sábado, 18 de dezembro de 2021

Não há subtileza, há coragem


Na crónica de JNP, lembrando o passado, para confronto dramático desse passado épico com a actualidade,  empenhada em extorquir, de mão beijada… ou mesmo sem tal esforço, que a desfaçatez alastrou, e o beijo torna-se desnecessário, pelo menos em grande parte dos casos, julgo. É claro que o Historiador não se ofende com as diatribes dos seus muitos opositores, donde ninguém os tira, porque também nunca quiseram saber, o hábito – do parasitismo,  do optimismo, do servilismo, do despudor … - fazendo mesmo o monge,  o que parece, sendo-o. Os como JNP, que assume as suas convicções, sem medo, não passam de Velhos do Restelo, definitivamente preconceituosos, a desfazer, pelos Novos do actual Restelo.

500 anos depois da morte do Venturoso

Nos cinco séculos da morte de D. Manuel I, o que é que nos diz a Aventura e a Grandeza do Portugal e dos portugueses de então?

JAIME NOGUEIRA PINTO

OBSERVADOR, 17 dez 2021,

Gaspar Correia diz que a 6 de Dezembro de 1521 D. Manuel foi apanhado por “doença mortall e se achou muito mal o que sempre foy em crescimento”. O crescimento duraria uma semana, ao fim da qual, a 13 de Dezembro, o rei Venturoso expirava.

E expirava, segundo Damião de Góis, rodeado pelas ordens – clero, nobreza e povo – e consciente de que, quando chegara ao trono, “achara muito menos rendas do que aquelas que agora deixava em outros muitos reinos e senhorios”. Rendas que “gastara conquistando os inimigos da nova Santa Fé ganhando-lhes vilas, castelos e mares e terras até às partes da Índia e terras do cristianíssimo Preste João”.

Palavras do próprio Rei, juiz em causa própria, mas que não andavam longe da verdade.

Bafejado pela sorte

O Venturoso foi bafejado pela sorte: desde logo, a Sorte, o Destino, o que fosse, trouxera-lhe o trono por uma rara convergência de acasos: o seu antecessor, D. João II, que era seu primo e cunhado, tivera, do casamento com D. Leonor, um único filho, o infante D. Afonso de Portugal, que nascera em 18 de Maio de 1475. Esse D. Afonso, segundo as crónicas, era cheio de perfeições morais e físicas, pensante e reflectido, caçador e nadador. Casou com 15 anos, como era costume nos da sua condição, e casou com uma princesa: D. Isabel, filha dos Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Mas D. Afonso morreu em 13 de Julho de 1491 de uma queda de cavalo, em Santarém. Havia ainda um outro filho do Rei, o bastardo D. Jorge, filho de D. João II, o Príncipe Perfeito, e de uma Senhora, Dona Ana de Mendonça, “muito fidalga e de mui nobre geração”.

O bastardo real fora criado e educado na Corte, entregue à tia, a princesa D. Joana. Depois da morte de D. Afonso, D. João II tentou que o Papa legitimasse D. Jorge de Lancastre. O Rei quereria, com essa legitimação, ser sucedido pelo filho e evitar que lhe sucedesse o seu cunhado e primo, D. Manuel, duque de Beja, irmão do duque de Viseu, D. Diogo que tinha conspirado contra ele e que o próprio Rei matara à punhalada. Embora D. Manuel não estivesse envolvido na conspiração, a sua ascensão ao trono traria para o poder a casa Beja-Viseu, que lhe fora hostil. Mas D. Leonor opôs-se, com o apoio de parte da Corte e contando, em Roma, com a poderosa influência de D. Jorge da Costa, o célebre Cardeal de Alpedrinha; e os Reis Católicos também terão jogado contra a legitimação do bastardo. E D. Jorge, afastado do trono, investido nos mestrados de Santiago e de Avis e feito duque de Coimbra por D. Manuel I, morreria já velho, em 1550.

Assim, não estando, na altura do nascimento, na primeira linha da sucessão, o duque de Beja acabaria por ser aclamado rei à morte de D. João II, em 1495.

