domingo, 19 de dezembro de 2021

“Quem na tem chame-lhe sua”


Fala-se de Liberdade, de Iniciativa Liberal… De certeza que não se está a mentir? Essa IL em quem AG já confiou… Afinal tem parecenças com o BE? Para quê tanta pesporrência? Porque não organizam um velho CDS que parecia – dantes – mais leal nos propósitos… O que é esse IL? O que é esse Chega? Porque não se juntam todos esses que aparentemente pensam no país, a defender esse mesmo país, com leis mais justas, que incentivem ao trabalho e não à mândria? Mas o povo sempre foi céptico a respeito da liberdade – “eu não tenho liberdade nem de pôr o pé na rua…” e isso está nos propósitos primeiros de hoje: a defesa da Liberdade, pelos partidos que todos se dizem democráticos. De verdade? Quod sensus?

É a liberdade, estúpidos!

A IL disfarça mal algum orgulho face à comparação com o BE em matéria de “liberdades cívicas”, ainda que a relação do BE com as “liberdades cívicas” seja idêntica à de Herodes com as criancinhas.

ALBERTO GONÇALVES, Colunista do Observador

OBSERVADOR, 18 dez 2021

A recorrente crítica de certa direita à IL prende-se com a suposição de que esta defende uma economia de direita e, infelizmente, valores “sociais” de esquerda. Ou que é liberal na economia e, infelizmente, liberal nos costumes. Ou que, em suma, não passa de um Bloco de Esquerda com noções de economia. A crítica padece de mais equívocos do que uma comédia lisboeta dos anos 1940, não necessariamente por mérito da IL, mas por demérito do BE.

O maior equívoco é presumir alguma relação do BE com a liberdade, excepto no sentido de a suprimir. Não me vou demorar no assunto. Vou lembrar que, nos costumes, nos valores ou no que quiserem, o BE não favorece liberdade nenhuma. À semelhança das suas congéneres estrangeiras, o propósito da seita é servir-se de “causas”, selectivas, abastardadas ou cómicas, para dividir a sociedade e fomentar conflitos. As “vítimas” ocasionalmente imaginárias que o BE finge tentar resgatar só merecem consideração se alinham na cartilha e não perturbam a respectiva “coerência”. Um homossexual que sofra a opressão palestiniana não comove o BE. Um negro que se recuse a jogar a “carta racial” não importa ao BE. Um doente que não deseje morrer às mãos de um SNS inviável não conta com o BE. Um desgraçado que passe fome num regime “progressista” não indigna o BE. O BE não ajuda ninguém: ajuda-se a si mesmo à custa do desamparo alheio. Fundamentalmente leninista, o foco exclusivo daquilo é a continuação da luta de classes por outros meios, e outras classes. Além do oportunismo, dali não vem coisa diferente de proibições, imposições, discriminações, repressões.

Eu acho que a IL não é isso. Por acaso, acho igualmente que uma parcela da IL embarca no equívoco inicial e disfarça mal algum orgulho face à comparação com o BE em matéria de “liberdades cívicas”, ainda que a relação do BE com as “liberdades cívicas” seja idêntica à de Herodes com as criancinhas. Como a direita que a critica, a IL engole a patranha da “libertinagem” bloquista. A diferença é que certa direita claramente não aprecia “libertinagens”, ponto, e a IL, ou uma parte da IL, nebulosamente confunde o oportunismo voraz do BE e do marxismo em geral com a “libertinagem” que sonha abraçar.

Dado não ser conservador ou tradicionalista, gosto que a IL seja liberal na economia e nos costumes. Porém, gostaria que fosse tão verdadeiramente liberal nestes quanto o é naquela. A liberdade não se reclama através da catalogação de “minorias” e da participação em desfiles burlescos, e sim mediante a exigência de que cada indivíduo não se veja prejudicado ou beneficiado em função do sexo, da raça, da naturalidade, da religião ou das demais características e atitudes fortuitas ou adoptadas – e afinal irrelevantes.

