De que o inferno está cheio.
I TEXTO: CONFLITO
RÚSSIA-UCRÂNIA, MUNDO
Os
Acordos de Minsk “morreram”: porque é que eram importantes?
Sete
anos depois de celebrados, ainda não tinham saído do papel, mas eram a luz ao
fundo do túnel para evitar um conflito na Europa.
22 Fevereiro,
2022 | RITA ROGADO e SIC Notícia
Os Acordos
de Minsk eram a “luz ao fundo do túnel” para evitar
um conflito na Europa, a base para negociações entre a Rússia e a Ucrânia sobre
os territórios separatistas. Deixaram de ser opção, esta segunda-feira,
depois de o Presidente da Rússia reconhecer a
independência de Lugansk e Donetsk, territórios
separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia. Vladimir Putin veio dizer, um dia
depois, que os Acordos de Minsk “já não existem”.
Sete
anos depois de celebrados e com interpretações diferentes de
ambas as partes, os Acordos de Minsk ainda não tinham saído do
papel. Celebrados em 2015, iam estabelecer um estatuto
político próprio para os dois territórios que desse
garantias de paz na Europa.
A
Ucrânia concedia autonomia às duas regiões
separatistas – Donetsk e Lugansk – em troca da recuperação da fronteira leste,
com a Rússia. Este cenário nunca aconteceu. Na verdade, conseguiram apenas
uma redução da intensidade dos combates, com
mudanças e conflitos constantes.
Chamam-se Acordos de Minsk porque
foram assinados depois de 17 horas de conversações em
Minsk, capital da Bielorrússia. Surgem depois da anexação da
Crimeia e da guerra civil de Donbass, no leste da Ucrânia em 2014.
II TEXTO: O dia em que Vladimir Putin matou os
Acordos de Minsk — e abriu a porta a uma possível guerra
Com um discurso “agressivo”, mas
“ambíguo”, Putin reconheceu independência de separatistas. Horas depois, enviou
“força de paz”. Com tropas no terreno, conflito parece cada vez mais próximo.
CÁTIA BRUNO: Texto
INÊS SANTINHOS
GONÇALVES: Texto
OBSERVADOR, 21 fev 2022
Índice
Putin
humilhou membros do governo em directo na TV. De seguida, fez discurso “negro e
agressivo” ao país. Ocidente une-se em condenação à Rússia e avança com
sanções. Tropas russas a caminho de Donbass em “missão de
paz”. Ficarão por aí?
O aviso foi feito a Emmanuel Macron e Olaf Scholz antes de ser dito aos próprios
russos: a Rússia vai reconhecer a
independência das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da
Ucrânia, rasgando efectivamente os
Acordos de Paz de Minsk, nos quais está envolvida com a Ucrânia, a
França e a Alemanha.
De seguida, teve início o discurso à nação. Durante cerca de uma hora,
Vladimir Putin embarcou numa senda de revisionismo histórico para justificar porque considera que a Ucrânia é em espírito russa, elencou um rol de queixas contra o Ocidente e a NATO,
acusou os EUA de controlarem de
facto a Ucrânia e desfilou as suas críticas aos governantes de
Kiev, que apelidou de oligarcas e
genocidas.
“Quase todos
os dias estão a atacar aldeias em Donbass e estão a reunir grandes conjuntos de
tropas”, afirmou o Presidente russo, dizendo mesmo que estão a ser “torturados”
idosos e crianças. “Não há um fim à vista. (…) Tudo porque estas pessoas não
quiseram apoiar o golpe de Estado de 2014”, disse, referindo-se à revolução
de 2013/2014 em Kiev que afastou Viktor Yanukovich, na sequência de o seu governo
ter recuado da assinatura de acordos comerciais com a União Europeia.
“O
mundo dito civilizado, como os nossos parceiros ocidentais gostam de se
intitular, prefere não reparar no genocídio de quase quatro milhões de pessoas”,
disse Putin sobre a situação em Donbass
— uma acusação que o Kremlin já faz há
semanas, muito embora a missão de acompanhamento da OSCE no local só tenha registado um aumento muito significativo das
hostilidades nos últimos dias,
não sendo claro qual dos lados cometeu essas violações.