D. Manuel herdou um Reino estabilizado, com o poder real bem centralizado por um antecessor que soubera pôr termo às ambições feudalizantes da alta nobreza e “atar ao leme” um homem, todo um povo, que, vencendo o medo, tomara o Mar ao “Mostrengo”. Tal como El-Rei D. João II, o novo Rei não mostraria grandes inclinações para a partilha do poder, e poucas vezes iria reunir as Cortes.

Iria, sim, retomar a expansão marítima que, em 1487-1488, ficara, com Bartolomeu Dias, um pouco para nordeste do Cabo da Boa Esperança. Impondo-se ao Conselho Régio, D. Manuel manda seguir adiante a expedição de Vasco da Gama. Como esclarece Luís Filipe Thomaz na sua magnífica síntese A Expansão Portuguesa – Um prisma de muitas faces (Gradiva, 2021), o novo Rei mostrara-se, desde logo, um monarca idealista “ligado às ideias da Cruzada e do Império”.

No seu clássico The King’s Two Bodies. A Study in Medieval Political Theology, Kantarowitz estuda profunda e minuciosamente a hagiografia político-dinástica. As segundas exéquias de D. João II, a jornada solene de trasladação do corpo do Rei para a Batalha, terão inspirado algumas ilustrações do Livro de Horas de D. Manuel, manifestando também, avant-la-lettre, a ideia de Kantarowitz de que os reis podiam morrer, nos seus corpos físicos, mas que “o Rei” não morria nunca. Assim, D. Manuel promove o culto do antecessor, mas também do Rei Fundador, cujo túmulo, em Coimbra, visita em 1503, evocando o milagre de Ourique. Afirmar a sacralidade da monarquia era importante para a imposição às ordens – ao clero, à nobreza e ao povo.

D. Manuel fora educado pelos franciscanos na escola de S. Boaventura, num cristianismo voltado para ideais universalistas, como a reconquista de Jerusalém e o combate aos Muçulmanos. Não admira, pois, que impulsionasse a continuação da expansão, mesmo em permanente tensão com o Conselho Régio. E a expansão, por descoberta e conquista, tinha uma complexidade de causas ou razões, tanto comerciais, do ouro da Mina às quintaladas da pimenta, como estratégicas e ideológicas (ou religiosas); sendo talvez estas últimas as que mais motivavam e impulsionavam o Venturoso.

No século XV, depois da vitoriosa guerra da independência, os reis de Aviz tinham, inteligentemente, mantido a paz com Castela na Península, condição para que a expansão se fizesse tranquilamente. Só a aventura de D. Afonso V com a Beltraneja, paralisada em Toro, quebrara essa paz. Outro momento quente fora resolvido por arbitragem papal em Tordesilhas. Mas, para lá da independência conseguida por Afonso Henriques e confirmada por D. João I e Nun’Álvares, subsistia o ideal da cruzada. Ideal que D. Manuel vai retomar.

Os dois impérios

A expedição de Vasco da Gama foi de uma dimensão material modesta, em naus, tripulações e homens de armas; Cabral, em 1500, já levava 13 naus e Vasco da Gama, em 1502, levava 20. Foram aumentando os recursos em naus, marinheiros, soldados e artilheiros, enquanto se construíam fortalezas na costa do Índico. Para comandar e coordenar tal operação, D. Manuel nomeia Vice-Rei D. Francisco de Almeida, com amplos poderes, como representante do próprio Rei.

Era um poder centralizado, com competências político-militares e de controle económico-financeiro. Os inimigos de fundo eram os Turcos – e os Venezianos, vítimas colaterais da nova rota marítima Lisboa-Índico no seu comércio das especiarias.