Remover, na medida do possível, o peso do Estado inclui remover as considerações e as regulamentações que o Estado nos despeja em cima de modo a distinguir “identidades” postiças ou privadas. Em contexto público, não há “identidades”: há pessoas, em princípio interessadas em alcançar a felicidade ou, vá lá, em passar pelo mundo sem excessivo sofrimento. Se não compete ao Estado promover a felicidade, deveria competir ao Estado não provocar sofrimento. Eu gostaria que a IL rejeitasse a intervenção do Estado no resto com o empenho com que rejeita a intervenção do Estado na banca ou na TAP. Eu gostaria que a IL assumisse que não existe oposição ao dr. Costa sem oposição a todas as políticas decisivas, e nefastas, que emanam do dr. Costa e das metástases do dr. Costa. No fundo, no fundo, o que eu gostaria era que a IL reconhecesse que o socialismo visa sempre limitar-nos e diminuir-nos. E que rejeitasse todo o socialismo, do económico ao “identitário”, do “ambiental” ao sanitário.

Apesar de ser o único partido com um discurso avesso às políticas “da” Covid, a consistência e a assiduidade do discurso deixam a desejar. Por mim, desejaria que a IL deixasse de oscilar entre a rejeição dos abusos e a indiferença perante os abusos. Há dias em que a IL parece liderar a resistência aos enxovalhos a que nos submetem. E há dias em que parece acreditar na cândida ideia de que a política e a saúde não se misturam, um disparate nocivo inclusivamente para a saúde – e vantajoso para os piores políticos. Nos dias maus, em que se resigna ao hilariante “consenso científico” fabricado nos “media” e em conselhos de ministros, a IL está a legitimar sucessivos ataques à liberdade, justamente o que promete combater.

Não sei porque é assim. Do que conheço do partido, que é pouco, sei haver lá gente que não suporta a prepotência a pretexto da Covid, gente que não valoriza a prepotência e, contam-me, gente que não admite que a prepotência é prepotência. Talvez os tremeliques na retórica da IL traduzam esta, digamos, pluralidade de opiniões. Ou talvez, visto que a maioria do eleitorado tem medo da Covid, a IL tenha medo da maioria do eleitorado.

Mas sobra a minoria, enfim uma minoria a que a IL poderia prestar atenção. Ignoro se são 30%, 20%, 10% ou 5% dos portugueses aqueles que não toleram a interminável humilhação das máscaras, dos testes e dos certificados. Em qualquer dos casos, são cidadãos que rejeitam a tutela estatal nas questões que não respeitam ao Estado. E que compreendem que o assalto do Estado às nossas vidas não é menos criminoso que o assalto do Estado ao nosso bolso. A IL está a tempo de o compreender também. Faltam seis semanas para que um arzinho de liberdade entre em São Bento. Ou continue à porta, tímido e reverencial.

BLOCO DE ESQUERDA   POLÍTICA   LIBERDADES   SOCIEDADE   INICIATIVA LIBERAL

COMENTÁRIOS:

