quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

As boas intenções


De que o inferno está cheio.

I TEXTO: CONFLITO RÚSSIA-UCRÂNIAMUNDO

Os Acordos de Minsk “morreram”: porque é que eram importantes?

Sete anos depois de celebrados, ainda não tinham saído do papel, mas eram a luz ao fundo do túnel para evitar um conflito na Europa.

22 Fevereiro, 2022 | RITA ROGADO e SIC Notícias

Os Acordos de Minsk eram a “luz ao fundo do túnel” para evitar um conflito na Europa, a base para negociações entre a Rússia e a Ucrânia sobre os territórios separatistas. Deixaram de ser opção, esta segunda-feira, depois de o Presidente da Rússia reconhecer a independência de Lugansk e Donetsk, territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia. Vladimir Putin veio dizer, um dia depois, que os Acordos de Minsk “já não existem”.

Sete anos depois de celebrados e com interpretações diferentes de ambas as partes, os Acordos de Minsk ainda não tinham saído do papel. Celebrados em 2015, iam estabelecer um estatuto político próprio para os dois territórios que desse garantias de paz na Europa.

A Ucrânia concedia autonomia às duas regiões separatistas – Donetsk e Lugansk – em troca da recuperação da fronteira leste, com a Rússia. Este cenário nunca aconteceu. Na verdade, conseguiram apenas uma redução da intensidade dos combates, com mudanças e conflitos constantes.

Chamam-se Acordos de Minsk porque foram assinados depois de 17 horas de conversações em Minsk, capital da Bielorrússia. Surgem depois da anexação da Crimeia e da guerra civil de Donbass, no leste da Ucrânia em 2014.

 

II TEXTO: O dia em que Vladimir Putin matou os Acordos de Minsk — e abriu a porta a uma possível guerra

Com um discurso “agressivo”, mas “ambíguo”, Putin reconheceu independência de separatistas. Horas depois, enviou “força de paz”. Com tropas no terreno, conflito parece cada vez mais próximo.

CÁTIA BRUNO: Texto

INÊS SANTINHOS GONÇALVES: Texto

OBSERVADOR, 21 fev 2022

Índice

Putin humilhou membros do governo em directo na TV. De seguida, fez discurso “negro e agressivo” ao país. Ocidente une-se em condenação à Rússia e avança com sanções. Tropas russas a caminho de Donbass em “missão de paz”. Ficarão por aí?

O aviso foi feito a Emmanuel Macron e Olaf Scholz antes de ser dito aos próprios russos: a Rússia vai reconhecer a independência das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, rasgando efectivamente os Acordos de Paz de Minsk, nos quais está envolvida com a Ucrânia, a França e a Alemanha.

De seguida, teve início o discurso à nação. Durante cerca de uma hora, Vladimir Putin embarcou numa senda de revisionismo histórico para justificar porque considera que a Ucrânia é em espírito russa, elencou um rol de queixas contra o Ocidente e a NATO, acusou os EUA de controlarem de facto a Ucrânia e desfilou as suas críticas aos governantes de Kiev, que apelidou de oligarcas e genocidas.

 Quase todos os dias estão a atacar aldeias em Donbass e estão a reunir grandes conjuntos de tropas”, afirmou o Presidente russo, dizendo mesmo que estão a ser “torturados” idosos e crianças. “Não há um fim à vista. (…) Tudo porque estas pessoas não quiseram apoiar o golpe de Estado de 2014”, disse, referindo-se à revolução de 2013/2014 em Kiev que afastou Viktor Yanukovich, na sequência de o seu governo ter recuado da assinatura de acordos comerciais com a União Europeia.

O mundo dito civilizado, como os nossos parceiros ocidentais gostam de se intitular, prefere não reparar no genocídio de quase quatro milhões de pessoas”, disse Putin sobre a situação em Donbass — uma acusação que o Kremlin já faz há semanas, muito embora a missão de acompanhamento da OSCE no local só tenha registado um aumento muito significativo das hostilidades nos últimos dias, não sendo claro qual dos lados cometeu essas violações.