Afonso de Albuquerque, nomeado por um D. Manuel confrontado por alguma indisciplina de D. Francisco de Almeida, vai ser o homem da consolidação estratégica do Oceano Índico como “Mare Clausum” português. Para tal, conquista Ormuz, Goa e Malaca, mas não consegue tomar Aden. Desde o princípio – com a rivalidade entre o Rajá de Cochim e o Samorim de Calecuteos portugueses perceberam a importância da natureza fragmentada dos espaços de conquista, que, de resto, se restringiam às zonas costeiras estratégicas, que serviam de base aos navios que patrulhavam o Índico. A artilharia naval era um grande trunfo e os potentados locais viam vantagens em ter como aliados estes europeus barbudos e cristãos que tinham canhões e pareciam não ter medo de nada.

Quantos eram? Vitorino Magalhães Godinho estudou o assunto: segundo os registos da época, entre 1497 e 1540 partiram para a Índia 73.500 portugueses e de lá regressaram 33.700. Quer dizer que por lá ficaram, vivos ou mortos, 40.000. Também sabemos que, desses, havia, em 1513, 2.500 homens de armas, em 1516, 4.000 e em 1540, 7.000. Também se mantinham umas dezenas de barcos de guerra, grandes e pequenos.

“De vós tão longe sempre obedientes” – diria Camões, resumindo a profunda disciplina que marcava este império marítimo e comercial, a milhares de milhas do Reino, a dezenas de semanas de distância do poder central. Há conflitos de poder – D. Francisco de Almeida mandou deter Afonso de Albuquerque quando ele lá chegou, e Albuquerque foi afastado por intrigas – mas não há guerra aberta, como em alguns episódios da América colonial espanhola.

Paralelamente a este império formal, oficial, nos limites do Índico, entre a costa oriental africana e o estreito de Malaca, havia outro impérioo império sombra, informal, que não era de Portugal mas que era dos portugueses, dos aventureiros, dos comerciantes, dos piratas, dos mercenários. Enquanto Albuquerque fora um governador concentrado nos problemas político-militares, exercendo um controle apertado sobre navios e fortalezas da Índia, Lopo Soares de Albergaria, que lhe sucederia, deixaria que o império informal se alargasse e desse lugar a “um movimento irreversível de colonização espontânea”.

No final do reinado de D. Manuel, os impérios formal e informal estavam de pé: Diogo Lopes de Sequeira, governador da Índia, iniciou as relações com o Preste João da Etiópia, por onde já andava Pero da Covilhã. Tinham-se feito já contactos com o Império chinês. Para lá de Malaca, havia uma diáspora portuguesa de missionários, aventureiros, guerreiros, piratas, que convertiam, empreendiam, lutavam, saqueavam, comandavam milícias ou traficavam tudo. D. Manuel, que em 1518 surpreenderia e escandalizaria a Corte, casando com a infanta D. Leonor – a irmã do futuro Carlos V, destinada ao seu filho e sucessor, D. João III –, fora o inspirador e o regedor, a partir de Lisboa, do grande império português do século XVI, da grande Aventura Portuguesa, formal e informal.

Hoje, a milhas, não só dessa grandeza e do ímpeto que a tornou possível, mas também da memória dessa grandeza como grandeza, é bom lembrar os portugueses e os governantes de então – entre todos, D. Manuel, o Venturoso, nos 500 anos da sua morte.

A SEXTA COLUNA   CRÓNICA   OBSERVADOR   HISTÓRIA 

COMENTÁRIOS:

