O velho conflito
Entre as gerações, mas hoje mais grave do
que nunca, por razões diversas, aqui expostas. Velhas verdades, novas verdades, que muitos
disseram, (mais ainda do que os dos comentários expostos, havendo muitos outros
que foram suprimidos dado o excesso de espaço ocupado), e que acrescentaram ao
excelente texto de Helena Matos, que aponta,
para mais, o incongruente de alguns trabalhos infantis pagos hoje, em nítida contravenção
segundo a nova legislação, parece-me - os referentes ao meio artístico, por
exemplo, que os mandatários de esquerda não se apressam em proibir.
Os reizinhos de hoje são os escravos de amanhã
Portugal passou rapidamente de país em
que o trabalho infantil era um problema para nação que acredita que até à
maioridade os jovens não podem fazer mais nada a não ser levantar um prato.
HELENA MATOs, Colunista do Observador
OBSERVADOR, 19
dez 2021, 07:26186
A
notícia tinha variantes: “Três anos de prisão para homem que agrediu mulher e forçou filho menor a
trabalhar.” (TVI) “O Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) condenou a três anos de prisão
suspensa um homem que agrediu a mulher e forçou o filho de 14 anos a ir
trabalhar consigo nas férias escolares, em trabalhos de electricidade.”(JN)
“Tribunal condena homem por forçar filho de 14 anos a trabalhar nas férias
sob ameaça” (RTP)… Deixando os títulos e passando para as notícias,
percebe-se que o “homem” não foi exactamente condenado por forçar o filho a
trabalhar mas sobretudo pelo contexto de violência em que esse e outros factos
aconteceram. Mas o que estes títulos revelam é uma estranheza não
pela violência que rodeia o caso mas sim pelo facto de o homem ter forçado o
filho a trabalhar. Insiste-se que o filho
é menor como se tal impedisse que ele trabalhasse. Ora a lei de facto permite que
um menor trabalhe. Deixemos
portanto este caso concreto que, repito, tem contornos de violência que o
tribunal deu como provados, e passemos para a questão
do trabalho dos adolescentes e jovens. Como
passámos rapidamente de país em que o trabalho infantil era um problema real
para nos tornarmos uma nação que acredita que até à maioridade os jovens não
podem fazer mais nada a não ser levantar um prato da mesa e mesmo assim, quem
sabe, ainda sob o grave risco de quebrarem as falangetas?
Sugerir em Portugal que um
adolescente pode trabalhar nas férias ou ajudar no negócio familiar em horário
extra-escolar equivale a acabar transformado num apologista do trabalho escravo
de uma qualquer fábrica da Índia ou do Vale do Ave dos anos 80 do século
passado. Tal como em
muito outros assuntos, alimentamo-nos nesta matéria de dogmas que não
resistem ao confronto com a realidade: em países muito mais ricos que Portugal
é habitual os adolescentes e jovens terem trabalhos a meio tempo. Por exemplo, na comparativamente muito rica e
regulamentada Noruega os adolescentes não só podem trabalhar
como o fazem frequentemente. Claro que existe legislação sobre os horários, as
actividades e até a fiscalidade a que (não) estão sujeitos mas vê-se como
natural que um adolescente trabalhe nas férias. Mais relevante ainda, são os
filhos da classe média e média alta quem mais ocupa estes trabalhos de meio
tempo ou de férias, e isto é visto como uma mais valia na sua vida.
Em Portugal, defender
ou simplesmente equacionar o interesse do desempenho deste tipo de trabalhos
por parte dos adolescentes e jovens equivale quase a uma apologia do mau trato.
A excepção a esta regra e a este preconceito é
obviamente a participação em concursos, filmes, espectáculos e actividades
desportivas, sobretudo se o desporto em causa for o futebol. Nesses
casos toda a pressão familiar é tolerada, celebra-se como um acontecimento
excepcional a contratação de jovens talentos mesmo que o jovem talento tenha
quatro anos, como é o caso de Zayn Ali Salman, também
conhecido como “Little Messi” contratado este ano pelo Arsenal, e
aceitam-se os desmandos das famílias que
algumas vezes competem na violência com o pai electricista pretexto para esta
crónica.