 Os líderes das autoproclamadas repúblicas independentes de Donetsk e Lugansk na assinatura do reconhecimento russo com Vladimir Putin

ALEXEI NIKOLSKY/TASS

Foi um discurso duríssimo. Tanto que Sam Greene, diretor do Instituto da Rússia da King’s College e um dos observadores mais moderados do país, não hesitou em classificar o conteúdo da comunicação como “incrivelmente negro e agressivo”. Já vi muitos discursos de Putin e acho que nunca vi um assim, escreveu no Twitter. Assim que os microfones se desligaram, Putin e os líderes das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk assinaram uma série de acordos. Horas antes, Vladimir Putin tinha conduzido um exercício ao vivo na televisão estatal, deixando claro que é ele quem toma as decisões no Kremlin. A reunião do Conselho de Segurança nacional, com a presença de ministros e responsáveis militares, teve momentos próximos da humilhação dos seus colegas. Quando Sergei Naryshkin, director dos serviços de informação externos, hesitou em responder sobre se apoiava a decisão de reconhecer a independência das repúblicas separatistas, foi recebido com um brusco “Fale directamente!” de Putin. Respondeu que as repúblicas deveriam “tornar-se parte da Rússia” e foi admoestado pelo Presidente — “não é isso que está a ser discutido”. “Tomarei uma decisão ainda hoje”, anunciou Putin no final da sessão, perante uma audiência em silêncio.

Pouco depois, ali estava ele em frente ao país. Sobre a Ucrânia falou muito, bem como sobre “O Império Russo” ou os “erros” dos líderes soviéticos — como Lenine, que batizou de “criador da Ucrânia, frase que faria muitos historiadores franzirem o sobrolho. Sobre Donbass, muito pouco, a não ser o anúncio de reconhecimento da independência de Donetsk e Lugansk e ameaças vagas de “consequências” caso os civis — muitos com passaporte russo — não sejam protegidos.

 Putin na reunião com o seu Conselho de Segurança da manhã desta segunda-feira

ANADOLU AGENCY VIA GETTY IMAGES

Para Steven Pifer, antigo embaixador norte-americano em Kiev, Putin “manteve alguma ambiguidade” no discurso. Mas o diplomata deixou o alerta: “Tendo em conta as suas acções ao longo dos últimos três meses, os EUA e a Europa devem assumir o pior… Que a Rússia irá lançar um ataque mais lato à Ucrânia.”

Não tardou muito a que Putin assinasse um decreto a anunciar o envio de “forças de paz” para Donbass. Ou seja, tropas russas a caminho do leste da Ucrânia. Se tal configura ou não uma invasão depende do entendimento das várias potências. Se resultará em guerra aberta, ainda é uma incógnita.

Ocidente une-se em condenação à Rússia e avança com sanções

Ainda o discurso de Vladimir Putin não tinha terminado e já surgiam reacções do Ocidente“É uma repudiação do processo de Minsk e dos acordos de Minsk e acho que é um muito mau presságio e um sinal muito sombrio”, afirmou Boris Johnson.

As seguintes vieram em catadupa e todas repetindo as mesmas expressões: “Violação da lei internacional” e “ataque à soberania e integridade territorial da Ucrânia”. Chegaram da Comissão Europeia, Conselho Europeu, da NATO, de países vizinhos como a Letónia, que não hesitou em anunciar imediatamente o envio de mísseis anti-tanque para a Ucrânia.

Tudo aconteceu à velocidade da luz. Minutos depois desta ronda de condenações, começaram a surgir os anúncios de sanções. Os primeiros foram os Estados Unidos, que quiseram avançar com medidas punitivas sozinhos, ainda antes das colectivas. A Casa Branca não deu muitos pormenores mas garantiu que ia proibir “novos investimentos, comércio e financiamento, por qualquer americano, para, de, ou nas duas províncias separatistas ucranianas de Donetsk e Lugansk”, que foram reconhecidas como independentes pela Rússia.

“Estas medidas são distintas das medidas económicas rápidas e severas que temos vindo a preparar em coordenação com os aliados a parceiros, caso a Rússia continue a invadir a Ucrânia”, podia ler-se no comunicado da Casa Branca.

 Cidadão de Donbass retirado do território acompanha o discurso de Putin na TV

ERIK ROMANENKO/TASS

Tropas russas a caminho de Donbass em “missão de paz”. Ficarão por aí?