Alberto Pires: Não temos nada a ver com esse Povo incrível que viveu por estas bandas até aos finais do Séc. XIX. A cambada de bas-tardos, madra-ços, preguiço-sos, menti-rosos, inve-josos, mente-captos, incompe-tentes, mesqui-nhos e cobar-des que habita hoje o mesmo território nada tem a ver com essa gente antiga, que se regia por outros valores e ambições, arriscando a vida todos os dias por esse mundo fora. Gente que, como dizia Gilberto Freire, nascia em Portugal para morrer não se sabe aonde. Nada nos liga a essa gente, hoje que trememos de medo com a "ómicron", que empenhamos a "alma", a "imortalidade", a "honra" e a falta de vergonha por 10 euros, ou nem isso... Quando rastejamos solícitos perante uma esmola qualquer vinda de fora e nos esgadanhamos para lamber os pés de quem no-la lançou, soberbo. Quando abrimos os olhos esbugalhados perante qualquer criatura que debite um linguajar que não entendemos ou nos apresentemos como os futuros "criados de mesa" de toda a Europa (até falamos inglês), para vender o "nosso" Sol (e à mistura uns sanduíches do nosso presunto, que nem se sabe de onde vem). Que amargura olhar para os restos miseráveis de um Povo que foi até ao outro lado do Mundo, primeiro que qualquer outro, fez o indiscutivelmente diferente e distinto Estado da Índia (onde deixou parte da alma na pedra das igrejas) e fez o Brasil imenso, sólido, o País do futuro, (que já dá de comer a meio mundo) ou, ainda, já no estertor da vida, uma África que desaproveitou o que herdou de graça e hoje se multiplica em misérias (não por culpa deles, que foram abandonados, como miseravelmente foram atraiçoados, pela canalha reinante, todos os que ainda acreditaram no ressurgir do ideal e partiram para África para ali levantar nações e unir povos). É tempo perdido falar no passado, que por muito que se rebolem não é o desta gente mesquinha e ordinária, que mal alinha duas palavras seguidas, ou que afina por critérios idiossincráticos tão pouco recomendáveis como válidos ou sérios ou mesmo razoavelmente decentes (refiro-me a uma pretensa "fina-flor" que se acha instruída por bater com a mão no peito e aceitar a "má consciência" de um passado que não conhece e onde manifestamente não se revê, gente balofa, inútil, à procura de um risco no tempo para parecerem gente, dizerem meia dúzia de patacoadas e de vulgaridades e parecerem bem aos olhos da tolerância deste tempo). Gente pateta, que pede desculpa de existir, mas ao mesmo tempo quer impor a sua reivindicaçãozinha, na hora da disputa do pequeno espólio de pilha-galinhas, por mais uma hora extraordinária, por mais centavos na "reformita de final de vida" ou um naco de pão mais fresco que o dos outros. Ou que se desmultiplica em razões para "compreender" os gatunos e os larápios do nosso tempo. Gatunos que antigamente eram pendurados por uma corda à vista de todos.  O JNP é um saudosista de um tempo que já passou, sou da mesma escola. Esses tempos foram-se, não voltam, acabou a massa incrível de que eram feitas essas pessoas. É como o Pão, sem fermento não cresce, fica ázimo, achatado, plano, seco, vira sola em pouco tempo, mas há quem goste...e nele consiga encontrar alimento (entende-se a metáfora, espero).  Basta ler Pessoa para perceber como lhe doía falar nisso, nessa quase certeza que, sendo um visionário, já lhe ofuscava literalmente a vista. E na forma pungente como chora e reclama na "Mensagem" a alma que não queria acreditar ter-se perdido. Já não és nevoeiro, Portugal, és cemitério.            Ping PongYang > Alberto Pires: Já pensou que o Tenente Oliveira e Carmo e os outros 60 que lá deixaram o pêlo (não pedras) talvez tivessem preferido viver até aos 80 e tal anos se tivessem tido oportunidade para isso? É hoje sabido que foi a primeira vez que qualquer um deles viu um avião a jacto. Não foi simples abandono: Foi um crime ! Deixe-se de poesias. Antonio Mendes: De Espanha nem bom vento nem bom casamento…         José Ramos: Como de costume com Jaime Nogueira Pinto, uma excelente e sábia lição de História. Contra os maus ventos e marés dos "wokes", revisionistas históricos (ou melhor, histéricos), e outros analfabetos funcionais incapazes de situar no tempo e nas circunstâncias o facto histórico, continuarei a cantar "o peito ilustre Lusitano, a quem Neptuno e Marte obedeceram" e a orgulhar-me disso.            