Pin Gastao Taveira: Excelente texto, parabéns. Subscrevo.             A Encarnação: Infelizmente não é só a patética mimetização da extrema-esquerda burguesa, bem reveladora da inferioridade mental dos indigentes iélicos. Choca e muito a rapidez com que uma agremiaçãozeca dessas, relativamente recente, representante legítima de meia dúzia de votos, adquiriu todos os hábitos, vícios e práticas do entulho já longamente estabelecido. Até aqui, na CdC do OBS, andam já, coordenados, a imitar os fascistas de esquerda, com contas infindáveis, de gomes e oliveiras, para subverter a coisa e o seu espírito. Triste gente nova muito velha.          JB Dias: Querem saber o que manipulação, distorção da realidade e mentira cabeluda da boa? Leiam os comentários do "maria" e no dia 30 votem onde este não o fizer!          Liberal Assinante do Local: Parece-me que hoje Alberto Gonçalves vai longe demais em relação aos burguesinhos de esquerda, em que não vislumbra nenhuma qualidade em momento nenhum. Está quase certo, mas tal como é melhor não dizer nunca, também é melhor não dizer sempre. Lembro-me agora de Ana Drago, a que chamou "Calimero" ao Pinto de Sousa. Era dos burguesinhos de esquerda, não era? Não teria qualidades? A efectiva contribuição dos burguesinhos de esquerda na luta contra a homofobia não tem valor, não é também uma luta pela liberdade? Mesmo falando do racismo, esse partido não deu nenhuma contribuição para ao menos denunciá-lo?          TIM DO Ó > Liberal Assinante do Local: Homofobia e racismo. Tudo problemas inventados pela esquerda e que nunca existiram em Portugal. Agora a esquerda tenta criá-los dividindo os portugueses e tentando pôr uns contra os outros em tribos inimigas. Que péssimo e ignóbil trabalho. Tenha juízo. CHEGA de disparates e de divisões!! josé maria: Querem a eliminação do subsídio de desemprego ? Votem IL. Querem a eliminação da progressividade fiscal, em sede IRS, e a fixação de uma taxa única de 15%, para ricos, remediados e pobres ? Votem IL Querem o subfinanciamento acrescido do SNS ? Votem IL Querem a retirada de 3.500 milhões de euros de despesas sociais prementes ? Votem IL. Querem a descapitalização dos hospitais públicos e a injecção de dinheiro dos nossos impostos nos hospitais privados ? Votem IL         Liberal Assinante do Local > josé maria: Obrigado por elencar algumas boas razões para votar na IL. Eu nem sei se são ou não da IL as propostas, mas promissoras são!         josé mariaLiberal > Assinante do Local: Querem a defesa da nacionalização da TAP ? Votem IL: Candidato da IL a Lisboa já defendeu nacionalização da TAP. “Uma excelente opção para o desígnio nacional que a empresa tem”             josé maria > Liberal Assinante do Local: Querem coerência ideológica ? Nacionalização da TAP ? Votem IL às segundas, quartas e sextas. Querem a privatização da TAP ? Votem IL às terças, quintas e sábados. A IL é um enorme albergue espanhol, acolhe liberais e estatizantes ao mesmo tempo...          josé maria > Liberal Assinante do Local: Não querem intervenção do Estado na Iniciativa Privada ? Votem IL. Querem intervenção do Estado na Iniciativa Privada ? Votem IL.           TIM DO Ó > josé maria: Querem mais uma bancarrota, querem o fim do sistema nacional de saúde, querem mais impostos, electricidade e gasolina mais caras, mais corrupção, mais boys e girls e elites ainda mais ricas? Votem nos partidos da geringonça e na esquerda.          Carlos Rosario: A esquerda em geral é preguiçosa e nada empreendedora. Vive à sombra das empresas que outros criam e se esforçam para manter, porque tem um sonho e são capazes de fazer. A esquerda está sempre do contra e para se estar do contra é preciso que outros façam primeiro. Sem o empreendedorismo de alguns os contestatários não tinham razão de existir, pois nada fazem. As meninas do be são um exemplo disso. Foram um falhanço no teatro e viraram-se para a política.      João Alves: Em matéria de costumes a direita não pode continuar a ter a atitude bolorenta e bafienta de ignorar que determinados problemas sociais existem. A única maneira de retirar às esquerda as bandeiras da defesa das pessoas que se encontram nessas situações problemáticas é a de reconhecer a existência desses problemas e encontrar soluções para elas, que não se inspirem na teoria marxista refrescada pela noção gramsciana de hegemonia.      