▲ Os
líderes das autoproclamadas repúblicas independentes de Donetsk e Lugansk na
assinatura do reconhecimento russo com Vladimir Putin
ALEXEI NIKOLSKY/TASS
Foi
um discurso duríssimo. Tanto que
Sam Greene, diretor do Instituto da Rússia da King’s College e um dos observadores
mais moderados do país, não hesitou em classificar o conteúdo da comunicação
como “incrivelmente negro e agressivo”. “Já vi muitos discursos de Putin e acho que nunca vi um assim”,
escreveu no Twitter. Assim que os microfones se desligaram, Putin e os líderes
das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk assinaram uma série de acordos. Horas
antes, Vladimir Putin tinha conduzido um exercício ao vivo na televisão estatal, deixando claro que é ele quem
toma as decisões no Kremlin. A reunião do Conselho de Segurança
nacional, com a presença de ministros e responsáveis militares, teve momentos
próximos da humilhação dos seus colegas. Quando
Sergei Naryshkin, director dos serviços de informação externos, hesitou em
responder sobre se apoiava a decisão de reconhecer a independência das
repúblicas separatistas, foi recebido com um brusco “Fale directamente!” de
Putin. Respondeu que as repúblicas deveriam
“tornar-se parte da Rússia” e foi admoestado pelo Presidente — “não é isso que
está a ser discutido”. “Tomarei
uma decisão ainda hoje”, anunciou Putin no final da sessão, perante uma
audiência em silêncio.
Pouco depois, ali estava ele em frente ao país. Sobre a Ucrânia falou muito, bem como sobre “O Império Russo” ou os “erros”
dos líderes soviéticos — como
Lenine, que batizou de “criador da Ucrânia”, frase que
faria muitos historiadores franzirem o sobrolho. Sobre Donbass, muito pouco, a não ser o
anúncio de reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk e ameaças vagas de
“consequências” caso os civis — muitos com passaporte russo — não sejam
protegidos.
▲ Putin na reunião com o seu
Conselho de Segurança da manhã desta segunda-feira
ANADOLU AGENCY VIA GETTY IMAGES
Para
Steven Pifer, antigo embaixador norte-americano em Kiev, Putin “manteve alguma ambiguidade” no discurso. Mas o diplomata deixou o alerta: “Tendo
em conta as suas acções ao longo dos últimos três meses, os EUA e a
Europa devem assumir o pior… Que a Rússia irá lançar um ataque mais lato à
Ucrânia.”
Não
tardou muito a que Putin assinasse um decreto a anunciar o envio de “forças de paz” para Donbass. Ou seja, tropas russas a caminho do leste da
Ucrânia. Se tal configura ou não uma invasão depende do entendimento das várias
potências. Se resultará em guerra aberta, ainda é uma incógnita.
Ocidente
une-se em condenação à Rússia e avança com sanções
Ainda
o discurso de Vladimir Putin não tinha terminado e já surgiam reacções do Ocidente. “É uma repudiação do processo de Minsk e dos
acordos de Minsk e acho que é um muito mau presságio e um sinal muito sombrio”,
afirmou Boris Johnson.
As
seguintes vieram em catadupa e todas repetindo as mesmas expressões: “Violação da lei internacional” e “ataque
à soberania e integridade territorial da Ucrânia”. Chegaram da Comissão Europeia, Conselho Europeu,
da NATO, de países vizinhos como a Letónia, que não hesitou em anunciar
imediatamente o envio de mísseis anti-tanque para a Ucrânia.
Tudo
aconteceu à velocidade da luz. Minutos
depois desta ronda de condenações, começaram a surgir os anúncios de sanções. Os
primeiros foram os Estados
Unidos, que quiseram
avançar com medidas punitivas sozinhos, ainda antes das colectivas. A Casa
Branca não deu muitos pormenores mas garantiu que ia proibir “novos
investimentos, comércio e financiamento, por qualquer americano, para, de, ou
nas duas províncias separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk”, que foram
reconhecidas como independentes pela Rússia.
“Estas
medidas são distintas das medidas económicas rápidas e severas que temos vindo
a preparar em coordenação com os aliados a parceiros, caso a Rússia continue a
invadir a Ucrânia”, podia
ler-se no comunicado da Casa Branca.
▲ Cidadão
de Donbass retirado do território acompanha o discurso de Putin na TV
ERIK ROMANENKO/TASS
Tropas russas a caminho de Donbass em
“missão de paz”. Ficarão por aí?