Há
duas ou três gerações as crianças e adolescentes eram tratadas em
Portugal como pequenos adultos e eram-lhes impostas responsabilidades de
adultos, o que era manifestamente mau.
Agora crianças e adolescentes são
tratados como grandes bebés, o que manifestamente não é bom. Na verdade, a não
ser viverem fixados nos diversos écrans que constituem o seu mundo, não se
vislumbra outra actividade extra-escolar compatível com o seu estatuto de
não-adultos.
Ora esta geração de filhos tantas
vezes únicos, que são dispensados do contacto com os familiares idosos doentes
porque se podem impressionar – se os pais vissem o que eles consultam on line
eles sim ficariam impressionados – educados no meio de uma girândola de
direitos sem deveres, habituados a ver desvalorizada a geração dos seus pais
(os pais nunca estão à altura: a escola sabe sempre mais mais que eles, a televisão
idem, as redes sociais mais idem ainda… já os pais esses nunca sabem nada ou o
que sabiam perdeu a validade), esta geração, repito, terá um terrível despertar
quando, uma vez saída sua redoma-selva virtual, descobrir as responsabilidades
que lhe foram atirando para cima.
Diz-nos
o Censos, agora dado a conhecer, que por cada 100 jovens portugueses, há 182 idosos. Desde 2008 que o crescimento das despesas com pensões
vem sendo superior ao das receitas das contribuições. As pensões destes idosos
estão a ser pagas com as contribuições que os adultos activos agora fazem.
Logo, quando os adolescentes e jovens que agora são tratados como pequenos
reizinhos chegarem à vida real cairão num mundo em que o proverbial conflito
entre gerações deu lugar a uma disputa pelos recursos entre as diversas
gerações, pois os impostos terão de subir, e muito, para que se possam pagar as
pensões aos idosos. Não lhes invejo o destino.
CRIANÇAS FAMÍLIA LIFESTYLE TRABALHO
COMENTÁRIOS
Maria Narciso: A vivência
plena da infância é essencial para o desenvolvimento físico ,
cognitivo , emocional e social das crianças impactando
directamente na construção de uma vida adulta saudável.
O que acontece nesta etapa do
desenvolvimento, pode gerar traumas irreversíveis, além de serem
privadas de infância plena com sonhos, brincadeiras
e educação. As crianças que trabalham carregam graves
consequências para a vida adulta com impactos físicos,
psicológicos e económicos, além da perpetuação do ciclo de pobreza ,
repetido de geração em geração. João Diogo:
Excelente texto e e bem como diz, não
lhes invejo o futuro. maria
silva: Trabalho
nas férias nunca fez mal, antes pelo contrário. Maria Narciso: Para
amenizar o que vem por aí, evitando o desemprego em massa, deve haver
investimento em carreiras que envolvam criatividade e relacionamentos,
funções que a inteligência artificial ainda não consegue
reproduzir com precisão. Também importa informar que a maioria das
pessoas que ficarão sem emprego, ainda não têm competência
necessária para os trabalhos que surgirão, cabe aos Governos ,
Empresas, mudarem grandemente sua abordagem em relação à educação,
é necessário uma constante requalificação por meio da
educação online e os sistemas educacionais precisam de crescer com os
sistemas produtivos e portanto a saída passa necessariamente por investir
na educação profissional com ênfase em matemática, ciência … Maria Emília Santos Santos:
Acho melhor ensinar a profissão de electricista
do que ensinar ideologia de género Pedro Pedreiro > Maria Emília Santos Santos: Apoiado! Antes pelo contrário: Amanhã, a inteligência
artificial vai eliminar as pessoas inteligentes - e os outros, se forem úteis
serão escravizados, se forem inúteis serão eliminados e transformados em
Soylent Green...