Alberto Pires > Gil Lourenço: Oportuníssima a sua intervenção. Há de facto a mania de que é a esquerda quem se preocupa com os problemas sociais porque usam essa falácia até à exaustão. As preocupações sociais foram desde sempre objectivo de doutrina da nossa matriz judaico-cristã, que é a responsável pela compreensão, pela tolerância, pela misericórdia, pela caridade, pelo perdão (num tempo em que esses sentimentos estavam totalmente ausentes do relacionamento social). Daí decorrem muitos avanços, lembrando que na Idade Média, eram de natureza religiosa as instituições que prestavam auxílio na doença (com conhecidos apoios da realeza e da nobreza, mormente em Portugal). O nosso D. Pedro V e sua Mulher, a Rainha D.Estefânia morrem muito jovens, vítimas da peste contraída em visitas regulares aos doentes hospitalizados. Não consta que Marx, Engells ou qualquer outro dos consagrados "espermatozóides" do comunismo e da esquerda em sentido geral, se tenha alguma vez sacrificado pelo próximo. Bramavam, zurravam para que se fizesse com o dinheiro dos outros. Como hoje a esquerda também só zurra para fazer com o dinheiro dos outros. A Direita faz, sem espalhafatos nem propaganda. Quem teorizou em documento detalhado e sólido as relações laborais foi o Papa Leão XIII, no Séc. XIX.  As grandes instituições de assistência social, como a Santa Casa ou a Casa Pia não têm nada a ver com a esquerda, nem sequer com a república, que quase só criou desgraça. A esquerdalha apenas aproveitou o aspecto político das questões sociais para procurar vantagens, mais nada. É preciso não perder a oportunidade, como fez o caro Gil Lourenço, para desmascarar o embuste e a mentira da esquerda, que muitos, por ignorância ou aleivosia, e sempre sem vergonha, gostam de repetir.        TIM DO Ó > João Alves: A esquerda quer lá saber da pobreza. Quer é aumentar impostos, fazer negociatas com a energia para nós pagarmos cada vez mais e tachos para os amigos e familiares. São um bando de burgueses gananciosos. Vão destruir tudo, a começar pelo SNS.       José Ramos: Um esplêndido artigo de AG - confesso que temia que ele fosse outra vez falar do Contra-Almirante, que eu gostaria muito de ver como Presidente em lugar do cata-vento (que certeiro foi Passos Coelho) que reside ao lado dos pastéis. Felizmente, AG destrói a "bondade" e a "democracia" do BE em comparação com a IL, que alguns trauliteiros de alguma direita que se rege - ainda! - pelos costumes dos do "Senhor Rey Dom Miguel" ou pelas opiniões, normalmente "avalizadíssimas", do motorista de táxi comum. Alberto Gonçalves  desnuda-os e desanca-os, tal como aos "progressistas" do BE, e está mais uma vez de parabéns.        Alberto Pires > José Ramos: Os costumes do Senhor Rei Dom Miguel eram apoiados pela maioria do Povo, que os tinha em boa conta. Quem os traiu (ao Rei e ao Povo) e passou a usar de golpes "palacianos" e não o vulgar varapau foi a "oficialagem" já muito contaminada pelo veneno do liberalismo e por isso virou a casaca, traindo no campo das armas com decisões perfeitamente inacreditáveis. Eu preferia, e prefiro, a solução popular. É muito mais limpa e mais definitiva, Coçar as costas com um varapau sempre deu resultados seguros. Livrem-me das intrigas e das traições... Meu caro, tenha cuidado, se me permite, ao falar de "motoristas". Eles são os executantes regulares das grandes estratégias do tempo sucialista, foi com o Sócrates, foi com o Cabrita, foi com o Rendeiro, com o Vieira das Orelhas (amigalhaço de súcias de topo), não saberemos até que ponto o(s) motorista(s) deste Pinho dos pinhões (digo, dos milhões) irá ou não aparecer nos esquemas que se vão conhecendo. Por isso deve haver alguma reserva no que lhes diz respeito, são os homens-chave do momento. O que confessarão eles ao travesseiro? Ou melhor, o que poderiam eles contar de interessante? Sabe-se que são sempre abandonados à sua sorte, pelos chefes, por isso não será difícil despertar-lhes a coragem para "pôr a boca no trombone"          José Ramos > Alberto Pires: Recordo sempre a quem defende o seu ponto de vista, seja com varapau ou "encostados à parede", que as costas podem ser as do "filósofo" e que a parede pode estar atrás delas.      Sérgio: Excelente.         Joaquim Rodrigues: Um dos grandes problemas de Portugal é a falta de "políticas públicas “verdadeiramente liberais" na actividade económica. Não é por acaso. O "capitalismo" em Portugal, quando nasceu, já nasceu torto. Os "princípios básicos" da "justa, livre, sã e leal concorrência”, da "igualdade de oportunidades" e da "livre iniciativa" foram desde sempre mandados às "malvas" e substituídos pelo "capitalismo dos compadres", encostados ao Estado e protegidos pelo Estado. Foi logo assim na Revolução Liberal que, em Portugal, em grande medida, se ficou pela expropriação das Ordens Religiosas e do Clero tendo, o património expropriado, sido distribuído pelos “amigos e compadres” da elite pseudo-revolucionária, em vez de ter sido distribuído pelo “povo” e pelos “assalariados rurais” como aconteceu, em geral, nas Revoluções Liberais da Europa. Foi assim durante a vigência do Salazar que, sendo profundamente anti-liberal, usou o Estado “Fomentador” para, através do proteccionismo económico, promover “compadres e amigos”. Foi também assim no curto período do PREC durante o qual os “comissários” do Cunhal usaram o Estado para “chantagear” empresas e empresários e para tentar colocar toda a “economia” na órbita e tutela do Estado.

