhas idas, quando era criança, com o meu pai, aos Restauradores ver os desfiles comemorativos que aí tinham lugar. Abraço. Carlos Traguelho

 Francisco G. de Amorim  01.12.2021: Nesses longínquos 1os. de Dezembro, aí por 1941 e 42, desfilei eu, "lusito" da Mocidade Portuguesa. Uma vez fui a tocar o tambor e da outra como estafeta do comandante.

 Henrique Salles da Fonseca  03.12.2021: É bem a nossa vergonha!!!...: Afinal quem, infelizmente, já não compartilha connosco a nacionalidade é quem mantem a mentalidade bem portuguesa!!!... Jorge Nogueira Vaz


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