Logo
a seguir foi a União Europeia. Em
comunicado, Ursula von
der Leyen,
presidente da Comissão Europeia, e Charles
Michel,
presidente do Conselho Europeu, disseram condenar “nos mais fortes termos
possíveis” a decisão de Putin e afirmaram que “a União vai reagir com
sanções contra os envolvidos neste ato ilegal”.
O
Reino Unido não quis
ficar atrás, e depois de comentários da ministra dos Negócios Estrangeiros de
que as acções de Putin não iam “ficar impunes”, Liz Truss foi mais longe e
garantiu que o Reino Unido
ia avançar com sanções próprias
na terça-feira. Mas mais uma vez, não foram dados detalhes sobre estas
sanções. Até a ONU subiu
mais o tom que o habitual, com o secretário-geral, António Guterres, a
dizer, em comunicado, que a decisão é “incompatível com os princípios
da Carta das Nações Unidas”.
▲ O
secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou que a acção russa viola a
"Carta de Princípios" das Nações Unidas
Biden
e Zelensky pegaram no
telefone e falaram durante 35 minutos, mas pouco se sabe do conteúdo. Um
comunicado da Casa Branca indica que “Biden reafirmou o compromisso para com
a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, condenando a decisão de
Putin” e “reiterou que os Estados Unidos vão responder de forma rápida e
decisiva, alinhados com os aliados e parceiros a mais agressões russas contra a
Ucrânia”.
Além de anunciar conversas com líderes
ocidentais, pouco foi dito ainda pelo governo ucraniano, mas a
procuradoria-geral do país anunciou que abriu um processo crime relacionado com
as ações de Vladimir Putin para mudar as fronteiras do país. Irina Venediktov escreveu no Facebook que se viu
forçada a agir depois do reconhecimento da independência das províncias
separatistas ucranianas, e explicou que abriu o processo ao abrigo do artigo
11º código penal, que proíbe apelos deliberados para mudar as fronteiras do
país.
Até
o ex-campeão mundial de xadrez Gary
Kasparov, um dos
maiores opositores do presidente russo, não quis deixar esta jogada de Putin em
branco: “+”.
As
reacções oficiais coincidem no uso da palavra “sanções”. Putin, porém, deixou claro no seu discurso que
não se sente ameaçado por elas: “Tentaram chantagear-nos, ameaçar-nos
com sanções. Acho que as vão impor e continuar a usá-las à medida que o nosso
país se tornar mais poderoso. Vão sempre invocar uma desculpa para aplicar
sanções, o objetivo deles é travar o desenvolvimento da Rússia”, disse, sobre o
Ocidente, que acusou de usar “as mesmas velhas palavras” ao longo dos últimos
dias.
Tropas
russas a caminho de Donbass em “missão de paz”. Ficarão por aí?
O espaço para a diplomacia é, por isso,
cada vez mais diminuto. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey
Lavrov, vai encontrar-se com o secretário de Estado americano, Anthony Blinken,
esta quinta-feira. Blinken avisou, porém, que cancelará o encontro caso a
Ucrânia seja invadida, o que significa que pode cair com o envio destas tropas
para a “manutenção da paz”.
“Têm de parar estas hostilidade e
derramamento de sangue em Donbass. Caso contrário, qualquer consequência terá
de pesar nas suas consciências.”
Vladimir Putin no seu discurso desta
segunda-feira, dirigindo-se aos governantes de Kiev:
No
seu discurso, Vladimir Putin colocou o ónus nos “governantes de
Kiev”. “Têm de parar estas hostilidade e derramamento de sangue em
Donbass. Caso contrário, qualquer consequência terá de pesar nas suas
consciências”, disse,
antes de concluir o discurso. Antes disso, já tinha deixado uma ameaça velada aos ucranianos: Por entre as declarações sobre a História do
pós-Guerra Fria e críticas ao derrube de estátuas de Lenine, Putin assegurou
estar pronto para “mostrar à Ucrânia o que é a descomunização [nome dado
na Ucrânia ao processo de afastamento do legado soviético] a sério”. Avisos
que Max Seddon, correspondente do Financial Times em Moscovo, interpretou como
sendo “apenas o início”. “O discurso deixa isto claro: a guerra
está em cima da mesa.”