Após o assassinato de Sá Carneiro (e não foi por acaso que foi assassinado), ficamos completamente à mercê dos herdeiros de salazar/cunhal, uns o contraponto dos outros, mas agora, cada vez mais unidos, pelo totalitarismo, pelo proteccionismo económico, pelo ódio à liberdade, à democracia, ao mercado e à concorrência. Salazar e Cunhal são os “pais ideológicos” da partidocracia reinante, do capitalismo de compadrio, do simulacro de democracia que vivemos em Portugal e que está a sufocar o País. Como nos mostraram os Sócrates, os Salgados, os Pinhos, os Berardos, os Vieiras e os Linos deste País é esse capitalismo, o "capitalismo dos compadres" que ainda hoje temos em Portugal. É por essa razão que a Iniciativa Liberal é muito importante para Portugal.               Elvis Wayne: Gosto das crónicas do autor, mas por vezes (nem sempre) o que parece em política é. A IL (e o bé) defendem a eutanásia, o aborto, a canábis, as drogas "leves", a legalização da prostituição, quotas raciais na polícia (e em mais sítios), a pantominice da regionalização e claro (como não podia deixar de ser) velam pelos interesses da máfia do alfabeto (lgtqwyz...). Quando vi em 2019 o programa da IL (altura em que pensei em neles votar), fiquei com uma estranha sensação de déjà vu. As parecenças entre o bé e IL fora da economia não são mera coincidência. O bé é burlesco. Sendo assim, ou a IL ganha juízo e se afasta da palhaçada do progressismo bacoco ou então assume-se alegremente como um "bé com noções de economia". De resto, cumprimentos.      Eduardo Soares > Elvis Wayne: Ser liberal não é defender qualquer uma das questões que elencou. É aceitar que há quem defende e quem não defende é ficar calado nas questões de consciência deixando as pessoas decidirem o que cada uma achar melhor. Ao contrário da esquerda que entende dar "linhas gerais" na abordagem a esses temas e impor uma "consciência" como a correcta.          Gil Lourenço > Eduardo Soares: Mas ser liberal não é pactuar com quem defende a quotas...a IL assobia para o lado. Não censura o politicamente correcto que por si só já é uma censura! Isto é ser liberal? Deve estar a gozar! Ah, claro é o liberalismo dito americano! Já agora um verdadeiro liberal não aceita o aborto: a vida deve ser inviolável! Seja como for pelo menos não aceita que ele seja pago por todos os contribuintes!           Gil Lourenço > Joaquim Rodrigues: Estão tão nos antípodas que por vezes se tocam. Vá ver as afirmações e posições de uma Maria Castelo Branco que não é uma qualquer da IL... É claro que o BE não é democrata. Mas também Pinochet não era democrata e lá se conciliou com o liberalismo económico. Ou seja, aqui parece ser o contrário: é a IL que se aproxima em muitas coisas do BE! A IL parece ser uma espécie de liberalismo no sentido americano ou canadiano. Uma desilusão e inutilidade! Só se aproveita a parte económica... de resto... Mas na parte económica já há outros partidos à direita que também defendem essas posições.              Pedromi: Na muche...chapeau!!!            Maria Alva: Óptimo artigo, excepto os laivos negacionistas sanitários do AG, com os quais não me identifico.      TIM DO Ó > Francisco Correia: Não é uma questão de Portugal ou do Canadá; é uma corrente internacionalista global. Os liberais defendem também a proliferação das drogas, a agenda LGBT, a destruição da família enquanto pilar da sociedade, quotas raciais em prejuízo do mérito, divisão da população em raças com guerras civis raciais, racismo anti-branco, a propaganda da bandeira arco íris desestruturante (tantas as que aparece nos comícios da IL), a globalização com a emigração descontrolada e substituição da população do Ocidente, a ganância das multinacionais do capitalismo selvagem globalizante, os super-milionários com fortunas obscenas superiores a países, combatem a cultura e os costumes ocidentais eliminando as referências nacionais criando um vazio nas populações, combatendo a História e os heróis do passado, etc. Os liberais são um cancro que quer destruir o Ocidente para os grandes multimilionários dos mercados poderem mandar no mundo e ter milhões de "escravos". Os liberais são um projecto terrível de poder em curso surgido no partido democrata dos EUA e que está a destruir a classe média. Só não são piores que os comunistas. Chega!                Francisco CorreiaTIM DO Ó: Não me parece nada que a IL seja esse papão que pintas (piores que os comunistas). Seja como for, cada um é livre de votar onde entender e no fim contam-se os votos.          