Ping PongYang: Faaaaado, tristeeee faaadooooo... Tudo tem a sua época, contexto e prazo de validade ! Faz hoje 60 anos que um punhado de valentes foi colocado numa situação impossível por causa dos fadinhos saudosistas (os Ingleses, saíram pelo próprio pé em 1947). Temos que aprender a olhar para o passado sem saudosismos. Sai muito caro!            Cisca Impllit: A queda de um cavalo e não se ter aceite D. Jorge, levou a um que culminou  com o começo da expulsão dos judeus, de quem muitos portugueses têm o seu sangue!         Paula Barbosa > Cisca Impllit: Mas Portugal está cheio de judeus e de descendentes deles.... Eu sou uma delas...Lá para trás houve um casamento misto. As Beiras interiores e Minho e Trás os Montes então, têm vilas e aldeias perfeitamente judias...É só começar a falar com aqueles velhotes, e eles começam logo a assumir-se ou a indicar as várias famílias judias...E lá por isso eu vou renegar ou amaldiçoar o D. Manuel????? E se o  filho (de D. JoãoII) não tem caído, em boa hora, do cavalo, hoje éramos mais uma reles região de Espanha, tipo Castela Velha.... Esqueçam...          Cisca Impllit > Paula Barbosa: Os melhores de nós foram expulsos, e fizeram florescer outros Países  e outras cidades. Sim, isso e mais uma data de homens nobres perdidos em Alcácer - empobrecemos enquanto nação e como povo.          Paula Barbosa: Um pouco da nossa História, sabe bem , de vez em quando. Obrigado. Portugal, não começou outro dia, como por exemplo, os EUA. Levar um banho de história , sobre Vasco da Gama, por um funcionário de um hotel nas Seychelles, por eu me admirar que a sala de jantar ter um enorme mural com o nome do Almirante, foi para mim comovente. Porcaria de País, com dois milhões de habitantes miseráveis, que em quinhentos se atirou para os mares, e descobriu rotas marítimas , desde a América do Norte (Labrador) até à Austrália e Indonésia, Japão, etc. Agora construímos uma lancha de luxo para a GNR, decisão do Cabrita, e eles encalham-na logo na praia de Carcavelos, num dia de mar de azeite. Confrangedor...           Maria Correia: Muito bom. Obrigada          advoga diabo: Não fossem, ao longo da História de Portugal, personagens como Salazar,  herói de JNP, e sucedâneos, como mais recentemente Cavaco, e não obstante figuras como Mário Soares, herdeiro do espírito e façanhas de muito outros, e de Guterres e Costa por estes dias, o país seria hoje bem mais desenvolvido e dispensaria, ainda com mais veemência, exercícios saudosistas, que, como este, só pretendem semear amargura!        TIM DO Ó > advoga diabo: Com Salazar e Caetano Portugal era o país que mais crescia na Europa na década de 60 e de 70. As finanças eram sãs. Era rico em reservas de ouro e divisas e não devia nada a ninguém. E o escudo era a 6.ª moeda mais forte do mundo (suportada por 850 toneladas de ouro – hoje já só tem 350). O país era soberano. Com o 25 de Abril perdeu o império, a independência, 2/3 das reservas de ouro e tem uma dívida astronómica para as próximas gerações pagarem. A abrilada interrompeu o crescimento económico português e endividou-nos e veio a corrupção generalizada que nos empobrece e enriqueceram as elites políticas de esquerda caviar. Se não fosse a revolução dos cravos, possivelmente hoje seríamos um país rico. Em vez de caminharmos para sermos o mais pobre da Europa apesar dos milhões que recebemos da UE e do endividamento gigante que os nossos filhos terão de pagar. Estamos arruinados: Estado, bancos, empresas, famílias. Vendemos tudo. Portugal tinha vida própria e era respeitado e a sua voz era escutada, ao contrário de hoje. E o império português foi o único exemplo de multiculturalismo de sucesso no mundo. Agora é uma insignificância cujo único interesse é andar de mão estendida a mendigar para viver à custa dos outros. Uma vergonha e uma tragédia. Somos uns fracos e desgraçados sem ambição, nem patriotismo, nem ética. Não merecemos os antepassados que temos. CHEGA! josé maria: o que é que nos diz a Aventura e a Grandeza do Portugal e dos portugueses de então. Jaime Nogueira Pinto, você é capaz de melhor do que esse palavreado bolorento, salazarento e requentado... Se pensar mais nas pessoas reais do que nas ideias grandiloquentes e ideais, vai ver que é capaz...           