Logo a seguir foi a União Europeia. Em comunicado, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, disseram condenar “nos mais fortes termos possíveis” a decisão de Putin e afirmaram que “a União vai reagir com sanções contra os envolvidos neste ato ilegal”.

O Reino Unido não quis ficar atrás, e depois de comentários da ministra dos Negócios Estrangeiros de que as acções de Putin não iam “ficar impunes”, Liz Truss foi mais longe e garantiu que o Reino Unido ia avançar com sanções próprias na terça-feira. Mas mais uma vez, não foram dados detalhes sobre estas sanções. Até a ONU subiu mais o tom que o habitual, com o secretário-geral, António Guterres, a dizer, em comunicado, que a decisão é “incompatível com os princípios da Carta das Nações Unidas”.

 O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou que a acção russa viola a "Carta de Princípios" das Nações Unidas

Biden e Zelensky pegaram no telefone e falaram durante 35 minutos, mas pouco se sabe do conteúdo. Um comunicado da Casa Branca indica que “Biden reafirmou o compromisso para com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, condenando a decisão de Putin” e “reiterou que os Estados Unidos vão responder de forma rápida e decisiva, alinhados com os aliados e parceiros a mais agressões russas contra a Ucrânia”.

Além de anunciar conversas com líderes ocidentais, pouco foi dito ainda pelo governo ucraniano, mas a procuradoria-geral do país anunciou que abriu um processo crime relacionado com as ações de Vladimir Putin para mudar as fronteiras do país. Irina Venediktov escreveu no Facebook que se viu forçada a agir depois do reconhecimento da independência das províncias separatistas ucranianas, e explicou que abriu o processo ao abrigo do artigo 11º código penal, que proíbe apelos deliberados para mudar as fronteiras do país.

Até o ex-campeão mundial de xadrez Gary Kasparov, um dos maiores opositores do presidente russo, não quis deixar esta jogada de Putin em branco: “+”.

As reacções oficiais coincidem no uso da palavra “sanções”. Putin, porém, deixou claro no seu discurso que não se sente ameaçado por elas:Tentaram chantagear-nos, ameaçar-nos com sanções. Acho que as vão impor e continuar a usá-las à medida que o nosso país se tornar mais poderoso. Vão sempre invocar uma desculpa para aplicar sanções, o objetivo deles é travar o desenvolvimento da Rússia”, disse, sobre o Ocidente, que acusou de usar “as mesmas velhas palavras” ao longo dos últimos dias.

Tropas russas a caminho de Donbass em “missão de paz”. Ficarão por aí?

O espaço para a diplomacia é, por isso, cada vez mais diminuto. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, vai encontrar-se com o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, esta quinta-feira. Blinken avisou, porém, que cancelará o encontro caso a Ucrânia seja invadida, o que significa que pode cair com o envio destas tropas para a “manutenção da paz”.

“Têm de parar estas hostilidade e derramamento de sangue em Donbass. Caso contrário, qualquer consequência terá de pesar nas suas consciências.”

Vladimir Putin no seu discurso desta segunda-feira, dirigindo-se aos governantes de Kiev:

No seu discurso, Vladimir Putin colocou o ónus nos “governantes de Kiev”. “Têm de parar estas hostilidade e derramamento de sangue em Donbass. Caso contrário, qualquer consequência terá de pesar nas suas consciências”, disse, antes de concluir o discurso. Antes disso, já tinha deixado uma ameaça velada aos ucranianos: Por entre as declarações sobre a História do pós-Guerra Fria e críticas ao derrube de estátuas de Lenine, Putin assegurou estar pronto para “mostrar à Ucrânia o que é a descomunização [nome dado na Ucrânia ao processo de afastamento do legado soviético] a sério”. Avisos que Max Seddon, correspondente do Financial Times em Moscovo, interpretou como sendo “apenas o início”. “O discurso deixa isto claro: a guerra está em cima da mesa.”