Com
a chegada das “forças de paz” russas a Donbass, a tensão sobe para níveis nunca
vistos. A grande dúvida, neste momento, é se as tropas de Moscovo irão entrar
e, se o fizerem, se permanecerão apenas no território do leste da Ucrânia
controlado pelos rebeldes (atrás da chamada “linha de controlo”) ou se tentarão
avançar para as partes de Donbass controladas pelo exército ucraniano. Resta
também saber como irá Kiev reagir a estes últimos acontecimentos. Na tarde
desta segunda-feira, Andriy Zagorodnyuk, ex-ministro da Defesa ucraniano, afirmou que,
se tropas russas entrarem em cidades pró-russas controladas pelos
ucranianos, como Mariupol e Kramatorsk, “haverá guerra”.
ALEXANDER RYUMIN/TASS
Por
enquanto, as críticas podem subir de tom, mas tudo dependerá da acção das
tropas russas no terreno. Por muito
que António Guterres fale em “violação da Carta das Nações Unidas”, a verdade é
que grande parte de Donbass já é controlada de facto pela Rússia,
tendo em conta a lealdade das repúblicas independentes a Moscovo. Mas
qualquer avanço para lá desse território ou agressão de ou contra os soldados
ucranianos significará guerra aberta entre Rússia e Ucrânia.
Ao
cair da noite, o especialista Sam Greene resumia a situação como sendo “o trabalho preliminar” para uma ocupação da Ucrânia. “Não quer dizer que é para aí que ele vai. Mas está a
dar corda às pessoas nesse sentido.” Em Donetsk e Lugansk, o discurso de
Putin e envio das tropas foi recebido com festejos: fogo de artifício e
bandeiras russas.
RÚSSIA-UCRÂNIA MUNDO NATO ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA
COMENTÁRIOS:
JS M: Colocar na mesma balança a vontade de gerações e gerações de ucranianos com
a leveza de maiorias fugazes e momentâneas dá nisto. Uma possível guerra da
Ucrânia consigo própria. Viva a democracia liberal e quem vier atrás que apague
a luz. Eduardo O
Liberal: Lançamento imediato do
1º pacote de Sanções sobre a Rússia, sobre Putin e sobre os Oligarcas russos.
Incluindo o fim imediato de todos os contactos e ligações culturais,
desportivas, e científicas, com expulsão imediata de todos os cientistas,
corpos de bailado, orquestras, etc., russas que ainda estejam em países da
NATO. Não reconhecimento internacional dessas "repúblicas" como
entidades independentes. Fim de todos os contactos políticos com o Kremlin e
obviamente FIM a qualquer ideia de Cimeira com Putin. Bloqueio de todas as
exportações e pagamentos à Rússia, incluindo de medicamentos, equipamento e
material médico. Congelamento de todas as contas bancárias de Oligarcas russos
em bancos europeus e de outros países da NATO, e Suíça. Aceleração no envio de
mais material bélico e "experts" militares para a Ucrânia e para a
Polónia, Roménia, Países Bálticos, enquanto membros da NATO. Lançamento de
ataques cibernéticos contra alvos russos, recrutando se necessário funcionários
russos desafectos ao Regime de Putin, Etc. O Ditador Putin só percebe a
Linguagem da Força.
C. Marques: Olha se os States disseram alguma coisa quando os chinocas se apropriaram
do Tibete... Zé
Nabo > C. Marques: Muito bem visto. Curioso também é o facto de aquela malta que tanto se
congratula com a liberdade e a autonomia dos povos, ache agora mal que os
russos das zonas ocupadas pela Ucrânia se rebelem e lutem pela sua
independência. Finalmente, curioso também é que os mais aguerridos na luta
contra Putin (que é, de facto, um ditador) sejam aqueles que mais precisam de
resolver problemas internos nos seus países: o senil Biden, com a crise
económica nos EUA, o pequeno Macron, com as presidenciais a aproximar-se, e
Johnson, o folião, com os escândalos das festas em Downing Street. C. Marques: Pela estatura, parece arraçado de
napoleão... Filipe
Ferreira: Putin é um
ditador que está na linha comportamental com hitler e estaline. Zé Nabo > Filipe Ferreira: ... e (não o esqueçamos!) até mesmo Satanás. advoga diabo: A Ucrânia violou
sistematicamente os Acordos de Minsk. Facilitou a vida a Putin e, parece, à
vontade da maioritariamente russófona população! Geiger Dieter: O glorioso Exército Vemelho
avançou e só parará em Cascais. Hoje é dia de vodka reforçado na sede do PCP. Geiger Dieter: Este foi o dia em que Moscovo
invadiu a Europa. Meliodas
Da Silva: O maior erro da
Ucrânia foi terem-se livrado das armas nucleares. Se bem que considerando a
instabilidade daquele país ao longo dos anos, ainda iam parar algumas ao
mercado negro. mário
Unas: Diante do
critério do Ocidente para os casos Donetsk e Lugansk... Lembremos Kosovo. Pelos
vistos a vontade de um povo é condição necessária mas não suficiente para se
ver reconhecida pelos "paladinos da democracia e da liberdade". Pelos
vistos essa vontade tem que ser também pró-ocidental. Estamos conversados.