V. Oliveira: Muito bem Helena Matos. Artigo perspicaz! Desconhecia
essa prática da Noruega, que é bem salutar em vários aspectos. Não haja a menor
dúvida. Liberal
Assinante do Local: O destino é há muito conhecido, é a emigração, que
comporta consigo uma dolorosa aterragem na realidade das coisas, não na
realidade das "playstations" e das "redes sociais". Quanto
às "merecidas pensões caviar" dos seus maravilhosos progenitores, o
destino é a extinção do caviar. Que pena... Antes pelo contrário: Quem nasceu depois do 25 de
Abril não sabe que antigamente aquilo a que os esquerdistas
"urbanitas" - ou seja que nasceram na urbe - passaram a chamar
"trabalho infantil" não tinha nada que ver com a verdadeira
exploração infantil que sempre existiu e continua a existir nos países do 3º
Mundo que eles adoram... ...o que havia, eram duas situações distintas:
As crianças que aprendiam de pequenas a
cuidar da terra e dos animais, ou a tratar dos pequenos negócios familiares,
ajudando os pais e o resto da família, e muitas vezes continuavam as
actividades dos pais, e As crianças - em geral mais crescidas - que os pais mandavam aprender uma profissão,
fosse padre, serralheiro, motorista, ou sopeira, em geral combinando eles
próprios com as pessoas que iam tomar conta das crianças ou adolescentes, e
ficando muito agradecidos a quem os albergava, alimentava, tinha a paciência de
lhes ensinar alguma coisa e ainda lhes pagava algum salário. E - NÃO - isto não foi uma
invenção do "Estado Novo", era o que já vinha de trás, provavelmente
desde o início da era industrial ou até antes. Assisti eu, em adolescente, na
província, DUAS vezes, à mesma cena que era a GNR - andavam sempre aos pares
- ir a casa de famílias que não mandavam as crianças à escola, buscar as
crianças - contra a vontade dos pais - para as levarem pela mão à Escola que
era pública e gratuita. Mas foi através do trabalho que muitos rapazes
aprenderam ofícios que lhes asseguraram o sustento. As raparigas, em geral aos
14 ou 15 anos procuravam arranjar lugar de criadas em alguma casa de família. E
não se pense que só as pessoas "ricas" tinham criadas... A minha mãe,
ao longo dos anos, teve várias, e depois de uma senhora Maria que esteve lá em
casa muitos anos se ter reformado e voltado "para a terra", vieram
sucessivamente três raparigas analfabetas da província, que a minha mãe ensinou
e formou, e duas delas até se casaram e levaram dote e enxoval oferecido pelos
meus pais! Nenhuma delas saíu de lá de casa sem saber ler nem escrever,
cozinhar, passar a ferro, etc. Mas em casa dos pais onde viviam, só sabiam
pegar numa enxada e tratar das galinhas e das cabras porque não havia mais
ninguém que as ensinasse. E o trabalho não digo de crianças, mas de menores,
nem era mal visto, nem era de maneira alguma pernicioso, a não ser quando havia
abusos, mas esses, infelizmente, não desapareceram. Eu que estudei e fiz a
faculdade, arranjei sozinho o meu primeiro emprego aos 15 anos, à margem dos
estudos, pois queria ganhar algum dinheiro. Foi numa biblioteca, a fazer fichas
de livros e a atender as pessoas. E fiz o resto do liceu e toda a faculdade a
trabalhar, excepto num ano em que não arranjei emprego. Eu sei que já quase
ninguém sabe do que eu estou a falar, mas o trabalho dá força e disciplina. E
na minha opinião todas as crianças deviam ser ensinadas sobretudo a trabalhar. Pois mais até do que o estudo, é isso
que lhes vai permitir passar de uma profissão a outra, adaptando-se a diversas
situações, aprender coisas, e assegurar o seu sustento e o das suas famílias ao
longo da vida! Uma nota,
para quem desconhece outro fenómeno: é que havia Serviço Militar obrigatório,
mas apenas para os rapazes. E na tropa, os que não soubessem, eram obrigados a
aprender a ler e a escrever. A narrativa de que "o Estado Novo não
queria que as mulheres soubessem ler" é uma mentira. Muitas
não sabiam ler, era porque os pais não as tinham deixado ir à
escola, e não tinham que ir fazer serviço militar... ...em vez disso, ou se
casavam e o marido é que trabalhava e elas ficavam em casa, ou então ficavam
solteiras e acabavam a tomar conta dos pais quando eram velhos. No fundo,
viviam do trabalho na mesma.