Com a chegada das “forças de paz” russas a Donbass, a tensão sobe para níveis nunca vistos. A grande dúvida, neste momento, é se as tropas de Moscovo irão entrar e, se o fizerem, se permanecerão apenas no território do leste da Ucrânia controlado pelos rebeldes (atrás da chamada “linha de controlo”) ou se tentarão avançar para as partes de Donbass controladas pelo exército ucraniano. Resta também saber como irá Kiev reagir a estes últimos acontecimentos. Na tarde desta segunda-feira, Andriy Zagorodnyuk, ex-ministro da Defesa ucraniano, afirmou que, se tropas russas entrarem em cidades pró-russas controladas pelos ucranianos, como Mariupol e Kramatorsk, haverá guerra”.

ALEXANDER RYUMIN/TASS

Por enquanto, as críticas podem subir de tom, mas tudo dependerá da acção das tropas russas no terreno. Por muito que António Guterres fale em “violação da Carta das Nações Unidas”, a verdade é que grande parte de Donbass já é controlada de facto pela Rússia, tendo em conta a lealdade das repúblicas independentes a Moscovo. Mas qualquer avanço para lá desse território ou agressão de ou contra os soldados ucranianos significará guerra aberta entre Rússia e Ucrânia.

Ao cair da noite, o especialista Sam Greene resumia a situação como sendo “o trabalho preliminar” para uma ocupação da Ucrânia. “Não quer dizer que é para aí que ele vai. Mas está a dar corda às pessoas nesse sentido.” Em Donetsk e Lugansk, o discurso de Putin e envio das tropas foi recebido com festejos: fogo de artifício e bandeiras russas.