FFFF NNNN > josé maria: Nada mais triste que um português com vergonha de ser Português...        Elvis Waynejosé maria: Emigra para o Gâmbia se tens vergonha de ser Português.       Vitor Batistajosé maria: Você não passa de um triste formatado mental.          Américo Curadojosé maria: És mesmo um Zé Maria!... Coitado do Zé Maria!...        TIM DO Ó > josé maria: Com Salazar e Caetano Portugal era o país que mais crescia na Europa na década de 60 e de 70. As finanças eram sãs. Era rico em reservas de ouro e divisas e não devia nada a ninguém. E o escudo era a 6.ª moeda mais forte do mundo (suportada por 850 toneladas de ouro – hoje já só tem 350). O país era soberano. Com o 25 de Abril perdeu o império, a independência, 2/3 das reservas de ouro e tem uma dívida astronómica para as próximas gerações pagarem. A abrilada interrompeu o crescimento económico português e endividou-nos e veio a corrupção generalizada que nos empobrece e enriqueceram as elites políticas de esquerda caviar. Se não fosse a revolução dos cravos, possivelmente hoje seríamos um país rico. Em vez de caminharmos para sermos o mais pobre da Europa apesar dos milhões que recebemos da UE e do endividamento gigante que os nossos filhos terão de pagar. Estamos arruinados: Estado, bancos, empresas, famílias. Vendemos tudo. Portugal tinha vida própria e era respeitado e a sua voz era escutada, ao contrário de hoje. E o império português foi o único exemplo de multiculturalismo de sucesso no mundo. Agora é uma insignificância cujo único interesse é andar de mão estendida a mendigar para viver à custa dos outros. Uma vergonha e uma tragédia. Somos uns fracos e desgraçados sem ambição, nem patriotismo, nem ética. Não merecemos os antepassados que temos. CHEGA! Guilherme d'Orey: Acho que ficaria bem haver uma palavra em relação aos Judeus e conversões forçadas, expulsões,... O pedido por um Tribunal de Inquisição que acabaria por mandar embora de Portugal uma parte da sua comunidade intelectual e deixaria o Reino sob opressão intelectual durante 3 séculos...           José Carvalho: Excelente exposição, a que eu só acrescentaria a ideia da unificação política da Península, de acordo com os seus sogros. Tal ideia resulta evidente da aprovação do príncipe Miguel de Portugal como futuro rei de Portugal, Castela e Aragão, aprovação confirmada por cada um dos três reinos.            Américo Silva: D. João II matou o duque de Bragança para o roubar. Naquele tempo a sociedade não era a pasta mole do presente, e acabou envenenado. Empenhou o reino para casar o filho, os nobres gozaram, o povo pagou com juros. Os judeus em Portugal foram pagos com o seu próprio sangue, mas aos judeus estrangeiros e genoveses o povo pagou o último cêntimo. Deste modo D. Manuel herdou um reino rico de pessoas pobres, que tinham que se lançar ao mar e morrer na Índia pelo pão de cada dia.           Maria Nunes: O cognome de D. Manuel l está muito bem atribuído pois, por destino ou acaso, foi no seu reinado que Portugal se destacou nos descobrimentos. Fomos grandes e arrojados. Tenho orgulho dessas descobertas, feitas em condições terríveis, em que desbravámos tantas terras. Em caravelas diminutas, enfrentando tempestades e, principalmente o desconhecido, demos novos mundos ao mundo.          Manuel Lourenço: Na sala da capítulo do Mosteiro dos Jerónimos está desde há alguns dias a armadura que se supõe ser do Rei D. Manuel I. Exemplar magnífico, mas não consta qualquer explicação e contextualização dessa armadura, a não ser que foi financiada a sua vinda por empréstimo  pela Fundação BCP. Triste país...

 

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