TIM DO Ó > Francisco Correia: Eih, eu não disse piores que os comunistas. Eu disse piores, só os comunistas. Os comunistas são piores. E os socialistas também. Em todo o caso, é como diz. Todas as correntes têm direito a ter representação política partidária e cada um votará no que entender. A democracia é isso.          I G: Concordo com todas as considerações excepto com as relativas a política sanitária que me parece já para o autor entrar no domínio da crença.         Amilcar Alhão: Acabei de ler o artigo. Apraz-me aduzir dois singelos comentários, se não para quem os queira ler, pelo menos para minha satisfação de os escrever: - estou totalmente de acordo com o texto do AG (como em 99,99% das vezes); e - correndo o risco de me estar sempre a repetir, mas não me canse de o fazer, aquilo que nos une, ou deveria unir (à IL, ao PSD, ao CDS, E TAMBÉM AO CHEGA), é muito, muito, muito mais do que aquilo que nos separa, a começar, a continuar e quase que também a terminar, por correr por todos os meios democráticos e legais possíveis com o socialismo-comunismo do poder. E eu diria que se ainda assim não for suficiente, então é mesmo correr a pontapé e à viva força, pois É A SOBREVIVÊNCIA DE PORTUGAL QUE ESTÁ EM CAUSA. Parece-me que com tanta gente inteligente (daqui excluo desde já o Rui Rio, evidentemente), não me parece difícil. Eu vou fazendo a minha parte.         Elvis Wayne > Amilcar Alhão: Exatamente, concordo em 100% !         TIM DO ÓAmilcar Alhão: Sim. Concordo em absoluto. A direita está sempre dividida e cheia de complexos de inferioridade e devia-se unir para enriquecer o país. A esquerda, essa une-se sem complexos e por isso consegue o seu objectivo: empobrecer o país e enriquecer as elites e os lobies do poder.      Joaquim Almeida: Excelente requisitório. Parece-me que essa rapaziada   IL - muitos, alguns, poucos ? - sofre de esquizofrenia ideológica  essencial.  Consenso não é ciência: ciência é conhecimento objectivo demonstrável, nâo é votação de braço no ar ou secreta.  Alfaiate Tuga: Tanto quanto me recordo o único deputado eleito pela IL tem votado sempre contra as medidas estúpidas que alegadamente visam evitar a propagação do Covid, penso que quanto a isto não restam dúvidas e é exatamente isto que interessa, ações e não conversa. Se vamos começar a avaliar um partido pelo que dizem alguns dos seus militantes ou até dirigentes estamos mal, o que interessa é o que propõe e aprovam ou rejeitam no parlamento, pois são as leis que de lá saem que teremos de cumprir. Agora falando de liberdade, a defesa das liberdades individuais não podem ser confundidas com a defesa da anarquia onde cada um faz o que quer, penso ser consensual que tem de existir regras (leis), que imponham limites a certas liberdades sob pena de tornarmos o país numa selva. Coisa diferente é discutir quão limitativas da minha liberdade são as leis vigentes, por exemplo, não concordo que a lei limite a minha liberdade de circular nas auto-estradas a 150kmh, é uma questão de magnitude, concordo que exista um limite mas não tão baixo como os atuais 120kmh. Agora há outa liberdade que vejo fortemente restringida e que me preocupa muito mais, é a liberdade de fazer o que quiser com os proveitos obtido a trabalhar, pois o estado suportado por leis aprovadas no parlamento obriga-me através de impostos diretos e indiretos a entregar-lhe metade do meu rendimento privando-me assim de decidir o que fazer com ele. Alguns dirão, não quero pagar impostos, eu digo, sim quero, mas mais uma vez é uma questão de magnitude, dito de outra forma, quero mais liberdade para decidir o que fazer com o meu dinheiro, não quero que seja o estado a decidir em que escola devem andar os meus filhos, que hospital ou médico usar, etc. pois no final o dinheiro que me é cobrado com o propósito de me prestar serviços serve para resgatar bancos, TAP’s , EFACEC’s e alimentar uma imensidão de funcionários públicos que já quase ninguém quer ver pela frente . A IL tem andado bem na defesa destes propósitos , veremos quantos deputados terá na próxima legislatura. Confundir o BE com o IL , talvez nos costumes, mas no que respeita à liberdade de fazer com o meu dinheiro o que bem entender, a maninha já explicou a quem tinha dúvidas, é preciso ir buscar o dinheiro onde ele está. Portanto o IL até ver é o único partido que vejo como amplo defensor das liberdades .