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COMENTÁRIOS:
JS M:
Colocar na mesma balança a vontade de gerações e gerações de ucranianos com a leveza de maiorias fugazes e momentâneas dá nisto. Uma possível guerra da Ucrânia consigo própria. Viva a democracia liberal e quem vier atrás que apague a luz.          Eduardo O Liberal: Lançamento imediato do 1º pacote de Sanções sobre a Rússia, sobre Putin e sobre os Oligarcas russos. Incluindo o fim imediato de todos os contactos e ligações culturais, desportivas, e científicas, com expulsão imediata de todos os cientistas, corpos de bailado, orquestras, etc., russas que ainda estejam em países da NATO. Não reconhecimento internacional dessas "repúblicas" como entidades independentes. Fim de todos os contactos políticos com o Kremlin e obviamente FIM a qualquer ideia de Cimeira com Putin. Bloqueio de todas as exportações e pagamentos à Rússia, incluindo de medicamentos, equipamento e material médico. Congelamento de todas as contas bancárias de Oligarcas russos em bancos europeus e de outros países da NATO, e Suíça. Aceleração no envio de mais material bélico e "experts" militares para a Ucrânia e para a Polónia, Roménia, Países Bálticos, enquanto membros da NATO. Lançamento de ataques cibernéticos contra alvos russos, recrutando se necessário funcionários russos desafectos ao Regime de Putin, Etc. O Ditador Putin só percebe a Linguagem da Força.            C. Marques: Olha se os States disseram alguma coisa quando os chinocas se apropriaram do Tibete...             Zé Nabo > C. Marques: Muito bem visto. Curioso também é o facto de aquela malta que tanto se congratula com a liberdade e a autonomia dos povos, ache agora mal que os russos das zonas ocupadas pela Ucrânia se rebelem e lutem pela sua independência. Finalmente, curioso também é que os mais aguerridos na luta contra Putin (que é, de facto, um ditador) sejam aqueles que mais precisam de resolver problemas internos  nos seus países: o senil Biden, com a crise económica nos EUA, o pequeno Macron, com as presidenciais a aproximar-se, e Johnson, o folião, com os escândalos das festas em Downing Street.           C. Marques: Pela estatura, parece arraçado de napoleão...            Filipe Ferreira: Putin é um ditador que está na linha comportamental com hitler e estaline.          Zé Nabo > Filipe Ferreira: ... e (não o esqueçamos!) até mesmo Satanás.            advoga diabo: A Ucrânia violou sistematicamente os Acordos de Minsk. Facilitou a vida a Putin e, parece, à vontade da maioritariamente russófona população!   Geiger Dieter: O glorioso Exército Vemelho avançou e só parará em Cascais. Hoje é dia de vodka reforçado na sede do PCP.           Geiger Dieter: Este foi o dia em que Moscovo invadiu a Europa.             Meliodas Da Silva: O maior erro da Ucrânia foi terem-se livrado das armas nucleares. Se bem que considerando a instabilidade daquele país ao longo dos anos, ainda iam parar algumas ao mercado negro.           mário Unas: Diante do critério do Ocidente para os casos Donetsk e Lugansk... Lembremos Kosovo. Pelos vistos a vontade de um povo é condição necessária mas não suficiente para se ver reconhecida pelos "paladinos da democracia e da liberdade". Pelos vistos essa vontade tem que ser também pró-ocidental. Estamos conversados.   esquerdopata censurador: Onde andam os defensores da independência da Catalunha ???          Ferrari Amarelo > Meliodas Da Silva: Ok… A NATO é uma organização que tem a sua razão de ser combater a Rússia. Da mesma forma que os EUA não permitiram que Cuba “acolhesse” mísseis russos, não vale a pena pensar que a Rússia vai permitir que a Ucrânia, que é o berço da identidade russa, se transforme num protectorado da NATO.  E se é verdade que a Ucrânia é um país soberano, a sua posição geográfica (e a bagagem histórica!) deveria fazer com que equacionasse, seriamente, que inimigos quer coleccionar. Se bem me recordo, a primeira vez que se aproximou do Ocidente perdeu a Crimeia. Agora aliciados pela NATO, voltou a tentar uma aproximação ao Ocidente e acaba de perder o Leste do país. Ou seja, é uma manta de retalhos soberanos… E nem vale a pena perguntar ou vale, por que carga de água é que a NATO (que já nem devia existir!) quereria a Ucrânia como membro???          Meliodas Da Silva > Ferrari Amarelo: A posição geográfica é secundária aqui. Putin nunca latiu com a entrada do trio Báltico na NATO. Eu não acho que a organização devia acabar, a Rússia continua a ser hostil com o Ocidente, a financiar partidos radicais de direita e esquerda e a procurar desestabilizar a Europa.           José Montargil: Os Acordos de Minsk nunca fora cumpridos nem pela Rússia nem pela Ucrânia. Foram letra morta para os dois países. Não vale a pena tentar enganar os leitores. A Ucrânia não é nenhuma virgem aprisionada e diabolizar o Putin não nos leva a parte nenhuma. Este tipo de "coisas" ou "acontecimentos" internacionais são explorados passionalmente, tomam-se partidos cegamente e sem qualquer base racional. Nem tentam explicar os argumentos das partes em conflito. Os media são a voz do dono americano. As notícias não podem ser mais superficiais, mais incoerentes, escritas por gente inculta e alinham cegamente pelo amigo americano. É pena, os assuntos não serem mais aprofundados mais explicados pelos comentadores na têvê sem terem de obedecer a uma visão supostamente ocidental. Limitam-se a repetir clichés mais que usados na Guerra Fria, muitas vezes misturados com opiniões pessoais sem qualquer base real. As notícias e os comentários das "mentes iluminadas" muitas vezes parecem "partilhas" das Testemunhas de Jeová. Só lhes falta chorar para a câmara.           Manuel Rodrigues: Proletários de todo o mundo uni-vos !!! Vivam as amplas liberdades e assim  somos donos do nosso destino. A decisão do kamarada é para o bem supremo do nosso Povo que tanto a  ambicionava.... Estamos no êxtase.  Ucraniano agradecido e maravilhado           Eduardo O Liberal: Talvez a Alemanha devesse ocupar quanto antes o território de Koenigsberg (a que os russos chama Kaliningrado), em mãos russas desde 1945, e que era parte da Prússia Oriental. E depois envia "Forças da Paz" para esse território para deter os russos após, claro, ter expulso todos os russos desse território Prussiano.             José Miguel Pereira: A Internacional Iliberal está deliciada.           Eduardo O Liberal > José Miguel Pereira: Talvez venham a pagar muito caro          Tony Fraud Chi: Tenho pena dos pobres jornalistas que tanto desejavam a guerra. A guerra já acabou. Putin não é maluco ao ponto de avançar mais, Donetsk e Lugansk foram anexadas e agora veremos se o ocidente vai entrar em guerra por causa de 2 cidades ou se vai deixar Putin ganhar. Pela vontade dos media era guerra já. Veremos o que acontece…….

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