esquerdopata
censurador: Onde andam os defensores da
independência da Catalunha ??? Ferrari Amarelo > Meliodas Da Silva: Ok… A NATO é uma organização que
tem a sua razão de ser combater a Rússia. Da mesma forma que os EUA não
permitiram que Cuba “acolhesse” mísseis russos, não vale a pena pensar que a
Rússia vai permitir que a Ucrânia, que é o berço da identidade russa, se
transforme num protectorado da NATO. E se é verdade que a Ucrânia é um país soberano, a sua
posição geográfica (e a bagagem histórica!) deveria fazer com que equacionasse,
seriamente, que inimigos quer coleccionar. Se bem me recordo, a primeira vez
que se aproximou do Ocidente perdeu a Crimeia. Agora aliciados pela NATO,
voltou a tentar uma aproximação ao Ocidente e acaba de perder o Leste do país.
Ou seja, é uma manta de retalhos soberanos… E nem vale a pena perguntar ou
vale, por que carga de água é que a NATO (que já nem devia existir!) quereria a
Ucrânia como membro??? Meliodas
Da Silva > Ferrari
Amarelo: A posição geográfica é
secundária aqui. Putin nunca latiu com a entrada do trio Báltico na NATO. Eu não acho que a organização
devia acabar, a Rússia continua a ser hostil com o Ocidente, a financiar
partidos radicais de direita e esquerda e a procurar desestabilizar a Europa. José Montargil: Os Acordos de Minsk nunca fora
cumpridos nem pela Rússia nem pela Ucrânia. Foram letra morta para os dois
países. Não vale a pena tentar enganar os leitores. A Ucrânia não é nenhuma virgem
aprisionada e diabolizar o Putin não nos leva a parte nenhuma. Este tipo de
"coisas" ou "acontecimentos" internacionais são explorados
passionalmente, tomam-se partidos cegamente e sem qualquer base racional. Nem
tentam explicar os argumentos das partes em conflito. Os media são a voz do
dono americano. As notícias não podem ser mais superficiais, mais incoerentes,
escritas por gente inculta e alinham cegamente pelo amigo americano. É pena,
os assuntos não serem mais aprofundados mais explicados pelos comentadores na
têvê sem terem de obedecer a uma visão supostamente ocidental. Limitam-se
a repetir clichés mais que usados na Guerra Fria, muitas vezes misturados com
opiniões pessoais sem qualquer base real. As notícias e os comentários das
"mentes iluminadas" muitas vezes parecem "partilhas" das
Testemunhas de Jeová. Só lhes falta chorar para a câmara. Manuel Rodrigues: Proletários de todo o mundo
uni-vos !!! Vivam as amplas liberdades e assim somos donos do nosso destino. A
decisão do kamarada é para o bem supremo do nosso Povo que tanto a
ambicionava.... Estamos no êxtase. Ucraniano agradecido e
maravilhado Eduardo
O Liberal: Talvez a Alemanha
devesse ocupar quanto antes o território de Koenigsberg (a que os russos chama
Kaliningrado), em mãos russas desde 1945, e que era parte da Prússia Oriental.
E depois envia "Forças da Paz" para esse território para deter os
russos após, claro, ter expulso todos os russos desse território Prussiano. José Miguel Pereira:
A Internacional Iliberal está
deliciada. Eduardo
O Liberal > José Miguel
Pereira: Talvez venham a pagar muito caro Tony Fraud Chi: Tenho pena dos pobres
jornalistas que tanto desejavam a guerra. A guerra já acabou. Putin não é
maluco ao ponto de avançar mais, Donetsk e Lugansk foram anexadas e agora veremos
se o ocidente vai entrar em guerra por causa de 2 cidades ou se vai deixar
Putin ganhar. Pela vontade dos media era guerra já. Veremos o que acontece…….
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