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Coronavirus corona > Pedro Belo

1. O papel do Estado não é proporcionar felicidade. Essa ideia é até, em certo sentido, perigosa. Se eu obtiver felicidade a matar, a enganar velhotes ou a incendiar florestas o Estado não pode promover essa minha felicidade. O Estado deve simplesmente garantir um conjunto de direitos. Ainda que eles não concorram para a felicidade de alguns. 

2. A abolição da pena de morte teve como ratio uma ideia utilitária: com tantos territórios na África que outras potências reclamavam era muito mais útil que as condenações implicassem o desterro para esses mesmos territórios. Isso é patente nalguns debates parlamentares da época.

3. A eutanásia é um processo complicado de facto. Veja-se como evoluiu e para onde evoluiu na Holanda. 

Coronavirus corona > Pedra Nussapato

É uma questão de perspectiva. Se hoje entrasse na Coreia do Norte a apregoar a liberdade individual eles olhariam para si como uma cabeça retorcida. Porquê? Porque estão de tal forma lobotomizadas que quem pensa diferente é um estranho.

Convinha recordá-lo que a grande maioria dos países ocidentais continua a proibir a eutanásia. Das duas uma: ou é tudo gente com uma mente retorcida ou o Nussapato é um génio que está uns séculos avançados. 

Há uma terceira hipótese: isto não tem nada de avanço ou meio avanço. É um retrocesso. Um retrocesso para os meandilros do séc XIX e para o positivismo que caracterizou não só esse século como a primeira metade do século XX………………………………………………………………………………………………………………………..

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