Antes pelo contrárioAntes pelo contrário: Mais uma nota: antes de o dr.
Mário Soares ter proibido os vendedores ambulantes, muita gente conseguia
subsistir com pequenas profissões como engraxador, ardina, marçano, vendedores
e vendedeiras de toda a espécie de frutas e legumes, peixeiras, o carro do
"pitról", que também vendia carvão, petróleo para os candeeiros,
álcool desnaturado, pavios, velas, e os "espevitadores" que era necessário
utilizar de vez em quando para desentupir o buraquinho do fogareiro a petróleo,
e ainda os amoladores que consertavam guarda-chuvas e afiavam facas e tesouras,
limpa-chaminés, padeiros que distribuíam pão de bicicleta, a carroça da
"Água de Caneças" com aquelas bilhas todas enormes com rolha de
cortiça e rótulos de papel de diversas cores, umas vezes rosa, outras verde ou
amarelo, mais os carteiristas, as profissões do Tejo e do Porto de Lisboa, e
toda uma escala social de "meninas" que ia desde as que andavam ali
pelo Intendente ou pelo "Caixidré", passando pelas dos bordéis, ou as
do Parque Mayer, mais aquelas que se reformavam e passavam a
"madames", ou arranjavam um cavalheiro que lhes punha casa, etc. Quase toda esta gente começava
de pequenina... Henrique
Mota > Antes pelo contrário:
Magnífico e real
retrato desse ambiente. Creio que nos outros países da Europa a realidade não
seria muito diferente, embora com as “nuances” das culturas vigentes. E não se
evoque o Salazarismo. Que independentemente da questão da liberdade, que seguiu
a tendência europeia e atrasou-se quando aquela mudou, do ponto de vista
económico Portugal, estava comparativamente melhor que hoje. Fernando Bernardo:
Todos os dias
vemos jovens a fazer coisas extraordinárias, D. Velhinha do Restelo, não sei
como não morre com tanto fel. delio
morgado: Na Islândia é
normal os adolescentes trabalharem nas férias, já os pais o faziam Fernando Prata:
Excelente artigo.
Estou completamente de acordo com a autora. A sociedade portuguesa está a
sofrer com o paradigma da oferta versus procura, relativamente aos jovens. Como
os jovens são cada vez menos, proporcionalmente, eles são vistos como
"algo" cada vez mais raro e portanto o valor que a sociedade lhes
atribui é cada vez mais alto. Esse valor traduz-se em deixar que os
jovens façam e não façam o que bem lhes apetece, parecendo que só têm direitos
e não têm quaisquer deveres. Tenho mais de sessenta anos e nos últimos anos
tenho trabalhado com muitos jovens, dos quais posso dar muito boas referências
e por isso, não gostava de colocar todos os jovens no mesmo "saco",
mas é um facto, que a maioria tende para o desrespeito, a falta de educação,
a falta de empenho nas actividades sociais, sejam o trabalho, o voluntariado ou
até mesmo o estudo. Grande parte dos nossos jovens nasceu depois do ano
2000, e encontrou um país em ascensão económica, com dinheiro barato e todo o
tipo de facilidades. Os pais que tiveram nessa época um aumento do poder de
compra, tudo quiseram dar de bom aos filhos (como é óbvio!), o que faz com que
grande parte dos jovens não faça ideia do que é viver com dificuldades. Mário Bravo > Fernando Prata: Perfeitamente de acordo com o
que é escrito. O que me arrepia, sempre e de modo intenso, é a falta de nível
educacional dessa camada da população (os chamados " jovens "). Tenho
75 anos e se calhar é por aí que vai a minha revolta com esse comportamento.
Fomos habituados e respeitar as senhoras e os senhores de certa idade.!! Hoje,
temos receio de falar ou dizer algo de reprovação ou não concordância - seremos
insultados ou até pior do que isso. Enfim … fico triste. Manuel Martins: Excelente análise. A
"geração mais bem formada de sempre " é uma falácia. É sim a
geração mais mimada e impreparada de sempre. Não afirmo que não tenhamos
jovens excelentes, dinâmicos, cheios de talento, mas infelizmente a
regra não são esses. Maria
Narciso: Não são as
crianças que têm de trabalhar , o feudalismo felizmente já foi
erradicado há muitos anos.
Temos de olhar para o futuro, a solução
não passa por regredir. É imperativo medidas que passam por reduzir
a miséria e a desigualdade social aliada a um sistema educacional precário
que não permite o desenvolvimento social da população
de baixa renda. Antes
pelo contrário > Maria Narciso: Se algum dia tivesses tido que
trabalhar... não dizias essas baboseiras. joao diasMaria Narciso: Aquilo que você escreveu é uma
mão cheia de nada. Manuel
Rodrigues > Maria Narciso: É imperativo tomar medidas . Ajudar as crianças a
crescer física, emocional e mentalmente Criarem hábitos de
trabalho e a sua independência global Deixarmos de as infantilizar Abdicarmos de utopias e
demagogias tolas ... Maria
Narciso > Manuel Rodrigues: Sem dúvidas que sim , mas
tudo a seu tempo. Por alguma razão não nascemos já adultos, as
crianças têm direito a serem crianças, não se colocam filhos
no mundo com a união função de trabalhar, a vida é muito mais
que isso. João
Afonso: Estão reunidas as
condições para a tempestade perfeita. O declínio demográfico associado às
mudanças sociológicas impostas pela esquerda radical, vão ter um resultado
catastrófico. Os jovens são cada vez mais mal preparados para a via adulta e
activa, e quando lá chegarem irão encontrar responsabilidades que nenhuma
geração antes deles encontrou. Portugal
definha, está em declínio há décadas porque perdeu a alma. Carlos Vito: Ontem vi imagens da vacinação
das crianças e os cuidados extremos em distraí-las enquanto decorria a espera
ou até mesmo durante a tomada da vacina. Além do acompanhamento personalizado e
das palavras proferidas de apaziguamento, não fossem as criancinhas desmaiar,
circulavam palhaços e animadores na sala. Pareceu-me ridículo. Lembro-me bem
das vacinas que tomei na mesma idade, por exemplo o BCG e não havia nenhuma
destas fantochadas. Cada vez mais se infantilizam os jovens e tratam como
atrasos mentais! A idade adulta e responsável está cada vez mais longe, por
isso alguns nunca a vêm a alcançar.
Candida Gil > Carlos Vito: Eu também vi e fiquei pasmada!!! As crianças com estas
idades já tomaram várias vacinas que constam do plano nacional de vacinação e
portanto já não deviam estranhar. Aquele aparato todo só demonstra como agora
são tratadas as crianças ...como incapazes e sem capacidade de se proteger e
como incapazes de raciocinar !
Antes pelo contrário > Carlos Vito: No
meu tempo fazíamos fila no páteo da escola, em silêncio, pois ninguém podia
falar nem andar aos pulos, e tomávamos a vacina um a um sem birras nem
resmunguices. Era igual para todos. Sempre achei o melhor
sistema. ………………………………………
Nenhum comentário:
Postar um comentário